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domingo, 30 de agosto de 2020

Evangelho do dia

Evangelho Cotidiano

22º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho - (Mt 16,21-27) 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 21 Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22 Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”

23 Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

24 Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25 Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26 De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27 Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.



30 de agosto - Santo do dia

São Cesário de Arles

São Cesário de Arles 

Ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita

Os santos, como ninguém, entenderam que a Graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.

Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles – Sul da França- local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.

São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.

São Cesário de Arles, rogai por nós!


São Félix e Santo Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303.

A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.

Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa: adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio".

Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando.

O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados  no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos, e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada.

Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos de sangue. 

 São Félix e Santo Adauto, rogai por nós!

 

sábado, 29 de agosto de 2020

29 de agosto - Santo do dia

Martírio de São João Batista



De altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzi-lo 



A festa da natividade de são João Batista ocorre no dia 24 de junho. Ela faz parte da tradição dos cristãos, assim como esta que celebramos hoje, do martírio de são João Batista. No calendário litúrgico da Igreja, esta comemoração iniciou na França, no século V, sendo introduzida em Roma no século seguinte. A origem da comemoração foi a construção de uma igreja em Sebaste, na Samaria, sobre o local indicado como o do túmulo de são João Batista.

João era primo de Jesus e foi quem melhor soube levar ao povo a palavra do Mestre. Jesus dedicou-lhe uma grande simpatia e respeito, como está escrito no evangelho de são Lucas: "Na verdade vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista". João Batista foi o precursor do Messias. Foi ele que batizou Jesus no rio Jordão e preparou-lhe o caminho para a pregação entre o povo. Não teve medo e denunciou o adultério do rei Herodes Antipas, que vivia na imoralidade com sua cunhada Herodíades. 

“Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)

A ousadia do profeta despertou a ira do rei, que imediatamente mandou prendê-lo. João Batista permaneceu na prisão de Maqueronte, na margem oriental do mar Morto, por três meses. Até que, durante uma festa no palácio daquela cidade, a filha de Herodíades, Salomé, instigada pela ardilosa e perversa mãe, dançou para o rei e seus convidados. A bela moça era uma exímia dançarina e tinha a exuberância da juventude, o que proporcionou a todos um estonteante espetáculo.

No final, ainda entusiasmado, o rei Herodes disse que ela poderia pedir o  que quisesse como pagamento, porque nada lhe seria negado. Por conselho da mãe, ela pediu a cabeça de João Batista numa bandeja. 


  “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
Assim, a palavra do rei foi mantida. Algum tempo depois, o carrasco trazia a cabeça do profeta em um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe. O martírio por decapitação de são João Batista, que nos chegou narrado através do evangelho de são Marcos, ocorreu no dia 29 de agosto, um ano antes da Paixão de Jesus.

São João Batista, rogai por nós!


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Testamento de São Luís, rei da França, a seu filho

São Luís (1214-1270) reinou na França por cerca de 40 anos; foi um rei justo, piedoso, que amou a Igreja e o papa e os defendeu até a morte.

Ele empreendeu as sétima e oitava Cruzadas para libertar a Terra Santa do jugo muçulmano e morreu de tifo em Tunis. Abaixo segue o magistral Testamento que deixou a seu filho e herdeiro do trono francês. É um exemplo de pai, de cristão e político:

“Filho dileto, começo por querer ensinar-te a amar o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com todas as tuas forças; pois sem isto não há salvação.
Filho, deves evitar tudo quanto sabes desagradar a Deus, quer dizer, todo pecado mortal, de tal forma que prefiras ser atormentado por toda sorte de martírios a cometer um pecado mortal.
Ademais, se o Senhor permitir que te advenha alguma tribulação, deves suportá-la com serenidade e ação de graças. 

Considera suceder tal coisa em teu proveito e que talvez a tenhas merecido. Além disto, se o Senhor te conceder a prosperidade, tens de agradecer-lhe humildemente, tomando cuidado para que nesta circunstância não te tornes pior, por vanglória ou outro modo qualquer, porque não deves ir contra Deus ou ofendê-lo valendo-te dos seus dons.

