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quarta-feira, 4 de julho de 2012

EUCARISTIA OU NADA. "A IGREJA FAZ A EUCARISTIA E A EUCARISTIA FAZ A IGREJA" - Conclusão

EUCARISTIA OU NADA.

"A IGREJA FAZ A EUCARISTIA
E A EUCARISTIA FAZ A IGREJA"

Primeira Conclusão:

A EUCARISTIA É TUDO

A afirmação corresponde rigorosamente à verdade objetiva do dogma. Se a Eucaristia é o próprio Jesus na condição sacramental que atinge ou resume o seu mistério, é fácil intuir que o Cristianismo tira dela a consistência ontológica e histórica que o faz evidenciar ou sobrepor a todas as religiões do mundo.

Na realidade, a Eucaristia compendia ou reassume todas as verdades reveladas, é a única fonte da graça, é a antecipação da bem-aventurança, recapitulação ou sumário de todos os prodígios da Onipotência.

Como na encarnação, o Verbo Se não separou do Pai, nem do Espírito Santo; assim também, sob as espécies sacramentais, a vida trinitária arde em toda a sua misteriosa riqueza. Na hóstia Consagrada está todo o Paraíso. A solidão e o abandono de inúmeros Sacrários da Terra é compensada desmesuradamente pela adoração dos Anjos, pelo amor dos bem-aventurados. No gelado silêncio das nossas igrejas, com Jesus, permanecem inseparavelmente a Virgem Maria e São José, exultam os Patriarcas e os Profetas, rejubilam os Apóstolos e os Mártires, cantam em coro os Santos e a multidão incontável dos justos.

Seria verdadeiramente absurdo supor que o Rei não fosse acompanhado e louvado pela Sua corte...; que no Mediador não convergissem os seres do Universo inteiro... Ele embora sob as dimensões de um fragmento de matéria é o Arquétipo, o Fim de toda a Criação.

E é justamente a Sua condição sacramental que, velando o poder e a Glória de Cristo Ressuscitado, que evidencia a Sua Imolação, qual milagre dos milagres do Amor de Deus: na Eucaristia, está encerrado todo o bem espiritual da Igreja” ( Presbit. Ordinis, 5). Ela é “o culme e fonte de todo o culto e da vida cristã” ( Código do Directo Canônico, Cân. 897); “é como que a soma e o Centro da Sagrada Liturgia” (Pio XII, Méd. Dei, 57).

Por isto, “entre todos os Sacramentos, é a Santíssima Eucaristia que leva a plenitude, a iniciação do cristão” (João Paulo II. Dominicae Cenae, 7); é por ela que este se insere plenamente no Corpo Místico (Presbit. Ordinis, 5). Por isso, fim e perfeição de todos os Sacramentos”, é a Eucaristia: eles conferem a graça que torna os fiéis dignos de a receber” (São Tomás de Aquino, Summa Theológica, q.73, art. 3, c).

Por outro lado, Fonte de Graça distribuída pelos Sacramentos, é a vítima sacrificada na Cruz e tomada evidente pelas espécies eucarísticas do Sacramento dos Sacramentos. Por conseguinte, “a Eucaristia constrói a Igreja” (João Paulo II, Dominicae Cenae, 4), é o Centro da comunidade dos cristãos” (Presbit. Ordinis, 5); representa e produz “a unidade dos fiéis que constituem um só Corpo em Cristo” (Lumen Gentium, 3)

Segue-se que “não é possível que se forme uma comunidade cristã, a não ser tendo como raiz e como fundamento ou base, a celebração da Sagrada Eucaristia, da qual deve pois tomar as ações ou iniciativas qualquer educação tendentes a formar o espírito de comunidade (Presbit. Ordinis, 6).

Se para a Igreja, é isto mesmo a Eucaristia, a eficácia da atividade missionária está necessariamente condicionada à sua influência, sendo Fonte e Cume de toda a evangelização” (iv. 5). Por isso, a fé no mistério eucarístico, considerado em toda a sua riqueza que faz dele a síntese da Revelação Cristã, inclui uma tal ortodoxia que, ao católico, a seu respeito, não lhe resta nada mais que acreditar em nada a esperar senão dela.

