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sábado, 25 de novembro de 2017

Como confessar-se bem?



Instituindo o Sacramento da Reconciliação, Jesus Cristo manifestou claramente o modo como quer perdoar os pecados dos homens. Quais são as condições para nos beneficiarmos de sua incomensurável misericórdia?


Era uma quinta-feira ensolarada e úmida na capital paulistana, perto do fim do ano. A Catedral da Sé abriu suas portas para os fiéis já cedo, como de costume. Às nove horas começavam alguns padres a caminhar pelos corredores laterais do grande edifício em direção aos confessionários, diante dos quais vários fiéis aguardavam a chegada do sacerdote.

– Para que essas filas dentro da Igreja? – perguntou a um deles um curioso observador.
– Estamos esperando para nos confessarmos.
– Como assim?
– Essa fila é para a Confissão, para que o padre nos atenda. Você é católico?
– Sim… Faz tempo que ouvi falar disso. Somente na minha Primeira Comunhão. Como é mesmo?
– A Confissão é para Deus perdoar nossos pecados. Ajoelhamos ali no confessionário, junto ao padre, e ele perdoa em nome de Deus.
– Ah! E… Deus perdoa mesmo?
– Sim, claro, desde que haja arrependimento.
– Já fiz tanta coisa errada na vida…

Seguiu-se um silêncio prolongado, enquanto o visitante ia mudando de expressão e se abstraia das coisas em torno de si. Entrara na Catedral movido por mera curiosidade e sentia-se agora convidado a mudar de vida. Há tanto tempo não se confessava, e já nem sabia como fazer. Trinta, quarenta anos?
– Eu também posso entrar na fila?
Qualquer um perceberia o drama interno desse desconhecido, a quem Deus chamava à conversão.
– Sim, entre aqui na minha frente.
Um passo decisivo fora dado na vida daquele homem rumo à salvação de sua alma. Colocou-se junto ao demais, à espera de sua vez, mas não conseguia mais falar, pois as lágrimas corriam às torrentes pelo seu rosto.



“Terei Eu prazer com a morte do ímpio? ”
Casos como este não são raros em nossos dias. Quantos e quantos homens fizeram bem sua Primeira Comunhão, mas depois, infelizmente, levados pelas preocupações da vida, deixaram-se arrastar pelas atrações do mundo e esqueceram-se por completo de seus deveres para com Deus!
Continuam sendo católicos, sim, mas católicos cuja fé tornou-se como uma brasa abafada debaixo da espessa camada de cinzas dos pecados. E mal guardam na memória alguns resquícios de suas primeiras lições de Catecismo, aprendidas na infância.
 Deus, entretanto, não os esquece. 
Em certo momento Jesus Cristo bate paternalmente à porta de suas almas com um carinhoso convite para fazerem uma boa Confissão.

                                                          

Deus poderia perdoar os pecados de
outra maneira, mas expressou
claramente sua vontade de
fazê-lo através de um sacerdote
 
Que coisa terrível seria uma pessoa, por causa dos seus graves pecados, ser condenada às masmorras eternas, onde os réprobos são castigados com o afastamento de Deus, para o qual foram criados, e sofrem terríveis tormentos, sem um só instante de alívio!

Ele, porém, sumamente misericordioso, não deseja para o pecador esse destino: “Terei Eu prazer com a morte do ímpio? – diz o Senhor. – Não desejo, antes, que ele se converta e viva?” (Ez 18, 23). Deus quer nos perdoar, e para isso estabelece esta condição: a confissão de nossos pecados a um de seus ministros.

Deus perdoa através do sacerdote
A Confissão é um dos mais palpáveis sinais da bondade de Deus. Gravemente ofendido por aquele que peca mortalmente, Ele tem poder para fulminar com uma sentença de eterna condenação o pecador, e ao fazê-lo, praticaria apenas um ato de justiça. Deixou-nos, entretanto, este Sacramento por meio do qual perdoa ao penitente todos os pecados, por mais graves e numerosos que sejam.

