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sábado, 30 de outubro de 2010

Petistas xingaram, ameaçaram e intimidaram Dom Luiz, bispo de Guarulhos

Dom Luiz, bispo de Guarulhos: recomendo o voto contra Dilma por causa de suas idéias favoráveis ao aborto

E agora Dom Luiz tem o apoio de Sua Santidade, Papa Bento XVI

Dom Luiz: também ele sofreu intimidação por dizer o que o PT não quer ouvir

Vocês sabem o que penso. Entendo absurda a liminar concedida pelo ministro Henrique Neves, do TSE, que permitiu à polícia federal apreender o “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras”, em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminação do aborto.

A impressão do texto foi encomendada por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos. O PT tentou acusar uma espécie de conspiração, afirmando que se tratava de uma iniciativa do PSDB, já que uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao partido. Os petistas só se esqueceram de informar, como noticiou este blog, a empresa imprimiu material de campanha para outros partidos – inclusive para o PT. Num deles, uma central sindical exortava seus filiados a votar em Dilma, o que é ilegal.

Pois bem. Dom Luiz concedeu uma entrevista ao repórter Kalleo Coura, da VEJA, em que desmoraliza mais uma farsa petista. Foi ele quem realmente encomendou a impressão do texto, não o PSDB. Sem receio de defender os princípios da Igreja de que é bispo, reafirma a sua posição contrária ao aborto, diz que se sentiu censurado e reitera que os fiéis não devem votar na petista Dilma Rousseff por causa de suas idéias, favoráveis à descriminação: “Agora, depois do primeiro turno, ela se manifestou muito religiosa, dizendo-se contra o aborto e contra a união de pessoas do mesmo sexo. Quer dizer: tudo aquilo que atrapalhou a sua eleição no primeiro turno, ela tirou da campanha. Você pode confiar numa pessoa que assume posições contraditórias? Ninguém muda de idéia deste jeito. O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício. Ela não é confiável”.

Dom Luiz revela também que os petistas tentaram intimidá-lo: “Fui agredido por militantes do PT, que, há dez dias, fizeram um escarcéu debaixo da minha janela, às duas da manhã, com palavrões e rojões. Cheguei até a ser ameaçado”. Sem receio, Dom Luiz avisa: “Ninguém pode botar um cadeado, uma mordaça, na minha boca. Podem apreender um papel, mas nada altera minhas convicções”. Leia os principais trechos da entrevista..

VEJA – Foi o senhor quem decidiu imprimir dois milhões de cópias do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”?
Dom Luiz – Sim. Fiz isso para tornar conhecida a minha posição política em defesa da Igreja e da vida. Essa publicação visava justamente defender a vida de seres humanos que não pediram para nascer e não têm condições de se defender. Trata-se de um documento oficial, assinado por três bispos. Não era um panfleto. É um documento autêntico da igreja.

O senhor se sentiu censurado com a apreensão dos folhetos?
Dom Luiz – Claro que sim! Foi um ato totalmente antidemocrático, uma agressão à minha pessoa. Afinal de contas, eu tinha autorizado a publicação. Essa cassação impediu não só a impressão do documento como sua distribuição. Sinto que fui perseguido. O governo fala tanto em liberdade de expressão, mas esta apreensão foi um atentado a um princípio constitucional. A minha opinião foi censurada.

O senhor defende explicitamente que os fiéis não votem em Dilma Rousseff?
Dom Luiz Minha recomendação é essa por causa das idéias favoráveis ao aborto que ela tem. Em 2007, numa entrevista, ela chegou a dizer que era um absurdo a não-descriminalização do aborto no Brasil. Então ela é favorável a isso. Agora, depois do primeiro turno, ela se manifestou muito religiosa, se dizendo contra o aborto e contra a união de pessoas do mesmo sexo. Quer dizer: tudo aquilo que atrapalhou a sua eleição no primeiro turno, ela tirou da campanha. Você pode confiar numa pessoa que assume posições contraditórias? Ninguém muda de idéia deste jeito. O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício. Ela não é confiável.

O PT chegou a dizer que havia “indícios veementes” de participação do PSDB nas encomendas dos folhetos. Isso ocorreu?
Dom Luiz Em circunstância nenhuma eu agi de acordo com orientações partidárias. Eu falei, repito, assino e afirmo: “Não tenho partido político”. Eu sou um ser político, sim, mas não partidário. Se tomei partido nesta eleição, não foi a favor do PSDB, foi contra o PT e a Dilma. As razões são claras: sou contra o aborto e a favor da vida. Não fui procurado por partido político nenhum! Fui apenas agredido por militantes do PT, que, há dez dias, fizeram um escarcéu debaixo da minha janela, às duas da manhã, com palavrões e rojões. Cheguei até a ser ameaçado.

Como foi isso?
Dom Luiz – Recebi cartas anônimas. Uma delas dizia: “O Celso Daniel foi assassinado, tome cuidado”. Fiz um boletim de ocorrência por causa disso, mas não tenho medo. Se fizerem qualquer coisa contra mim, será um tiro no pé. Será pior para eles.

É papel de um bispo se posicionar politicamente?
Dom Luiz – O papel do bispo é orientar os seus fiéis sobre a verdade, sobre a justiça e sobre a moral. Ele deve apresentar a verdade e denunciar o erro. Foi o que fiz. Tenho todo o direito – e o dever – de agir do modo que agi. Não me arrependo de ter falado o que falei. Faria tudo de novo! Se surgir um candidato que seja contra os princípios morais, contra a dignidade humana e contra a liberdade de expressão, irei me levantar de novo.

O senhor irá continuar distribuindo documentos similares aos apreendidos?
Dom Luiz – Se a Justiça liberar, vou. De qualquer forma, vou continuar manifestando minha opinião. Ninguém pode botar um cadeado, uma mordaça, na minha boca.

Para saber mais sobre toda a imundície que o PT representa, clique aqui.

Santo do dia - 30 de outubro

São Frumêncio
A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.

Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o "Padre portador da Paz". Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.