Em suma, “A Eucaristia tem força ou virtude de síntese na nossa religião; síntese doutrinal porque, sendo ela quase um prolongamento da Incarnação do Verbo de Deus no meio de nós, e sendo uma renovação sacramental do Sacrifício Redentor de Cristo, TODA A REVELAÇÃO SE CONCENTRA NESTE PONTO FOCAL, o mais misterioso e o mais luminoso da nossa fé, e síntese existencial, porque neste Sacramento do Pão do Céu, toda a realidade, toda a virtude, toda a derivação da vida cristã encontra a sua referência e o seu alimento...” (Paulo VI, Catechesi, 21.8.1968, para o XXXIX Congresso Eucarístico Internacional de Bogotá, em 18 a 25 de Agosto de 1968).

“Encontrareis tudo na Eucaristia: a palavra de fogo, a ciência e os milagres!”, respondia São P. G Eymard, a quem se lhe dirija, para obter graças.

“NÃO TENHO MAIS NADA A DAR-VOS. TENDES A EUCARISTIA: QUE MAIS QUEREIS?”. “DEPOIS DELA, NÃO HÁ MAIS QUE O CÉU!”

Segunda conclusão:

EUCARISTIA OU NADA

Uma afirmação destas só tem sentido para os crentes, que não são, nem os ateus que não crêem em Deus, nem os Hebreus e os Muçulmanos, que não crêem em Cristo, nem os Protestantes, que não crêem na Igreja Católica, Apostólica, Romana.

Dirijo-me, pois, aos membros desta, eclesiásticos e leigos, para concluir, com uma série de considerações radicais, próprias para fazer pensar a sério, para decidir de uma vez para sempre, qual deve ser o comportamento de cada um nos seus confrontos com o Cristianismo, de adesão ou de rejeição.

O dogma eucarístico, tal como é proposto, explicado, definido e vivido na Igreja, desde a sua origem, implica a fé na verdadeira, real e substancial PRESENÇA DE CRISTO.

É este o ponto de que parto. Trata-se do dogma mais conhecido e discutido, tendo empenhado a reflexão teológica há mais de um milênio... Para o mesmo convergem todos os atos de culto. Verdade é que ele é o fundamento insuprimível da vida espiritual dos fiéis, o Centro de que irradiam todas as iniciativas e formas do dinamismo eclesial.

E então: se a presença de Cristo nos nossos sacrifícios não é real, no sentido defendido pelo Magistério contra o Protestantismo, A Igreja Católica não tem nenhuma razão de existir. Nas hipóteses, esta seria o produto da mais colossal impostura.

- Aludindo à presença real, derivada unicamente da transubstanciação, o pão consagrado reduzir-se-ia a um símbolo de Cristo e o pão ficaria apenas pão, mesmo que as palavras da consagração lhe tivessem conferido um significado e uma virtude que ele antes não tinha.

- Negada a transubstanciação, não se daria a real presença de Cristo, COMO PRINCIPAL SACERDOTE OFERENTE A PRINCIPAL VÍTIMA OFERCIDA. A Missa, por isso, não seria a celebração sacramental do único, perfeito e irrepetível Sacrifício da Cruz. Através do simbolismo do pão consagrado, a Missa não seria senão a memória daquilo que aconteceu no Calvário. O rito, nessa hipótese, não seria celebrado por Cristo-Cabeça; mas pela Igreja-Corpo, que se limita a recordar aquilo que fez Cristo-Cabeça.

- A Missa, se não é idêntico Sacrifício da Cruz, sacramentalmente oferecido, não exige nenhum sacerdote que a celebre na Pessoa de Cristo... concluir-se-ia que todos os fiéis seriam ou estariam autorizados a reevocá-lo, mesmo que sob a direção de alguém, digno e capaz de fazer as funções de presidente da assembléia.

