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sábado, 24 de janeiro de 2015

Santo do dia - São Francisco de Sales

São Francisco de Sales

Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.

Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.

Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.

No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.

Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.

Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.

Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.

São Francisco de Sales, rogai por nós!

 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

23 de Janeiro - Santo do dia

Santo Ildefonso
 Segundo os escritos foi por intercessão de Nossa Senhora, a pedido de seus pais, que Ildefonso nasceu. Assim, o culto mariano tomou grande parte de sua vida religiosa, ponteada por aparições e outras experiências de religiosidade.

Ildefonso veio ao mundo no dia 08 de dezembro de 607, em Toledo, na Espanha. De família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam politicamente aos visigodos, foi preparado muito bem para o futuro. Estudou com Santo Isidoro em Sevilha. Depois de fugir para o mosteiro de São Damião nos arredores de Toledo, Ildefonso conseguiu dos pais aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de sua cidade natal.

Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais.
Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para religiosas. Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da liturgia espanhola.

Mais tarde, quando da morte de seu tio e bispo de Toledo, Eugênio II, contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o procurou pessoalmente. Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma que exigia e obtinha de seus comandados.

Nessa época Ildefonso escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos, monásticos e litúrgicos.

Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos religiosos, recebeu também a "visita" de Santa Leocádia, no dia de sua festa, 09 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.

O sábio bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os transferiram para Zamora, onde ficaram até 888. Somente em 1400 seus despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração novamente.

Santo Ildefonso recebeu o título de doutor da Igreja e é tido pela Igreja como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram considerados como "Pais" tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação das Tradições e Ritos da Igreja.


Santo Ildefonso, rogai por nós!


Santo João Esmoler
 Este santo dava tanta importância à esmola, que não só dela vivia como com ela provia uma grande quantidade de famílias, e até cidades inteiras. Assim foi o apostolado do bispo João, chamado de "Esmoler".

O século sete é tido, para a Humanidade, como uma época de opulência para os poderosos e de miséria para o povo, mas o bispo João nunca deixou de atender a quem quer que o tenha procurado. Os registros e a tradição mostram que a Providência Divina sempre vinha à sua ajuda e, de uma forma ou de outra, os mantimentos de que precisava acabavam chegando às suas mãos. Certamente Deus queria fazer dele um exemplo.

João pertencia a uma família cristã e nasceu no ano 556, na Ilha de Chipre, numa cidade chamada Amatunte, onde seu pai além de muito rico era o governador. João sentia-se chamado para a vida religiosa desde pequeno, alimentando esse desejo até a idade adulta. Como os pais o impediram de se tornar um sacerdote, com a humildade que lhe era peculiar, João obedeceu às suas ordens e se casou. Mas seu caminho já estava traçado por Deus. Pouco tempo depois do casamento a esposa faleceu. Embora, o sofrimento fosse muito grande com a perda, ele decidiu seguir seu chamado e se tornou um sacerdote.

Seu trabalho junto aos pobres deu tantos frutos que foi eleito bispo de Alexandria e, nesta posição de destaque, pôde fazer mais ainda pelos necessitados. Prontamente mandou cadastrar todos os pobres da cidade, onde se catalogaram mais de sete mil e quinhentos. Às quartas e sextas-feiras eram recebidos e auxiliados em tudo que estivesse ao seu alcance. Quando a população católica da Pérsia se viu perseguida por causa de sua fé, foi no Egito do bispo João Esmoler, que encontrou alimento e abrigo.

Na época em que Jerusalém foi arrasada pelos pagãos, também foi o bispo João quem para lá mandou comida e até recursos para a reconstrução das igrejas. Entretanto, consigo mesmo era o desapego em pessoa. Tinha uma única coberta, velha e maltrapilha. Quando um amigo de posses lhe deu um cobertor novinho e felpudo, jogando a velha coberta fora, João dormiu apenas uma noite com ele, em sinal de agradecimento, e no dia seguinte o colocou à venda. Sabedor do gesto do bispo, o doador comprou o cobertor e lhe deu de presente outra vez. Como seu admirador, lhe propôs um jogo: quantas vezes ele o colocasse à venda, tantas vezes o compraria para lhe dar de presente novamente. Assim, o lucro para os pobres foi grande.

