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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

31 de outubro - Santo do dia

Santo Afonso Rodrigues 


Diante da “galeria” de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues

Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram.

Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade.

Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: “Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina”. Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia.

Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.


Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!



São Quintino

Mártir (século III)

As notícias sobre o apóstolo da Picardia são duvidosas. Certa é, de qualquer maneira, sua existência e o martírio sofrido em Vermand, cidade que hoje leva seu nome, Saint-Quintin, às margens do rio Somme.

Segundo a tradição — reconstruída várias vezes e enriquecida de episódios lendários —, Quintino era romano, quinto filho de uma família numerosa (fato insólito no baixo império) e cristã.

Partiu de Roma com alguns companheiros para evangelizar a Gália. Com ele estava Luciano, também mártir e santo. Os dois dividiram entre si o território da Picardia para evangelizar. Luciano escolheu Beauvais; Quintino estabeleceu-se em Amiens e, a partir daí, difundiu a mensagem evangélica nas regiões circunvizinhas.

Fê-lo com muito sucesso, até o momento em que o prefeito romano julgou oportuno detê-lo e encerrá-lo na prisão, numa tentativa de fazê-lo mudar de opinião, talvez, devolvendo-o a Roma. Mas Quintino não era do gênero dos que se furtam a compromissos e o prefeito condenou-o à morte.

Como romano, o obstinado missionário merecia o privilégio — se tal cabe dizer — da decapitação. Mas como cristão (e os cristãos eram acusados de ateísmo por causa de sua recusa em adorar os deuses de Roma), teve uma morte dolorosa, precedida de várias torturas. Tudo isso aconteceu durante o império de Diocleciano ou de Maximiano (a tradição não é clara).

A lenda se desdobra, a seguir, em outras particularidades. O corpo de Quintino foi lançado a um rio em cujo fundo teria permanecido cerca de 50 anos, até que as orações de uma mulher piedosa o fizeram vir à tona, ainda intacto. Ou, mais provavelmente — retifica outra tradição —, o corpo de são Quintino teria sido reencontrado por um santo monge que lhe deu digna sepultura, erigindo sobre sua tumba um mosteiro a ele dedicado, perto de Vermand, lugar de peregrinações populares desde a alta Idade Média.


 São Quintino, rogai por nós!

São Wolfgang


Bispo (924-994)

No final do século I, surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu, está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores.

Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos 7 anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado por beneditinos, no Convento de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da Eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa.

Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves, cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar.

Com a morte do bispo, em 965, decidiu retirar-se no mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos.

Wolfgang foi bem aceito e iniciou, com sucesso, a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona.

Ratisbona, cidade da Baviera, cujos vales dos rios Reno e Naab ligam as terras da Boêmia, que dependiam daquela diocese, ou seja, do bispo Wolfgang. Lá, ele, novamente, foi mestre e discípulo, professor e aprendiz. Mas foi, principalmente, o grande evangelizador e coordenador político. Caminhava de paróquia em paróquia dando exemplos de religiosidade e caridade, pregando e ensinando a irmãos, padres e leigos.

Sua fé e dedicação ao trabalho trouxeram-lhe fama, e até o próprio duque da Baviera confiou-lhe os filhos para educar. Foi a atitude acertada, porque Henrique, o filho mais velho do duque, tornou-se imperador da Baviera. Bruno, o segundo filho, foi bispo exemplar, como seu mestre. A filha, Gisela, foi um modelo de rainha católica na história da Hungria. E finalmente, a outra filha, Brígida, tornou-se abadessa de um mosteiro fundado pelo bispo Wolfgang.

Mas esse não foi o único mosteiro que criou, foram vários, além dos restaurados, das igrejas, hospitais, casas de repouso e creches, também fundados e administrados sob sua orientação. Sua visão evangelizadora era tão ampla que passava pelo curso político da história. Assim, surpreendeu os poderosos da época e até os superiores do clero quando decidiu separar da diocese de Ratisbona as terras da Baviera, para criar uma nova, com sua sede episcopal em Praga. Apesar das reclamações, agiu corretamente e fundou a diocese de Praga, que, em 976, teve seu primeiro bispo, Tietemaro, depois sucedido pelo grande santo Alberto, doutor da Igreja.

Desse modo, robusteceu a missão evangelizadora e o cristianismo firmou raízes nas terras germânicas. Em 974, devido à luta entre Henrique II da Baviera e o imperador Oto II da Alemanha, refugiou-se num mosteiro em Salzburg. E não perdeu tempo, erguendo, ali perto, uma igreja dedicada a são João Batista, que depois foi aumentada, reformada e, em sua memória, recebeu o seu nome.

