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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

São Guido de Anderlecht - Protetor contra as doenças do aparelho digestivo - 12 de cada mês

São Guido é o protetor contra as doenças do aparelho digestivo,  

sua festa é celebrada em 12 de setembro,  

mas, é sempre lembrado, comemorado,  por seus devotos no dia 12 de cada mês.  

 São Guido de Anderlecht


Nascido em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.




Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 



São Guido de Anderlecht, rogai por nós!

Agradecendo por graça alcançada. 


Santo do dia - 12 de fevereiro

Santa Eulália

Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saíam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta.

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.


Santa Eulália, rogai por nós!

São Julião Hospitaleiro

Conta a tradição que os pais de Julião eram nobres e viviam num castelo. No dia do seu batizado, seus pais tiveram um sonho idêntico. Nele, um ermitão lhes dizia que o menino seria um santo. O menino foi educado como um nobre, apreciando a caça como esporte, e apesar do caráter violento, era caridoso com os pobres.

Na adolescência, foi a vez de Julião. Ele sonhou com um grande veado negro que lhe disse: "Você será o assassino de seus pais". Impressionado, fugiu para nunca mais voltar. Ficou famoso como soldado mercenário. Casou-se com uma princesa e foi morar num castelo. Certa noite, saiu para caçar, avisando que voltaria só ao nascer do sol. Algumas horas depois, seus pais, já idosos, chegaram para revê-lo. Foram bem acolhidos pela nora que lhes cedeu o seu quarto para aguardarem o filho, repousando.

Julião regressou irritado porque não conseguira nenhuma caça. Mas a lembrança da esposa a sua espera acalmou seu coração. Na penumbra do quarto, percebeu que na cama havia duas pessoas. Possuído pela cólera matou os dois com seu punhal. Ao tentar sair, viu o vulto de sua mulher na porta do quarto. Então, ele compreendeu tudo. Desesperado abriu as janelas e viu que tinha assassinado os pais. Após os funerais, colocou a esposa num mosteiro, doou os bens aos pobres e partiu para cuidar da alma.

Tornou-se outro homem, calmo, humilde e pacífico. Andou pelos caminhos do mundo, esmolando. Por espírito de sacrifício contava a sua história e, então, todos se afastavam fazendo o sinal da cruz. Foi renegado por homens e animais. Vivia afastado, remoendo sua culpa, rezando em penitência, amargando suas visões fúnebres e os soluços da alma. Mas, Julião sentia necessidade de salvar vidas, ajudar os velhos e as crianças doentes e pobres. Decidiu então ajudar os leprosos na travessia de um rio, que pela violência da correnteza fazia muitas vítimas.

Julião, construiu sozinho um caminho para descer até ao rio. Em seguida reparou um velho barco e ergueu uma grande cabana. A travessia passou a ser conhecida por todos os leprosos, pois além de conduzi-los de graça, eram tratados por ele, na cabana. Ficou conhecido por "Julião Hospitaleiro". Costumava ir esmolar para distribuir o que ganhava com os que já não podiam caminhar.A cabana se tornou um verdadeiro hospital para leprosos. A fama de sua santidade começou a se espalhar, mas Julião continuava a sentir o tormento de sua alma, que só era aplacado quando cuidava dos seus leprosos. Até que uma noite, após um leproso morrer nos seus braços, Julião sentiu sua alma inundada por uma alegria infinita e caminhou para se encontrar face a face com Nosso Senhor Jesus Cristo, que o chamou para a glória do céu.

Esta é a história de Julião Hospitaleiro, e se encontra descrita, num dos vitrais da Catedral de Notre Dame, na França, que guarda suas relíquias. A diocese de Macerata, na Itália, onde dizem que ele permaneceu durante anos mendigando e ajudando as pessoas com seus prodígios de santidade, também recebeu algumas delas. A Igreja o comemora no dia 12 de fevereiro, data que a tradição indicou como sendo a de sua morte.

 
São Julião Hospitaleiro, rogai por nós!  

