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sábado, 1 de fevereiro de 2020

O que é o mistério da Santíssima Trindade?

Mistério da Santíssima Trindade?

 Quem é Deus?

Antes de tudo é preciso explicar que a palavra “mistério” não quer dizer algo que seja impossível de existir ou de acontecer; mistério é apenas algo que a nossa inteligência não compreende. Se você, por exemplo, não é físico, a teoria da relatividade de Einstein é um mistério para você, mas não é para os físicos. Se você não é biólogo a complexidade da célula, dos cromossomos e dos gens pode ser um mistério, mas não é para aquele que estudou tudo isso.


Ora, Deus é um Mistério para todos nós, porque a Sua grandeza infinita não cabe na nossa inteligência limitada de criatura. Se entendesse Deus, este não seria o verdadeiro Deus. O Criador não pode ser plenamente entendido pela criatura; isto é lógico, é normal e é correto. Depois de tentar de muitos modos desvendar o Mistério da Santíssima Trindade, Santo Agostinho (+430) abdicou: Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!”


A criatura adora o seu Criador, mesmo sem o compreender perfeitamente. O pecado dos demônios foi não querer adorar a Deus seu Criador; quiseram ser deuses. O Mistério da Santíssima trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Jesus sobretudo quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo; isto não foi invenção da Igreja. A verdade revelada da Santíssima Trindade está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos.


Deus é o Infinito de todas as potencialidades que possamos imaginar. Ele é Incriado; não foi feito por ninguém, não teve principio e não terá fim; isto é, é Eterno. A criatura não é eterna, pois um dia ela começou a existir; não era, e passou a ser, porque o Incriado a criou num ato de liberdade plena e de amor. O fato de você existir já é uma grande prova do amor de Deus por você; Ele quis que você existisse e o criou.


Deus é espírito (Jo 4, 24) não é feito de matéria criada, pois foi ele quem criou toda matéria que existe fora do nada; logo não poderia ter sido feito de matéria. Muitos têm dificuldade de entender a existência de um ser não carnal, espiritual, como os Anjos, Deus e a nossa alma; mas eles existem de fato. Ora, você não vê a onda eletromagnética que leva o sinal do rádio e da tv, mas você não duvida de que ela exista. Da mesma forma você não pode ver os anjos e a alma, mas eles existem.


Deus é Perfeitíssimo; Nele não há sombra de defeito ou de erro; Ele não pode se enganar e não pode enganar ninguém; não pode fazer o mal. Ninguém pode acusar Deus de fazer o mal; Ele só pode fazer o bem. Ele pode “permitir” que o mal nos atinja para a nossa correção (Hb 12, 4ss) e mudança de vida; mas Ele nunca pode criar o mal e nos mandar o mal. O mal vem da nossa imperfeição como criatura e do nosso pecado (Rm 6,23).






Deus é Onipotente (Gn 17,1; 28,3; 35,11; 43,14; Ex 6,3; Ap 1,8; 4,8; 11,17; 16,14; 21,22); pode tudo; nada lhe é impossível. “A Deus nada é impossível” (Lc 1, 37) disse o Arcanjo Gabriel a Maria na Anunciação. Não há alguma coisa que você possa imaginar que Deus não possa fazer simplesmente com o seu querer. Basta um pensamento Seu, uma Palavra, e tudo será feito porque Ele tem poder Infinito. Por isso só Deus pode criar, só Ele pode “tirar algo do nada”; só Ele pode chamar à existência um ser que não existia; a partir do nada. Para fazer um bolo a cozinheira precisa da matéria prima; Deus não precisa. A cozinheira “faz” o bolo, Deus “cria” a partir do nada.