É bastante conhecido o episódio da primeira aparição do Divino Mestre a seus discípulos, após a Ressurreição. Com medo de serem, também eles, perseguidos e condenados, estavam reunidos numa sala com as portas fechadas, quando de repente apareceu-lhes Jesus. Soprando sobre eles, disse nosso Redentor: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). Estava instituído o Sacramento da Confissão!

Assim, desde os primórdios da Igreja os fiéis procuraram os Apóstolos para confessar-lhes suas faltas, e receber deles a absolvição. Esse poder de perdoar, dado por Cristo à sua Igreja, é conferido aos presbíteros através do Sacramento da Ordem. E é assim que foi passando de geração em geração através dos séculos até os nossos dias.

Requisitos para uma boa Confissão
Claro está que Deus poderia perdoar os pecados de outra maneira, mas expressou claramente sua vontade de fazê-lo através de um sacerdote no Sacramento da Reconciliação: “Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra será também desligado no Céu” (Mt 18, 18), disse Jesus aos Apóstolos. Como nos beneficiarmos desse Sacramento?

Deus sumamente misericordioso é também justo. Ele quer que, para utilizarmos bem esse maravilhoso recurso, nos submetamos a algumas condições sem as quais a Confissão não só de nada nos serviria, mas se tornaria nociva para a alma.

Quais são esses requisitos? Sintetizando, a Igreja nos ensina que cinco coisas são imprescindíveis para uma boa Confissão: 


fazer um bom exame de consciência;
ter dor dos pecados;
fazer o propósito de não mais cometê-los;
confessá-los;
 e cumprir a penitência imposta pelo confessor. 

Mas em que consiste precisamente cada uma dessas exigências?

O exame de consciência                                                                                                           
Antes de tudo, deve-se fazer um exame de consciência. O fiel desejoso de obter o perdão de suas faltas, precisa antes auscultar sua alma, para saber quais pecados ainda não foram confessados. Não é necessário trazer à memória os pecados de toda a vida, mas apenas os cometidos desde a última Confissão bem-feita.

Um fato narrado nas Sagradas Escrituras bem demonstra a importância do exame de consciência. O Rei Davi cometera dois pecados: adultério e homicídio. Enviado por Deus, o profeta Natã supriu por meio de uma severa advertência a falta do exame de consciência da parte do rei. E só assim este caiu em si e foi capaz de se arrepender e pedir perdão (cf. II Sm 12, 1-13).

Nesse episódio do Antigo Testamento, podemos verificar outro bom motivo para o exame de consciência: auxilia-nos a ter dor de nossos pecados, isto é, nos ajuda a arrepender-nos. Se nos detivermos em conhecer seriamente cada uma das ofensas feitas a Deus, dispomo-nos a sentir por elas verdadeira tristeza e, assim, a obter o perdão.

O exame de consciência precisa ser feito com cuidado, sem precipitação. É importante rememorar os pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e omissões, percorrendo, para esse fim, os Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja, a lista dos pecados capitais e as obrigações de nosso próprio estado. O exame deve abranger também os maus costumes a serem corrigidos, e as ocasiões de pecado a serem evitadas.

Mas a Igreja, como boa mãe, nos recomenda também evitar de nos deixarmos levar pela exagerada preocupação de ter esquecido alguma falta ou circunstância. Certa vez, Santa Margarida Alacoque, inquieta e perturbada, estava fazendo com excessivo cuidado seu exame de consciência para a Confissão. Apareceu-lhe então o próprio Nosso Senhor e a tranquilizou: “Por que te atormentares? Faze o que podes. Eu amo os corações contritos que se acusam sinceramente dos pecados que conheçam, com a vontade de não mais desagradar-Me”.