Ouve com boa disposição e piedade o ofício da Igreja e enquanto estiveres no templo, cuides de não vagueares os olhos ao redor, de não falar sem necessidade; mas roga ao Senhor devotamente, quer pelos lábios, quer pela meditação do coração.

Guarda o coração compassivo para com os pobres, infelizes e aflitos, e quando puderes, auxilia-os e consola-os. Por todos os benefícios que te foram dados por Deus, rende-lhe graças para te tornares digno de receber maiores. Em relação a teus súditos, sê justo até o extremo da justiça, sem te desviares nem para a direita nem para a esquerda; poê-te sempre de preferência da parte do pobre mais do que do rico, até estares bem certo da verdade. Procura com empenho que todos os teus súditos sejam protegidos pela justiça e pela paz, principalmente as pessoas eclesiásticas e religiosas.

Sê dedicado e obediente à nossa mãe, a Igreja Romana, ao Sumo Pontífice como pai espiritual. Esforça-te por remover de teu país todo pecado, sobretudo o de blasfêmia e a heresia.

Ó filho muito amado, dou-te enfim toda a benção que um pai pode dar ao filho; e toda a Trindade e todos os santos te guardem do mal. Que o Senhor te conceda a graça de fazer sua vontade de forma a ser servido e honrado por ti. E assim, depois desta vida, iremos juntos vê-lo, amá-lo e louvá-lo sem fim. Amém”.

Leia também: Palavras de um pai ao filho
Rei e Santo? Pode um rei ser canonizado?


Santo do dia - 28 de agosto

Santo Agostinho de Hipona


Bispo e doutor da Igreja (354-430)
Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.

Aos 16 anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude, centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia.

Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por  quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387, com 33 e 15 anos de idade, respectivamente.

Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens, femininas e masculinas. Porém, o então bispo de Hipona decidiu que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto, ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.

Por 34 anos, Agostinho foi bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".

Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos 76 anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de 'Doutor da Igreja' e é celebrado no dia de sua morte.

Santo Agostinho de Hipona, rogai por nós!


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Santo do dia - 27 de agosto

Santa Mônica

Viúva (332-287)


Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever“Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”. 

Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 332, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.

Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de  amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram com que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio de que ele profanasse o sacramento.

E teria acontecido, porque Agostinho, aos 16 anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava  as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".

Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas,  procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em  um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.

Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado frequentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.

Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha 56 anos.

O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa é celebrada no dia de sua morte. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e  depositado na Igreja de Santo Agostinho.


Uma de suas frases: "Nada está longe de Deus".


Santa Mônica, rogai por nós!


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Santo do dia - 26 de agosto

São Zeferino

São Zeferino, no amor de pastor, chefiou com o Espírito Santo a Igreja de Cristo

Papa, mártir (199-217)
O papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. E os únicos dados de sua vida registrados declaram que, depois do papa Vitor, de origem africana, clero e povo elegeram para a cátedra de Pedro um romano, Zeferino, filho de um certo Abôndio.

Zeferino foi o 14º papa a substituir são Pedro. Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias entre eles próprios, que abalavam a Igreja mais do que os próprios martírios. As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.

Mas o papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado  pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso, uniu-se aos grandes sábios da época, como santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.

O papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial. Seu grande mérito foi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.

O papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs, possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja. Assim, Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras e, nas laterais, foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo esse complexo deu origem às catacumbas, mais tarde chamadas de catacumbas de Calisto.

Esse foi o longo pontificado de Zeferino, encerrado pela intensificação às perseguições e pela proibição das atividades da Igreja, impostas pelo imperador Sétimo Severo.

O papa são Zeferino foi martirizado junto com o bispo santo Irineu, em 217, e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.


São Zeferino, rogai por nós!