Já sexagenário, em 619, decidiu viajar para Constantinopla aceitando o convite do imperador, que desejava vê-lo. Porém, ao chegar à cidade de Rhodes, recebeu uma mensagem profética, de que a sua morte estava bem próxima. João Esmoler chamou o discípulo que o acompanhava, disse-lhe que ia cancelar a visita ao imperador, "pois o Rei dos reis também o chamava" e Ele tinha prioridade. Assim, foi para sua Ilha de Chipre onde morreu serenamente no dia 23 de janeiro desse mesmo ano.

Em 1974, o cardeal de Veneza, Albino Luciani, que depois se tornaria o Papa João Paulo I, teve a honra de hospedar na Igreja Matriz de Casarano as relíquias do corpo de Santo João Esmoler e seu chapéu de bispo, este que continua guardado nessa igreja e localidade. Desse modo percebemos que o seu culto se mantém cada vez mais forte e vigoroso.


Santo João Esmoler, rogai por nós!
 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

22 de janeiro - Santo do dia

São Vicente
Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.

Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.

Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.

Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.

Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.

São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

São Vicente, rogai por nós!




São Vicente Pallotti
 Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.

Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.

Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.

Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.

Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.

O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.



São Vicente Pallotti, rogai por nós!

 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Santo do dia - 21 de janeiro

Santa Inês

O nome "Agnes", para nós Inês, em grego significa pura e casta, enquanto em latim significa cordeiro. Para a Igreja, Santa Inês é o próprio símbolo da inocência e da castidade, que ela defendeu com a própria vida. A idéia da virgindade casta foi estabelecida na Igreja justamente para se contrapor à devassidão e aos costumes imorais dos pagãos. Inês levou às últimas conseqüências a escolha que fez à esses valores. É uma das Santas mais antigas do cristianismo. Sua existência transcorreu entre os séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em 304.

Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo". Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã.

Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho do prefeito de Roma. Aliás, essa foi a causa que desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição contra os cristãos. A narração que nos chegou conta que o rapaz, apesar das negativas da jovem, tentava corteja-la. Seu pai indignado com as constantes recusas que deixavam seu filho inconsolável, tentou forçar que Inês aceitasse seu filho como esposo, mas tudo em vão. Numa certa tarde de tempestade, o rapaz tentou toma-la nos braços, mas foi atingido por um raio e caiu morto aos seus pés. Quando o prefeito soube, procurou Inês com humildade e lhe implorou que pedisse a seu Deus pela vida de seu filho. Ela erguendo as mãos e voltando os olhos para o céu orou para que Nosso Senhor trouxesse o rapaz de volta à vida terrena, mostrando toda Sua misericórdia. O rapaz voltou e percebendo a santidade de Inês se converteu cristão. Porém, seu pai, o prefeito, viu aquela situação como um sinal de poder dos cristãos e resolveu aplicar a perseguição, decretada por Diocleciano, de modo implacável.

Inês, segundo ele, fora denunciada e por isso teria de ser enviada para a prisão. Mesmo assim, ela nunca tentou se livrar da pena em troca do casamento que fora proposto em nome do filho do prefeito e muito menos negou sua fé em Cristo. Preferiu sofrer as terríveis humilhações de seus carrascos, que estavam decididos a fazê-la mudar de idéia através da força. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo, saindo de lá na mesma condição de castidade que chegou.

