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domingo, 24 de novembro de 2019

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo - Domingo

Anúncio do Evangelho (Lc 23, 35 - 43)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
 
Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”.
Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
 

Tríduo a Nossa Senhora das Graças - Dias 25, 26 e 27 de novembro

Tríduo em honra da Virgem da Medalha  Milagrosa



Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos. Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de contrição
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido; pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o inferno. Mas proponho firmemente, com o auxílio de vossa divina graça, e pela poderosa intercessão de vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita misericórdia. Amém.

Oração para todos os dias

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós! Dulcíssima Rainha dos Céus e da Terra! Que por amor aos homens vos dignastes manifestar-vos à vossa serva, Sóror Catarina, com as mãos cheias de raios de luz; a fim de fazer saber ao mundo que desejais derramar abundantes graças sobre todos os que com confiança vos pedem, concedei-me, Mãe minha, que à imitação de Sóror Catarina, derrame em minha alma a luz necessária para conhecer meu nada e minha miséria, e o muito que devo a meu Pai, Deus, por tantos benefícios que me tens dispensado; e que cumprindo sua vontade nesta vida, possa gozar-vos de vossa companhia eternamente no Céu. Amém

Três Ave-Marias e 3 vezes a jaculatória
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Primeiro dia
Amorosíssima Mãe, que prazer tem minha alma quando considero que tanto desejo tende em conceder-me vossos favores; que não esperas outra coisa, senão que recorramos a Vós, para remediar nossos males e encher-nos de vossas graças e dons. Ó Maria, minha amada, rainha da corte celestial, vos rogo que por tudo recorramos sempre a Vós, como nossa única esperança.

Oração final
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja!

Três vezes a jaculatória
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Segundo dia

Santíssima Mãe de Deus, Senhora nossa e minha terna Mãe! Que consolo tão grande sente meu coração quando contempla vossa imagem, como vos viu Sóror Catarina, com um globo em vossas Divinas Mãos que representava toda a Terra, e o estreitavas sobre o vosso peito, simbolizando assim o amor que tendes aos homens. Concede-me, Ó divina Mãe Eterna, ó Mãe minha! que saibamos corresponder a tanto amor, procurando imitar as vossas virtudes. Assim seja!

Oração final
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja!

Três vezes a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Terceiro dia
Virgem imaculada, celestial Mãe minha! Com que prazer chego ante vosso santíssimo altar, para contemplar vossas virtudes e expor meus sofrimentos. Que fôlego santo recobra meu espírito ao cercar-me ante vossa sagrada imagem, onde vejo representada a mais profunda humildade, uma modéstia admirável e o complemento de todas as perfeições com as quais o Senhor Deus vos adornou.
Mãe Santíssima, divina e celestial Senhora! Rainha do Clero, dos Apóstolos! Mãe do Messias e filha predileta de Deus Pai! Faça com que ouçamos sempre vossos maternais avisos, para que, arrependidos de nossas culpas e imitando vossas virtudes, logremos a imensa dita de estar contigo no Céu, por toda a eternidade. Assim seja!

Oração final

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja!

Três vezes a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Confira também a novena a Nossa Senhora das Graças

Santo do dia - 24 de novembro

Santo André Dung-Lac e companheiros


Mártires (séculos XVI a XX)

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fieis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.


Santo André Dung-Lac e companheiros, rogai por nós!

São Crisógono

Mártir (+304)

O santo mártir aparece na prece eucarística. Entretanto, com o novo calendário, seu culto é limitado à basílica romana a ele dedicada, que se ergue na avenida Trastévere. A Paixão contém os habituais embelezamentos legendários, por isso é difícil colher nela qualquer notícia histórica aceitável.

Crisógono é definido como "vir christianissimus". E de tal maneira coerente com a própria fé, que não se deixou seduzir pelo cargo honorífico do consulado — que lhe fora oferecido pelo imperador Diocleciano em pessoa, quando estava de passagem por Aquiléia, com a condição de que renegasse a Cristo e queimasse alguns grãos de incenso no altar de Júpiter.