Wolfgang fazia uma viagem evangelizadora pela Áustria quando adoeceu. Morreu alguns dias depois, em Pupping, no dia 31 de outubro de 994. Foi canonizado, em 1052, pelo papa Leão IX. A festa de são Wolfgang, celebrada no dia de sua morte, é uma das mais tradicionais da Igreja, especialmente entre os povos cristãos de língua germânica.



São Wolfgang, rogai por nós!

 

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

30 de outubro - Santo do dia

São Frumêncio 

 A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação

São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. 

Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.

Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.

São Frumêncio, rogai por nós!


São Marcelo

Mártir (+298)

O martírio de são Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano, e sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos.

Marcelo era um centurião do exército romano da guarnição de Tânger. Como tal, foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano. Era sabido que, em tal circunstância, os participantes deveriam honrar uma estátua do imperador com o gesto de lançar incenso no braseiro posto a seus pés, o que os cristãos consideravam idolátrico.

Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e declarou-se cristão, o que era passível da pena capital.

Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário — em latim, exceptor — recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados à morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão.

Foram ambos aprisionados e, poucos dias depois, sofreram o martírio: Marcelo em 30 de outubro; Cassiano em 3 de dezembro. O poeta Prudêncio dedica-lhes um hino.


São Marcelo, rogai por nós! 


terça-feira, 29 de outubro de 2019

29 de outubro - Santo do dia

São Narciso


Bispo (+222)



Presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo


Não faltam informações sobre este longevo bispo de Jerusalém: Eusébio dedica um inteiro capítulo de sua História eclesiástica aos milagres realizados pelo santo — dentre os quais, o mais conhecido foi o de transformar a água em azeite para alimentar as lamparinas da igreja.

Por Eusébio, ficamos sabendo que Narciso foi o 15º bispo de Jerusalém e presidiu o sínodo no qual se decidiu, entre outras resoluções, uniformizar com base na Igreja de Roma a data da celebração da Páscoa. As inovações não agradaram a todos; talvez por causa dessa sua iniciativa, alguém tenha cogitado em dele se desembaraçar, tramando para tal uma acusação infamante.

Narciso não julgou oportuno defender-se e, para não dividir a própria comunidade em inocentistas e culpabilistas, preferiu desaparecer da sociedade. Foi viver como eremita perto do deserto, até que uma das testemunhas que havia jurado em falso decidiu dizer a verdade. Mas tinham-se passado já muitos anos desde o desaparecimento de Narciso, e os cristãos de Jerusalém, considerando-o morto, elegeram um novo bispo.

Com estupor, mas também com grande alegria, viram-no reaparecer e rogaram-lhe que retomasse seu posto. Narciso aceitou, mas quis ter a seu lado um coadjutor escolhido por ele. Assim pôde confiar a cura pastoral ao amigo Alexandre, então bispo na Capadócia, que ficou junto dele nos seus últimos dez anos de vida.

Por meio de uma carta do bispo Alexandre aos fiéis de Antínoe, no Egito, ficamos sabendo da longevidade de Narciso. Nela se lê: “Saúda-vos Narciso, que antes de mim ocupou esta sede episcopal e, agora, está colocado na mesma categoria que eu nas orações. Ele agora completou 116 anos e vos exorta, como eu, à concórdia”.



 São Narciso, rogai por nós!


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Quem foi São Judas Tadeu?

São Judas Tadeu



Segundo um escritor judeu do século II, Hegesipo, São Judas Tadeu era filho de Alfeu, o mesmo que Cléofas, um dos discípulos de Emaús, esposo de Maria de Cléofas, que estava aos pés de Jesus na Cruz. Segundo o mesmo autor, Cléofas era irmão de São José, e teria ainda como filhos, os apóstolos Simão menor e Tiago menor. Daí esses serem chamados de “irmãos do Senhor”, na verdade primos. Sabemos que o hebraico não usava a palavra “primos”.


O livro apócrifo “Atos de Simão e Judas”, afirma que os dois apóstolos percorreram juntos as doze províncias do império persa tendo sido martirizados. Judas, não o Iscariotes, diz o evangelista São João, tem o sobrenome de Tadeu, e é identificado como o autor da epístola que traz o seu nome.


Conforme as notícias de Eusébio, bispo de Cesareia no século IV, em sua História Eclesiástica, São Judas teria sido o esposo nas bodas de Caná, o que explicaria a presença de Maria e de Jesus.