Cada vez mais a situação ficava fora do controle das autoridades romanas e o povo estava se convertendo em massa. Para aplacar os ânimos Inês foi levada ao Circo e condenada à fogueira, mas o fogo prodigiosamente se abriu e não a queimou. Assim, o prefeito decretou que fosse morta por decapitação a fio de espada, naquele exato momento. Foi dessa maneira que a jovem Inês testemunhou sua fé em Cristo.

Seu enterro foi um verdadeiro triunfo da fé; seus pais, levaram o corpo de Inês, e o enterraram num prédio que possuíam na estrada que de Roma conduz a Nomento. Nesse local, por volta do ano de 354, uma Basílica foi erguida a pedido da filha do imperador Constantino, em honra à Santa. Trata-se de uma das mais antigas de Roma, na qual encontram-se suas relíquias e sepultura. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

Sua pureza martirizada faz parte, até hoje, dos rituais da Igreja. Todo ano, no dia de sua veneração, em 21 de janeiro, é realizada na Basílica de Santa Inês, fora dos muros do Vaticano, uma Missa solene onde dois cordeirinhos brancos, ornados de flores e fitas são levados para o celebrante os benzer. Depois os mesmos são apresentados ao Papa, que os entrega a religiosas encarregadas de os guardar até a época da tosquia. Com sua lã são tecidos os pálios que, na vigília de São Pedro e São Paulo, são colocados sobre o altar da Basílica de São Pedro. Posteriormente esses pálios são enviados à todos os arcebispos do mundo católico ocidental e eles os recebem em sinal da obediência que devem à Santa Sé, como centro da autoridade religiosa.


Santa Inês, rogai por nós!
 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Santo do dia - 20 de janeiro

São Fabiano

Fabiano era um fazendeiro cristão nascido em Roma. Era um laico, quer dizer, não era um sacerdote, mas mesmo assim foi escolhido pelo povo e pelo clero, à ocupar a cátedra de São Pedro. Tudo aconteceu, devido a um fato ocorrido, quando a assembléia cristã estava tentando escolher o novo pastor da Igreja de Roma. Num determinado momento uma pomba, símbolo do Espírito Santo, pousou sobre sua cabeça e eles entenderam isto como um sinal de Deus. Foi eleito e ordenado: diácono, presbítero e bispo no mesmo dia, 10 de janeiro de 236. Depois de ser consagrado o vigésimo sacerdote a ocupar a Cátedra da Igreja de Roma, o então papa Fabiano se dirigiu ao túmulo de São Pedro para rezar.

Administrador nato, realizou o censo do povo de Cristo, presente na cidade de Roma. Depois dividiu a cidade em sete distritos eclesiásticos, ou paróquias, e delegou a cada uma os seus paroquianos, seu clero e suas catacumbas, como eram chamados os cemitérios. O papa Fabiano que era um quase desconhecido antes da eleição, foi muito apreciado também por suas intervenções doutrinais, especialmente nas controvérsias da Igreja da África. Sob seu pontificado de catorze anos, houve paz e desenvolvimento interno e externo da Igreja.

Segundo são Cipriano, bispo de Cartago, capital romana da África do norte, o próprio imperador Décio, admitia a sua competência e teria dito que preferia um rival no Império a um bispo como Fabiano em Roma. O soberano estava com problemas no seu governo, os domínios romanos diminuíam devido às constantes rebeliões, por isto definiu os cristãos como culpados e desencadeou uma ferrenha perseguição contra toda a Igreja.

Ocorreu um grande êxodo de cristãos de Roma, que se deslocaram para o Oriente à procura das comunidades religiosas dos desertos, um pouco mais protegidas das perseguições. Este foi o início para a vida eremita, com os "anacoretas", mais conhecidos como os padres do deserto. Entretanto, o papa Fabiano permaneceu no seu posto e não renegou a fé, sendo decapitado no dia 20 de janeiro de 250.