Ante sua recusa, o “cristianíssimo” Crisógono foi preso na casa de um certo Rufino, que o devia manter confinado à espera de um processo. Rufino terminou sendo convertido por seu prisioneiro, e compartilhou com ele a mesma sorte, isto é, a decapitação. O corpo do mártir foi sepultado pelo presbítero Zoilo em uma galeria subterrânea, escavada sob sua casa.


São Crisógono, rogai por nós!

sábado, 23 de novembro de 2019

Santo do dia - 23 de novembro

São Clemente I

Papa e mártir (+101)




Com grande alegria e veneração lembramos a vida do terceiro Papa que governou, no primeiro século, a Igreja Romana
 
Temos preciosas informações do terceiro sucessor de são Pedro na Sé Apostólica de Roma - nomeado na prece eucarística -, em um escrito de santo Irineu do ano 180: Clemente "havia visto os apóstolos e conversado com eles, tinha ouvido o próprio som de sua prédica e tivera a sua tradição sob os olhos".

É sempre Irineu quem nos informa sobre a célebre carta escrita pelo papa à igreja de Corinto - um importantíssimo documento sobre a Igreja primitiva e sobre a reconhecida autoridade do papa no governo e na direção espiritual e moral das várias comunidades. Ei-la: "Trar-nos íeis júbilo e alegria", escrevia o papa Clemente à Igreja de Corinto, dividida por um cisma interno, "se, curvando-vos às advertências por nós escritas com a graça do Espírito Santo, abandonásseis a ilícita paixão da inveja".

Este é o importante legado deixado pelo papa Clemente. Dele nos fala ainda a basílica constantiniana, construída nas vertentes do monte Célio, provavelmente sobre as ruínas de sua casa, onde são conservadas suas relíquias, transportadas da Criméia, no século IX, por são Cirilo, o grande apóstolo dos eslavos.

Segundo uma antiga tradição, o papa Clemente foi relegado pelo imperador Trajano a uma cidade do Quersoneso, junto com muitos outros cristãos, condenados a trabalhos forçados nas minas de mármore. Sua presença foi de grande conforto para os prisioneiros, até que o próprio imperador encarregou um magistrado de truncar sua atividade com uma exemplar condenação capital, caso Clemente não renegasse publicamente a Cristo, sacrificando aos deuses de Roma. Esta tradição é bem conhecida.

Assim, quando são Cirilo esteve na Criméia, em 868, para evangelizar os Czares, foi-lhe indicada uma fossa dentro da qual se tinham descobertos ossos humanos junto com uma âncora; este particular induziu Cirilo a crer ter encontrado as relíquias do santo pontífice. Mais tarde, Cirilo levou as relíquias para Roma, a fim de serem guardadas na basílica a ele dedicada. 


São Clemente I, rogai por nós!

 

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Santo do dia - 22 de novembro

Santa Cecília, exemplo de mulher cristã

Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média

Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V. Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda. A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja, que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas.

No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres. Segundo o relato da sua Paixão Cecília fora uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um anjo guardava sua decisão.

Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o anjo. Desse desafio ela conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos. Esse ser celeste colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia.

Colocada diante da alternativa de fazer sacrifícios aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, ela respondeu: “É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida”. Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou que lhe decapitassem a cabeça.

Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: “Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro Esposo”. Essas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos. Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.


Santa Cecília, rogai por nós!

 
 

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Como confessar-se bem?

Instituindo o Sacramento da Reconciliação, Jesus Cristo manifestou claramente o modo como quer perdoar os pecados dos homens. Quais são as condições para nos beneficiarmos de sua incomensurável misericórdia?


Era uma quinta-feira ensolarada e úmida na capital paulistana, perto do fim do ano. A Catedral da Sé abriu suas portas para os fiéis já cedo, como de costume. Às nove horas começavam alguns padres a caminhar pelos corredores laterais do grande edifício em direção aos confessionários, diante dos quais vários fiéis aguardavam a chegada do sacerdote.