Leia também: Santos Simão e Judas


A Carta de São Judas é uma severa advertência contra os falsos mestres, um combate aos gnósticos,  e um convite a manter a pureza da fé. Judas escreve para cristãos oriundos do paganismo ameaçados por falsas doutrinas, o que era comum em toda a Ásia Menor, onde se negava a divindade de Jesus, injuriavam os anjos, zombavam das verdades pregadas pelos Apóstolos e causavam divisões na comunidade. É o gnosticismo presente na Igreja. 

A Carta de Judas tem grande semelhança com a segunda de Pedro. Em ambas aparecem as mesmas expressões raras e as mesmas ideias, especialmente com relação aos falsos pregadores e falsas doutrinas. São Judas diz que escreveu a seus amados para “exortar-vos a combaterdes pela fé, uma vez por todas confiada aos santos. De fato infiltraram-se entre vós alguns homens marcados por essa sentença, uns ímpios que converteram a graça de nosso Deus num pretexto para a licenciosidade e negam Jesus Cristo nosso único mestre e Senhor.” (Jd 1,3-4).

O povo tem uma devoção profunda a São Judas, como santo das causas perdidas, porque sabe que, como Apóstolo e mártir, intercede diante de Deus por nós sem cessar.


São Judas Tadeu é o nome e o protetor de nossa Fábrica de imagens sagradas, associada à Editora Cléofas, que produz belas imagens pintadas artesanalmente em seis tipos de pintura: Tradicional, Envelhecida, Semi barroca, Barroca, Marfim e Areia. 

A Fábrica tem mais de 60 anos produzindo com devoção e arte as belas imagens. 
Tel.: (12) 3153-1818 – www.fabricadeimagemsjt.com.br/


Prof. Felipe Aquino

Oração a São Judas Tadeu - Santo das causas impossíveis e Padroeiro do MENGÃO

Oração a São Judas Tadeu - Santo das causas impossíveis e Padroeiro do MENGÃO









São Judas Tadeu, um dos santos mais populares da Santa Igreja

São Judas Tadeu, um dos santos mais populares da Santa Igreja, é invocado como o santo dos desesperados
e aflitos, o santo das  causas sem solução e das causas perdidas


São Judas Tadeu, nasceu em Caná da Galiléia, Palestina, filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. Seu pai, Alfeu, era irmão de São José e sua mãe prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, São Judas Tadeu era primo-irmão de  Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe. Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, era uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e que permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima.


São Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Um deles, Tiago, também foi chamado por Jesus para ser apóstolo. O relacionamento da família de São Judas Tadeu com o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo que se consegue perceber nas Sagradas Escrituras é o seguinte:

Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos e tornou-se o primeiro bispo de Jerusalém. De José, sabe-se que era conhecido como o Justo. Simão, outro irmão de São Judas foi o segundo bispo de Jerusalém, sucessor de Tiago. Maria Salomé, sua única irmã, era mãe dos apóstolos São Tiago Maior e São João Evangelista. Ele era chamado de Tiago Menor para diferenciar de outro apóstolo, São Tiago, que, por ser mais velho, era chamado de Maior.


É de se supor que houve muita convivência de São Judas Tadeu com seu primo Jesus e seus tios, Maria e José. Foi certamente essa fraterna convivência, além do parentesco muito próximo, que levou São Marcos (Mc 6,3) a citar São Judas Tadeu e seus irmãos como sendo os “irmãos” de Jesus.


Citações na Bíblia

A Bíblia trata pouco de São Judas Tadeu. Ela aponta, no entanto, um fato muito importante: ele foi escolhido a dedo, por Jesus, para ser um dos apóstolos. Quando os evangelhos nomeiam os doze discípulos escolhidos, sempre aparecem os nomes Judas ou Tadeu na relação dos apóstolos.


O nome de Judas aparece também nos Atos dos Apóstolos (At 1,13). Além dessas citações, seu sobrinho São João Evangelista (Jo 14,22) o nomeia entre os participantes do colégio apostólico que estavam no episódio da Santa Ceia, na quinta-feira santa.

Foi nesta oportunidade que, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si próprio, que São Judas Tadeu não se conteve e perguntou: “Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?” E foi, então, que Jesus lhe respondeu afirmando que haveria manifestações d’Ele a todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor.


Nesse fato da Última Ceia, São Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão para com todos os homens.


A vida de São Judas Tadeu

Depois que os Apóstolos receberam o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, a Igreja de Deus expandiu-se: iniciou-se a evangelização dos povos. São Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas.  Ele tomou parte do primeiro Concílio de Jerusalém que foi realizado no Ano 50.


Mais tarde evangelizou a Síria, a Armênia e a Mesopotâmia (atual Irã), onde ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o “zelote”, que já evangelizava o Egito. A pregação e o testemunho de São Judas Tadeu, foi realizada de modo enérgico e vigoroso. Ele atraiu e cativou os pagãos e povos de outras religiões que, então, se converteram em grande número ao cristianismo.