Qualquer pessoa, seja por deficiência de memória, seja por relaxamento, pode sentir dificuldade em rememorar os pecados ainda não confessados. Sem a ajuda de Deus, ninguém consegue fazer nada bem. Por isso, é muito adequado começar o exame de consciência com uma oração, pedindo-Lhe, através de Nossa Senhora ou de nosso Anjo da Guarda, que ilumine nossa mente para reconhecermos todas as nossas faltas e nos dê força para detestá-las.

Quantas vezes pequei? Eis uma importante pergunta a ser feita. Um soldado recebeu em combate três graves ferimentos. Levado ao hospital, mostrou ao médico só duas de suas feridas; ocultou a terceira, movido por um tolo sentimento de vergonha. De nada adiantou o médico ter curado as duas lesões que conhecia, pois o soldado morreu em decorrência do agravamento da terceira.

Ora, a Confissão também é um ato de cura. Se quisermos reatar nossa amizade com Deus, e termos a alma curada das chagas de nossos pecados, devemos pedir perdão de todos e cada um deles. Por isso, em se tratando de pecados mortais – faltas em matéria grave, com pleno conhecimento e pleno consentimento da vontade -, deve-se investigar tudo; inclusive, na medida das possibilidades, quantas vezes foi praticado determinado ato pecaminoso, e em que circunstâncias. É relevante relatar na Confissão as situações que agravam o pecado. Por exemplo, roubar de um pobre é mais grave que de um rico. Tratar mal os pais, a quem devemos a vida, é mais grave do que fazer o mesmo a um colega da escola. As circunstâncias agravantes devem ser apontadas porque o sacerdote, para perdoar, precisa conhecer com clareza os pecados. Da mesma forma como um médico, ao atender um paciente, precisa primeiro avaliar bem o quadro da doença, a fim de poder aplicar-lhe o remédio mais adequado. Se omitirmos essas informações por malícia, a Confissão será mal feita, portanto, nenhum pecado será perdoado.

Ter dor dos pecados                                                                                        
O mais importante para o penitente obter o perdão de Deus é o arrependimento, ou seja, ter um desgosto pela falta cometida e uma vontade firme de não mais recair nela. Naturalmente, não há necessidade de derramar lágrimas pela dor dos pecados, mas é preciso no íntimo do coração se lamentar de ter ofendido a Deus, mais do que se nos tivesse ocorrido qualquer outra desgraça.

Sem arrependimento, a Confissão não tem nenhum valor. Não é possível obter o perdão de Deus sem odiar a falta cometida, sem a disposição de jamais repeti-la.   Essa postura de alma deve estender-se a todos os pecados mortais, sem exceção. E para obter o perdão de nossas faltas na Confissão, basta um arrependimento por medo dos castigos acarretados pelo pecado – a atrição -, embora o melhor seja que nos arrependamos por termos ofendido a Deus – a contrição. O arrependimento também abrange a confiança na misericórdia divina pois, a dor dos pecados sem essa virtude poderia dar em desespero.

O firme propósito
Havendo, de fato, arrependimento pelos pecados cometidos, se produzirá na alma o propósito, a firme vontade, resolutamente determinada, de nunca mais repeti-los e de fugir das ocasiões próximas, de evitar tudo o que induz ao mal: pode ser uma pessoa, um objeto, um lugar ou mesmo uma circunstância que me põe em perigo de ofender a Deus.

Devo humildemente me acusar?
Conta-se que, certo dia, estava Santo Antonino de Florença numa igreja e percebeu um demônio bem próximo da fila da Confissão. Desgostado, o Arcebispo dirigiu-se ao anjo mau e lhe perguntou:
– O que estás fazendo aqui?
– Ora, pratico uma boa ação.
– Mas será isso possível?!
– Sim, vim fazer uma devolução. Normalmente os cristãos têm vergonha do pecado. Por isso, antes de caírem eu procuro tirar-lhes a vergonha. Agora que vieram para se confessar, devolvo-a, para que diante do confessor eles omitam as suas faltas.