– Para que essas filas dentro da Igreja? – perguntou a um deles um curioso observador.
– Estamos esperando para nos confessarmos.
– Como assim?
– Essa fila é para a Confissão, para que o padre nos atenda. Você é católico?
– Sim… Faz tempo que ouvi falar disso. Somente na minha Primeira Comunhão. Como é mesmo?
– A Confissão é para Deus perdoar nossos pecados. Ajoelhamos ali no confessionário, junto ao padre, e ele perdoa em nome de Deus.
– Ah! E… Deus perdoa mesmo?
– Sim, claro, desde que haja arrependimento.
– Já fiz tanta coisa errada na vida…

Seguiu-se um silêncio prolongado, enquanto o visitante ia mudando de expressão e se abstraia das coisas em torno de si. Entrara na Catedral movido por mera curiosidade e sentia-se agora convidado a mudar de vida. Há tanto tempo não se confessava, e já nem sabia como fazer. Trinta, quarenta anos?
– Eu também posso entrar na fila?
Qualquer um perceberia o drama interno desse desconhecido, a quem Deus chamava à conversão.
– Sim, entre aqui na minha frente.
Um passo decisivo fora dado na vida daquele homem rumo à salvação de sua alma. Colocou-se junto ao demais, à espera de sua vez, mas não conseguia mais falar, pois as lágrimas corriam às torrentes pelo seu rosto.



“Terei Eu prazer com a morte do ímpio? ”
Casos como este não são raros em nossos dias. Quantos e quantos homens fizeram bem sua Primeira Comunhão, mas depois, infelizmente, levados pelas preocupações da vida, deixaram-se arrastar pelas atrações do mundo e esqueceram-se por completo de seus deveres para com Deus!
Continuam sendo católicos, sim, mas católicos cuja fé tornou-se como uma brasa abafada debaixo da espessa camada de cinzas dos pecados. E mal guardam na memória alguns resquícios de suas primeiras lições de Catecismo, aprendidas na infância.
 Deus, entretanto, não os esquece. 
Em certo momento Jesus Cristo bate paternalmente à porta de suas almas com um carinhoso convite para fazerem uma boa Confissão.

                                                          

Deus poderia perdoar os pecados de
outra maneira, mas expressou
claramente sua vontade de
fazê-lo através de um sacerdote
 
Que coisa terrível seria uma pessoa, por causa dos seus graves pecados, ser condenada às masmorras eternas, onde os réprobos são castigados com o afastamento de Deus, para o qual foram criados, e sofrem terríveis tormentos, sem um só instante de alívio!

Ele, porém, sumamente misericordioso, não deseja para o pecador esse destino: “Terei Eu prazer com a morte do ímpio? – diz o Senhor. – Não desejo, antes, que ele se converta e viva?” (Ez 18, 23). Deus quer nos perdoar, e para isso estabelece esta condição: a confissão de nossos pecados a um de seus ministros.

Deus perdoa através do sacerdote
A Confissão é um dos mais palpáveis sinais da bondade de Deus. Gravemente ofendido por aquele que peca mortalmente, Ele tem poder para fulminar com uma sentença de eterna condenação o pecador, e ao fazê-lo, praticaria apenas um ato de justiça. Deixou-nos, entretanto, este Sacramento por meio do qual perdoa ao penitente todos os pecados, por mais graves e numerosos que sejam.

É bastante conhecido o episódio da primeira aparição do Divino Mestre a seus discípulos, após a Ressurreição. Com medo de serem, também eles, perseguidos e condenados, estavam reunidos numa sala com as portas fechadas, quando de repente apareceu-lhes Jesus. Soprando sobre eles, disse nosso Redentor: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). Estava instituído o Sacramento da Confissão!

Assim, desde os primórdios da Igreja os fiéis procuraram os Apóstolos para confessar-lhes suas faltas, e receber deles a absolvição. Esse poder de perdoar, dado por Cristo à sua Igreja, é conferido aos presbíteros através do Sacramento da Ordem. E é assim que foi passando de geração em geração através dos séculos até os nossos dias.