Assim escreveu sobre ele são Cipriano na Carta que enviou ao clero romano: "Quando era ainda incerta entre nós a notícia da morte desse homem justo, meu companheiro no episcopado.. a carta que me enviastes... por ela fiquei... a par da sua gloriosa morte. Muito me alegrei, porque a integridade do seu governo foi coroada com um fim tão nobre."

Depois do seu martírio, a Cátedra de Pedro ficou desocupada por mais de um ano, até que o clero e o povo de Roma pudessem eleger um novo bispo, devido à intensa perseguição ao catolicismo.



São Fabiano, rogai por nós!


São Sebastião
São Sebastião martirizado em 288. Até 1969 associado, no calendário litúrgico, à memória de são Fabiano, é hoje comemorado separadamente. Esse famoso mártir romano deve sua notoriedade a uma Paixão escrita no século V pelo monge Arnóbio, o Moço, que contém relatos fantasiosos, mas que exerce grande influência nas pessoas piedosas.

Eis a narração: Sebastião, oficial do exército ­imperial e amigo do imperador Diocleciano, servira-se de sua posição para ajudar os cristãos perseguidos e fazer prosélitos até nas fileiras do exército.


Tanto zelo acabou por indispor contra ele o imperador, que o exprobou nestes termos: “Eu te abri as portas de meu palácio e te aplainei os caminhos para um futuro promissor, enquanto tu atentaste contra minha salvação...”. Condenado à pena capital, foi amarrado a uma árvore, transformado em alvo dos arqueiros e por fim morto a golpes de maça.
Em 367, o papa Dâmaso mandou construir uma igreja sobre sua sepultura, na via Ápia. O local, ainda hoje, é objeto de concorridas peregrinações.


O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.


Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.


São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.


São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.



São Sebastião, rogai por nós!
 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Santo do dia - 19 de janeiro

São Canuto
 
 São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça. 

Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.


São Canuto, rogai por nós!



Santo Odilo
 Odilo nasceu em 962, na cidade francesa de Auvergne. Seu pai era Beraldo, da nobre família Mercoeur e sua mãe Gerberga. Narra a tradição, que a sua vida espiritual começou na infância, aos quatro anos de idade. Era portador de uma deficiência nas pernas que o impedia de andar. Certa vez, sua governanta o deixou sentado na porta da igreja, enquanto foi falar com o padre. Odilo aproveitou para rezar e se arrastou até o altar, onde pediu à Virgem Maria que lhe concedesse a graça de poder caminhar. Neste instante, sentiu uma força invadir as pernas, ficou de pé e andou até onde estava a empregada, que, junto com o vigário, constatou o prodígio.

Assim que terminou os estudos ingressou no Mosteiro beneditino de Cluny, em 991. Tão exemplar e humilde foi seu trabalho que, quando o abade e santo Maiolo sentiu que sua hora era chegada, elegeu-o seu sucessor, em 994. Este cargo, Odilo ocupou até a morte.

Ele era um homem de estatura pequena e aparência comum, mas possuía uma força de caráter imensa. Soube unir suas qualidades inatas de liderança e diplomacia, com a austeridade da vida monástica e o desejo de fazer reinar Cristo sobre a terra. Desta maneira conseguiu, num período difícil de conflitos entre a Igreja e o Império, realizar a doutrina de paz e fraternidade pregadas no Evangelho. Exerceu sua influência sobre os dois, de modo que se estabeleceu a célebre "trégua de Deus", conseguida, grande parte, por seu empenho.

Como alto representante da Igreja que se tornara, era procurado e consultado tanto pelos ilustres da corte como pelos pobres do povo, atendendo a todos com a mesma humildade de um servo de Cristo. A sua caridade era ilimitada, tanto que, para suprir as necessidades dos famintos e abandonados, chegava a doar as despensas do mosteiro. Até a valiosa coroa, presenteada pelo imperador Henrique II, e os objetos sagrados da Abadia foram vendidos, quando a população se viu assolada pela peste, em 1006. Mesmo assim os recursos foram insuficientes, então, Odilo se fez um mendigo entre os mendigos, passando a pedir doações aos príncipes e à aristocracia rica, repassando para a população flagelada.