Uma Confissão mal feita pode levar uma alma a condenar-se, e é isso que o demônio quer. Por vezes, pode acontecer de sermos tentados a calar os nossos pecados ao confessor, ou a não contá-los direito. Para que isso não aconteça, é interessante recordar também como deve ser a acusação dos pecados no Sacramento da Confissão.

Primeiramente é preciso, seguindo o mesmo princípio do exame de consciência, contar ao padre todos os pecados mortais cometidos após a última Confissão bem feita. Se alguém oculta um só pecado grave propositalmente na Confissão, além de não receber o perdão de nenhum, acaba cometendo outro, por estar ofendendo algo sagrado instituído pelo próprio Cristo. Ou seja, é ao próprio Jesus que se está mentindo.

A Confissão deve ser sincera. O penitente deve acusar ao sacerdote os seus pecados com objetividade, evitando desnecessárias delongas, que podem até prejudicar a clareza da matéria. A falta de sinceridade quanto à maneira de acusar os pecados é outra tentação do demônio contra a qual é imprescindível precaver-se. E também as desculpas podem ser ocasião de tentação: justificar os pecados, criando atenuantes, não se reconhecendo inteiramente culpado de suas próprias faltas ou colocando a culpa nos outros.

Por fim, devo cumprir a penitência
No fim da Confissão, o sacerdote impõe a penitência também chamada de satisfação. Em geral é uma oração ou uma obra boa, que o confessor ordena ao penitente como expiação de seus pecados.

Pelo nosso senso de justiça, sabemos que a toda ofensa deve corresponder uma reparação proporcional. O mesmo princípio se aplica a Deus: quando ofendido, Ele também merece uma reparação. Se a ofensa contra Deus é grave, o pecador merece o inferno, pois a punição reparadora deve ser proporcional ao ofendido: neste caso, eterna. Mas a Confissão sacramental, além de perdoar a culpa do penitente, apaga a pena eterna, que é comutada numa pena temporal. Por isso, quando alguém se confessa, seus pecados estão completamente perdoados, mas sua dívida com Deus ainda não foi inteiramente paga. Por isso o sacerdote impõe a penitência após a Confissão: ela tem o objetivo de reparar o mal cometido contra Deus. Entretanto, pode ocorrer de ser perdoada a pena temporal inclusive na própria Confissão; quando o penitente tem uma extraordinária dor por seus pecados.

Claro está que o próprio Jesus, com seus sofrimentos e sua morte na Cruz, satisfez a divina justiça quanto aos nossos pecados, pagando já a nossa dívida em relação a Deus. Por isso na Confissão é perdoada a nossa culpa e a punição eterna. Mas Deus exige, com todo direito, que também nós, quando possível, façamos algo como satisfação dos nossos pecados. E essa pequena satisfação também é exigida para a compreensão da gravidade de nossas faltas, para que nos sirva de remédio aos pecados e nos preserve de recaídas.

Deus perdoa os que se confessam bem
Tudo na vida deve ser levado a sério e mais ainda as coisas relacionadas com Deus. Por isso, devemos praticar com muita fidelidade os ensinamentos da Igreja acerca do Sacramento da Confissão, sempre confiantes de que, através dele, são perdoados todos os nossos pecados, somos auxiliados a não recair neles e nos é restituída a paz de consciência. 

Certa vez, apresentou-se a Santo Antônio de Pádua um grande pecador para confessar-se. O coitado estava tão confuso que mal conseguia falar. Chorava e soluçava com tanta veemência que não conseguia exprimir ao Santo nenhuma de suas faltas. Para ajudá-lo o confessor sugeriu-lhe docemente que fizesse um exame de consciência escrito:
– Vai, escreve os teus pecados e, depois, volta para confessá-los.