Requisitos para uma boa Confissão
Claro está que Deus poderia perdoar os pecados de outra maneira, mas expressou claramente sua vontade de fazê-lo através de um sacerdote no Sacramento da Reconciliação: “Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra será também desligado no Céu” (Mt 18, 18), disse Jesus aos Apóstolos. Como nos beneficiarmos desse Sacramento?

Deus sumamente misericordioso é também justo. Ele quer que, para utilizarmos bem esse maravilhoso recurso, nos submetamos a algumas condições sem as quais a Confissão não só de nada nos serviria, mas se tornaria nociva para a alma.

Quais são esses requisitos? Sintetizando, a Igreja nos ensina que cinco coisas são imprescindíveis para uma boa Confissão: 


fazer um bom exame de consciência;
ter dor dos pecados;
fazer o propósito de não mais cometê-los;
confessá-los;
 e cumprir a penitência imposta pelo confessor. 

Mas em que consiste precisamente cada uma dessas exigências?

O exame de consciência                                                                                                           
Antes de tudo, deve-se fazer um exame de consciência. O fiel desejoso de obter o perdão de suas faltas, precisa antes auscultar sua alma, para saber quais pecados ainda não foram confessados. Não é necessário trazer à memória os pecados de toda a vida, mas apenas os cometidos desde a última Confissão bem-feita.

Um fato narrado nas Sagradas Escrituras bem demonstra a importância do exame de consciência. O Rei Davi cometera dois pecados: adultério e homicídio. Enviado por Deus, o profeta Natã supriu por meio de uma severa advertência a falta do exame de consciência da parte do rei. E só assim este caiu em si e foi capaz de se arrepender e pedir perdão (cf. II Sm 12, 1-13).

Nesse episódio do Antigo Testamento, podemos verificar outro bom motivo para o exame de consciência: auxilia-nos a ter dor de nossos pecados, isto é, nos ajuda a arrepender-nos. Se nos detivermos em conhecer seriamente cada uma das ofensas feitas a Deus, dispomo-nos a sentir por elas verdadeira tristeza e, assim, a obter o perdão.

O exame de consciência precisa ser feito com cuidado, sem precipitação. É importante rememorar os pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e omissões, percorrendo, para esse fim, os Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja, a lista dos pecados capitais e as obrigações de nosso próprio estado. O exame deve abranger também os maus costumes a serem corrigidos, e as ocasiões de pecado a serem evitadas.

Mas a Igreja, como boa mãe, nos recomenda também evitar de nos deixarmos levar pela exagerada preocupação de ter esquecido alguma falta ou circunstância. Certa vez, Santa Margarida Alacoque, inquieta e perturbada, estava fazendo com excessivo cuidado seu exame de consciência para a Confissão. Apareceu-lhe então o próprio Nosso Senhor e a tranquilizou: “Por que te atormentares? Faze o que podes. Eu amo os corações contritos que se acusam sinceramente dos pecados que conheçam, com a vontade de não mais desagradar-Me”.

Qualquer pessoa, seja por deficiência de memória, seja por relaxamento, pode sentir dificuldade em rememorar os pecados ainda não confessados. Sem a ajuda de Deus, ninguém consegue fazer nada bem. Por isso, é muito adequado começar o exame de consciência com uma oração, pedindo-Lhe, através de Nossa Senhora ou de nosso Anjo da Guarda, que ilumine nossa mente para reconhecermos todas as nossas faltas e nos dê força para detestá-las.

Quantas vezes pequei? Eis uma importante pergunta a ser feita. Um soldado recebeu em combate três graves ferimentos. Levado ao hospital, mostrou ao médico só duas de suas feridas; ocultou a terceira, movido por um tolo sentimento de vergonha. De nada adiantou o médico ter curado as duas lesões que conhecia, pois o soldado morreu em decorrência do agravamento da terceira.