Sua adesão a Nosso Senhor Jesus Cristo era completa e incondicional. Disso ele deu testemunho com a doação da própria vida. Este glorioso Apóstolo de Jesus dedicou sua vida à evangelização. Foi incansável nesta tarefa, pregando o evangelho e convertendo muitas almas. Os pagãos, inconformados, começaram a colocar o povo contra ele. São Judas Tadeu e São Simão foram presos e levados ao templo do sol. Ali recusaram-se a renegar a Jesus Cristo e prestar culto à deusa Diana.


Foi nessa ocasião que São Judas disse ao povo: “Para que fiqueis sabendo que estes ídolos que vós adorais são falsos, deles sairão os demônios e os hão de quebrar”. No mesmo instante, dois demônios hediondos quebraram todo o templo e desapareceram. Indignado, o povo, incitado pelos sacerdotes pagãos, atirou-se contra os apóstolos furiosamente. São Judas Tadeu foi trucidado por sacerdotes pagãos de modo cruel, violento e desumano.


Apóstolo e mártir, São Judas é representado em suas imagens segurando um livro, que simboliza a palavra de Deus que ele anunciou, e uma alabarda, uma espécie de machado, que foi o instrumento utilizado em seu martírio. Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica é celebrada em 28 de outubro, provável data de seu martírio acontecido no ano 70.


No Brasil, a devoção a São Judas Tadeu é relativamente recente. Ela surgiu no início do século XX, alcançando logo uma grande popularidade. Ele é invocado como o santo dos desesperados e aflitos, o santo das causas sem solução, das causas perdidas.~

Epístola de São Judas Tadeu

Segundo a tradição eclesiástica, São Judas Tadeu é apontado, como sendo o autor da epístola canônica que traz seu nome. Tudo indica que essa carta foi dirigida aos judeus cristãos da Palestina, pouco depois da destruição da cidade de Jerusalém, quando a maioria dos Apóstolos já havia falecido. O breve escrito de São Judas Tadeu é uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.


Percebe-se que “A carta de São Judas” foi escrita por um homem apaixonado e preocupado com a pureza da fé e a boa reputação do povo cristão. O escritor afirma ter querido escrever uma carta diferente, mas ouvindo os pontos de vista errados de falsos professores da comunidade cristã urgentemente escreveu esta carta para alertar a Igreja a acautelar-se contra eles.

A Epístola
1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos eleitos bem-amados em Deus Pai e reservados para Jesus Cristo.
2 Que a misericórdia, a paz e o amor se realizem em vós copiosamente.
3 Caríssimos, estando eu muito preocupado em vos escrever a respeito da nossa comum salvação, senti a necessidade de dirigir-vos esta carta para exortar-vos a pelejar pela fé, confiada de uma vez para sempre aos santos.
4 Pois certos homens ímpios se introduziram furtivamente entre nós, os quais desde muito tempo estão destinados para este julgamento; eles transformam em dissolução a graça de nosso Deus e negam Jesus Cristo, nosso único Mestre e Senhor.
5 Quisera trazer-vos à memória, embora saibais todas estas coisas: o Senhor, depois de ter salvo o povo da terra do Egito, fez em seguida perecer os incrédulos.
6 Os anjos que não tinham guardado a dignidade de sua classe, mas abandonado os seus tronos, ele os guardou com laços eternos nas trevas para o julgamento do Grande Dia.
7 Da mesma forma Sodoma, Gomorra e as cidades circunvizinhas, que praticaram as mesmas impurezas e se entregaram a vícios contra a natureza, jazem lá como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.
8 Assim também estes homens, em seu louco desvario, contaminam igualmente a carne, desprezam a soberania e maldizem as glórias.
9 Ora, quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença de execração, mas disse somente: Que o próprio Senhor te repreenda!
10 Estes, porém, falam mal do que ignoram. Encontram eles a sua perdição naquilo que não conhecem, senão de um modo natural, à maneira dos animais destituídos de razão.
11 Ai deles, porque andaram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro caíram no erro de Balaão e pereceram na revolta de Coré.
12 Esses fazem escândalos nos vossos ágapes. Banqueteiam-se convosco despudoradamente e se saciam a si mesmos. São nuvens sem água, que os ventos levam! Árvores de fim de outono, sem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas!
13 Ondas furiosas do mar, que arrojam as espumas da sua torpeza! Estrelas errantes, para as quais está reservada a escuridão das trevas para toda a eternidade!
14 Também Henoc, que foi o oitavo patriarca depois de Adão, profetizou a respeito deles, dizendo: Eis que veio o Senhor entre milhares de seus santos
15 para julgar a todos e confundir a todos os ímpios por causa das obras de impiedade que praticaram, e por causa de todas as palavras injuriosas que eles, ímpios, têm proferido contra Deus.
16 Estes são murmuradores descontentes, homens que vivem segundo as suas paixões, cuja boca profere palavras soberbas e que admiram os demais por interesse.
17 Mas vós, caríssimos, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, 18 os quais vos diziam: No fim dos tempos virão impostores, que viverão segundo as suas ímpias paixões;
19 homens que semeiam a discórdia, homens sensuais que não têm o Espírito.
20 Mas vós, caríssimos, edificai-vos mutuamente sobre o fundamento da vossa santíssima fé. Orai no Espírito Santo.
21 Conservai-vos no amor de Deus, aguardando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.
22 Para com uns exercei a vossa misericórdia, repreendendo-os,
23 e salvai-os, arrebatando-os do fogo. Dos demais tende compaixão, repassada de temor, detestando até a túnica manchada pela carne.
24 Àquele, que é poderoso para nos preservar de toda queda e nos apresentar diante de sua glória, imaculados e cheios de alegria,
25 ao Deus único, Salvador nosso, por Jesus Cristo, Senhor nosso, sejam dadas glória, magnificência, império e poder desde antes de todos os tempos, agora e para sempre. Amém.