O penitente seguiu o conselho. Depois, leu no confessionário as suas faltas, tal como as havia escrito. Assim que terminou a Confissão, grande milagre! O papel onde o pecador havia escrito cuidadosamente suas ofensas a Deus ficou completamente em branco, pois tudo o que havia sido escrito desaparecera!

Este prodígio muito nos consola e anima para nos aproximarmos com retidão e confiança do Sacramento da Penitência, que é capaz de destruir em nós o pior mal que existe, o pecado. Nosso Senhor instituiu este Sacramento para todos os membros pecadores da sua Igreja, dando-lhes uma nova possibilidade de se encontrarem com Deus e de restaurarem a amizade com Ele. ² 1 Somente a Confissão bem feita perdoa de fato os pecados. Se alguém, por malícia ou vergonha, deixasse de acusar-se de um ou mais pecados, sua Confissão seria inválida. (Revista Arautos do Evangelho, n.149, Maio/2014, p. 33 à 37)



AUTOR: PE. CARLOS ADRIANO SANTOS DOS REIS, EP, Doutor em direito canônico.

Tríduo a Nossa Senhora das Graças - Dias 25, 26 e 27 de novembro



Tríduo em honra da Virgem da Medalha Milagrosa
Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos. Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de contrição
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido; pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o inferno. Mas proponho firmemente, com o auxílio de vossa divina graça, e pela poderosa intercessão de vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita misericórdia. Amém.

Oração para todos os dias

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós! Dulcíssima Rainha dos Céus e da Terra! Que por amor aos homens vos dignastes manifestar-vos à vossa serva, Sóror Catarina, com as mãos cheias de raios de luz; a fim de fazer saber ao mundo que desejais derramar abundantes graças sobre todos os que com confiança vos pedem, concedei-me, Mãe minha, que à imitação de Sóror Catarina, derrame em minha alma a luz necessária para conhecer meu nada e minha miséria, e o muito que devo a meu Pai, Deus, por tantos benefícios que me tens dispensado; e que cumprindo sua vontade nesta vida, possa gozar-vos de vossa companhia eternamente no Céu. Amém

Três Ave-Marias e 3 vezes a jaculatória
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Primeiro dia
Amorosíssima Mãe, que prazer tem minha alma quando considero que tanto desejo tende em conceder-me vossos favores; que não esperas outra coisa, senão que recorramos a Vós, para remediar nossos males e encher-nos de vossas graças e dons. Ó Maria, minha amada, rainha da corte celestial, vos rogo que por tudo recorramos sempre a Vós, como nossa única esperança.

Oração final
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja!

Três vezes a jaculatória
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Segundo dia

Santíssima Mãe de Deus, Senhora nossa e minha terna Mãe! Que consolo tão grande sente meu coração quando contempla vossa imagem, como vos viu Sóror Catarina, com um globo em vossas Divinas Mãos que representava toda a Terra, e o estreitavas sobre o vosso peito, simbolizando assim o amor que tendes aos homens. Concede-me, Ó divina Mãe Eterna, ó Mãe minha! que saibamos corresponder a tanto amor, procurando imitar as vossas virtudes. Assim seja!

Oração final
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja!

Três vezes a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Terceiro dia
Virgem imaculada, celestial Mãe minha! Com que prazer chego ante vosso santíssimo altar, para contemplar vossas virtudes e expor meus sofrimentos. Que fôlego santo recobra meu espírito ao cercar-me ante vossa sagrada imagem, onde vejo representada a mais profunda humildade, uma modéstia admirável e o complemento de todas as perfeições com as quais o Senhor Deus vos adornou.
Mãe Santíssima, divina e celestial Senhora! Rainha do Clero, dos Apóstolos! Mãe do Messias e filha predileta de Deus Pai! Faça com que ouçamos sempre vossos maternais avisos, para que, arrependidos de nossas culpas e imitando vossas virtudes, logremos a imensa dita de estar contigo no Céu, por toda a eternidade. Assim seja!

Oração final

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja!

Três vezes a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!



