Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
domingo, 15 de agosto de 2021
O que significa a Assunção de Nossa Senhora?
Santo do Dia - 15 de agosto
São Tarcísio
Tarcísio
foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do
imperador Valeriano, em Roma. A Igreja de Roma contava, então, com 50
sacerdotes, sete diáconos e mais ou menos 50 mil fiéis no centro da
cidade imperial. Ele era um dos integrantes dessa comunidade cristã
romana, quase toda dizimada pela fúria sangrenta daquele imperador.
Tarcísio
era acólito do papa Xisto II, ou seja, era coroinha na igreja, servindo
ao altar nos serviços secundários, acompanhando o santo papa na
celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os
cristãos eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio.
Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da Eucaristia, mas
era impossível para um sacerdote entrar. Numa das tentativas, dois
diáconos, Felicíssimo e Agapito, foram identificados como cristãos e
brutalmente sacrificados. O papa Xisto II queria levar o Pão sagrado a
mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.
Foi
quando Tarcísio pediu ao santo papa que o deixasse tentar, pois não
entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha 12 anos de idade.
Comovido, o papa Xisto II abençoou-o e deu-lhe uma caixinha de prata com
as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. No caminho, foi
identificado e, como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi
abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada
acharam do sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado,
simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi
sepultado.
Essas informações são as únicas existentes sobre o
pequeno acólito Tarcísio. Foi o papa Dâmaso quem mandou colocar na sua
sepultura uma inscrição com a data de sua morte: 15 de agosto de 257.
Tarcísio
foi, primeiramente, sepultado junto com o papa Stefano nas catacumbas
de Calisto, em Roma. No ano 767, o papa Paulo I determinou que seu corpo
fosse transferido para o Vaticano, para a basílica de São Silvestre, e
colocado ao lado dos outros mártires. Em 1596 seu corpo foi transferido e
colocado definitivamente embaixo do altar principal daquela mesma
basílica.
A basílica de São Silvestre é a mais solene do
Vaticano. Nela, todos os papas iniciam e terminam seus pontificados. Sem
dúvida, o lugar mais apropriado para o comovente protetor da
Eucaristia: o mártir e acólito Tarcísio. Ele foi declarado Padroeiro dos
Coroinhas ou Acólitos, que servem ao altar e ajudam na celebração
eucarística.
São Tarcísio, rogai por nós!
sábado, 14 de agosto de 2021
Santo do Dia - 14 de agosto
São Maximiliano Maria Kolbe, mártir da caridade
São Maximiliano dirigiu-se ao oficial com a decisão própria de um mártir da caridade
Maximiliano
Maria Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894, na Polônia, e foi
batizado com o nome de Raimundo. Sua família era pobre, de humildes
operários, mas muito rica de religiosidade. Ingressou no seminário
franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais aos 13 anos de
idade, logo demonstrando sua verdadeira vocação religiosa.
No
colégio, foi um estudante brilhante e atuante. Na época, manifestou seu
zelo e amor a Maria, fundando o apostolado mariano "Milícia da
Imaculada". Concluiu os estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote, em
1918, e tomou o nome de Maximiliano Maria. Retornando para sua pátria,
lecionou no Seminário franciscano de Cracóvia.
O carisma do
apostolado de padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela
palavra: imprensa e falada. A partir de 1922, com poucos recursos
financeiros, instalou uma tipografia católica, onde editou uma revista
mariana, um diário semanal, uma revista mariana infantil e uma revista
em latim para sacerdotes. Os números das tiragens dessas edições eram
surpreendentes. Mas ele precisava de algo mais, por isso instalou uma
emissora de rádio católica. Chegou a estender suas atividades
apostólicas até o Japão. O seu objetivo era conquistar o mundo inteiro
para Cristo por meio de Maria Imaculada.
Mas teve de voltar para a
Polônia e cuidar da direção do seminário e da formação dos novos
religiosos quando a Segunda Guerra Mundial estava começando. Em 1939,
as tropas nazistas tomaram a Polônia. Padre Kolbe foi preso duas vezes. A
última e definitiva foi em fevereiro de 1941, quando foi enviado para o
campo de concentração de Auschwitz.