Ora, a Confissão também é um ato de cura. Se quisermos reatar nossa amizade com Deus, e termos a alma curada das chagas de nossos pecados, devemos pedir perdão de todos e cada um deles. Por isso, em se tratando de pecados mortais – faltas em matéria grave, com pleno conhecimento e pleno consentimento da vontade -, deve-se investigar tudo; inclusive, na medida das possibilidades, quantas vezes foi praticado determinado ato pecaminoso, e em que circunstâncias. É relevante relatar na Confissão as situações que agravam o pecado. Por exemplo, roubar de um pobre é mais grave que de um rico. Tratar mal os pais, a quem devemos a vida, é mais grave do que fazer o mesmo a um colega da escola. As circunstâncias agravantes devem ser apontadas porque o sacerdote, para perdoar, precisa conhecer com clareza os pecados. Da mesma forma como um médico, ao atender um paciente, precisa primeiro avaliar bem o quadro da doença, a fim de poder aplicar-lhe o remédio mais adequado. Se omitirmos essas informações por malícia, a Confissão será mal feita, portanto, nenhum pecado será perdoado.

Ter dor dos pecados                                                                                        
O mais importante para o penitente obter o perdão de Deus é o arrependimento, ou seja, ter um desgosto pela falta cometida e uma vontade firme de não mais recair nela. Naturalmente, não há necessidade de derramar lágrimas pela dor dos pecados, mas é preciso no íntimo do coração se lamentar de ter ofendido a Deus, mais do que se nos tivesse ocorrido qualquer outra desgraça.

Sem arrependimento, a Confissão não tem nenhum valor. Não é possível obter o perdão de Deus sem odiar a falta cometida, sem a disposição de jamais repeti-la.   Essa postura de alma deve estender-se a todos os pecados mortais, sem exceção. E para obter o perdão de nossas faltas na Confissão, basta um arrependimento por medo dos castigos acarretados pelo pecado – a atrição -, embora o melhor seja que nos arrependamos por termos ofendido a Deus – a contrição. O arrependimento também abrange a confiança na misericórdia divina pois, a dor dos pecados sem essa virtude poderia dar em desespero.

O firme propósito
Havendo, de fato, arrependimento pelos pecados cometidos, se produzirá na alma o propósito, a firme vontade, resolutamente determinada, de nunca mais repeti-los e de fugir das ocasiões próximas, de evitar tudo o que induz ao mal: pode ser uma pessoa, um objeto, um lugar ou mesmo uma circunstância que me põe em perigo de ofender a Deus.

Devo humildemente me acusar?
Conta-se que, certo dia, estava Santo Antonino de Florença numa igreja e percebeu um demônio bem próximo da fila da Confissão. Desgostado, o Arcebispo dirigiu-se ao anjo mau e lhe perguntou:
– O que estás fazendo aqui?
– Ora, pratico uma boa ação.
– Mas será isso possível?!
– Sim, vim fazer uma devolução. Normalmente os cristãos têm vergonha do pecado. Por isso, antes de caírem eu procuro tirar-lhes a vergonha. Agora que vieram para se confessar, devolvo-a, para que diante do confessor eles omitam as suas faltas.

Uma Confissão mal feita pode levar uma alma a condenar-se, e é isso que o demônio quer. Por vezes, pode acontecer de sermos tentados a calar os nossos pecados ao confessor, ou a não contá-los direito. Para que isso não aconteça, é interessante recordar também como deve ser a acusação dos pecados no Sacramento da Confissão.

Primeiramente é preciso, seguindo o mesmo princípio do exame de consciência, contar ao padre todos os pecados mortais cometidos após a última Confissão bem feita. Se alguém oculta um só pecado grave propositalmente na Confissão, além de não receber o perdão de nenhum, acaba cometendo outro, por estar ofendendo algo sagrado instituído pelo próprio Cristo. Ou seja, é ao próprio Jesus que se está mentindo.