 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Consagre sua vida a Nossa Senhora de Lourdes

Consagre sua vida a Nossa Senhora de Lourdes

No dia 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio XI proclamou solenemente no Vaticano o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, concebida sem pecado original. Algo que em 1830 Nossa Senhora já tinha mostrado a Santa Catarina Labourè, quando mandou que ela cunhasse a chamada “Medalha Milagrosa”, na aparição a ela na rua De Lubac, em Paris. Em torno da medalha, santa Catarina viu em letras de ouro a expressão: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

Pois bem, no dia 11 de fevereiro de 1858, quatro anos depois, Nossa Senhora começou a aparecer a uma menina de 14 anos, Bernardete Soubirous, simples e humilde, que não sabia ler e escrever direito, nem falava o francês, mas um dialeto da região. Ela estava com uma irmã e uma vizinha pegando lenha perto da gruta de Massabielle. Tinham que passar descalças por um córrego, e Bernadete, que sofria de asma não queria por o pé na água fria. Nisso ouviu um barulho nas árvores e viu uma senhora muito bonita, radiante, vestida de branco, com uma faixa azul, sorrindo para ela. Em seguida rezou o Terço com Bernadete.


A irmã de Bernadete contou o ocorrido aos pais. Eles proibiram que ela voltasse à gruta. De tanto ela chorar os pais deixaram ela voltar. Uma nova aparição aconteceu no dia 18 de fevereiro. Bernadete aspergia a rocha com água benta onde a Senhora apareceu e esta lhe sorria. Depois lhe disse: “Quer ter a bondade de vir aqui durante quinze dias? Não lhe prometo a felicidade neste mundo, mas no outro.” Durante as aparições a Senhora pediu para que se rezasse pelos pecadores e convidou os fiéis à penitência.


Leia também: Aparições Marianas




No dia 25 de fevereiro Nossa Senhora fez brotar uma fonte de água no chão, e convidou Bernadete a beber nesta fonte; surgiu do chão que ela cavou com as mãos. Esta fonte se tornou a fonte milagrosa onde os peregrinos do mundo todo se banham e muitos já foram ali curados. Há uma equipe de médicos de várias especialidades que já confirmou muitas curas milagrosas.


Nossa Senhora pediu a Bernadete que queria ali uma igreja para dali distribuir suas bênçãos. Ela, então, foi falar com o pároco de Lourdes, mas este não acreditou nela e pediu que Bernadete dissesse o nome desta Senhora que estava lhe aparecendo, sem o que ele não faria nada.


Na última aparição, então, Nossa Senhora disse a Bernadete em francês: “Je sui le immaculè concepcion” (Eu sou a Imaculada Conceição). Bernadete não entendeu nada, pensou que ela fosse dizer: “Eu sou Maria”. Para não esquecer foi até o pároco repetindo a frase em francês para não esquecer, até ser atendida pelo pároco e contar a ele. Este levou um susto quando Bernadete disse o nome da Senhora, porque ele sabia que Bernadete não tinha condições de inventar isso. Acabou que ele acreditou, o bispo acreditou e hoje temos ali um dos mais belos e concorridos Santuários marianos do mundo, com muitos milagres e muitas conversões.



Apenas há quatro anos o Papa Pio XI tinha proclamado o dogma da Imaculada Conceição, e Nossa Senhora veio, em pessoa, confirmar o dogma e nos dar a certeza de que o Papa não erra quando pronuncia uma sentença definitiva de fé.


No início houve uma proibição da parte das autoridades para que o povo visitasse o lugar, mas depois o imperador Napoleão III consentiu no acesso à gruta. Peregrinos de todas as partes do mundo vão buscar e Lourdes não só o milagre para a cura das doenças do corpo, mas a cura da alma e a paz de espirito.


Nossa Senhora é Mãe de Jesus e nossa Mãe, por isso se preocupa com seus filhos no mundo todo. Por isso ela aparece onde Jesus permite, não para nos trazer novas revelações, mas para nos pedir que vivamos conforme a vontade de Deus, afastados dos pecados, e que tenhamos uma vida de oração e de penitência pela nossa conversão e pela conversão dos pecadores afastados de Deus.


Que neste seu dia, ela nos conceda a sua Paz e a sua Bênção! Nos consagremos a ela uma vez mais com toda a nossa vida, com tudo o que somos, temos e fazemos, colocando em suas mãos inexpugnáveis todos os nossos queridos.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

Os milagres de Nossa Senhora de Lourdes

A ofensiva das críticas, calúnias e detração contra os milagres de Lourdes favoreceu o aparecimento de um órgão que tinha como encargo constatar, com todo rigor científico, a autenticidade e a natureza dos milagres acontecidos em Massabielle.