No trabalho religioso, aumentou a quantidade dos mosteiros filiados à Abadia de Cluny, que de trinta e sete passaram a ser sessenta e cinco. Naquela época, Cluny se tornou a capital de uma verdadeira reforma monástica, que se difundiu por toda a Europa e, pode-se dizer que Odilo, quinto abade de Cluny, era considerado o verdadeiro chefe da cristandade, porque o papado teve de se envolver com os problemas políticos da anarquia romana.

Em 998, por sua determinação, todos os conventos beneditinos passaram a celebrar "o dia de todas as almas". Data que Roma implantou para todo o mundo católico em 1311, com o nome de "dia de finados". Foi ainda eleito Arcebispo de Lion pelo povo e pelo clero, chegando a ser nomeado pelo Papa João XIX, mas recusou o cargo.

Em 31 de dezembro de 1049, morreu com fama de santidade, no mosteiro de Souvigny, França. O seu culto foi reconhecido pela Igreja e incluído no calendário dos beneditinos de todo o mundo, cuja comemoração passou do dia 2 de janeiro para 19 de janeiro.



Santo Odilo, rogai por nós!
 

domingo, 18 de janeiro de 2015

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

2º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. João 1,35-42.
Naquele tempo, estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: "Eis o Cordeiro de Deus". 
 
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus.
Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disse-lhes: "Que procurais?". Eles responderam: "Rabi - que quer dizer 'Mestre' - onde moras?". 
 
Disse-lhes Jesus: "Vinde ver". Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde.  André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus.  Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: "Encontrámos o Messias" - que quer dizer 'Cristo' -;  e levou-o a Jesus. Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe: "Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas" - que quer dizer 'Pedro'.

Comentário do dia: Basílio de Selêucia (?-c. 468), bispo
Sermão em louvor de Santo André, 3-4; PG 28, 1103

«André levou o irmão até Jesus»

André conhecia estas palavras de Moisés: «O Senhor, teu Deus, suscitará no meio de vós, de entre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deves escutar» (Dt 18,15). Ouve agora João Baptista exclamar: «Eis o Cordeiro de Deus» (Jo 1,29) e, ao vê-Lo, vem espontaneamente ter com Ele: reconheceu o profeta anunciado pela profecia, e leva seu irmão até junto daquele que encontrou, mostrando a Pedro o tesouro que este não conhecia: «Encontrámos o Messias, Aquele que desejámos. Esperávamos a sua vinda; contemplemo-Lo agora. Encontrámos Aquele por quem a portentosa voz dos profetas nos ordenava que esperássemos. O tempo presente trouxe-nos Aquele que a graça havia anunciado, Aquele que o amor esperava ver.»

André foi então ao encontro de seu irmão Simão e partilhou com ele o tesouro da sua contemplação, conduzindo Pedro até ao Senhor. Espantosa maravilha! André não é ainda discípulo, mas tornou-se já condutor de homens. É a ensinar que ele começa a aprender e que adquire a dignidade de apóstolo: «Encontrámos o Messias. Depois de tantas noites passadas sem dormir nas margens do Jordão, encontrámos agora o objeto dos nossos desejos.»

Pedro estava pronto para seguir este chamamento; o irmão de André avançou cheio de fervor e de ouvido atento […]. Quando, mais tarde, Pedro vier a ter uma conduta admirável, devê-la-á ao que André houvera semeado. Mas o louvor dado a um recai igualmente sobre o outro; porque os bens de um pertencem ao outro, e um glorifica-se nos bens do outro.




Santo do dia - 18 de janeiro

Santa Margarida da Hungria

Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros.

Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo.

Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.

Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.

A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros paises, Margarida já era venerada como Santa.

Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.

Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.


Santa Margarida da Hungria, rogai por nós!