Em agosto de 1941, quando um
prisioneiro fugiu do campo, como punição foram sorteados e condenados à
morte outros dez prisioneiros. Um deles, Francisco Gajowniczek, começou
a chorar e, em alta voz, declarou que tinha mulher e filhos. Padre
Kolbe, o prisioneiro n. 16.670, solicitou ao comandante para ir em seu
lugar e ele concordou.
Todos os dez, despidos, ficaram numa
pequena, úmida e escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome e
sede. Depois de duas semanas, sobreviviam ainda três com padre Kolbe.
Então, foram mortos com uma injeção venenosa, para desocupar o lugar.
Era o dia 14 de agosto de 1941.
Foi beatificado em 1971 e
canonizado pelo papa João Paulo II em 1982. O dia 14 de agosto foi
incluído no calendário litúrgico da Igreja para celebrar são Maximiliano
Maria Kolbe, a quem o papa chamou de "padroeiro do nosso difícil século
XX". Na cerimônia de canonização, estava presente o sobrevivente
Francisco Gajowniczek, dando testemunho do heroísmo daquele que se
ofereceu para morrer no seu lugar.
São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
Santo do Dia - 13 de agosto
Determinada e com uma fé inabalável, consagrou sua vida a Deus servindo aos mais necessitados. Irmã Dulce andava pelas ruas do centro de Salvador em busca de doações para aqueles que não tinham dignidade e direitos reconhecidos. No ano de 1949, Irmã Dulce improvisou, no galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes que eram resgatados por ela nas ruas de Salvador.
No ano de 1959, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.
Sofrendo com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada no dia 11 de novembro de 1990. Deixando-nos grandes lições de vida como a humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração, faleceu no dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio.
Sua beatificação foi realizada no dia 22 de maio de 2011. A celebração reuniu mais de 70 mil fiéis para a coroação da primeira beata nascida na Bahia. A freira passou a se chamar “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica.
No dia 13 de outubro de 2019, em uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi proclamada “Santa Dulce dos Pobres”, tornando-se a primeira santa brasileira.
Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós!
João Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito valiosa para a pregação do cristianismo.
João nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica, considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.
O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloquente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.
Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é, "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial.
Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto, para João, era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como consequência, a perseguição.
Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407.
Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos, destaca-se o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos.
São João Crisóstomo, rogai por nós!
Maurílio
nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na
juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo
mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.
Naquela época, a
região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam
vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um
fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos
ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua
ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos
campos mais distantes das cidades.
Então, Maurílio entregou-se,
de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e
doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região
uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua
localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e
iniciou um ministério que durou cerca de 30 anos.
Foi assim que
Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A
voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios
ocorridos por sua intercessão. Com isso, ganhou fama de santidade, que
foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.
O que
fez com que Maurílio se tornasse padroeiro dos jardineiros foi a sua
demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento.
Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde
se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou
continuar seu episcopado.
O bispo Maurílio morreu em Angers, na
França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que
recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova
urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em
1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e
encontra-se, hoje, sob a guarda da Catedral de Angers, da qual são
Maurílio é o padroeiro, sendo celebrado no dia de sua morte.
São Maurílio de Angers, rogai por nós!
Santos Ponciano e Hipólito
Tiveram caminhos que se chocaram durante a vida, no entanto, Ponciano e Hipólito se reconciliaram quando enfrentaram o exílio
Ponciano foi o zeloso Papa da Igreja de Cristo, eleito em 230, enquanto Hipólito, um fecundo escritor e orador.
Aconteceu
que, naquele tempo, rompeu um cisma na Igreja, onde Hipólito defendia
um tal rigorismo que os adúlteros, fornicadores e apóstatas não
mereceriam perdão, mesmo diante de arrependimento. Ponciano, o Papa da
Misericórdia, não concordava com este duro princípio e nem outras
reflexíveis cheias de boa fé, porém que não revelavam o coração do Pai, o
qual escolheu a Igreja como instrumento deste amor que perdoa e salva.
Ponciano,
que confirmava a fé nos cristãos, diante do clima de perseguição criado
pelo imperador Maximiano, foi denunciado e, por isso, preferiu
prudentemente renunciar ao serviço de Papa, visando o bem da Igreja e
acolheu o exílio. Na ilha da Sardenha encontrou exilado também o
sacerdote Hipólito e, em meio aos trabalhos forçados, se reconciliaram,
sendo que Hipólito renunciou aos seus erros, antes de colherem em 235 o
“passaporte” do Céu, ou seja o martírio.