A Confissão deve ser sincera. O penitente deve acusar ao sacerdote os seus pecados com objetividade, evitando desnecessárias delongas, que podem até prejudicar a clareza da matéria. A falta de sinceridade quanto à maneira de acusar os pecados é outra tentação do demônio contra a qual é imprescindível precaver-se. E também as desculpas podem ser ocasião de tentação: justificar os pecados, criando atenuantes, não se reconhecendo inteiramente culpado de suas próprias faltas ou colocando a culpa nos outros.

Por fim, devo cumprir a penitência
No fim da Confissão, o sacerdote impõe a penitência também chamada de satisfação. Em geral é uma oração ou uma obra boa, que o confessor ordena ao penitente como expiação de seus pecados.

Pelo nosso senso de justiça, sabemos que a toda ofensa deve corresponder uma reparação proporcional. O mesmo princípio se aplica a Deus: quando ofendido, Ele também merece uma reparação. Se a ofensa contra Deus é grave, o pecador merece o inferno, pois a punição reparadora deve ser proporcional ao ofendido: neste caso, eterna. Mas a Confissão sacramental, além de perdoar a culpa do penitente, apaga a pena eterna, que é comutada numa pena temporal. Por isso, quando alguém se confessa, seus pecados estão completamente perdoados, mas sua dívida com Deus ainda não foi inteiramente paga. Por isso o sacerdote impõe a penitência após a Confissão: ela tem o objetivo de reparar o mal cometido contra Deus. Entretanto, pode ocorrer de ser perdoada a pena temporal inclusive na própria Confissão; quando o penitente tem uma extraordinária dor por seus pecados.

Claro está que o próprio Jesus, com seus sofrimentos e sua morte na Cruz, satisfez a divina justiça quanto aos nossos pecados, pagando já a nossa dívida em relação a Deus. Por isso na Confissão é perdoada a nossa culpa e a punição eterna. Mas Deus exige, com todo direito, que também nós, quando possível, façamos algo como satisfação dos nossos pecados. E essa pequena satisfação também é exigida para a compreensão da gravidade de nossas faltas, para que nos sirva de remédio aos pecados e nos preserve de recaídas.

Deus perdoa os que se confessam bem
Tudo na vida deve ser levado a sério e mais ainda as coisas relacionadas com Deus. Por isso, devemos praticar com muita fidelidade os ensinamentos da Igreja acerca do Sacramento da Confissão, sempre confiantes de que, através dele, são perdoados todos os nossos pecados, somos auxiliados a não recair neles e nos é restituída a paz de consciência. 

Certa vez, apresentou-se a Santo Antônio de Pádua um grande pecador para confessar-se. O coitado estava tão confuso que mal conseguia falar. Chorava e soluçava com tanta veemência que não conseguia exprimir ao Santo nenhuma de suas faltas. Para ajudá-lo o confessor sugeriu-lhe docemente que fizesse um exame de consciência escrito:
– Vai, escreve os teus pecados e, depois, volta para confessá-los.

O penitente seguiu o conselho. Depois, leu no confessionário as suas faltas, tal como as havia escrito. Assim que terminou a Confissão, grande milagre! O papel onde o pecador havia escrito cuidadosamente suas ofensas a Deus ficou completamente em branco, pois tudo o que havia sido escrito desaparecera!

Este prodígio muito nos consola e anima para nos aproximarmos com retidão e confiança do Sacramento da Penitência, que é capaz de destruir em nós o pior mal que existe, o pecado. Nosso Senhor instituiu este Sacramento para todos os membros pecadores da sua Igreja, dando-lhes uma nova possibilidade de se encontrarem com Deus e de restaurarem a amizade com Ele. ² 1 Somente a Confissão bem feita perdoa de fato os pecados. Se alguém, por malícia ou vergonha, deixasse de acusar-se de um ou mais pecados, sua Confissão seria inválida. (Revista Arautos do Evangelho, n.149, Maio/2014, p. 33 à 37)



AUTOR: PE. CARLOS ADRIANO SANTOS DOS REIS, EP, Doutor em direito canônico.