Deus também é Onisciente; quer dizer sabe tudo; ninguém consegue esconder nada de Deus; Ele tudo vê. Deus é Onipresente (Sl 139,7; Sb 1,7; Eclo 16,17-18; Jr 23,24; Am 9,2-3; Ef 1,23); está em toda parte, porque é puro espírito. Diz o Salmista: “Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento e me levanto… Para onde irei longe de teu Espírito? Para onde fugirei apartado de tua face? Se subir até os céus, Vós estais ali, se descer para o abismo eu Vos encontro lá.” (Sl 138,1-7)




E Deus é muito mais; Deus é nosso Pai amoroso com ensinou Jesus. É Amor (1Jo 4,8.) É fonte de vida e santidade (Rm 6,23; Gl 6,8; Ef 1,4-5; 1Ts 4,3; 2Ts 2,13-17). É ilimitado ( 1Rs 8,27; Jr 23,24; At 7,48-49). É misericordioso (Ex 34,6; 2Cr 30,9; Sl 25,6; 51;1; Is 63,7; Lc 6,36; Rm 11,32; Ef 2,4; Tg 5,11). É o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1,1; Jó 26,13; Sl 33,6; 148,5; Pv 8,22-31; Eclo 24,8; 2Mc 7,28; Jo 1,3; Cl 1,16; Hb 11,3). É o Juiz do universo (1Sm 2,10; 1Cr 16,33; Ez 18,30; Mt 16,27; At 17,31; Rm 2,16; 2Tm 4,1; 1Pd 4,5).

Deus é uno (Dt 32,39; Is 43,10; 44,6-8; Os 13,4; Ml 2,10; 1Cor 8,6; Ef 4,6); não pode haver mais de um Deus simplesmente pelo fato de que se houvesse dois deuses, um deles seria inferior ao outro; e Deus não pode ser inferior a nada; Ele é absoluto.




A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”, ensinou o II Concílio de Constantinopla em 431 (DS 421 ). As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Concílio de Toledo, em 675, DS 530).

“Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).


“Deus é único, mas não solitário” disse o Papa Dâmaso (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). A Unidade divina é Trina. “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).


O Símbolo Quicunque de Santo Atanásio assim explicava: “A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade”(DS 75).


A Santíssima Trindade e inseparável naquilo que são, e da mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.


Pela graça do Batismo “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, mesmo na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna. Esta é a nossa magnífica vocação.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!


1º de fevereiro - Santo do dia

Santa Brígida

Em meio ao grande florescimento de santos irlandeses, entre os séculos IV e VIII, destaca-se essa mulher, venerada como a segunda padroeira da Irlanda, depois de são Patrício. Ela fundou o primeiro convento feminino na “ilha dos santos”, a partir do qual se originaram centenas de lendas e diversas comunidades femininas, todas inspiradas na regra ditada por essa santa, as quais enriqueceram o calendário de outros inúmeros santos. 

No centro da espiritualidade de Kildare se encontra o constante apelo à misericórdia divina e à caridade para com os pobres. Com efeito, a santa aparece habitualmente representada em companhia de uma vaca, visto ser venerada como padroeira dos leiteiros e (por que não?) dos pacíficos ruminantes, fonte de precioso alimento, pois o senso prático da excelente mulher encontrara meio de saciar a fome de muitos pobres que batiam às portas do convento.


Santa Brígida, rogai por nós!


Santa Veridiana
Santa Veridiana era conhecida pela sua compaixão para com os mais pobres, oferecendo-lhes tudo que podia. Além das práticas de penitência que oferecia através de peregrinações.

 Essa santa com nome tão belo é muito conhecida na região da Toscana. Nascida em Castelfiorentino, durante alguns anos foi governanta na casa de uma rica família, mas logo sentiu o chamado para a solidão. 

Após uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, aos 30 anos, permaneceu reclusa numa pequena cela, contígua ao oratório do abade santo Antão, onde viveu totalmente isolada, ao longo de 34 anos.


Seu único contato com o mundo exterior consistia numa pequena abertura na parede, por onde recebia pão e água. Tudo quanto recebia da caridade de seus compatriotas, distribuía aos pobres. O próprio são Francisco de Assis esteve entre os que a visitaram, em 1221.


Além dos incômodos da ermida (ela dormia sobre a terra nua), acrescentou-se a indesejável presença de duas serpentes, que ela não enxotou, as quais aparecem nas figuras que representam a santa, a fim de simbolizar sua vida de penitente. 