Santos Ponciano e Hipólito, rogai por nós!
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
Santo do Dia - 12 de agosto
São Guido de Anderlecht

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.
Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.
Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.
Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.
A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.
São Guido de Anderlecht, rogai por nós!
Filha
de um político bem posicionado na França, Joana recusou matrimônio com
um fidalgo milionário, por ser ele protestante calvinista. Casou-se,
então, com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma
vida profundamente religiosa e feliz.
Joana nasceu em Dijon,
França, em 28 de janeiro de 1572, filha de Benigno Frèmiot, presidente
do parlamento de Borgonha. Após seu casamento, foi morar no castelo de
Bourbillye, e sua primeira ordem na nova casa sinalizou qual seria o
estilo de vida que se viveria ali. Mandou que, diariamente, fosse rezada
uma missa e que todos os servidores domésticos participassem.
Ocupou-se, pessoalmente, da educação religiosa dos serviçais,
ajudando-os em todas as suas necessidades materiais.
Quando o
barão feriu-se gravemente durante uma caçada, no castelo só se rezava
por sua saúde. Mas logo veio a falecer. Joana ficou viúva aos 28 anos de
idade, com os filhos para criar. Dedicou-se inteiramente à educação das
suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o
trabalho. Nessa época, conheceu o futuro são Francisco de Sales, então
bispo de Genebra. Escolheu-o para ser seu diretor espiritual e fez-se
preparar para a vida de religiosa.
Passados nove anos de viuvez e
depois de ter muito bem casado as filhas, deixou o futuro barão de
Chantal, então um adolescente de 15 anos, com o avô Benigno no castelo
de Dijon e retirou-se em um convento. No ano seguinte, em 1610, junto
com Francisco de Sales, fundou a Congregação da Visitação de Santa
Maria, destinada à assistência aos doentes. Nessa empreitada
juntaram-se, à baronesa de Chantal, a senhora Jacqueline Fabre e a
senhorita Brechard.
Joana, então, professou os votos e foi a
primeira a vestir o hábito da nova Ordem. Eleita a madre superiora,
acrescentou Francisca ao nome de batismo e dedicou-se exclusivamente à
Obra, vivendo na sua primeira sede, em Anecy. Fundou mais 75 Casas para
suas religiosas com toda a sua fortuna. Mas não sem dificuldades e
sofrimentos, e sofrendo muitas perseguições em Paris, sem nunca
esmorecer.
Depois de uma dura agonia motivada por uma febre que
pôs fim à sua existência, morreu em Moulins no dia 13 de dezembro de
1641. Atualmente, as Irmãs da Visitação estão espalhadas em todos os
continentes e celebram, no dia 12 de agosto, santa Joana Francisca de
Chantal, que foi canonizada em 1767 para ser venerada como modelo de
perfeição evangélica em todos os estados de vida.
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre Santa Joana Francisca de Chantal. Assista ao vídeo!
São João Berchmans
Fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria
Hoje,
lembramos o jovem que viveu, durante apenas vinte e dois anos, numa
total entrega e amor ao Cristo. São João Berchmans nasceu na Bélgica, em
1599, de família pobre, porém, rica na vida e nas virtudes cristãs.
Tocado
pelo testemunho de paciência heróica da mãe diante da fatal enfermidade
e, motivado pelo pai viúvo, o qual abraçou o Sacerdócio Católico, ele
começou a estudar em um Colégio dos Jesuítas até entrar na Companhia. Ao
ser encaminhado para os estudos de Filosofia e Teologia de Malines para
Roma, João mostrou com a vida seu amor a Mãe de Deus lutando contra o
pecado: “Antes, mil vezes morrer, do que cometer o mais leve pecado ou transgredir uma regra da Ordem”.
São
João Berchmans que fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou
uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria; por isso deitou-se no
chão, em sinal de humildade e recebeu os últimos Sacramentos.
Testemunha-se que – com o crucifixo, o livro da Regra e o terço
apertados sobre o peito – disse: “São estes os meus três tesouros, em cuja companhia quero morrer”, desta maneira é que despedido de todos, foi para a Eternidade repetindo: “Jesus! Maria!”.