- Na Igreja Católica, a Hierarquia é fundada no Sacerdócio Ministerial. Todos os seus poderes, de fato brotam daquilo que, em virtude do Sacramento da Ordem, torna o presbítero capaz de realizar ou atualizar a obra expiadora e redentora realizada por Cristo com o Sacrifício da Cruz, suprema fonte de todo o bem, ou seja, de toda a luz da verdade e de toda a graça necessária para viver santamente e salvar-se: a faculdade de ensinar e de governar não tende para outra coisa.

- Por conseguinte, se não se desse O SACERDÓCIO MINISTERIAL, não se daria sequer Hierarquia: aquela que, na Igreja, para além de dirigir, resolve infalivelmente, em nome de Cristo, todos os fundamentais problemas da fé e da moral.

- Em tal hipótese, à supressão do sacerdócio e da hierarquia, seguir-se-ia o toldar ou apagar-se a luz da Revelação positiva, desde sempre interpretada e proposta pelo magistério infalível da Igreja, assistida pelo Espírito de Sua Cabeça invisível, Cristo, Sacerdote e Vítima, Pastor e Mestre da Verdade.

- Faltando o magistério da Igreja, termos o verdadeiro ocaso da civilização cristã, pelo que o mundo voltaria à condição espiritual em que vivia antes de Cristo, e na qual, depois, se veio a encontrar, sempre que tem rejeitado a Sua mediação redentora, contando apenas consigo, ou seja, esbracejando na escuridão, na ignorância e na angústia da dúvida, que têm gerado interpretações, as mais contraditórias e absurdas, dos máximos problemas da existência... Ficando inteiramente subjugado ou esmagado sob a tempestade de paixões que o aviltam, até ao próximo embrutecimento, o exaltam até a loucura e à violência, que tudo desagrega e aniquila.

Estas reflexões são destinadas a todos os fiéis, mas, sobretudo ao Clero: aquilo que costuma fazer boa figura na teologia protestante, que invade os centros católicos de estudo, propaga-se através de revistas e jornais, incarna-se numa prática litúrgica que insensivelmente, por culpa de pastores desprevenidos, vai cada vez mais escurecendo a consciência do povo, ao redor do mais sublime de todos os mistérios cristãos. Escrevi, não tanto como crente e teólogo, mas como historiador devidamente informado de dados absolutamente certos e definidos pela lógica que os coordena de um modo irrefutável.

Dirijo-me, repito, sobretudo aos sacerdotes:

- Que tratam Cristo-Eucarístico como um objeto, reduzindo-lhe a realidade substancial e pessoal a um vazio “símbolo”;

- Que rejeitam o caráter sacrificial da Missa, para celebrar triunfalisticamente uma Ressurreição de Cristo que é apenas efeito da Sua morte;

- Que jamais compreenderam nem apreciaram o seu próprio sacerdócio, cuja dignidade os faz salientar-se ou elevar-se acima de todos os fiéis, com os quais, pelo contrário, demagogicamente, se comprazem em apresentar-se como sendo do mesmo nível; não aceitam a Hierarquia Eclesiástica, fundada na Ordem sagrada, pela qual os seus membros são autorizados a representar, como Seus ministros, Cristo-Cabeça do Corpo Místico e continuar assim a Sua obra redentora, ensinado, santificando e governando.

A todos estes, digo:

“Vós, não acreditando no vosso sacerdócio, não tendes autoridade alguma sobre os fiéis, pelo que deveis renunciar ao vosso ministério e deixar assim de enganar o povo que vos segue, apenas porque vos considera ministros de Cristo, membros da Hierarquia. Se, não acreditando no vosso sacerdócio, vos pondes ao nível de todos os comuns crentes e por isso mesmo não podeis constituir uma categoria de pessoas de respeito, com privilégios e isenções perante o Estado, sem que vos distingas dos outros cidadãos, ou de seguidores ou sequazes de outras confissões religiosas...”.