Era a Comissão Médica de Lourdes, criada por Dom Laurence, Bispo diocesano de Tarbes-Lourdes, em 28 de julho de 1858.

Anualmente, milhares de pessoas deixam suas casas e seguem até o Santuário, erguido em honra a Nossa Senhora para pedir graças, a cura de uma doença ou agradecer por ter conseguido superar uma enfermidade. Muitos acreditam que se operou um milagre em suas vidas, mas para a Igreja reconhecer que realmente houve a "assinatura de Deus" nesta cura, existe um longo e minuncioso processo.

Tudo começa no Escritório de Constatações Médicas, um organismo criado em 1880 que tem como principal objetivo, avaliar todos os casos que se apresentam como uma cura milagrosa. Dr. Thales Gouveia Limeira é médico hematologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Ele é um dos muitos médicos espalhados pelo mundo inscritos no escritório de Lourdes e que recebe informações sobre os casos que são apresentados e que estão sendo avaliados. Ele explica que se uma pessoa vai à Lourdes e "acha que obteve a cura de uma doença, ela se apresenta e relata o que aconteceu. Muitas vezes essa cura é uma coisa que não há como investigar como por exemplo: a cura de uma dor de cabeça tomando água da fonte de Lourdes".

Quando o escritório recebe uma pessoa que se diz curada de uma enfermidade graças a um milagre, imediatamente é emitido um aviso a todos os hotéis e pousadas de Lourdes, convocando os médicos que estão na cidade para comparecerem ao Bureau para conhecerem e examinarem a pessoa.


"Todos os médicos que estão em Lourdes são convidados, independente de sua convicção religiosa. A única coisa que se pede é que sejam honestos e atestem o que realmente viram. A pessoa fica à disposição e pode ser examinada, pode-se medir a pressão e fazer o exame de olho de fundo e ao final, o médico deve escrever o que realmente presenciou", explica Dr. Thales. Passada esta primeira avaliação é necessário observar se a doença não apresenta uma recaída, ou seja, a cura tem que ser estável. Se os médicos decidirem pela continuação do processo, ele fica arquivado pelo período de um ano. Durante este tempo, a pessoa tida como "curada", fica sob a observação de um médico designado pela comissão. Caberá a este especialista colher testemunhas e solicitar ao investigado, a realização ou não de novos exames para constatar se de fato, a cura é definitiva.

Apesar de todo este processo, esta ainda é considerada a fase mais fácil. Isso porque em se dando continuidade a investigação, a fase seguinte é mais criteriosa: a investigação canônica.

Dr. Thales explica que todo este processo que foi estudado até o momento, é encaminhado ao bispo da diocese onde o miraculado reside que vai instituir uma Comissão Canônica composta por alguns padres - muitos deles bem rigorosos - para se verificar a vida deste indivíduo. "Eles querem saber tudo, desde se a pessoa está procurando a auto-promoção como esta suposta cura, se a sua situação de família é estável, se sua vida familiar é correta, se a relação com os filhos, com a esposa, com os parentes funciona, muitas vezes, comparando o antes e o depois, se este indivíduo comparece a Missa, se ajuda os pobres, enfim, saber se aquela cura aconteceu num contexto em que se possa dizer que houve um milagre".
  
Calcula-se que anualmente cerca de três milhões de pessoas vão a Lourdes em peregrinação. Desde o início das aparições em 1858, 300 milhões de peregrinos foram até o Santuário sendo 20 milhões de doentes que passaram pelos nove hospitais especializados na cidade. No entanto, até agora, apenas 67 curas foram reconhecidas pela Igreja como milagrosas, embora duas mil tenham sido reconhecidas pelos médicos. Pode-se dizer que a cada dois anos, acontece um milagre em Lourdes.


Os milagres reconhecidos são:

Acesse:  http://www.arautos.org/especial/24116/os-milagres-de-lourdes.html

 Santa Bernardete Soubirous

Na vida apagada e silenciosa de um convento, Santa Bernadete ratifica com sua santidade a veracidade das aparições de Lourdes, local tão prodigioso em curas de corpos. Mas, de Nossa Senhora devemos esperar também, e com maior razão, a cura das almas.


É universal a fama do Santuário de Lourdes, local onde Nossa Senhora apareceu por 18 vezes a Santa Bernadete Soubirous, em 1854, e que se tornou nos anos sucessivos um dos maiores centros de peregrinações do mundo. Sobre o intenso amor que a piedosa vidente nutriu para com a Mãe de Deus ao longo de sua vida, escreve o Pe. Trochu:

"Eu A levo no coração!"