Ao morrer, foi sepultada em sua pequena cela (transformada em capela) e depois transferida para a igreja construída em sua honra, onde se erguia o oratório de santo Antão. Mais tarde, seus despojos foram trasladados para a igreja anexa ao colégio dos santos Lourenço e Leonardo; por fim, em 1939, à igreja que leva seu nome. É venerada como padroeira da Toscana. 


Peça a intercessão dessa santa para que todos possam, na oração, na penitência, na doação ao irmão, encontrarmos a verdadeira felicidade

Santa Veridiana, rogai por nós!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

31 de janeiro - Santo do dia

São Francisco Saveiro Maria Bianchi


Francisco Maria Bianchi nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, França, e viveu quase toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua existência religiosa.

Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles. No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras". A intensa atividade no campo da cultura não o impediu, todavia, de viver plenamente a vida de religioso, desempenhando importantes cargos na Congregação e continuando a exercer seu ministério sacerdotal.

Com o transcorrer dos anos padre Bianchi deixou gradativamente de praticar o ensino e viveu mais o sacerdócio contemplativo e penitente na mortificação dos sentidos. Ao seu redor se formou uma próspera família espiritual. A fama de sua virtuosidade e santidade cresceu na mesma proporção em que suportou heroicamente uma doença incurável que o imobilizou numa cadeira por treze anos, os últimos de sua vida. Mesmo assim não deixou de celebrar a Santa Missa, de acolher e aconselhar a todos os que o procuravam, distribuindo palavras de coragem e conforto. Consumido pela doença morreu em 31 de janeiro de 1815, envolto pela paz e suprema alegria espiritual.

Francisco Bianchi viveu durante o período conturbado e histórico das sucessivas conquistas e batalhas empreendias pelo imperador Napoleão Bonaparte. Assistiu a destruição de todas as bases políticas da Europa. Sobretudo, viu o clima anti-religioso ser instalado e que se materializou contra o clero com leis de confisco, incêndios e expulsões de congregações inteiras dos domínios napoleônicos. Mas, padre Francisco Bianchi se manteve apaixonadamente sacerdote de Cristo. Lutou contra a miséria, a desnutrição, as epidemias, as doenças e por fim contra a baixa estima dos habitantes tão abandonados politicamente.

O seu funeral foi um dos mais comoventes, onde estiveram reunidas personalidades ilustres das áreas das artes, da ciência, da Igreja e a imensa população, para as últimas homenagens àquele que chamaram de "Apóstolo de Nápoles" e "santo". Em 1951, foi canonizado pelo papa Pio XII, em Roma. E as relíquias mortais de São Francisco Saveiro Maria Bianchi foram sepultadas na capela da Igreja de Santa Maria de Caravaggio em Nápoles, Itália. Para sua homenagem e culto foi escolhido o dia 31 de janeiro. 


São Francisco Saveiro Maria Bianchi, rogai por nós!


 
São João Bosco
 João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.

Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário de Chieri, daquela diocese.

Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.

Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.

Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.

Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".

Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.



São João Bosco, rogai por nós!


São Pedro Nolasco

Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos séculos XII e XIII.

Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano 1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha, onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa.

Na juventude, quando acompanhou a tragédia dos cristãos que caíam nas mãos dos muçulmanos, devido à invasão dos árabes sarracenos, empregou toda sua fortuna para comprar os escravos e, então, libertá-los. E também, quando seu dinheiro acabou, arregaçou as mangas e trabalhou para conseguir fundos para esta finalidade, pedindo-os às famílias nobres e ricas que conhecia. Antes que entrasse em desespero, pois nunca teria dinheiro suficiente para garantir a liberdade dos cristãos, recebeu a graça de uma visita da Virgem Maria. Ocorreu no dia 1º de agosto de 1223. Nossa Senhora lhe apareceu, sugerindo que criasse com seu grupo de leigos, uma ordem religiosa destinada a cuidar deste tipo de situação, naquele momento e para sempre.