Se não estais conscientes, nem ciosos do vosso sacerdócio ministerial, o estudo da teologia como ciência de Deus que é, não é um dever para vós; pelo que podeis e deveis procurar uma outra via de cultura, pelo menos para salvar o vosso decoro pessoal e assim encontrardes com que descortinardes um outro meio de subsistência, como todos os honestos e honrados cidadãos.

“Vós, se presumis ensinar em nome da Igreja Católica, ficai sabendo que as vossas convicções podem apenas arruína-la ou destruí-la, fazendo-a atacar como a mais iníqua sociedade humana, que há milênios, abusando da ignorância e da boa fé de milhões de criaturas, teria humilhado a todos, a ponto de impor que se preste um culto de latria a humildes alimentos da mesa humana.

Foi por isso que a Igreja, por culpa vossa, sofreu, no decurso dos séculos, a repressão dos Governos, decididos a atingir-vos principalmente a vós, como os mais ignóbeis charlatães e parasitas da sociedade civil. Se vós disserdes, ou fizerdes compreender, ao público, que no Sacramento do altar, não está ninguém, todos ficarão autorizados a condenar-vos como os mais ímpios mistificadores da história.

DESPEDIDA

Termino um livro de estudo, não de caráter devocional, mesmo que o assunto me tenha obrigado às vezes a deter-me para refletir e adorar.

Mas isso foi deveras provocado pela persistente ação agressiva atirada contra o Ministério Eucarístico, por alguns pretensos teólogos e liturgistas católicos, seguidos por uma corrente do Clero que contagia fiéis menos avisados ou informados e feverosos, defendendo a pior interpretação e aplicação da reforma litúrgica.

O tom francamente decidido do escrito, corresponde à sua obra subversiva, o mais possível insidiosa ou astuta, insinuante e gradual, aparentemente respeitadora e delicada.

Para torná-la mais eficaz junto da opinião pública, costumam ou escolheram eles mesmos classificar de tendências direitistas, tradicionalistas e lefebristas, todos quantos os contestam, presumindo ser apenas eles os únicos sábios, moderados, abertos ao espírito do Vaticano II, informados do seu ecumenismo.

Mesmo que o Concílio, de índole prevalentemente pastoral, se tenha limitado a confirmar a anterior magistério solene e ordinário da Igreja, os novos profetas mostram não saber que, na área da única verdade autêntica, não se dá, nem direita nem esquerda... Mas sim que a Tradição por nós invocada é fonte da Palavra de Deus... Que verdadeiro ecumenismo é apenas abertura aos não crentes orientada no sentido de propagar a fé sempre propagada pela Igreja Católica..., e que a pessoa e obra de Mons. Lefebre não tem nada senão a ver com uma exposição doutrinal empenhada unicamente a defender a Verdade e a sintonizar com a Tradição.

De todos aceito e agradeço apenas a indicação de algum involuntário desvio da via indicada pelo Magistério, à luz de uma documentação de tal modo conhecida, que me pareceu até supérfluo citar uma vez ou outra.

E não menos agradecerei algum revelo crítico a respeito da elaboração especulativa do dogma. Não me bastou acreditar, tendo também querido compreender, pelo menos quanto basta para não embater ou chocar contra evidentes princípios da razão.

É precisamente a “fides quaerenes intelectun”, em que Santo Agostinho me precedeu (Sermão 43,c.7,n.9 PL38,258). O seu mesmo ardor na procura da verdade me estimulou a enfrentar problemas particularmente árduos: “Rapinur amo e indagandar veritatis” (De Trinit. I c.5, n.8, PL42, 825).

E na fadiga, ás vezes duríssima, ajudaram-me as grandes asas da autoridade e da razão: “Nulli autem dubium est gemino pondere nos impelli ad discendum, AUCTORITATIS ATQUERATIONIS”. (Contra Academ. III c. 20, PL 32 957).

Finalmente, não hesito em declarar que, para conduzir a investigação com a devida seriedade no sulco da tradição patrística, preferi manter-me fiel ao mais genuíno tomismo, segundo a recomendação do Vaticano II.