A devoção à Santíssima Virgem tinha de ser particularmente terna e filial. Maria, seu ideal vivo, ocupava em seu coração um lugar muito próximo a Nossa Senhora, declarou sua enfermeira, Irmã Marta. "Era preciso ouvi-la quando pronunciava a Ave-Maria. Que acento de piedade, especialmente quando pronunciava as palavras ‘pobres pecadores'! E quando dizia ‘Minha Mãe celestial', nada mais podia acrescentar."

Alguém se atreveu a perguntar-lhe se a lembrança da aparição se tinha apagado em sua memória. "Apagado? - exclamou em tom de censura. Oh! não, jamais!". E levando a mão direita sobre sua fronte, dizia: "Está aqui". "Deveria nos fazer - lhe sugeriu uma companheira - uma descrição de como era a Virgem, posto que a senhora sabe como era Ela". "Não poderia nem saberia fazê-lo - foi a única resposta que deu. Eu para mim não necessito, pois A levo no coração".

A devoção mariana encheu de certo modo toda sua vida. Tinha necessidade de meditar sobre a Virgem. Via Maria em tudo e por tudo com seu coração e entendimento. Quando rezava à Santíssima Virgem, atesta Irmã Gonzaga, parecia ainda que A estava vendo. Se alguém lhe pedia alcançasse alguma graça, imediatamente respondia que rogaria à Santíssima Virgem.

Santa Bernadete se comprazia em louvá-La, fazê-La conhecer, amá-La e servi-La. Esforçava-se em imitar suas virtudes, especialmente sua humildade e renúncia. Dedicou-se, para sua devoção, a compor acrósticos - escritos poéticos em que as letras iniciais, reunidas, formam verticalmente uma palavra ou frase - em homenagem a Nossa Senhora, e o primeiro deles tinha o nome de MARIA, a partir dos termos: mortificação, amor, regularidade, inocência, abandono.

Toda sua vida desfiou o Rosário como tinha feito em Lourdes. Esta era sua devoção preferida, disse uma superiora geral. Mais de uma vez, na enfermaria, a Irmã Gonzaga Champi alternou as Ave-Marias com ela. "Então, recorda essa freira, os olhos escuros, profundos e brilhantes de Bernadete, pareciam como se estivessem vendo Nossa Senhora". Pela noite,quando se ia dormir, recomendava a uma companheira: "Toma o Rosário e durma rezando. Farás o mesmo que fazem as crianças pequenas que adormecem dizendo ‘mamãe, mamãe'...".

As virtudes da vidente abonam a autenticidade das aparições 
Essas notas sobre Santa Bernadete atestam sua ardente devoção a Nossa Senhora, e nos mostram como seu filial e terno relacionamento com a Santíssima Virgem era motivo de grande edificação para suas irmãs de hábito.

É interessante observar que Santa Bernadete teve uma vocação bastante similar à da Irmã Lúcia. A esta foi confiada a missão de revelar ao mundo as aparições de Fátima, e àquela, as de Lourdes. Uma vez cumprida a tarefa, Bernadete - assim como Lúcia - prestigiou as aparições de Massabielle tornando-se freira, santificando-se no convento e, posteriormente, sendo elevada à honra dos altares.

Embora a Igreja não determine, sob pena de pecado, acreditar-se nas aparições de Lourdes - pois são de caráter privado, e em matéria de fatos sobrenaturais somos obrigados apenas a crer nos oficiais -, na realidade roça pela heresia quem as conteste. Porque seria preciso admitir que uma santa canonizada tivesse tido tais ilusões.

Ora, isso não se pode fazer. De maneira que a vida e as virtudes de Santa Bernadete de algum modo atestam a autenticidade das aparições de Lourdes. Aliás, elas estão também exuberantemente corroboradas pelos milagres que ali se operam, os quais constituem uma prova de que em Lourdes realmente é a graça que atua.

Durante uma das visões de Santa Bernadete, a Santíssima Virgem lhe disse: "Revolva a terra com suas mãos, que dela nascerá uma fonte". A menina, uma camponesa, não teve dificuldade em escavar o solo no local indicado por Nossa Senhora. E ali, onde ninguém supunha existir água, esta começou a brotar. Assim surgiu a fonte de Lourdes, manancial de curas e conversões miraculosas, conforme prometera a Rainha do Céu. Portanto, a santidade de vida de Bernadete atesta a sinceridade de suas visões, seu equilíbrio mental e contribui, de certa forma, para demonstrar a veracidade dos fatos milagrosos ocorridos em Lourdes.