Pedro contou esta visão a seu superior, Raimundo de Penhaforte, seu co-fundador e também Santo, e ao rei Jaime I de Aragão, ao qual servira na infância como professor e tutor. Mas, qual não foi sua surpresa ao saber que eles também tinham recebido em sonho de Maria, a mesma missão que ele que recebera. Desta forma fundou, juntamente com eles, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês e Redenção dos Cativos, cujos religiosos são conhecidos como padres mercedários. Foi eleito superior e dirigiu a ordem por trinta e um anos, libertando milhares de cristãos das mãos dos árabes muçulmanos. Pedro Nolasco morreu no dia de Natal de 1258, feliz e plenamente realizado com sua vida de religioso, mas amargurado porque, nos últimos anos, seu corpo alquebrado não permitia mais que trabalhasse.

Foi canonizado pelo Papa Urbano VIII, em 1628. Embora seja comumente homenageado no dia 13 de maio, festa de Nossa Senhora das Mercês, e no dia 28 de janeiro pelos padres mercedários, o calendário litúrgico romano lhe decida especialmente o dia 31 de janeiro para a sua veneração. 


São Pedro Nolasco, rogai por nós!
 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

30 de janeiro - Santo do dia

Santa Jacinta de Marescotti
 Jacinta era uma das filhas da nobre família do príncipe Marco Antonio Marescotti e estava ligada, por parentesco, com os príncipes Orsini. Esses nobres, da alta aristocracia romana, possuíam fortes vínculos com a Igreja Católica e a educação cristã era a mais preciosa herança a ser deixada aos filhos. E, com certeza, foi para Jacinta e seus irmãos.

Jacinta foi batizada com o nome de Clarice, nasceu em Viterbo, perto de Roma, em 1585. Recebeu uma educação refinada, digna da nobreza, como todos os irmãos. Ainda menina, foi entregue pelos pais a religiosas franciscanas, onde sua irmã mais velha, Inocência, seguia a vida religiosa com o fervor de uma santa. Os pais desejavam que Jacinta tivesse esse mesmo futuro. Mas, ela não demonstrava o mesmo desejo.

Muito bonita, culta e independente, Jacinta levava uma vida fútil, cheia de luxo e vaidades. Sonhava com um matrimonio e não com a vida religiosa. Sua primeira decepção foi quando sua irmã mais nova se casou com um marquês, que ela pretendia conquistar. Logo depois, outro casamento não se realizou. Depois disso, Jacinta assumiu uma atitude mais altiva, insuportável e fútil, freqüentando todas as diversões que a alta sociedade oferecia. Nessa ocasião, seu pai a enviou para o convento das Irmãs da Ordem Franciscana Secular, junto de sua irmã Inocência, em Viterbo.

Embora à contra gosto, vestiu o hábito, trocou o nome de Clarice por Jacinta, iniciando sua experiência religiosa. Infelizmente levou para o convento muitas de suas vaidades e durante dez anos não deu bom exemplo às suas irmãs de hábito. Não respeitou o voto de pobreza, vivendo num quarto decorado com luxo e usando roupas de seda. Mas Deus havia reservado o momento certo para a conversão definitiva de Jacinta.

A notícia do assassinato de seu pai foi o início da sua transformação interior, começando a questionar o valor dos títulos de nobreza e da riqueza. Depois, adoecendo gravemente, o capelão do convento não atendeu seu pedido de confissão, se recusando entrar no seu quarto luxuoso. Percebendo o escândalo que causara durante tantos anos, Jacinta sinceramente se arrepende pedindo perdão a toda a comunidade, publicamente. Nesse momento se converteu verdadeiramente, passando a partir daí a ser exemplo heróico de mortificação e pobreza, atingindo os cumes da mais alta santidade.

Mesmo contra sua vontade foi eleita mais tarde mestra das noviças e superiora do convento. Suas prolongadas orações e severas penitências eram em favor dos pecadores. Com sua orientação muitos, depois de convertidos, chegaram a fundar instituições religiosas, asilos e orfanatos. Faleceu em 30 de janeiro de 1640 e foi enterrada na igreja do convento onde se converteu, em Viterbo. Foi declarada Santa pelo papa Pio VII em 1807. 