São Frumêncio, rogai por nós!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Trecho do pronunciamento de Sua Santidade o Papa Bento XVI

FRASE DO DIA:
"Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases.
Papa Bento XVI

Faltando três dias para a votação do segundo turno, o acalorado debate eleitoral ganhou um interlocutor de peso: o Papa Bento XVI.

Num discurso pronunciado, nesta manhã de quinta-feira, para bispos do Nordeste - reconhecida base eleitoral do PT de Dilma Rousseff - Bento XVI condenou com clareza "os projetos políticos" que "contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto".

Com o discurso de hoje, Bento XVI rompe, desde o mais alto grau da hierarquia católica, o patrulhamento ideológico que o PT vem impondo a bispos do Brasil através de ameaças, pressões diplomáticas, xingamentos e abusos de poder.

É conhecida a absurda apreensão, a pedido do PT, de milhares de folhetos contendo o "Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras", em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminação do aborto. É conhecida a denúncia do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, de que tem sido vítima de censura e perseguição por parte do PT (cf.Revista Veja). É arquiconhecida a prisão de leigos católicos que realizavam o "ato subversivo" de distribuir nas ruas o documento dos bispos de São Paulo.

O Papa convida os bispos à coragem de romper este patrulhamento e falar. Ao defender a vida das crianças no ventre das mães, os bispos não devem temer "a oposição e a impopularidade, recusando qualquer acordo e ambigüidade".

O pronunciamento de Bento XVI ainda exorta os bispos a cumprirem "o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas". E, numa clara alusão a uma das propostas do PNDH-3 do PT, se opõe à ausência "de símbolos religiosos na vida pública".

Com seu discurso, o Papa procura evitar que o Brasil continue protagonista de um fenômeno que seria mais típico do feudalismo medieval, do que de uma suposta democracia moderna. De fato, durante a Baixa Idade Média, era comum que os posicionamentos e protestos mais decididos fossem os do Papa, enquanto os do episcopado local, mais exposto às pressões e ao poder imediato dos senhores feudais, eram como os de um cão atado à coleira. Pode até ensaiar uns latidos, mas quem passa por perto sabe que se trata de barulho inofensivo.

Ao apagar das luzes da campanha de segundo turno, o Pontífice parece preparar o terreno para que a Igreja do Brasil compreenda, sejam quais forem os resultados das eleições, que é inútil apelar para um currículo de progressos sociais e de defesas dos oprimidos do Partido dos Trabalhadores, quando seu "projeto político" está tão empenhado em eliminar os seres humanos mais fracos e indefesos no ventre das mães.

Por: Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr.

Leia a íntegra do pronunciamento de Sua Santidade, Papa Bento XVI, clicando aqui

29 de outubro - Santo do dia

Beato Caetano Errico

A cidade de Secondigliano, grande e populosa, do norte de Nápoles, Itália, é mais conhecida como uma região de mafiosos do que de santos.

Os problemas dos seus habitantes são inúmeros, entre os quais estão as facções da máfia, a corrupção social e política que, somados, desestruturam o sistema de serviços e a consciência, propiciando a formação de gangues de todos os tipos de tráficos. Mas ela também tem boas obras. Como a de padre Caetano Errico, que fundou, em 1833, a Congregação dos "Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria".

A estátua de padre Caetano é bem visível de qualquer ângulo da cidade. Com a mão direita, ele abençoa; com a esquerda, empunha o crucifixo. A sua figura é imponente, não apenas pela beleza plástica da escultura. Ele era, realmente, um homem grande, alto e bem forte, um gigante na santidade e na figura humana.

Em 1791, essa cidade era pequena, uma planície com muito ar puro e úmido no final da tarde, chamada de Casale Régio da Cidade de Nápoles. Foi nesse ano que Caetano Errico nasceu, no dia 19 de outubro, o segundo dos nove filhos de Pasqual, modesto fabricante de macarrão, e de Maria. Quando mostrou vocação para a vida religiosa, logo obteve apoio da família. Aos dezesseis anos, ingressou no seminário e, em 1815, recebeu a ordenação sacerdotal.

Desde então, seu apostolado foi todo feito na igreja paroquial de São Cosme e São Damião, da sua cidade natal.

Em 1818, durante a pregação, teve inspiração divina para fundar uma congregação religiosa. Iniciou, imediatamente, pela construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores. Entre inúmeras dificuldades, a igreja foi erguida e abençoada doze anos depois, em 1830. Mas teve de esperar outros cinco anos para adquirir a imagem de madeira de Nossa Senhora das Dores e colocá-la no altar, onde permanece até hoje.

Além do trabalho pastoral da igreja, agora Caetano se ocupava com a construção da Casa para abrigar a nova congregação de padres. Decidiu que seria dedicada em honra dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. E nela empenhou toda a sua vida, que durou sessenta e nove anos de idade. Morreu em 29 de outubro de 1860.

Padre Caetano Errico foi homem de oração, de penitência, dedicava muito tempo ao atendimento das confissões e auxiliava materialmente, com suas obras, os marginalizados e pobres de toda a cidade e redondeza. Hoje, essa herança é distribuída através dos padres Missionários dos Sagrados Corações. Mas a memória e veneração a padre Caetano está muito presente e ainda é muito forte na população.

O culto e as graças atribuídas à sua santidade começaram quando ele ainda estava no seu leito de morte. Tanto que no interior da Casa-mãe da Congregação foi preciso instalar um museu para abrigar as doações dos elementos testemunhais dos devotos, que lembram as graças alcançadas. E é curioso como o povo não permite que a imagem do fundador seja retirada do altar, onde foi colocada, para a sua simples apresentação, quando chegou. Era para ficar no museu, mas todos a querem ver ali, ao lado de Nossa Senhora das Dores.