Fora desses acontecimentos públicos, ela permaneceu silenciosa, cumprindo sua missão privada. E nisso podemos aquilatar a beleza e a riqueza extraordinárias da Igreja, em cujo universo a Providência suscita diferentes vocações. Este tem uma tarefa, aquele outra, e aquele outra. Nossa Senhora distribui a cada pessoa uma determinada missão, que ela deve cumprir inteiramente, sem se imiscuir na função para a qual não foi chamada.

Em três grandes aparições, importantes mensagens
A propósito desses breves comentários, seja-me permitido ainda fazer notar um pormenor interessante. Em Lourdes Nossa Senhora comunicou também a Santa Bernadete um segredo, que deveria chegar ao Papa Pio IX.

Continuar lendo, acesse: Arautos do Evangelho  

Nossa Senhora de Lourdes




11 de fevereiro - Nossa Senhora de Lourdes

A Virgem Santíssima apareceu nas cercanias de Lourdes, na França

Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.

“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.

Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.

Lá, onde as multidões afluem, o clero e vários Papas lá estiveram. Agora, temos a graça de ter o Papa Francisco para nos alertar sobre este chamado.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Santo do dia - 10 de fevereiro

Santa Escolástica

Fundadora da Ordem das Beneditinas

Santa Escolástica, doou, junto com seu irmão, toda sua vida pelas almas

 O nome de Santa Escolástica, irmã de São Bento, nos leva para o século V, para o primeiro mosteiro feminino ocidental, fundamentado na vida em comum, conceito introduzido na vida dos monges. São Bento foi o primeiro a orientar para servir a Deus não "fugindo do mundo" através da solidão ou da penitência itinerante, como os monges orientais, mas vivendo em comunidade duradoura e organizada, e dividindo rigorosamente o próprio tempo entre a oração, trabalho ou estudo e repouso.

Escolástica e Bento, irmãos gêmeos, nasceram em Nórcia, região central da Itália, em 480. Eram filhos de nobres, o pai Eupróprio ficou viúvo quando eles nasceram, pois a esposa morreu durante o parto. Ainda jovem Escolástica se consagrou a Deus com o voto de castidade, antes mesmo do irmão, que estudava retórica em Roma. Mais tarde, Bento fundou o mosteiro de Monte Cassino criando a Ordem dos monges beneditinos. Escolástica, inspirada por ele, fundou um mosteiro, de irmãs, com um pequeno grupo de jovens consagradas. Estava criada a Ordem das beneditinas, que recebeu este nome em homenagem ao irmão, seu grande incentivador e que elaborou as Regras da comunidade.

São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, pai dos monges ocidentais.

Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. Certa vez, Escolástica foi ao seu encontro acompanhada por um pequeno grupo de irmãs, quando Bento chegou também acompanhado por alguns discípulos. Passaram todo o dia conversando sobre assuntos espirituais e sobre as atividades da Igreja.

Quando anoiteceu, Bento, muito rigoroso às Regras disse à irmã que era hora de se despedirem. Mas Escolástica pediu que ficasse para passarem a noite, todos juntos, conversando e rezando. Bento se manteve intransigente dizendo que deveria ir para suas obrigações. Neste momento ela se pôs a rezar com tal fervor que uma grande tempestade se formou com raios e uma chuva forte caiu a noite toda, e ele teve de ficar. Os dois irmãos puderam conversar a noite inteira. No dia seguinte o sol apareceu, eles se despediram e cada grupo voltou para o seu mosteiro. Essa seria a última vez que os dois se veriam.


Nota do Blog Catolicismo: Existe uma outra versão (Canção Nova - Santo do dia)  sobre a conversa do parágrafo acima:

"Uma vez por ano, eles se encontravam dentro da propriedade do mosteiro. Certa vez, num último encontro, a santa, com sua intimidade com Deus, teve a revelação de que a sua partida estava próxima. Então, depois do diálogo e da partilha com seu irmão, ela pediu mais tempo para conversar sobre as realidades do céu e a vida dos bem-aventurados. Mas São Bento, que não sabia do que se tratava, por causa da regra disse não. Ela, então, inclinou a cabeça, fez uma oração silenciosa e o tempo, que estava tão bom, tornou-se uma tempestade. Eles ficaram presos no local e tiveram mais tempo.