Santa Jacinta de Marescotti, rogai por nós!


Santa Martinha
 O pai de Martinha era um homem público, eleito três vezes cônsul de Roma. Ele pertencia a nobreza, era muito rico e cristão. Quando a menina nasceu, no começo do século III, o acontecimento foi amplamente divulgado na corte, entre o povo e pelos cristãos, pois a pequena logo foi batizada.

Martinha cresceu em meio à essa popularidade, muito caridosa, alegre e uma devota fiel ao amor de Jesus Cristo. Com a morte de seu pai a jovem recebeu de herança duas fortunas: uma material, composta de bens valiosos e a outra espiritual, pois foi educada dentro dos preceitos do cristianismo. A primeira, ela dividiu com os necessitados assim que tomou posse da herança. A segunda, foi empregada com humildade e disciplina, na sua rotina diária de diácona da Igreja, na sua cidade natal.

Desde o ano 222, o imperador romano era Alexandre Severo, que expediu um decreto mandando prender os cristãos para serem julgados e no caso de condenação seriam executados. Chamado para julgar o primeiro grupo de presos acusados de praticar o cristianismo, o imperador se surpreendeu ao ver que Martinha estava entre eles e tentou afastá-la dos seus irmãos em Cristo. Mas ela reafirmou sua posição de católica e exigiu ter o mesmo fim dos companheiros. A partir deste momento começaram os sucessivos fatos prodigiosos que culminaram com um grande tremor de terra.

Primeiro, Alexandre mandou que fosse açoitada. Mas a pureza e a força com que rezou, ao se entregar à execução, comoveram seus carrascos e muitos foram tocados pela fé. Tanto que, ninguém teve coragem de flagelar a jovem. O imperador mandou então que ela fosse jogada às feras, mas os leões não a atacaram. Condenada à fogueira, as chamas não a queimaram. Martinha foi então decapitada. No exato instante de sua a execução a tradição narra que um forte terremoto sacudiu toda cidade de Roma.

O relato do seu testemunho correu rápido por todas as regiões do Império, que logo atribuiu à santidade de Martinha, todos os prodígios ocorridos durante a sua tortura assim como o terremoto, ocasionando um cem número de conversões.

No século IV, o papa Honório mandou erguer a conhecida igreja do Foro, em Roma, para ser dedicada à ela, dando novo impulso ao seu culto por mais quatrocentos anos. Depois, as relíquias de Santa Martinha ficaram soterradas e sua celebração um pouco abandonada, durante um certo período obscuro vivido pelo Cristianismo.

Passados mais quinhentos anos, ou melhor catorze séculos após seu martírio, quando era papa, o dinâmico Urbano VIII, muito empenhado na grande contra-reforma católica e disposto a conduzir o projeto de reconstrução das igrejas. Começou pela igreja do Foro, onde as relíquias de Santa Martinha foram reencontradas. Nesta ocasião, proclamou Santa Martinha padroeira dos romanos e ainda compôs hinos em louvor à ela, inspirado na vida imaculada, da caridade exemplar e do seu corajoso testemunho a Cristo.



Santa Martinha, rogai por nós!
 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Santo do dia - 29 de janeiro

São Pedro Nolasco

Fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês

No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.

Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem. No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.

São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.
Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.

Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.

São Pedro Nolasco, rogai por nós!


São Valério de Ravena
 Recordamos hoje dois santos bispos com o mesmo nome, Valério. O primeiro, morreu cinco séculos antes, na sua sede episcopal em Treviri, na Alemanha, e pode ser lido na outra página. O segundo, faleceu no dia 15 de março de 810 e foi o bispo de Ravena, em Roma, na Itália.

Este Valério, bispo de Ravena, que faleceu em março, passou a ser comemorado no dia 29 de janeiro, por ser confundido com o primeiro que faleceu neste dia, o qual já tinha um culto cristalizado entre os peregrinos e devotos. O erro partiu de um copista do Vaticano, em 1286, que acreditou se tratasse de um santo só. Excluiu a festa de março e manteve no calendário da Igreja a data da comemoração mais antiga, e assim ficou.