São João Berchmans, rogai por nós!
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
Santo do Dia - 11 de agosto
Santa Clara de Assis
Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos
“Clara de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!” Neste dia, celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a ‘dama pobre’.
Clara
nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza
italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais
queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi
Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal
franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de
seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.
No
dia 18 de março de 1212, aos 19 anos de idade, fugiu de casa e, humilde,
apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada
por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que
vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de
pobreza, castidade e obediência.
Depois disso, Clara, a conselho
de Francisco, ingressou no Mosteiro Beneditino de São Paulo das
Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois,
foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de
sangue, juntou-se a ela.
Pouco tempo depois, Francisco levou-as
para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda
Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de
Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa.
Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara
escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas,
de "Clarissas".
Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara
aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa.
Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo,
assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão
grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz,
abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando
também na nova Ordem fundada por ela.
A partir de 1224, Clara
adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis
morreu, e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela.
Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam
acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão
numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio, e pôde assistir
ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos.
Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é
considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.
Depois
da morte de são Francisco, Clara viveu mais 27 anos, dando continuidade
à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu
em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a
cidade de Assis do ataque do exército dos turcos muçulmanos.
No
dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu
das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de
aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas"
asseguradas.
Na hora de sua morte ela disse: Vá segura, minha alma, porque você
tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também
a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a
com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes.
Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV a proclamou
santa Clara de Assis.
Santa Clara de Assis, rogai por nós!
Oração a Santa Clara
Clara, santa cheia de claridade, Irmã de São Francisco de Assis,
Intercede pelos teus devotos Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco, Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade, A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que, Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos Daqueles que buscam a claridade!
Amém!
Santa Filomena
"Filomena
era filha dos reis de um pequeno Estado da Grécia. Ela nasceu após seus
pais converterem-se ao cristianismo, no dia 10 de janeiro. Foi uma
bênção de Jesus, pois a rainha era estéril. No batismo, recebeu o nome
de Filomena, que significa 'filha da luz da fé'. Aos 12 anos, fez os
votos de virgindade e tornou-se esposa de Jesus.
Tinha 13 anos
quando o imperador romano Diocleciano declarou guerra a seu pai. O rei
decidiu viajar para Roma, com a esposa e a filha, e suplicar ao
imperador pelo seu povo. O imperador encantou-se com a beleza da jovem e
prometeu desistir da guerra se o rei lhe desse a linda filha em
casamento. Os reis, com alegria, logo aceitaram, mas Filomena contestou,
porque já tinha compromisso com Jesus, seu divino esposo. E ninguém
conseguiu convencê-la do contrário. O imperador, humilhado, mandou
prendê-la e torturá-la com chicotadas durante 37 dias.
Nossa
Senhora apareceu-lhe na prisão e revelou que dentro de três dias
voltaria com seu amado Filho e a levariam para o céu. O imperador, cada
vez mais cego pelo ódio, mandou flechá-la, mas as flechas voltaram e
mataram os arqueiros; então ele mandou jogá-la no rio Tibre com uma
âncora no pescoço, mas veio um anjo e cortou a corda. Diante disso, o
tirano ordenou que ela fosse decapitada. E assim sua alma voou
gloriosamente para o céu, no dia 10 de agosto, numa sexta-feira, às 3
horas da tarde, como seu divino esposo Jesus."
Este relato está no
livro "Revelações", de madre Maria Luiza de Jesus, fundadora da Ordem
Religiosa das Irmãs da Imaculada e de Santa Filomena.
Entretanto,
o corpo de santa Filomena só foi encontrado nas escavações das
catacumbas de Priscila, em Roma, no dia 25 de maio de 1802. A sepultura
estava intacta, fato realmente raríssimo, e foi aberta na presença de
autoridades civis, religiosos da Igreja e peritos leigos. Durante as
escavações, ainda encontraram três placas de terracota com as seguintes
inscrições: "Paz te Cum Fi Lumena", ou seja "A paz esteja contigo,
Filomena". O caixão tinha os entalhes de uma palma, três flechas, uma
âncora, um chicote e um lírio, indicando a forma de seu martírio e
morte. Dentro dele estavam as relíquias do corpo de uma jovem e um
pequeno frasco com um líquido vermelho ressequido. Os peritos
verificaram que o corpo era de uma jovem com cerca de 13 anos, que tinha
o crânio fraturado e que teria vivido no século IV. Assim, finalmente,
foram encontradas as relíquias da jovem mártir santa Filomena, que
ficaram sob os cuidados da Igreja Católica.