São Judas Tadeu, rogai por nós! 


Oração de São Judas Tadeu


Oração de São Judas Tadeu



São Judas Tadeu é identificado várias vezes na Bíblia como sendo Judas “irmão de Jesus”, mas não deve ser confundido com Judas Iscariotes, um dos apóstolos que traiu Jesus Cristo.

São Judas é responsável por ter levado o cristianismo à Armênia e é padroeiro das causas desesperadas e impossíveis. Suas preces são conhecidas por conterem mensagens muito poderosas, que normalmente socorrem quem está em aflição ou desamparado.

Abaixo deixo a minha oração preferida de São Judas Tadeu, onde você poderá pedir uma graça que se julga de difícil concretização. Para São Judas, não existem causas impossíveis…ore com fé!

Oração milagrosa a São Judas Tadeu para causas impossíveis

Poderosa oração a São Judas Tadeu
São Judas Tadeu é identificado várias vezes na Bíblia como sendo Judas “irmão de Jesus”, mas não deve ser confundido com Judas Iscariotes, um dos apóstolos que traiu Jesus Cristo.
São Judas é responsável por ter levado o cristianismo à Armênia e é padroeiro das causas desesperadas e impossíveis. Suas preces são conhecidas por conterem mensagens muito poderosas, que normalmente socorrem quem está em aflição ou desamparado.

Abaixo deixo a minha oração preferida de São Judas Tadeu, onde você poderá pedir uma graça que se julga de difícil concretização. Para São Judas, não existem impossíveis…ore com fé!


Oração milagrosa a São Judas Tadeu para causas impossíveis

“São Judas Tadeu, glorioso Apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus!

O nome de Judas Iscariotes, o traidor de Jesus, foi causa de que fôsseis esquecido por muitos, mas agora a Igreja vos honra e invoca por todo o mundo como patrono dos casos desesperados e dos negócios sem remédio. Rogai por mim que estou tão desolado.


Eu vos imploro, fazei uso do privilégio que tendes de trazer socorro imediato, onde o socorro desapareceu quase por completo.

Assiste-me nessa grande necessidade, para que eu possa receber as consolações e o auxílio do céu em todas as minhas precisões, tribulações e sofrimentos. São Judas Tadeu, alcançai-me a graça que vos peço (pedido).

Eu vos prometo, ó bendito São Judas Tadeu, lembrar-me sempre deste grande favor e nunca deixar de vos louvas e honrar como meu especial e poderoso patrono e fazer tudo que estiver ao meu alcance para espalhar a vossa devoção por toda a parte.

São Judas Tadeu rogai por nós.” 

Santo do dia - 28 de outubro

São Simão e São Judas Tadeu, colunas da verdade do Reino


Apóstolos

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino
 
Simão, o mais desconhecido dos 12 apóstolos — a respeito do qual o Evangelho se limita a indicar o nome e a alcunha de “Zelota” —, teve o mérito de ter trabalhado pela propagação da mensagem evangélica, não em vista de um lugar de honra, mas para o triunfo do Reino de Deus sobre a terra.

Antigas tradições suprem a falta de notícias. Os bizantinos identificam-no com Natanael, de Caná, e com o “mestre-sala” durante as bem conhecidas bodas, quando Jesus transformou a água em vinho. Simão é ainda identificado com o primo do Senhor, irmão de são Tiago Menor, ao qual sucedeu como bispo de Jerusalém, nos anos da destruição da Cidade Santa pelos romanos.