Valério de Ravena, também sofreu fortes perseguições políticas dentro do próprio clero. Mas o pior foi que para agradar o imperador Carlos Magno, que não simpatizava com ele, o bispo foi vítima de uma sórdida intriga política. No dia 8 de abril de 808, dia de Palmas, dois nobres condes paladinos chegaram cedo na cúria, conversaram com Valério que os acolheu e deu hospedagem. Participaram de todas as celebrações pertinentes à data e depois de almoçarem com o bispo, partiram agradecidos.

Depois, em troca de favores da corte, estes nobres mandaram uma carta ao papa Leão III, informando que durante a refeição, daquele dia, o bispo Valério, havia proferido palavras tão impróprias, que não poderiam ser repetidas nem por escrito. Mais tarde quando surgiram outras divergências políticas, o papa Leão III escreveu numa carta à Carlos Magno, que ele mesmo contestava a santidade do bispo e lhe contou sobre os dois condes.

Outras fontes históricas da Santa Sé, entretanto, comprovaram que o arcebispo de Ravena era um pastor zeloso e batalhador pela causa do bem da doutrina cristã, especialmente na luta contra a heresia ariana. Valério administrou a diocese de Ravena entre 788 e 810. O arcebispo Simeão trasladou suas relíquias para a catedral, em 1222, concedendo uma indulgência especial à basílica de santo Culinário, por "reverências ao bem-aventurado Valério". 


São Valério de Ravena, rogai por nós!


São Valério de Treviri

Nesta data as homenagens da Igreja estão voltadas para dois santos com o mesmo nome, Valério e ambos bispos, mas viveram em séculos bem distantes. O primeiro a ser canonizado, foi o da diocese de Treviri. O segundo foi o de Ravena, que pode ser encontrado na outra página.

Uma tradição muito antiga nos conta que o bispo de Treviri, chamado Valério, foi discípulo do apóstolo Pedro. Este o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas, isto não ocorreu, São Pedro testemunhou a fé pelo menos dois séculos antes.

Entretanto, Valério realmente foi o bispo de Treviri e prestou um relevante trabalho de evangelização para a Igreja de Roma. Primeiro auxiliando Eucario, que foi o primeiro bispo desta diocese e depois colaborando com Materno, seu contemporâneo; os quais foram incluídos no Livro dos Santos, como grandes apóstolos da Alemanha.

Nos registros posteriores, revistos pelo Vaticano no final do primeiro milênio, onde foram narrados os motivos da santidade dos religiosos até então, encontramos o seguinte, sobre Valério: "converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos". Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal. Depois, o outro companheiro de missão, que já havia falecido, Eucario, o teria avisado em sonho que no dia 29 de janeiro ele seria recebido no Reino de Deus. Valério morreu neste dia de um ano ignorado, no início do século IV.

A fama de sua santidade aumentou com a sua morte e os devotos procuravam a sua sepultura para agradecer ou pedir a sua intercessão. O culto se intensificou com a construção de muitas igrejas dedicadas a São Valério, principalmente entre os povos de língua germânica. Muitas cidades o elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias, conservadas numa urna de prata, se encontram na basílica de São Matias, na cidade de Treviri, atualmente chamada de Tries, na Alemanha. A festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


São Valério de Treviri,  rogai por nós!

 

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

10 Ensinamentos de São Tomás de Aquino sobre a Oração


Quer rezar mais e melhor? Confira algumas dicas desse grande santo da nossa Igreja:

1. A oração dominical (Pai-Nosso) é a mais perfeita das orações. Nela não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem em que convém desejá-lo. De modo que esta oração, não só nos ensina a pedir, mas ordena também todos os nossos afetos.

2. A oração é necessária não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que nós fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, para receber oportunamente os socorros da salvação.

3. Pela oração de muitos, às vezes, se alcança o que pela oração de um só não se obteria.

qual_a_importancia_da_oracao4. A oração consiste na elevação da alma a Deus.