A falta de citações de São Tomás, em preciosos textos que lhe são bem próprios, mas que teriam alongado e sobrecarregado a exposição, é substituída pelas notas acrescentadas a este texto, que seguidamente publico a jeito de apêndice, oferecendo aos mais motivados e empenhados a possibilidade de ampliar e aprofundar a investigação.

O sóbrio e límpido estilo de São Tomás consentirá a todos a surpresa de descer ao próprio CORAÇÃO do Corpo Místico, e perder-se na dimensão infinita do seu amor:

“Ó pastor e pastagem,

Sacerdote e Sacrifício,

Alimento e Bebida dos eleitos,

Pão e Vinho, alimento do espírito,

Remédio na Enfermidade quotidiana,

Mesa suavíssima!...”. (Sermão da festa do Corpo de Cristo)

Não surpreende que os adversários do dogma eucarístico sejam ainda, na pista de Lutero, sobretudo os teólogos mais irredutivelmente hostis a São Tomás.

4 de julho - Santo do dia

Santa Isabel de Portugal

Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão, que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer ocupar-se com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha, que recebeu, então, uma formação perfeita e digna no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, dom Dinis. Esse casamento significou para Isabel uma coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas das cortes espanhola e portuguesa; além disso, possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela, e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas que humilhavam profundamente a bondosa rainha perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre a situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos.

Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem essas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes, e sobretudo do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na história dessas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar as desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as jovens piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou, em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo, desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel recolheu-se no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes, porém, abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 4 de julho de 1336. Venerada como santa, foi sepultada no Mosteiro de Coimbra e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz".

Santa Isabel de Portugal, rogai por nós!

terça-feira, 3 de julho de 2012

EUCARISTIA OU NADA. "A IGREJA FAZ A EUCARISTIA E A EUCARISTIA FAZ A IGREJA" - Parte 8


EUCARISTIA OU NADA.

"A IGREJA FAZ A EUCARISTIA
E A EUCARISTIA FAZ A IGREJA"

“Ficai conosco Senhor!”

Vítima sacrificada pelos pecados do mundo e oferecida como alimento de vida eterna, Jesus fica conosco, Hóspede, Amigo, Confidente, Fonte de Graça, fiel à promessa de nos não deixar órfãos. Contra a heresia protestante, a Comunhão Eucarística não exclui que Ele prolongue a Sua presença real no Sacrário.

Os termos do dogma são inequívocos: essa presença dura, até que as espécies sacramentais se mantenham inalteradas e, por conseguinte, elas mesmas são seu “sinais” mais certo para os crentes. Comprova-o a própria impiedade dos profanadores que, embora não podendo prejudicar fisicamente a pessoa de Cristo, ofendem, no entanto, a Sua Pessoa, que está justamente presente, onde quer que as propriedades de pão indiquem presença do Seu Corpo.

Corpo ressuscitado, glorioso, impassível, mas permanecido numa condição de morte, porque sacramentalmente separado do Seu Sangue: a Vítima, morta, prolonga virtualmente o Sacrifício celebrado. No sacrário, de fato, em virtude do sinal, não temos o Ressuscitado, mas o Crucificado. Se Ele nos redimiu, morrendo (e não já ressuscitado), convinha que ficasse como nós, sob as aparências dessa Sua Morte que continua a gerar-nos para a Vida, aplicando-nos os méritos da Sua Oferta cruenta; e não cessa de ensinar-nos a levar a nossa Cruz, a morrer para nós próprios.

Atualmente, na Sua condição de “ressuscitado” o Seu Corpo (por natural concomitância), vive e sente. Corpo informado pela alma racional que pensa e ama, como o exige a eminente perfeição da natureza humana feita Sua própria pelo Verbo. Por isso, o Homem – Cristo - Jesus, no Sacrário, está inteiro ou completo como quando vivia na Palestina, e está presente para nós, como já o estava para Seus familiares e amigos. Não importa se não Se vê: os sentidos não são critério absoluto de verdade: infinitas coisas são realíssimas, muito embora não sendo por eles percebidas.