Santo do dia - 25 de novembro

Santa Catarina de Alexandria

 Neste dia lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de um Estado brasileiro: Santa Catarina

Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.

“Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -“Oh, sim”. -“E tu, Jesus, gostas dela?” -“Não gosto, é muito feia”. Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -“Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o “casamento místico de Santa Catarina”.

Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.

Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzentos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).


Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!

São Pedro de Alexandria


Bispo mártir (+311)

O século III talvez tenha sido o mais trágico palco em que se desenrolou o drama da perseguição e extermínio de cristãos. O vilão desse drama era o imperador romano, tirano, cruel e violento. Defender o cristianismo, naqueles tempos, era atrair para si a ira dos poderosos, no mínimo a prisão e o trabalho escravo, quando não o exílio e, quase sempre, a morte. E assim, como o Povo de Deus nunca temeu sacrificar-se em nome da fé em seu Redentor, foi um tempo em que floresceram milhares de mártires.

Figuras da maior relevância pela inteligência, cultura e santidade perderam a vida em defesa de sua fé cristã, combatendo a ignorância pagã, instrumento de domínio dos mandantes. Uma delas foi Pedro, patriarca de Alexandria, que foi consagrado no ano 300. Era admirado por todos de seu tempo, por seu vasto saber científico e filosófico e pelo profundo conhecimento das Sagradas Escrituras.

Sob sua responsabilidade estavam as igrejas do Egito, da Tebaida e da Líbia, todos territórios de muita perseguição ao seu rebanho. Mas quanto maior o perigo, mais firmeza demonstrava Pedro. Consolava os perseguidos, acolhia e protegia os que mais sofriam, dava exemplos diários de coragem e perseverança.

Porém o patriarca Pedro não enfrentou somente as feras do paganismo. Também teve de lutar contra as forças opositoras que surgiram dentro da própria Igreja cristã, corroendo-a internamente. Enfrentou tudo com tolerância e benevolência, mas com firmeza. Apenas exigiu que os bispos vivessem com o mesmo rigor a fé cristã e a mesma retidão de caráter e disciplina de vida que ele próprio se impunha, não almejando, apenas, posição e os bens materiais. Os bispos Melécio e Ário logo começaram um movimento radical contra ele, visando o seu afastamento e o seu posto episcopal. Pedro, então, convocou um Concílio e ambos foram afastados da Igreja. Aí começou a verdadeira guerra contra o patriarca.

Os dois bispos negaram-se a reconhecer o poder do Concílio, continuaram suas atividades episcopais e, em represália, passaram a pregar contra a Igreja. Isso causou um cisma na Igreja, isto é, uma divisão que durou cento e cinquenta anos e que ficou conhecido como o "Cisma Meleciano". Então, denunciado por Ário, Pedro acabou preso e condenado à morte. Aliás, o imperador aproveitou-se da situação para eliminar aquela incômoda liderança e autoridade católica.

A antiga tradição diz que, na véspera da execução, Cristo apareceu-lhe numa visão, na forma de um menino que tinha a túnica rasgada de alto a baixo. Disse-lhe que o responsável por aquilo era Ário, que dividira sua Igreja ao meio. Assim, antes de morrer, ele viu sua doutrina confirmada. Foi decapitado em 25 de novembro de 311 por opor-se ao cisma de Melécio e pela fé em Cristo.

São Pedro de Alexandria, rogai por nós!

 


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Santo do dia - 24 de novembro

Santo André Dung-Lac e companheiros


Mártires (séculos XVI a XX)

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fieis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.


Santo André Dung-Lac e companheiros, rogai por nós!

São Crisógono

Mártir (+304)

O santo mártir aparece na prece eucarística. Entretanto, com o novo calendário, seu culto é limitado à basílica romana a ele dedicada, que se ergue na avenida Trastévere. A Paixão contém os habituais embelezamentos legendários, por isso é difícil colher nela qualquer notícia histórica aceitável.