O papa João Paulo II proclamou bem-aventurado Caetano Errico em 2002, e designou o dia de sua morte para a homenagem litúrgica.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Posição oficial da Igreja Católica no Brasil é claramente contra o aborto por manifestação de Sua Santidade, Papa Bento XVI

Papa condena aborto e pede a bispos do Brasil que orientem fiéis politicamente
O papa Bento XVI convocou na manhã de hoje em Roma um grupo de bispos brasileiros a orientar politicamente fiéis católicos. Segundo reportagem do Estadão, durante discurso o Papa reforçou a posição da Igreja a respeito do aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos.Quando projetos políticos contemplam aberta ou veladamente a descriminalização do aborto, os pastores devem lembrar os cidadãos o direito de usar o próprio voto para a promoção do bem comum”, disse.

Papa condena aborto e pede a bispos do Brasil que orientem politicamente fiéis

Bento XVI afirmou que católicos devem 'usar o próprio voto para a promoção do bem comum'

Em reunião em Roma na manhã desta quinta-feira, 28, o papa Bento XVI conclamou um grupo de bispos brasileiros a orientar politicamente fiéis católicos. Sem citar especificamente as eleições de domingo, o papa reforçou a posição da Igreja a respeito do aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos. "Quando projetos políticos contemplam aberta ou veladamente a descriminalização do aborto, os pastores devem lembrar os cidadãos o direito de usar o próprio voto para a promoção do bem comum", disse.

Falando a bispos do Maranhão, Bento XVI reconheceu que a participação de padres em polêmicas pode ser conturbada. "Ao defender a vida, não devemos temer a oposição ou a impopularidade", continuou. O pontífice se posicionou também sobre o ensino religioso nas escolas públicas e, relembrando a história do País com forte presença católica e o monumento do Cristo Redentor, no Rio, orientou os sacerdotes que encampem a luta pelos símbolos religiosos. "A presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia de seu respeito", concluiu.

No discurso, o Papa também condenou a eutanásia, classificando a luta contra a prática como um pré-requisito para a "defesa dos direitos humanos políticos". "Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural."

Polêmica

O aborto e a questão religiosa se tornaram temas importantes na disputa entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), com trocas de acusações de ambos os lados. A disseminação de e-mails dando conta de que, no passado, a candidata petista defendeu a descriminalização da prática é apontada como um dos motivos para o fato de ela não ter vencido já no primeiro turno.

Setores da Igreja Católica, como a diocese de Guarulhos, chegaram a divulgar notas incitando os fiéis a não votar em candidatos que apóiem o aborto, e com críticas à candidatura Dilma. No último dia 17, a guerra santa acabou virando assunto de polícia depois que a PF atendeu liminar do TSE e apreendeu numa gráfica de São Paulo panfletos encomendados pela diocese, que caracterizaram propaganda eleitoral irregular. O PT acusa o PSDB pela impressão do material, uma vez que a proprietária da gráfica é irmã de um dos coordenadores da campanha de Serra. Os dois candidatos se declaram contra o aborto e dizem que não pretendem mexer na legislação em vigor sobre o tema no Brasil.

Leia abaixo a íntegra do discurso de Bento XVI:

"Amados Irmãos no Episcopado,

Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Nos nossos encontros, pude ouvir, de viva voz, alguns dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à. união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, consequência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vita, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo" (ibidem, 82). Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sociopolítico de um modo unitário e coerente, é "necessária - como vos disse em Aparecida - uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"" (Discurso inaugurai da V conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75). Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. "Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambiguidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana" (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve "encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política" (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baia da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Bênção Apostólica."

Papa adotou tom duro contra o aborto no Brasil desde o início do seu pontificado

A relação entre o Papa Bento XVI e o governo brasileiro nos últimos anos foi marcado pelas diferenças em torno da questão do aborto. Em diversas reuniões com bispos brasileiros, em encontros com embaixadores do País e mesmo com ministros, o Vaticano deixou claro que não quer ver o maior país católico do mundo aprovando leis que autorizariam o aborto.

Há um ano, o Papa Bento XVI se reuniu com o embaixador do Brasil perante a Santa Sé, Luis Felipe de Seixas Corrêa, e já mandou seu recado ao governo. O pontífice pediu que a proibição ao aborto, à eutanásia e às pesquisas com células-tronco embrionárias fosse mantida. Ele apelou para o governo "fomente os valores humanos fundamentais, a família e a proteção do ser humano desde o momento de sua concepção até a morte natural e exigiu, respeito aos experimentos biológicos".

Mas um dos momentos de maior tensão ocorreu durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil, em 2007. A polêmica foi lançada já no próprio voo entre Roma e São Paulo. Seu recado era de que deputados, senadores e políticos que votassem a favor de uma proposta de lei do aborto estariam se auto-excluindo da comunidade católica. Para o pontífice, apoiar tal lei é sinal de "egoísmo". Voando a 11 mil metros sobre o Saara, o papa deixou seus aposentos no avião para conversar com os jornalistas. Ao responder a uma questão relativa à decisão de bispos no México de declarar que os deputados que votaram por uma lei a favor do aborto seriam automaticamente excomungados, o papa deu claros sinais de apoio à decisão e ainda apontou para o Brasil.

"Essas excomunhões não são arbitrárias, mas previstas no Código (Canônico). O direito de matar um inocente, uma criança humana, é incompatível com estar em comunhão com o corpo de Cristo. Em suma, não foi feito nada de novo, de surpreendente. Eles (bispos mexicanos) apenas revelaram e declararam publicamente algo que é previsto pelo direito da Igreja, que foi a própria Igreja que estabeleceu assim", disse.

"Nessa situação, há um certo egoísmo e, de outro lado, está o valor e beleza da vida", disse Bento XVI. "A vida é bela e nisso é que está o futuro. Mesmo em condições difíceis, é sempre um dom de recriar o reconhecimento dessa beleza", disse, apontando que o aborto não seria justificado apenas por questões de dificuldades econômicas ou sociais. O papa completou sua intervenção apontando que a fé garante que a humanidade possa "resistir a esse egoísmo e a esse medo, que está em algumas coisas dessas legislações" que estão sendo discutidas em vários países.