Essas relíquias foram
transferidas para a Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Nápoles,
onde muitas graças e milagres foram alcançados por intercessão da santa,
bem como ocorreram em muitas outras partes do mundo cristão. O seu
santuário tornou-se um centro de intensa e frequente peregrinação.
O
dominicano monsenhor Mastai Ferretti, que se tornou o papa Pio IX em
1849, foi ao santuário de Santa Filomena, em Nápoles, e celebrou uma
missa na igreja em agradecimento à graça e intercessão da santa, que o
curou de uma doença grave. Outros pontífices declararam-se fiéis devotos
de santa Filomena, entre eles o papa Leão XII, que a proclamou "a
grande milagrosa do século XIX". Foi o papa Gregório XVI que a nomeou
"Padroeira do Rosário Vivente" e escolheu o dia 11 de agosto para a sua
festa.
Entretanto as sequências dos estudos e descobertas
posteriores mostraram que a sepultura de santa Filomena havia sido
utilizada, ao longo dos séculos, para abrigar outros mártires. Diante de
tal conclusão, a Igreja, durante a reforma universal dos ritos
litúrgicos, em 1961, suprimiu-a do calendário. Mas os reconhecimentos
oficiais dos milagres por intercessão de santa Filomena, a legião de
fiéis e peregrinos, a própria devoção particular de papas e muitos
santos continuam dando vida a esta celebração como marca da grande e
intensa manifestação de fé que o povo tem pelo Redentor.
Santa Filomena, rogai por nós!
terça-feira, 10 de agosto de 2021
Santo do Dia - 10 de Agosto
São Lourenço, Diácono e Mártir
Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo
São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos
Seu
martírio, diz o poeta Prudêncio, assinalou o declínio dos deuses de
Roma. Sinal, portanto, de que a morte do jovem diácono Lourenço
provocara na cidade uma grande impressão, a ponto dos pagãos — vendo tão
serena coragem diante da tortura — começarem a se interrogar sobre a
religião professada pelo heroico mártir.
Sua imagem, cingida de lenda (o relato da paixão de São Lourenço, que data de um século após sua morte, é pouco confiável) já
na obra dos escritores próximos a sua época, como Prudêncio, Dâmaso e
Ambrósio, está ligada à sua tortura. O mártir, posto em uma grelha sobre
carvões ardentes, encontra um modo de gracejar: "Vede, deste lado já
estou bem cozido; virai-me do outro". Mas a maioria dos escritores
modernos julga que Lourenço tenha sido decapitado como o papa Sisto II —
do qual era diácono e o havia precedido por três dias no martírio.
O
papa Dâmaso, por outro lado, parece convalidar a tradição dos carvões
ardentes e recorda o heroico testemunho de fé com eficaz síntese:
"Verbera, carnífices, flammas, tormenta, catenas..."- açoites,
carrascos, chamas, tormentos, cadeias, nada prevaleceu contra sua
fidelidade a Cristo.
Ele
fora, de fato, encarregado de dirigir outros diáconos de Roma. Pode-se,
pois, julgar que, na iminência da prisão, o papa o tenha encarregado de
distribuir aos pobres o pouco que a Igreja possuía.
Quando
o imperador Valeriano — lê-se na paixão — impôs-lhe a entrega do
tesouro do qual ouvira falar, Lourenço teria reunido diante dele um
grupo de mendigos: "Eis o nosso tesouro", disse-lhe, "podeis encontrá-lo
por toda a parte". Foi sepultado na via
Mas
ao lado desta imagem de sofrimento aceito, há outra, de modo algum
lendária, referente ao diácono encarregado de distribuir aos pobres a
coleta dos cristãos Tiburtina,
no Campus Veranus — Verano —,e sobre seu sepulcro foi erigida a
basílica que leva seu nome, a primeira das igrejas que Roma dedicou ao
seu popular mártir.
São Lourenço, rogai por nós!