Crisógono é definido como "vir christianissimus". E de tal maneira coerente com a própria fé, que não se deixou seduzir pelo cargo honorífico do consulado — que lhe fora oferecido pelo imperador Diocleciano em pessoa, quando estava de passagem por Aquiléia, com a condição de que renegasse a Cristo e queimasse alguns grãos de incenso no altar de Júpiter.

Ante sua recusa, o “cristianíssimo” Crisógono foi preso na casa de um certo Rufino, que o devia manter confinado à espera de um processo. Rufino terminou sendo convertido por seu prisioneiro, e compartilhou com ele a mesma sorte, isto é, a decapitação. O corpo do mártir foi sepultado pelo presbítero Zoilo em uma galeria subterrânea, escavada sob sua casa.


São Crisógono, rogai por nós!


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Santo do dia - 23 de novembro

São Clemente I

Papa e mártir (+101)




Com grande alegria e veneração lembramos a vida do terceiro Papa que governou, no primeiro século, a Igreja Romana
 
Temos preciosas informações do terceiro sucessor de são Pedro na Sé Apostólica de Roma - nomeado na prece eucarística -, em um escrito de santo Irineu do ano 180: Clemente "havia visto os apóstolos e conversado com eles, tinha ouvido o próprio som de sua prédica e tivera a sua tradição sob os olhos".

É sempre Irineu quem nos informa sobre a célebre carta escrita pelo papa à igreja de Corinto - um importantíssimo documento sobre a Igreja primitiva e sobre a reconhecida autoridade do papa no governo e na direção espiritual e moral das várias comunidades. Ei-la: "Trar-nos íeis júbilo e alegria", escrevia o papa Clemente à Igreja de Corinto, dividida por um cisma interno, "se, curvando-vos às advertências por nós escritas com a graça do Espírito Santo, abandonásseis a ilícita paixão da inveja".

Este é o importante legado deixado pelo papa Clemente. Dele nos fala ainda a basílica constantiniana, construída nas vertentes do monte Célio, provavelmente sobre as ruínas de sua casa, onde são conservadas suas relíquias, transportadas da Criméia, no século IX, por são Cirilo, o grande apóstolo dos eslavos.

Segundo uma antiga tradição, o papa Clemente foi relegado pelo imperador Trajano a uma cidade do Quersoneso, junto com muitos outros cristãos, condenados a trabalhos forçados nas minas de mármore. Sua presença foi de grande conforto para os prisioneiros, até que o próprio imperador encarregou um magistrado de truncar sua atividade com uma exemplar condenação capital, caso Clemente não renegasse publicamente a Cristo, sacrificando aos deuses de Roma. Esta tradição é bem conhecida.

Assim, quando são Cirilo esteve na Criméia, em 868, para evangelizar os Czares, foi-lhe indicada uma fossa dentro da qual se tinham descobertos ossos humanos junto com uma âncora; este particular induziu Cirilo a crer ter encontrado as relíquias do santo pontífice. Mais tarde, Cirilo levou as relíquias para Roma, a fim de serem guardadas na basílica a ele dedicada. 


São Clemente I, rogai por nós!

 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Santo do dia - 22 de novembro

Santa Cecília

Mártir (século II e III)

Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V

Cecília, entre as mais populares virgens de Roma, é apresentada como "virgo clarissima" e ao mesmo tempo como esposa do jovem Valeriano. A "Paixão", posterior ao século V, pouco confiável do ponto de vista histórico, estende-se nos particulares para esclarecer a aparente contradição: virgem esposa.

Na noite de núpcias, Cecília confidenciou ao esposo haver consagrado a própria virgindade a Deus, e acrescentou: “Nenhuma mão profana pode tocar-me porque um anjo me protege”. Convidou-o então a seguir seu exemplo, fazendo antes de tudo com que se batizasse.