Alguns anos mais tarde, a cúpula do Vaticano saiu em defesa da excomunhão dos médicos que realizaram um aborto de gêmeos em uma menina de 9 anos, que havia sido estuprada por seu padrasto em Pernambuco. O presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, cardeal Giovanni Battista Re, alegou que a excomunhão dos médicos foi "justa", mesmo que a interrupção da gravidez tenha sido um ato legal. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, declarou que as pessoas envolvidas no aborto da menina cometeram uma penalidade eclesiástica e que seriam punidos com a excomunhão, a penalidade máxima prevista pela Igreja Católica. Na avaliação do cardeal Battista Re, a interrupção voluntária da gravidez "representa sempre o assassinato de uma vida inocente e, para o código do direito canônico, quem pratica ou colabora diretamente com o aborto cai na excomunhão".

"É um caso doloroso, mas o verdadeiro problema é que os gêmeos concebidos eram pessoas inocentes e tinham direito de viver", afirmou o cardeal. Battista Re é considerado como o principal porta-voz dos interesses do Papa Bento XVI na América Latina. "A Igreja sempre defendeu a vida e tem que seguir fazendo isso sem se adaptar às correntes da época ou à oportunidade política", disse o cardeal.

Serra elogia pronunciamento do Papa Bento XVI no qual defende a vida

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quinta-feira que não leu na íntegra a declaração papa Bento XVI , mas que conhecia o teor. O candidato tucano afirmou que é importante o Papa orientar os católicos de todo mundo. Bento XVI condenou o aborto e conclamou os bispos brasileiros a orientarem politicamente os fiéis católicos.

- Eu não li a declaração na íntegra. O Papa é um líder espiritual mundial da igreja católica e ele tem pleno direito de emitir as suas diretrizes e orientações para os católicos do mundo. Tem plena liberdade, é um guia espiritual muito importante. E a defesa da vida é algo que merece fazer parte das palavras do Papa. Além do que é previsível e é bom para o mundo ouvir isso, a defesa da vida - disse o líder tucano

Serra participou em Uberlândia de encontro com lideranças, acompanhado pelo ex-governador de Minas Gerais e senador eleito Aécio Neves e o governador reeleito Antônio Anastasia. É a terceira vez que Serra visita a cidade mineira durante a campanha eleitoral. O candidato tucano disse que ao pedir votos em Minas "ganha energia" para a reta final da campanha.

- Minas é um estado que sintetiza o Brasil, que é o eixo político e econômico do país. Para ganhar uma eleição no Brasil, é preciso ter Minas do lado. Para governar o Brasil é preciso ter Minas do lado. Porque para a nossa economia, para o nosso desenvolvimento, é fundamental. Para a política brasileira é fundamental. E em Minas, nós temos aliados e parceiros que valem ouro na política brasileira - afirmou o tucano, elogiando os mineiros Aécio Neves e Antônio Anastasia.

28 de outubro - Santo do dia

São Simão e São Judas Tadeu

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.

São Simão:

Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa "zeloso".

Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia.

Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.

Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos.

Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu:

Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu".

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.

Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu.

Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.

São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

27 de outubro - Santo do dia

São Gonçalo de Lagos

Este santo português nasceu em Lagos, no Algarve, por volta do ano de 1370.

Tomou o hábito de Santo Agostinho no convento da Graça, em Lisboa, aos 20 anos.

Dedicou-se à uma vida de jejuns e de penitências enquanto aplicava-se às letras, aos estudos.

Homem zeloso na vivência da Regra Religiosa, virtuoso e cheio de pureza, Gonçalo dedicou-se também à pregação chegando a ser superior de alguns mosteiros da sua Ordem.

O último mosteiro foi o de Torres Vedras, onde morreu em 1422, depois de exortar aos que viviam com ele no mosteiro à observância religiosa e à uma vida virtuosa.

São Gonçalo de Lagos, rogai por nós!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

26 de outubro - Santo do dia

São Luis Orione

O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione.

Nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872. Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: "Um terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens".

Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve como lema: "Renovar tudo em Cristo".

Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas.

Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação da "Pequena Obra da Divina Providência". Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os "Eremitas da Divina Providência".

Em 1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos "Filhos da Divina Providência", Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a "trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade".

Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos "Filhos da Divina Providência", em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das "Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade", Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional.

O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: "Jesus! Jesus! Estou indo."

Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.

O Papa Pio XII o denominou "pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada" e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.

São Luís Orione, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bispo volta a criticar o PT que chama de ‘partido da morte’

Bispo aumenta críticas e chama PT de 'partido da morte'
"O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte",
afirmou ontem d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo diocesano de Guarulhos, na Grande São Paulo. "O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender."

D. Luiz é a voz dentro da Igreja católica que desconforta Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e a coloca no centro da polêmica sobre o aborto. É dele a iniciativa de fazer 2 milhões de cópias do folheto "apelo a todos os brasileiros e brasileiras".

Mais que um libelo contra a interrupção da gravidez, o documento é uma recomendação expressa aos brasileiros para que "nas próximas eleições deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto". Não cita nominalmente a petista, mas é a ela que se refere claramente.

"Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo", disse d. Luiz, na casa episcopal, onde recebeu a imprensa para falar pela primeira vez sobre a ação da Polícia Federal que, há uma semana, confiscou 1 milhão de folhetos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A corte acolheu liminarmente ação cautelar do PT que alegou ser alvo de documento apócrifo e falso. "Foi uma violência contra a Igreja", reprova o bispo. Mas ele não recua. Por meio dos advogados da Mitra de Guarulhos, João Carlos Biagini e Roberto Victalino de Brito Filho, o bispo requer ao TSE que revogue a decisão provisória e determine a imediata devolução da papelada que mandou fazer na Gráfica Plana, no Cambuci, em São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

25 de outubro - Santo do dia

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão

O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.

Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.

Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.

Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.

No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.

Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.

Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.

Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.

Santo Antonio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

domingo, 24 de outubro de 2010

Evangelho do dia

Evangelho do dia

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

30º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Lucas 18,9-14.

Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais: «Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.' O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.' Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : S. João Crisóstomo

«Tem piedade de mim, que sou pecador»


Um fariseu e um publicano subiram até ao Templo para a oração. O fariseu começou por enunciar as suas qualidades, e proclamava: «Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.» Miserável, que te atreves a julgar toda a terra! Porque espezinhas o teu próximo? E ainda sentes necessidade de condenar este publicano! [...] A terra não te foi suficiente? Acusaste todos os homens, sem excepção: «por não ser como o resto dos homens [...] nem como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo». Infeliz! Quanta presunção nestas palavras!