Os armênios sustentam que ele difundiu o Evangelho em sua região, onde teria sofrido o martírio. Seja como for, seu campo missionário é deduzido dos lendários Atos de Simão e Judas, segundo os quais os dois apóstolos percorreram juntos as 12 províncias do Império Persa.

Também no Ocidente os dois apóstolos aparecem sempre juntos. Em Veneza é dedicada a ambos a igreja de São Simão Pequeno.

O apóstolo Judas (“não o Iscariotes”, apressa-se em precisar o evangelista são João) é considerado pelos galileus “irmão” (isto é, primo) de Jesus. Eles se perguntam, espantados com o grande barulho que se fazia em torno da figura do Nazareno: “Não é este o carpinteiro... irmão de Tiago [...], Judas?”.

É provável, segundo alguns exegetas, que Judas seja o esposo das bodas de Caná. O primeiro a fazer tal suposição foi o historiador Eusébio, para explicar sua presença como missionário na Arábia, na Síria, na Mesopotâmia e na Pérsia. Sempre segundo a tradição, teria sofrido o martírio em Arado ou em Beirute. Ele é ainda identificado com o autor da carta canônica que leva seu nome, um breve escrito de 25 versículos, no qual lança uma severa advertência contra os falsos doutores e convida à perseverança na fé genuína.


São Simão e São Judas, rogai por nós!


 São Simão: Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.

Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.


São Judas Tadeu: Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.

São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

domingo, 27 de outubro de 2019

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

30º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 18, 9-4)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: “Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos.Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.
O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’
Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
 

Santo do dia - 27 de outubro

Santo Elesbão


Monge anacoreta (+555)

No século VI, a nação etíope situada a oeste do Mar Vermelho possuía seus maiores limites de fronteira, era um vasto reino que incluía outros povos além dos etíopes. O soberano era Elesbão, rei católico, contemporâneo do imperador romano Justiniano, muito estimado por todos os súditos e seu reino era uma fonte de propagação da fé cristã.

O reino vizinho, formado pelos hameritas, era chefiado por Dunaan, que renegara a fé convertendo-se ao judaísmo. Na ocasião, mandou matar todos os integrantes do clero e transformou as igrejas em sinagogas, tornando-se temido e famoso por seu ódio declarado aos cristãos.

Por isso, muitos deles, até o arcebispo Tonfar, buscaram abrigo e proteção nas terras do rei Elesbão, pois até a própria esposa de Dunaan, chamada Duna, foi morta por ele, juntamente com as filhas, por ser cristã. Os registros indicam que houve um verdadeiro massacre, no qual morreram cerca de 4 mil cristãos.

Elesbão decidiu reagir àquela verdadeira matança imposta aos irmãos católicos e declarou guerra a Dunaan. Liderando seu povo na fé e na luta, ganhou a guerra, e a vizinhança passou a ser governada pelo rei Ariato, um cristão fervoroso.

Mas ele teve que vencer outra batalha ainda maior, aquela contra si mesmo. Depois de um curto período de muita oração e penitência, aceitou o chamado de Deus. Abdicou do trono em favor do filho, seu sucessor natural, e dividiu seus tesouros entre os súditos pobres. Assim, Elesbão partiu para Jerusalém, onde depositou sua coroa real na igreja do Santo Sepulcro e retirou-se para o deserto, vivendo como monge anacoreta até morrer em 555.

No Brasil, a partir dos escravos, foi muito difundida a devoção pelo santo Elesbão, o rei negro da Etiópia. Sua festa é celebrada em todo o mundo cristão, do Ocidente e do Oriente, no dia 27 de outubro, considerado o dia de sua morte.


Santo Elesbão, rogai por nós! 


São Frumêncio

Bispo (+380)


Frumêncio é o primeiro bispo missionário na Etiópia, de onde é considerado o apóstolo, junto com o irmão Edésio. Sua história poderia oferecer a trama a um interessante romance de aventuras. No tempo do imperador Constantino, um filósofo voltava a Tiro de uma viagem à Índia, acompanhado de seus discípulos e de dois meninos, Frumêncio e Edésio. A nau atracou no porto de Aulis, nas proximidades de Massaua, e pouco depois foi atacada por uma horda de etíopes que trucidaram todos os passageiros. Salvaram-se apenas os dois meninos, que se tinham apartado para ler um livro debaixo de uma árvore. Jamais um livro foi tão precioso...