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Santo do dia - 25 de agosto

São José Calasanz

Sacerdote e fundador (1556-1648)
José Calasanz nasceu num castelo de Peralta de La Sal, em Aragão, na Espanha, em 31 de julho de 1558. De uma família nobre e muito religiosa, ele foi educado no rigor do respeito aos mandamentos de Deus. Desde cedo, mostrou sua vocação religiosa, mesmo contrariando seu pai, que o queria na carreira militar. José tanto insistiu, que foi enviado para estudar Teologia na Universidade de Valência, para concluir seu propósito de servir a Deus. Ao terminar os estudos, aplicou-se nos exercícios de piedade e práticas de penitência a fim para manter-se longe das tentações e no seguimento de Cristo.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 1583, embora sem a presença do pai, que ainda não cedera à sua vocação. Inicialmente, foi para um mosteiro, desejando uma vida de solidão. Mas seu bispo, percebendo nele um alto grau de inteligência, disse-lhe que sua missão era a pregação. Assim, dedicou-se à atividade pastoral, sendo muito querido por todos os fiéis e bispos, que lhe davam vários encargos importantes a serem executados junto à Santa Sé.

Em 1592, José Calasanz encontrou o caminho para a sua vocação: a educação e formação de jovens pobres e abandonados. Inicialmente, como membro da Confraria da Doutrina Cristã, atuando junto aos jovens pobres da paróquia de Santa Doroteia, onde era vigário cooperador. Em 1597, fundou a primeira escola gratuita para crianças pobres, seguindo entusiasmado pelo grande número de voluntários que se agregavam à obra. Assim, em 1621 fundou a Congregação dos Clérigos Pobres Regulares da Mãe de Deus das Pias Escolas, clérigos regulares que têm um quarto voto: o comprometimento com a instrução dos jovens.

O grande reconhecimento das escolas pias de Roma fez com que se espalhassem por toda a Itália, alcançando a Espanha, Alemanha, Polônia e Morávia. Mas, apesar do incontestável sucesso da nova Ordem, nos últimos anos de sua vida José teve de passar por uma terrível provação. Caluniado perante o Santo Ofício, foi julgado e deposto do cargo, e a nova Congregação ficou sem aprovação.

Entretanto José, humildemente, aceitou tudo sem revoltar-se. Morreu no dia 25 de agosto de 1648, aos 90 anos de idade, animando os seus sacerdotes para não desistirem da Ordem. Passados somente oito anos da sua morte, o papa Alexandre VI reconheceu que ele era inocente e aprovou as regras da Ordem. Como o fundador previra, ela ressurgiu mais vigorosa do que antes.

A ele foram atribuídas muitas intercessões em milagres e graças, sendo canonizado em 1767. O culto a são José Calasanz ocorre no dia de sua morte. Desde 1948, ele é celebrado em todo o mundo cristão como Padroeiro das Escolas Populares, conforme foi proclamado pelo papa Pio XII.


São José Calasanz, rogai por nós!

São Luiz IX

São Luís buscava intensamente viver a justiça do Reino de Deus enquanto rei e cristão


Luís IX, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215, no castelo real de Poissy. Era filho de Luís VIII e de Branca de Castela, ambos piedosos e zelosos, que o cercaram de cuidados, especialmente após a morte do primogênito. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos, que Luís IX tornou-se um dos soberanos mais benevolentes da história, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.

Com a morte prematura do seu pai em 1226, a rainha, sua mãe, uma mulher caridosa, de grandes dotes morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, que foi coroado rei Luís IX, pois ele era muito novo para dirigir uma Corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe de uma vida de depravação e de pecado, tão comum das cortes. Mas Luís, já nessa idade, possuía as virtudes que o levaram à santidade — a piedade e a humildade —, e que o fizeram o modelo de "rei católico".

Em 1235, casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa, que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. O marido reinou com justiça e solidariedade. Possuía um elevado senso de piedade, incomum aos nobres e poderosos de sua época. Tinha coração e espírito sempre voltados para as coisas de Deus, lia com frequência a Sagrada Escritura e as obras dos santos Padres e aconselhava-as a todos os seus nobres da Corte. Com o auxilio da rainha, fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. O casal real teve dez filhos, todos educados como eles e por eles. Como resultado desta firme educação cristã, foram reis e rainhas de muitas cortes, que governaram com sabedoria, prudência e caridade.