Quanto ao publicano, que ouviu muito bem estas afirmações, podia ter retorquido: «Quem és tu para te atreveres a proferir tais murmurações sobre mim? Donde me conheces? Nunca viveste no meu meio, nem pertences ao grupo dos meus íntimos. Porquê tamanho orgulho? Aliás, quem pode comprovar as tuas boas acções? Porque fazes dessa maneira o teu próprio elogio, e quem te incita a gloriares-te desse modo?» Mas não fez nada disso ― muito pelo contrário! Prostrou-se por terra e disse: «Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.» Porque fez prova de humildade, saiu justificado.

O fariseu abandonou o Templo privado de qualquer absolvição, enquanto o publicano se foi embora com o coração renovado pela justiça reencontrada. [...] E, no entanto, não havia nele ponta de humildade, no sentido em que usamos este termo quando algum nobre desce do seu estado. No caso do publicano, portanto, não era de humildade que se tratava, mas de simples verdade, porque ele dizia a verdade.

Santo do dia - 24 de outubro

Santo Antonio Maria Claret

O santo lembrado hoje foi de muita importância para a Igreja que guarda o testemunho de sua santidade, que mereceu a frase do Papa Pio XI que disse: "Antônio Maria Claret é uma figura verdadeiramente grande, como apóstolo infatigável". Nasceu em 1807 em Sallent (Província de Barcelona - Espanha), ao ser batizado recebeu o nome de Antônio João, ao qual ele veio depois acrescentar o de Maria como sinal de sua especial devoção à Santíssima Virgem: "Nossa Senhora é minha Mãe, minha Madrinha, minha Mestra, meu tudo, depois de Cristo".

Antônio Maria ajudou o pai numa fábrica de tecidos até os 22 anos, quando entrou para o seminário de vida, pois almejava um sacerdócio santo e como padre desejou consagrar-se nas difíceis missões da Espanha. Ao ver a pobreza dos missionários e as portas se abrindo, Antônio Maria, com amigos, tratou de fundar a "Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria", conhecidos como Claretianos.

O Carisma era evangelizar todos os setores, por meio da caridade de Cristo que constrangia, por isso dizia: "Não posso resistir aos impulsos interiores que me chamam para salvar almas. Tenho sede de derramar o meu sangue por Cristo!" Mal tinha fundado a Congregação, o Espírito o nomeou para Arcebispo de Santiago de Cuba, onde fez de tudo, até arriscar a própria vida, para defender os oprimidos da ilha e converter a todos, conta-se que ao chegar às terras cubanas foi logo visitar e consagrar o apostolado à Nossa Senhora do Cobre.

Com os amigos o Arcebispo Santo Antônio Maria Claret, evangelizou milhares de almas, isto através de missões populares e escritos, que chegaram a 144 obras. Fundador das Religiosas de Maria Imaculada, voltou a Espanha, também tornou-se confessor e conselheiro particular da rainha Isabel II; participou do Concílio Vaticano I, e ao desviar-se de calúnias retirou-se na França onde continuou o apostolado até passar pela morte e chegar na glória em 24 de outubro de 1870.

Foi beatificado em 1934 pelo Papa Pio XI e canonizado por Pio XII em 1950. Pelo seu amor ao Imaculado Coração de Maria e pelo seu apostolado do Rosário, tem uma estátua de mármore no interior da Basílica de Fátima.

Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!

sábado, 23 de outubro de 2010

23 de outubro - Santo do dia

São João de Capistrano

O santo de hoje fez da ação um ato de amor e do amor uma força para a ação, por isso, muito penitente e grande devoto do nome de Jesus chegou à santidade. João nasceu em Capistrano (Itália), em 1386, e com privilegiado e belos talentos, cursou os estudos jurídicos na universidade de Perusa. Juiz de direito, casado e nomeado governador de uma cidade na Itália, acabou na prisão por causa de intrigas políticas. Diante do sistema do mundo, frágil, felicidade terrena, e após a morte de sua esposa, João quis entrar numa Ordem religiosa.

Com este objetivo teve João a coragem de vender os bens, pagar o resgate de sua missão, dar o resto aos pobres e seguir Jesus como São Francisco de Assis. O superior da Ordem, conhecendo os antecedentes de João, o submeteu a duras provas de sua vocação e, por tudo, João passou com humildade e paciência. Ordenado sacerdote consagrou-se ao poder do Espírito no apostolado da pregação; viveu de modo profundo o espírito de mortificação. João de Capistrano enfrentou a ameaça dos turcos contra a Europa e a tentativa de desunião no seio da própria Ordem Franciscana. Apesar de homem de ação prodigiosa e de suas contínuas viagens através de toda a Europa descalço, João foi também escritor fecundo, consumido pelo trabalho.

São João tinha muita habilidade para a diplomacia; era sábio, prudente, e media muito bem seus julgamentos e suas palavras. Tinha sido juiz e governador e sabia tratar muito bem às pessoas. Por isso quatro Pontífices (Martinho V, Eugênio IV, Nicolau V e Calixto III) empregaram-no como embaixador em muitas e muito delicadas missões diplomáticas e com muito bons resultados. Três vezes os Sumos Pontífices quiseram nomeá-lo Bispo de importantes cidades, mas preferiu seguir sendo humilde pregador, pobre e sem títulos honoríficos. Em 1453, os turcos muçulmanos propuseram invadir a Europa para acabar com o Cristianismo. Então São João foi à Hungria e percorreu toda a nação pregando ao povo, incitando-o a sair entusiasta em defesa de sua santa religião. As multidões responderam a seu chamado, e logo se formou um bom exército de crentes. Os muçulmanos chegaram perto de Belgrado com 200 canhões, uma grande frota de navios de guerra pelo rio Danúbio, e 50.000 terríveis jenízaros da cavalo, armados até os dentes.