Quando se deram conta dos dois meninos, os etíopes, já pagos pelo butim, conduziram-nos como escravos a Axum, e o rei os reteve a seu serviço. Depois da morte do soberano, a rainha confiou a Frumêncio a educação do filho.

Os dois irmãos fizeram-se amar e obtiveram a permissão para erguer uma igreja junto ao porto; depois puderam voltar à sua pátria para pedir a Atanásio, bispo de Alexandria do Egito, o envio de um bispo e de sacerdotes.

Atanásio consagrou bispo o próprio Frumêncio e o mandou de volta à Etiópia com alguns sacerdotes. Surgia assim a primeira comunidade cristã na África negra, destinada a expandir-se e a manter-se firme mesmo durante a tempestade islâmica que levou de roldão o cristianismo em quase toda a África.

Frumêncio foi acolhido com alegria pelos etíopes de Axum e pelo próprio jovem rei Ezana, que esteve entre os primeiros a receber o batismo. Também os súditos seguiram o exemplo do rei. Frumêncio — que os etíopes chamam “abba Salama”, isto é, o portador de luz — é justamente incluído entre os maiores missionários cristãos.


São Frumêncio, rogai por nós!


São Gonçalo de Lagos

  Dedicou-se à uma vida de jejuns e de penitências enquanto aplicava-se às letras e aos estudos. Zeloso na vivência da Regra Religiosa, virtuoso e cheio de pureza

Este santo português nasceu em Lagos, no Algarve, por volta do ano de 1370. Tomou o hábito de Santo Agostinho no convento da Graça, em Lisboa, aos 20 anos.

Dedicou-se à uma vida de jejuns e de penitências enquanto aplicava-se às letras, aos estudos. Homem zeloso na vivência da Regra Religiosa, virtuoso e cheio de pureza, Gonçalo dedicou-se também à pregação chegando a ser superior de alguns mosteiros da sua Ordem.

O último mosteiro foi o de Torres Vedras, onde morreu em 1422, depois de exortar aos que viviam com ele no mosteiro à observância religiosa e à uma vida virtuosa.

São Gonçalo de Lagos, rogai por nós!


sábado, 26 de outubro de 2019

Por que os católicos ainda devem jejuar antes de comungar?

Um jejum eucarístico significativo demonstra nosso respeito a Jesus Cristo e o desejo que temos de recebê-lo como o mais importante alimento da nossa vida.

Embora se fale muito pouco do assunto hoje em dia, a ascese (ou seja, a prática da abnegação) é um elemento inegociável da espiritualidade católica e, portanto, da vida espiritual dos casais e das famílias. Todos nós, pecadores sempre necessitados de purificação, temos de examinar nossas consciências, fazer penitência e preparar-nos com diligência para receber os sacramentos.

O pior problema dos tempos modernos, já deplorado pelo Papa Pio XII, é a perda da noção de pecado. O problema, contudo, torna-se ainda mais grave devido à perda de muitos costumes que faziam os católicos lembrar-se de que são pecadores e precisam fazer penitência: abstinência de carne todas as sextas-feiras do ano; jejum diário ao longo da Quaresma inteira, e não só na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa; e o jejum eucarístico a partir da meia-noite, depois reduzido a três horas e, por fim, a somente uma hora.

Quando, em 1953, Pio XII reduziu o jejum eucarístico da meia-noite em diante para três horas antes da Missa, o gesto foi aclamado como uma memorável concessão da Igreja às necessidades modernas. E poderíamos, sim, reconhecer que o ato foi apropriado, dadas as circunstâncias da época.

Mas, em 1964, o Papa Paulo VI reduziu de três para uma hora antes da comunhão o jejum eucarístico, o que, na maiorias das vezes, quer dizer: fique sem comer pelo menos a caminho da igreja para a Missa de domingo. Ficou tão fácil observar a nova lei que, como irônica consequência, muitos católicos simplesmente a ignoram, já que, como observou Aristóteles, “parece não ser nada o pequeno desvio que faz errar o alvo”.


“Nossa Senhora recebendo a Eucaristia”, vitral do século XIX.
Um jejum eucarístico significativo demonstra nosso respeito a Jesus Cristo e o desejo que temos de recebê-lo como o mais importante alimento da nossa vida. Impõe-nos também uma obrigação moral que ajuda a salientar o dever de recebê-lo dignamente: lembra-te, cristão, do que estás prestes a fazer; pondera com cuidado se estás em estado de graça, de modo que possas aproximar-te do Senhor Jesus e comungá-lo da maneira mais devota. O antigo jejum de três horas tinha em mira, ao mesmo tempo, o Senhor, a fim de honrá-lo, e a nós, a fim de fazer-nos refletir sobre a nossa condição. Era uma disciplina que desencorajava comunhões “sociais”, indiferentes e impensadas.