Como quer que seja, nenhum entendimento criado poderia alguma vez dar - se conta da presença eucarística: os acidentes do pão, naturalmente, autorizam-nos a supor apenas a substância do mesmo, como único sujeito capaz de o fazer existir, comunicando-lhes o próprio ato de ser ou existir. Pela transubstanciação, de fato, não falta toda a relação ontológica entre propriedades do pão e substância do Corpo de Cristo, permanecendo apenas a Palavra de Deus a assegurar-me de que esta é real, mesmo sob acidentes que Lhe não são próprios. Não vejo, aliás, porque razão Deus, Causa Primeira, com a Sua Onipotência, não possa suprir a virtude da substância do pão (causa segunda), fazendo-o de maneira que existissem as propriedades deste sem o seu natural sujeito. É este um dos aspectos essenciais do mistério eucarístico.

Por isso, onde está uma hóstia incorrupta, aí mesmo descubro e adoro todo o Cristo, com Seu Corpo, a Sua Alma, a Sua Divindade. Divindade do Verbo a quem pertence o mesmo poder realizador do Pai, e que opera mediante o instrumento da Sua humanidade.

Trata-se de uma presença, não simbólica, mas real e substancial, condicionada, quanto à Sua localização sensível, às dimensões do pão, feitas subsistir prodigiosamente para tornar possível o culto eucarístico.

Culto de adoração, se devo acreditar que a hóstia consagrada é adorável, não pelas espécies sacramentais, mas pela sustância do Corpo de Cristo, que veio substituir a do pão. Adoro-O a Ele, Pessoa divina subsistente na natureza humana, e não os acidentes do pão e do vinho, que permanecem realmente distintos de Cristo como entidades criadas, pelo que pecaria por idolatria quem as adorasse por si mesmas.

Mostraria ignorar os próprios termos do dogma, quem supusesse que a teologia católica identifica a Pessoa com o sinal. O mais humilde dos catequistas sabe que a identificação da Pessoa de Cristo com o sinal sacramental, autorizaria a atribuir-Lhe a Ele Mesmo as qualidades do pão, contra tudo quanto de há séculos tem sido demonstrado sobre a impossibilidade que os acidentes do pão se tornem acidentes do Corpo de Cristo, por eucarístico ou glorioso que seja.

É por isso que, como acima se notou o Corpo de Cristo não pode ser alcançado ou atingido por agentes externos: enquanto é certo que, tal como os atos de amor Lhe são agradáveis, assim também os comportamentos hostis O ofendem.

E daqui o dever da adoração e da reparação, praticada sobretudo depois das aparições do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque: foi enorme o seu contributo para a vida da Igreja destes últimos séculos.

Precisamente a reparação lembrou ao mundo o significado mais sublime da Oferta cruenta da Cruz, tornada bem evidente pela liturgia eucarística. Ela mesma constitui a finalidade fundamental da mediação redentora de Cristo, em que Maria Santíssima participou num grau eminente; única de fato, foi a Sua compreensão da gravidade do pecado, como ofensa a Deus, que exige a reparação como via exclusiva da salvação...

Especialmente a partir do ano 600, a espiritualidade reparadora afirmou-se deveras, estimulando a procura ou investigação teológica, iluminando a vida pastoral, promovendo a fundação de Institutos religiosos, inspirando o próprio Magistério... A história documenta um especial florescimento de iniciativas reveladoras de uma surpreendente tomada de consciência do ministério Eucarístico, que abre as almas mais vigilantes a essa compaixão – expiadora, o aspecto mais profundo da vitalidade do Corpo Místico... Refere-se ao Ministério Eucarístico a habitual linguagem dos Santos, absortos até a loucura, pela Sua realidade, indicada (não constituída) pelas espécies consagradas... É justamente a linguagem da Igreja docente que, elabora pela mais prudente e ajuizada ou penetrante teologia de todos os tempos, foi feita justamente pelo atual Pontífice, o mais autorizado intérprete da Tradição eclesial (Estamos nesse momento em 1994)

“ A visita ao Santíssimo Sacramento (havia declarado João Paulo II, no dia 29 de setembro de 1979) é um grande tesouro da Igreja Católica. Ela mesma alimenta o amor social e oferece-nos a possibilidade de adorar, de agradecer, de reparar e de suplicar. A benção com o Santíssimo Sacramento, as Horas Santas e as Procissões Eucarísticas são outros tantos e bem preciosos elementos da (nossa) herança, em pleno acordo com os ensinamentos do Concílio Vaticano II (...).