Os chefes católicos pensaram em retirar-se porque eram muito inferiores em número. Mas foi aqui quando interveio João de Capistrano: empunhando um crucifixo, foi percorrendo com ele todas as fileiras, animando os soldados com a lembrança de que iam combater por Jesus Cristo, o grande Deus dos exércitos. tanta confiança e coragem inspirou a presença do santo aos cristãos, que logo ao primeiro ímpeto foi derrotado o exército otomano. Morreu aos 71 anos de idade a 23 de outubro de 1456 e foi beatificado pelo Papa Leão X e solenemente canonizado pelo Papa Alexandre VIII.

São João de Capistrano, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Santo do dia - 22 de outubro

São Guadêncio

O nome do santo que lembramos neste dia, é Gaudêncio, que vem do latim "gaudere", que significa alegrar-se. Muito sugestivo, pois é com alegria que contemplamos a vida deste santo Bispo de Bréscia, na Itália.

Provavelmente, era natural daquela cidade que conheceu no século II o Cristianismo, e onde fazia parte do seu Clero diocesano. Muito conhecido e respeitado pela santidade, zelo pastoral e eficácia na pregação, São Gaudêncio foi amigo de vários outros Bispos santos (principalmente Santo Ambrósio de Milão).

No ano 400, como peregrino, foi conhecer a Igreja de Cristo e as grandes igrejas da antiguidade. Nesta viagem, fez amizade com o Patriarca de Constantinopla, São João Crisóstomo, e também no Oriente adquiriu relíquias de mártires, que levou para sua cidade episcopal, a fim de motivar a pureza da fé.

Admirado pela oratória, deixou como riqueza numerosos sermões, tratando do mistério pascal, festas litúrgicas e comentários sobre o Evangelho. Após uma vida muito frutuosa no culto e no cuidado das ovelhas do Bom Pastor, principalmente de amor aos pobres, Gaudêncio entrou no Céu no ano de 410.

Desde logo recebeu o culto de veneração que a Igreja ratificou em seu Martirológio. Suas relíquias conservam-se na Igreja de São João Evangelista em Bréscia.

São Gaudêncio, rogai por nós!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Presidente da CNBB volta a defender a proibição do aborto

Ao apresentar o tema da campanha da fraternidade de 2011, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, voltou a defender a proibição do aborto no Brasil. Ele disse que a posição da Igreja nesse assunto "é inegociável" e defendeu a discussão do tema na campanha eleitoral.

- Estado laico não é sinônimo de Estado ateu ou antirreligioso ou arreligioso - disse Dom Geraldo.

- O Estado brasileiro é laico, mas a sociedade é religiosa.

O tema da Campanha da Fraternidade de 2011 será "Fraternidade e a vida no planeta". O foco da campanha é o aquecimento global e a poluição no planeta, mas o lema faz referência à palavra parto: "A criação geme em dores de parto". Dom Geraldo disse que os temas da campanha costumam ser escolhidos com dois anos de antecedência e que não há relação entre o tema de 2011 e a atual campanha presidencial, na qual se discutiu questões ambientais e aborto. O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, disse que o lema foi definido em junho do ano passado.

Para o presidente da CNBB o fato de que bispos tenham entrado na campanha eleitoral defendendo que os fiéis não votassem na candidata do PT, Dilma Rousseff, em função de ela ser supostamente favorável ao aborto, não rachou a Igreja. Dom Geraldo deixou claro que apenas quem fala em nome da Igreja do Brasil é a CNBB e que quem fala em nome da CNBB é a sua Assembleia Geral, o seu Conselho Permanente ou o presidente da entidade. Ele afirmou, porém, que os bispos individualmente têm liberdade até para orientar o voto de fiéis dentro de sua diocese, mas não de falar em nome da Igreja.

- Na diocese, o bispo tem plena autonomia. Tem o direito e o dever de orientar s seus fiéis - afirmou Dom Geraldo.

- A CNBB não aponta partido, não indica candidatos.

Dom Geraldo defendeu também o direito de a Igreja expor as suas posições durante a campanha, lembrando que até mesmo grupos minoritários fazem o mesmo.

- O que não se pode é querer silenciar a Igreja.

Dom Geraldo concedeu a entrevista na sede da CNBB, onde se realiza reunião do Conselho Permanente da Entidade

21 de outubro - Santo do dia

Santa Úrsula

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.

Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo, ou então, encontrar um meio de evitar o casamento. Mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra.

Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, ao invés de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.

Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado ao próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem, no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.

Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que nesta época a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.

Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.

Santa Úrsula, rogai por nós!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

20 de outubro - Santo do dia

São Pedro de Alcântara

"Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências" (Gal 5,24)

Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.

Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.

Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus".

Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.

São Pedro de Alcântara, rogai por nós!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Padre faz campanha contra aborto, contra Dilma, no interior do Goiás

Numa pequena sala ao lado da catedral Bom Jesus, no centro de Anápolis (GO), o padre Luiz Carlos Lodi mantém seu bunker e suas ofensivas contra os defensores da descriminalização do aborto. Foi de lá, em 1998, que o religioso iniciou sua cruzada contra o então ministro da Saúde, José Serra, que assinou a norma técnica que permite, na rede do SUS, a realização do aborto em mulher vítima de estupro. O alvo de Lodi hoje é Dilma Rousseff que, segundo ele, é de um partido abortista, o PT.

Na disputa entre os dois no segundo turno, o padre, que preside o movimento Provida de Anápolis, prega o voto útil. Faz uma espécie de apoio crítico ao tucano, considerado por ele um "mal menor". Lodi repete expressões e metáforas do bispo emérito de Anápolis, dom Manoel Pestana, e diz que Serra, nessa questão de aborto, é um "incêndio controlado" e Dilma, uma "catástrofe incontrolável".

Na falta do bom, a gente vota no menos mau - disse o padre Lodi.

Contra Dilma, o religioso usa todas as mídias possíveis: panfleto, o pequeno jornal do Provida, a internet, telefonemas e até a homilia nas missas que celebra todos os dias.