O ambiente em que se vive num número não desprezível de paróquias é mais do que suficiente para acabar com a fé no Santíssimo Sacramento, que a Igreja confessa ser o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem devemos estar unidos, em comunhão de fé e caridade, antes de o comungarmos, na união de uma só carne.

O novo lecionário da Missa deixa totalmente de fora a exortação de S. Paulo a que todos examinem a própria consciência antes de receber a Eucaristia (cf. 1Cor 11, 27-29), antes presente em múltiplas passagens do lecionário tradicional. Leigos, homens e mulheres, distribuem hoje o Santíssimo Sacramento com toda informalidade. Músicas insossas e carregadas de sentimentalismo são incapazes de ressaltar o caráter sagrado dos mistérios e de suscitar nos fiéis a resposta de uma humilde adoração. A disciplina atual do jejum, como dissemos, é levíssima. Preparar-se para a Missa e dar ação de graças após comungar são práticas quase varridas do mapa.

Tudo isso, somado, torna tão banal e vulgar a recepção da Sagrada Comunhão que parece quase impensável que se possa negá-la a quem quer que seja.




Em algumas comunidades afeitas à Missa tradicional em latim, os fiéis costumam estar mais atentos ao dever de examinar a própria consciência e, se estiverem conscientes de algum pecado mortal, confessar-se antes de receber o Santíssimo Sacramento.Nessas mesmas comunidades, as confissões costumam acontecer antes e durante a Missa, ao menos aos domingos e dias de guarda um esquema bem adequado às necessidades espirituais de um católico comum. Nestes casos, há um padre a celebrar a Missa, enquanto outro atende as confissões. (Durante a consagração, as confissões são momentaneamente interrompidas; na hora da comunhão, o confessor auxilia o celebrante a distribuir as hóstias.)

Ali não se vêem multidões levantadas, formando filas banco após banco. Os que estão prontos para aproximar-se do banquete místico vão na frente, ajoelham-se em sinal de reverente adoração e recebem na língua, das mãos consagradas do sacerdote, o Corpo de Cristo. E tudo é feito com jeito, delicadeza e cuidado: é o homem que se dirige a Deus e, após ter removido os obstáculos que estava em suas mãos remover, implora a Ele o dom inestimável de sua própria vida divina.

O amor de quem sabe esperar

Estará a nossa falta de prática (na ausência de melhor termo) na “temperança eucarística” e na reverência devida ao Corpo do Senhor relacionada à destruição da virtude da castidade, assim como a falta desta está ligada à destruição do matrimônio (pois a falta de temperança sexual leva à perda de respeito pelo corpo do cônjuge)?

De fato, assim como a muitos parece não ser preciso esperar e pedir a graça de ser digno do dom de si que o Senhor nos faz na comunhão, assim também parece não haver necessidade de preparar-se, esperar e rezar para ser digno de receber o dom de outra pessoa e oferecer-se a ela como dom recíproco num matrimônio indissolúvel.
Na nossa sociedade e, infelizmente, até mesmo em certos grupos católicos, as pessoas não vêem nenhuma necessidade em ser castas antes ou durante o casamento. Tudo se resume ao “amor livre”. Mas um amor livre é barato e falso.



Não acontecerá o mesmo com a comunhão eucarística? Trata-se da suprema entrega mútua de amor: de Cristo a mim e do meu próprio ser a Cristo. Mantenho-me “casto” como preparação para esse matrimônio místico com o Salvador, e “casto” no sentido de não ter nenhum outro senhor de minha alma? Estou disposto a dar-me por inteiro a Ele, obedecendo-lhe aos mandamentos e ensinamentos? Não há dúvida de que Ele é e sempre será digno do meu amor; mas serei eu digno do dele?
Recuperar a disciplina do jejum, abolir o costume (existente em alguns lugares) de motivar toda a assembléia a levantar-se para comungar e reintroduzir o hábito de comungar de joelhos e na língua diretamente das mãos do sacerdotes: eis algumas medidas óbvias para combater essa irreverência epidêmica e a praga de tantas comunhões indignas.

São medidas que, com o passar do tempo, podem levar os casais a pensarem de outra maneira sobre si e seus corpos, sobre o cuidado e o respeito que todos devemos ter com o corpo de qualquer cristão, templo do Espírito Santo, e sobre a reverência — livre e sem manipulações — que se deve ao corpo do esposo. A intimidade matrimonial, ao fim e ao cabo, diz respeito à mútua abnegação sob os ditames da lei de Deus, e não a um consentidoegoísmo a dois”.

Padre Paulo Ricardo