A reação de São Bento foi de perguntar o que ela havia feito e desejar que Deus a perdoasse por aquilo. Santa Escolástica, na simplicidade e na alegria, disse-lhe: “Eu pedi para conversar, você não aceitou. Então, pedi para o Senhor e Ele me atendeu”."
Saber mais, clique aqui.


Três dias depois, em seu mosteiro Bento recebeu a notícia da morte de Escolástica, enquanto rezava olhando para o céu, viu a alma de sua irmã, penetrar no paraíso em forma de pomba. Bento mandou buscar o seu corpo e o colocou na sepultura que havia preparado para si. Ela morreu em 10 de fevereiro de 547, quarenta dias antes que seu venerado irmão Bento. Escolástica foi considerada a primeira monja beneditina e Santa.


Santa Escolástica, rogai por nós!


São Guilherme de Malavale
 Guilherme era de origem nobre, nasceu em 1071, na França. Era um duque da Aquitânia, que se dedicou até o final da juventude às artes militares e mundanas, afastado do cristianismo. A sua conversão foi atribuída a são Bernardo, que o inspirou a desejar viver a experiência do retiro espiritual, num bosque afastado. Quando saiu do isolamento, alguns meses depois, procurou o papa Urbano II para pedir perdão dos pecados. Após receber sua benção, seguiu em peregrinação para Jerusalém.

Guilherme ficou nove anos na Terra Santa, praticando obras de penitência e piedade e, quando voltou, se juntou a uma comunidade de ermitãos, próximo de Pisa, na Itália. Dois anos depois foi para a Toscana, onde, na floresta de Malavale construiu o seu derradeiro retiro. E deste momento em diante começou a fama de sua santidade.

Em Malavale, tinha como única companhia às feras selvagens, dormia no chão duro e se alimentava de plantas e raízes. Os habitantes aprenderam a estima-lo. Não raro, as crianças eram socorridas por ele, quando se perdiam no bosque. A tradição conta que, certa vez, um grande dragão tentou atacar um menino, quando o ermitão apareceu e com o seu bastão ordenou que a fera se afastasse. Porém o animal ficou em pé sobre as patas traseiras e, soltando fumaça pelas ventas, se voltou contra ele. Prodigiosamente, Guilherme foi se elevando, até chegar na altura da cabeça da fera, aí o golpeou com o bastão e o dragão caiu morto. Por isto, passou a ser chamado de Guilherme, "o grande".

Já idoso, acolheu dois discípulos, Alberto e Reinaldo, que o acompanharam até a morte. Nos últimos meses Alberto escreveu sua biografia, onde registrou sua disciplina de vida reclusa e espiritual. Aos 10 de fevereiro de 1157, Guilherme morreu, mas antes, fez algumas profecias e vários prodígios testemunhados que foram registrados.

A sua herança , como ocorreu com outros grandes ermitão e padres do deserto, foi apenas a modesta cela de Malavale, como exemplo de uma vida espiritual contemplativa, de afastamento e austeridade, e não um compromisso de dar vida a uma nova congregação. Entretanto, ela floresceu ao redor de sua sepultura, só com o legado do seu exemplo de severa renuncia ao mundo, que continuou ainda atraindo ao local jovens desejosos de seguir suas pegadas. Os dois discípulos Alberto e Reinaldo fundaram a Ordem dos Guilhermitas e escreveram as Regras, seguindo a biografia, aprovada pela Santa Sé. Tempos depois, a nova congregação já alcançava a França, Itália, Alemanha e Holanda.

Em 1202, o papa Inocêncio III declarou Guilherme de Malavale, Santo e manteve a festa no dia 10 de fevereiro. Seus restos mortais foram guardados na catedral de Buriano, onde foi colocada a estátua de são Guilherme com dragão a seus pés. Desde 1255, os Guilhermitas fazem parte da Ordem dos agostinianos, que assimilou o pensamento deste santo. O dia de São Guilherme o Grande ou de Malavale, como também é chamado, integra o calendário dos santos agostinianos desde o século XIII, sendo reverenciado como exemplo de vida de santidade a ser seguido.


São Guilherme de Malavale, rogai por nós!

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

5º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 5,13-16)

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor.
 
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos, que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.