5. Depois do batismo, a oração contínua é necessária ao homem. Embora sejam perdoados os pecados pelo batismo, sempre ainda ficam os estímulos ao pecado; que nos combate interiormente, o mundo e os demônios que nos combatem exteriormente.

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A necessidade da oração entre os casais
Defeitos a se evitar na oração
A importância da oração
A sinceridade na oração
6. Todas as graças que o Senhor, desde toda a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração.
7. Condições requeridas na oração : que o homem peça para si, coisas necessárias à salvação, com devoção e com perseverança.

Assista também vídeos: A Prática da oração
Há diversas formas de orar? Quais são?

8. A força da oração para obtermos a graça, não vem dos nossos méritos, mas da misericórdia de Deus que prometeu ouvir aquele que lhe pede.

9. Cada um é obrigado a rezar, porquanto deve procurar os bens espirituais, que só por Deus são concedidos e que só podemos alcançá-los por meio da oração.

10. A oração contínua é necessária ao homem para entrar no céu.

Ler mais: O que é virtude - Prof. Felipe Aquino

 

 

Por que fazemos o sinal da Cruz?

Por que fazemos o sinal da Cruz?

“É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso.”Proclo de Constantinopla, bispo

 

A primeira coisa que nossos pais católicos nos ensinam a fazer é o sinal da Cruz. É uma das mais belas marcas de nossa religião; é o ato que inicia e termina nossas orações particulares ou coletivas. É um sinal externo que “nos volta para Deus”.


Sua referência é bíblica. Uma delas está no livro de Ezequiel (9,3-4): “O Senhor disse: Percorre a cidade, atravessa Jerusalém e marca na fronte os que se lamentaram afligidos pelas abominações que nela se cometem.”


A marca é um tau (T), última letra do alfabeto hebraico, que tinha a forma de uma cruz. Os marcados são propriedade do Senhor, uma porção sagrada e intocável. Em Apocalipse 7,3 temos outra cena semelhante: “Não causeis danos à terra nem ao mar nem às árvores, até que selemos a fronte dos servos do nosso Deus.” Em ambos os textos, a marca na fronte significava a salvação e sem ele o homem não seria poupado.

para_entender_e_celebrar_a_liturgiaTertuliano (†220) escrevia no ano 211 d. C.: “Nós marcamos nossa fronte com o sinal da cruz. Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).


Fazer o sinal da cruz já era um hábito antigo quando escreveu isso.

Há muitos textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo:

Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim” (Cf.Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).

Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.


Leia também: O Sinal da Cruz



Gl 2,19: “Pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo.”

Gl 6,14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”


Diz ainda Santo Hipólito de Roma (†235), descrevendo as práticas dos cristãos do século II: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se á feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que á um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreite para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).




São Paulo exalta a santa cruz: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, isto é para nós, é uma força divina.” (1 Cor 1,18)

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Podemos e devemos fazer o sinal da cruz sempre que vamos rezar, conversar com Deus, pedir a sua proteção. Ao passar por uma igreja, ou outro lugar sagrado, podemos fazer o sinal da cruz, com respeito, e bem feito, para pedir a Deus a sua proteção. O importante é a intenção de rezar, “voltar-se para Deus”. O próprio Sinal da Cruz é uma oração. Importa que seja feito com devoção, e não como superstição.


Diante do Santíssimo Sacramento, pode-se fazer o sinal da cruz, mas não é obrigatório; e sim a genuflexão.

Também não é necessário fazer o sinal da cruz ao receber a sagrada Comunhão, pois já o fizemos no início da celebração.

Nota: vale a pena lembrar que no dia 14 de setembro a Igreja celebra a festa da exaltação da santa cruz.

“… Até hoje a cruz é glorificada; com efeito, é a cruz que ainda hoje consagra os reis, adorna os padres,protege as virgens, dá força aos ascetas, reforça os elos dos esposos, dá ânimo às viúvas.É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso.
”Proclo de Constantinopla, bispo (c. 390-446) – Sermão para o Domingo de Ramos