Cada ato de reverência, cada genuflexão que fazemos diante do Santíssimo Sacramento é importante, porque é um ato de fé em Cristo, um ato de amor a Cristo. “E cada sinal da cruz, todo gesto de respeito feito cada vez que passamos diante de uma igreja, é também um ato de fé...”.

E como poderia justificar-se um tal culto, se a presença eucarística não fosse real e adorável? Só atuando com uma tal presença Jesus nos pôde ter prometido que nos não iria deixar órfãos. Presença pela qual Se fez “alimento” e “bebida” das almas, realizando entre Si e nós essa inefável simbiose de graça, desejada e cobiçada por todos quantos O amam...

De resto, só uma presença devida à transubstanciação do pão e do vinho sob as distintas espécies dos dois elementos pôde tornar-nos participante do Seu Sacrifício... Só a instituição do Sacramento, culme da super-Realidade de Cristo nos consentiu conviver com Ele, contempla-Lo nos nossos Sacrários, e devolver-Lhe amor pelo AMOR.

Continua ...

OMS publica manual para matar bebês em gestação

Defensores internacionais do aborto celebraram o novo manual da OMS como “um grande avanço”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um manual detalhando as maneiras mais eficazes de se matar bebês em gestação, com diferentes métodos em cada estágio do desenvolvimento do feto. O documento é a segunda edição de “Aborto Seguro: orientação técnica e política para sistemas de saúde”, originalmente publicado em 2003.

“É uma leitura assustadora”, afirma Scott Fischbath, Diretor Executivo do Minnesota Citizens Concerned for Life (MCCL) [Cidadãos de Minnesota Preocupados com a Vida] em escala global. “Seguir esses parâmetros irá certamente matar as mulheres e seus bebês, principalmente nos países em desenvolvimento", acrescenta. “Algumas das recomendações, admite a OMS, são baseadas em pouca evidência. Elas são verdadeiramente irresponsáveis e mortais”.

Defensores internacionais do aborto celebraram o novo manual da OMS como “um grande avanço”. O IPAS, organização fundada com a criação de um dispositivo de sucção utilizado em abortos, elogiou “o respeito da OMS ao papel essencial do acesso ao aborto na saúde da mulher e na sua capacidade de exercer plenamente os seus direitos humanos” evidenciado em um novo documento.

Os parâmetros incluem quatro tópicos principais: estimativas sobre o aborto inseguro pelo mundo, as últimas recomendações clínicas para realizar abortos, recomendações para “ampliar” os serviços, e conselhos sobre formulação de políticas e legislação. A última das quatro áreas não costuma ser encontrada em documentos de recomendações médicas, mas a OMS destaca a aplicação da “base dos direitos humanos” para avançar na legislação e na formulação de políticas pró-aborto; principalmente para mulheres jovens.

Ao longo dos anos, a OMS tem feito um bom trabalho para que milhões de pessoas protegessem, avançassem e melhorassem suas vidas, mas Fischbach afirma que os parâmetros mortais para avançar e promover o aborto levam a organização em uma direção completamente diferente.

“A solução para os abortos ilegais e para as altas taxas de mortalidade infantil é simples: forneçam uma fonte limpa de água, uma fonte limpa de sangue e uma saúde pública adequada”, explica Fischbach. “As estatísticas confirmam que isso salva as vidas das mulheres, não a legalização do aborto”.

Tradução: Luis Gustavo Gentil

Do LifeSiteNews:“World Health Organization publishes manual on best ways to kill unborn babies