Depois de ter adquirido de Balduíno II, imperador de Constantinopla, a coroa de espinhos de Cristo, que, segundo a tradição, era a mesma usada na cabeça de Jesus, ele mandou erguer uma belíssima igreja para  abrigá-la numa redoma de cristal. Trata-se da belíssima Sainte-Chapelle,  que pode ser visitada em Paris.

Acometido de uma grave doença, em 1245 Luís IX quase morreu. Então, fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ocupavam a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248, apesar das oposições da Corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para a Terra Santa. Mas em nenhuma delas teve êxito. Primeiro, foi preso pelos muçulmanos, que o mantiveram no cativeiro durante seis anos. Depois, numa outra investida, quando se aproximava de Túnis, foi acometido pela peste e ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.

Os cruzados voltaram para a França trazendo o corpo do rei Luís IX, que  já tinha fama e odor de santidade. O seu túmulo tornou-se um local de intensa peregrinação, onde vários milagres foram observados. Assim, em  1297 o papa Bonifácio VIII declarou santo Luís IX, rei da França, mantendo o culto já existente no dia de sua morte.


São Luiz IX, rogai por nós!

Santa Patrícia


Patrícia era descendente do imperador Constantino, o Grande. Nasceu no início do século VII, em Constantinopla, e foi educada para a Corte pela sua dama Aglaia, uma cristã muito devota. A pequena cresceu piedosa e, apesar da pouca idade, emitiu voto de virgindade a Cristo. Mas para manter-se fiel, precisou fugir da cidade, porque seu pai, Constante II, então imperador, insistia em impor-lhe um matrimônio.

Patrícia, ajudada por e em companhia de Aglaia, com algumas seguidoras, escondeu-se por algum tempo. Depois, embarcaram para as ilhas gregas, com destino à Itália, onde desembarcaram em Nápoles. Patrícia ficou encantada com o local e indicou o lugar onde gostaria de ser sepultada. Em seguida, patrocinou a cidade, ajudando a ornamentar muitas das novas igrejas, que eram desprovidas dos objetos litúrgicos essenciais, e auxiliou financeiramente os conventos que atendiam os pobres e doentes.

Só então viajou para Roma com Aglaia e as fiéis discípulas, onde procurou proteção junto ao papa Libério. Foi quando soube que seu pai já se havia resignado à sua vontade. Recebeu, então, o véu, símbolo de sua consagração a Deus, das próprias mãos do sumo pontífice. Assim, elas retornaram a Constantinopla para Patrícia renunciar ao direito à coroa e distribuir seus bens aos pobres, antes de seguirem, em peregrinação, para a Terra Santa.

Porém outros incidentes ocorreram. A embarcação distanciou-se dos vários perigos e desgovernou-se até espatifar-se nos rochedos da costa marítima de Nápoles. Precisamente na pequena ilha de Megaride, também conhecida como Castel dell'Ovo, onde havia um pequeno convento, no qual Patrícia morreu depois de algum tempo.

Os funerais de Patrícia, segundo os registros, foram organizados pela fiel Aglaia e transcorreram de modo solene, com a participação do bispo, do duque da cidade e de imensa multidão. O carro, puxado por dois touros sem nenhum guia, parou diante do mosteiro das irmãs basilianas, dedicado aos santos Nicandro e Marciano, que Patrícia indicara para ser sepultada. Lá as relíquias permaneceram guardadas pelas irmãs, que passaram a ser chamadas de "patricianas", ou Irmãs de Santa Patrícia. Mais tarde, os basilianos transferiram as Regras para as dos beneditinos e essas irmãs também acompanharam a renovação.

Para retribuir o carinho da santa que retornou a Nápoles só para ser sepultada, a população difundia sempre mais seu culto, tornando-o forte e vigoroso. Em 1625, santa Patrícia foi proclamada co-padroeira de Nápoles, sendo tão comemorada quanto o outro padroeiro, são Genaro, o célebre mártir.

Por motivos históricos, em 1864 suas relíquias foram transferidas para a capela lateral da esplêndida igreja do Mosteiro de São Gregório Armênio. A Igreja confirmou o culto a santa Patrícia no dia 25 de agosto. 


Santa Patrícia, rogai por nós!