- Não posso me calar. O crime do aborto é o tipo de homicídio que mais ofende a Deus. Peço aos cristãos que rezem, dobrem os joelhos mesmo. A Dilma dizer agora que é a favor da vida e que nunca defendeu o aborto é alterar a verdade dos fatos.

Num dos boletins do Provida, o padre recomenda a opção por Serra e aconselha os fiéis de Anápolis, ao entrarem na cabine eleitoral no dia 31 de outubro, que rezem para não cair na tentação de anular o voto.

"Na hora de pressionar as teclas, talvez seja preciso prender a respiração antes de digitar 45 (número de Serra). Mas o amor à Deus e à Pátria exige de nós esse sacrifício".

O Provida de Lodi mantém um abrigo para acolher mulheres, de todas as faixas etárias, que engravidam de padrastos, homens que não assumem a responsabilidade e várias vítimas de violência sexual. O padre estimula as mulheres, mesmo as que sofreram estupro e até com 11 anos de idade, a terem o filho.

- É um mito dizer que a mãe rejeita o filho resultante do estupro. Pelo contrário. Todas têm um apego extraordinário a eles. É o preferido da mãe..

O religioso formou-se em Direito e faz doutorado. O tema de sua tese de dissertação é "A alma do embrião humano".

Fonte: O Globo

Contra os filhos das trevas

Contra a PRAGA do aborto e as PRAGAS que assolam a nossa Pátria.

Recife, 07 de outubro de 2010.

Caros amigos.

Este cidadão pretende divulgar todos os artigos e declarações de instituições e pessoas que se posicionam contra a prática do aborto. Há décadas que me posiciono contra esta prática criminosa sob todos os pontos de vista cristãos.

Por minha sugestão e estímulo foi criado um movimento atuante contra o Aborto. Não entendo e fico indignado quando observo que partidos de esquerda insistem em impor à nossa Nação esta agenda dos filhos das trevas. Hoje, depois de um insucesso político, estes lobos e lobas fingem ter se tornado cordeiros e ovelhas.

Negam a existência de vídeos, declarações em revistas, discursos e documentos oficiais que comprovam a sua determinação em impor à nossa sociedade a conduta criminosa do infanticídio praticado pelas próprias mães. Pregam, e querem impor, o assassinato das nossas crianças na proteção do útero de suas mães. Querem tornar em assassinas, de seus próprios filhos, as gestantes.

Lembro que o assassinato das crianças no útero de suas mães, defendido, planejado e imposto por tais partidos de esquerda, pretende atingir o ser humano em estado avançado de gravidez. Aborto ou infanticídio praticado, inclusive, no âmbito do casamento formal ou na relação conjugal estável, SEM o conhecimento, consentimento ou cumplicidade do marido. Estimulam a prática desta conduta criminosa com o objetivo patente de inviabilizar a vida da família. Pretendem destruir a união conjugal e subjugar a mulher com o fardo da culpa, por assassinato de seu próprio filho, no campo comportamental, e do pecado no campo da religiosidade cristã. Fardo este que ficará impresso na alma e no comportamento de forma irreversível.

Conclamo a todos que receberem os documentos que este cidadão signatário pretende selecionar e divulgar que, caso concordem em combater este genocídio, os repassem a todos os seus amigos e e-mails conhecidos.

Temos que barrar a PRAGA do aborto, planejada, proposta e imposta pelas PRAGAS que assolam a nossa Pátria.

Contra a PRAGA do aborto e as PRAGAS que assolam a nossa Pátria.

Contra os Filhos das Trevas.

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Santo do dia - 19 de outubro

São Paulo da Cruz

Nasceu em Ovada (Itália) em 1694, de piedosos pais, que muito educaram o filho no Cristianismo. Foi o segundo de 16 filhos. Quando jovem de oração e contemplativo, fez uma aliança com colegas, a fim de meditarem a Paixão e morte de Jesus.

De início, trabalhou com o pai e não sentia o chamado ao sacerdócio, mas, ao apostolado. Aos 19 anos, ouvido uma exortação do pároco, sentiu-se profundamente comovido e resolveu entregar-se inteiramente ao serviço de Deus. Assim, partilhou com um Bispo, o impulso de propagar a devoção à Paixão e morte daquele que morreu por amor à humanidade e salvação de cada um.

Enviado pelo Bispo, tornou-se instrumento de conversão para milhares, até que o Bispo ordenou-o sacerdote e, mais tarde, o Papa deu a licença para aceitar candidatos em seu Noviciado.

Nasceu desta maneira a Congregação dos Padres Passionistas, com a finalidade de firmar nos corações dos fiéis um grande amor à Paixão e morte de Nosso Senhor, através das missões populares. Além da Congregação dos Passionistas, fundou também um instituto feminino de estrita clausura: as Irmãs Passionistas.

Profundo devoto da Sagrada Paixão, o fundador São Paulo da Cruz desde que começou o apostolado sozinho não abandonou o hábito preto, a cruz branca e as duras penitências, como se alimentar de pão e água e dormir no chão. Depois de muito evangelizar (também através de seus muitos escritos) e alcançar milagres para o povo, associou-se à Cruz e à Nossa Senhora das Dores, para entrar como vitorioso no Céu em 1775, somando 81 anos de idade. O Papa Pio IX canonizou-o em 1867. O seu corpo venera-se na basílica dos santos João e Paulo.

São Paulo da Cruz, rogai por nós!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Arcebispo do Rio prega o voto em quem ‘respeita a vida’

Em artigo, arcebispo do Rio prega voto em quem 'respeita a vida'

Por meio de um artigo, o arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, reafirmou a posição tomada em nota pela Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende o estado do Rio de Janeiro.

Tempesta defende o voto em "candidatos que tenham compromisso com o Evangelho, que respeitem a vida desde a concepção até o seu termo natural", além de destacar alguns critérios para valorizar o voto: "defesa da dignidade da Pessoa humana e da Vida em todas as fases e manifestações, defesa da família segundo o plano de Deus, liberdade de Educação e liberdade religiosa no ensino, a solidariedade com particular atenção aos pobres e excluídos, o respeito à subsidiariedade e o compromisso na construção de uma cultura da paz em todos os níveis".