O contrariado esposo não protestou. E na manhã seguinte dirigiu-se à via Ápia, onde o papa Urbano estava escondido entre os monumentos funerários. Instruído e batizado, voltou depois para a jovem esposa e um anjo colocou em sua cabeça uma coroa de rosas e lírios.

O irmão de Valeriano, Tibúrcio, seguiu seu exemplo, e ambos se consagraram à piedosa obra de sepultar os mártires cristãos. Foram logo presos, processados e condenados à decapitação a quatro milhas fora de Roma. Pelo caminho os dois irmãos conseguiram converter o prefeito Máximo, que colheu com eles a palma do martírio.

Cecília depôs seus corpos em um sarcófago, depois lhe coube dar a Cristo o extremo testemunho. Condenada à fogueira, saiu ilesa do suplício. Passou-se então à decapitação, mas a espada do verdugo não conseguiu cortar-lhe a cabeça. Cecília esperou assim por três dias a visita do papa Urbano e por todo aquele tempo continuou a professar a sua fé ao Deus Uno e Trino, com os dedos da mão, pois não podia proferir uma palavra. Nesta atitude foi esculpida por Maderno a sua célebre estátua.

Antes de morrer, encontrou um modo de encarregar o papa da distribuição de seus bens aos pobres, pedindo-lhe que transformasse sua casa em igreja. Aqui termina a "Paixão". A história averiguou a existência dos mártires Valeriano e Tibúrcio, se bem que seja difícil estabelecer uma relação entre eles e santa Cecília.

O patrocínio da mártir romana à música sacra deveu-se a uma simples frase que se lê na "Paixão", segundo a qual a jovem esposa, no dia das núpcias, “enquanto os órgãos tocavam, cantava em seu coração tão-só para o Senhor”. Aceita-se que suas relíquias, originariamente guardadas nas catacumbas de São Calisto, ao lado da Cripta dos Papas, tenham sido transferidas pelo papa Pascoal I (817-824) para a basílica do Trastévere, a ela dedicada.


Santa Cecília, rogai por nós!
 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Apresentação de Nossa Senhora no Templo - 21 de novembro

Apresentação de Nossa Senhora


Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada

O episódio da apresentação no templo não é narrado nas Sagradas Escrituras, mas em evangelhos apócrifos, em particular no Proto-evangelho de são Tiago, que a Igreja não considera inspirado por Deus.

No entanto, a celebração deste dia é antiga. Era celebrada já no século VI em Jerusalém, e a Igreja do Oriente, que acolheu e conservou zelosamente as tradicionais festas marianas, reserva à apresentação de Maria uma memória particular, como um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu para Mãe de seu Unigênito.

A Igreja do Ocidente, ao manter essa festividade também com a reforma do calendário litúrgico, entendeu praticar um gesto “ecumênico”.

Na Liturgia das Horas, lê-se: “Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua Imaculada Conceição”.

Se bem que não se encontre na tradição hebraica a oferta de meninas ao templo (e menos ainda na tenra idade de três anos, como se lê nos apócrifos, segundo os quais “Maria morou no templo do Senhor como uma pomba, recebendo o alimento das mãos de um anjo”), os cristãos celebram hoje aquele particular oferecimento de Maria a Deus, feito no segredo de sua alma, que a preparou para acolher o Filho de Deus.

Esta menininha — diz são Germano de Constantinopla na homilia sobre a Apresentação — prepara o aposento para acolher a Deus, “mas não é o templo que a santifica e purifica, e sim a sua presença que purifica inteiramente o templo”.




A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal
Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.

A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Santo do dia - 20 de novembro

Santo Edmundo

Suas qualidades morais tornaram-no modelo dos bons reis. Tinha grande aversão aos lisonjeiros; toda a sua ambição era manter a paz e assegurar a felicidade dos súditos

Rei e mártir (841-870)

Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.

Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.

No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.

Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu trespassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.

Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.

As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo
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Santo Edmundo, rogai por nós!