Leia abaixo o artigo na íntegra:

"O evangelho e a vida

Uma grande questão do mundo atual é a antropologia, ou seja, como nós consideramos o ser humano - quais são seus direitos, deveres e sua dignidade. As pessoas de fé também são cidadãos e merecem ser ouvidos em suas idéias e convicções. A verdadeira fé não é irracional e nem leva a fundamentalismos e sim à construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. A nossa Arquidiocese já manifestou muitas vezes as orientações para os católicos neste tempo de escolhas e decisões importantes. Nós nos colocamos como aqueles que procuram ajudar as pessoas a emitirem seu juízo e sua escolha de acordo com a sua consciência bem formada.

No dia 16 de setembro passado, portanto, antes do Primeiro turno das eleições gerais deste ano publiquei um artigo intitulado " Aproximam-se as eleições" . Neste artigo reafirmei a posição oficial da CNBB, do Regional Leste 1 da CNBB e da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em que a Igreja Católica não tem candidatos, não tem preferência ou colorido partidário e que não estaremos indicando nenhuma candidatura e nem apresentando lista de candidatos.

A Igreja Católica, no geral, trabalhou, colheu assinaturas e apresentou para a aprovação o Projeto de iniciativa popular chamado " Ficha Limpa" em que prestou um grande serviço ao Brasil, como também o foi a assim chamada lei 9840.

No artigo acima recordei que todos os eleitores " participamos da missão profética de Cristo, pela qual deve ser instaurado o Reino de Deus, a Justiça, a Verdade, o Amor e a Paz. Esta voz profética exige de nós uma vigilância e participação contínua sobre a realidade em que vivemos, infelizmente manchada com muitos contra-valores e interesses que desencadeiam violência e injustiças" .

Por isso o que a Arquidiocese reafirma é convocar os seus fiéis, na liberdade e na responsabilidade do foro sagrado e secreto do poder eleitoral que o voto faculta, a comparecer às urnas e exercitar a sua cidadania fora de qualquer pressão externa para votar em consciência nos candidatos que tenham compromisso com o Evangelho, que respeitem a vida desde a concepção até o seu termo natural, passando por todos os momentos da vida humana e ajudando as pessoas a viverem com dignidade no trabalho, saúde, habitação, lazer, locomoção, comunicação, como eu deixei claro no referido artigo, reafirmando não só o meu pensamento pessoal, mas a minha estreita comunhão com o Papa Bento XVI, com o Magistério Universal da Igreja Católica, portanto, com toda a Igreja: “O nosso Regional Leste 1 da CNBB recordou alguns critérios para valorizar o nosso voto: defesa da dignidade da Pessoa humana e da Vida em todas as fases e manifestações, defesa da família segundo o plano de Deus, liberdade de Educação e liberdade religiosa no ensino, a solidariedade com particular atenção aos pobres e excluídos, o respeito à subsidiariedade e o compromisso na construção de uma cultura da paz em todos os níveis" .

A Arquidiocese do Rio incentiva a participação política de todos os fiéis e se preocupa em oferecer critérios para que possam escolher seus candidatos, de forma livre e consciente, em conformidade com a doutrina social da Igreja.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o Regional Leste 1 da CNBB, que reúne todas as dioceses do estado do Rio, também manifestaram durante os momentos antecedentes ao primeiro turno, textos com orientações sobre o voto consciente para os católicos. A Cúria Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, para reforçar e esclarecer a posição da Igreja Católica divulgou, sob a nossa autoridade, no dia 16 de setembro, uma nota sobre as eleições para todas as paróquias da Cidade. Nessa nota, declarou: " (...) tendo em vista a proximidade das eleições, informo que a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro não possui nenhum tipo de compromisso ou ligação com quaisquer candidatos ou partidos políticos" . A nota ainda ressaltou: " Ao contrário, a Arquidiocese gostaria de recordar a importância da escolha individual, que deve ser feita por cada fiel cristão. (...)" .

Não aceitamos nenhuma manifestação que tem por escopo dividir o Povo de Deus. Por isso, o Regional Leste 1, tornou público nessa segunda-feira a sua manifestação, em nota, acerca do Segundo Turno. Não é aceitável a visão da pessoa fechada ao transcendente, sem referência a critérios objetivos e determinada substancialmente pelo poder dominante e pelo Estado revelando uma antropologia reduzida.

A " Nota da CNBB em relação ao Momento Eleitoral" de 8 de outubro de 2010 também afirma o " direito - e mesmo, dever - de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã" .

Por isso, ao recordar no último final de semana aos nossos párocos a necessidade de orientar o povo sem fazer campanha específica de candidatos dentro dos templos está em sintonia com o que pede a atual legislação eleitoral e a natureza das orientações da Igreja que sempre procurou pautar assim suas decisões.

Reafirmamos que a Arquidiocese do Rio não apóia candidatos e nem partidos. Trabalhamos pelo Evangelho e anunciamos a vida e conclamamos nossos fiéis a votarem com consciência em candidatos que trabalhem em favor do povo, da valorização da vida, da coerência familiar e dos valores do Evangelho. Neste momento elevamos nossas “mãos para o céu" para pedir serenidade, paz e unidade para todos para que votem com critérios longe de qualquer pressão externa.

Por fim deixo as palavras de Jesus para iluminar nossa caminhada até as eleições, na ordem e preocupados com o bem comum como católicos unidos no perdão, na acolhida e na misericórdia: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim!"

Nota dos editores do Blog Catolicismo Brasil: resta indiscutível que a recomendação da CNBB apesar de não citar o PT nem a Dilma, ao recomendar que votem em candidatos que entre outras atitudes valorizem a vida e a família, repudia o voto na Dilma e no PT – tanto o PT quanto a Dilma pretendem liberar o aborto (homicídio = desvalorização da vida) e instituir o casamento gay (destruição da família.
Existem documentos que provam esta posição do PT e da Dilma.

18 de outubro - Santo do dia

São Lucas

Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos.

No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais.

No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz". É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".

São Lucas, rogai por nós!