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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Apresentação de Nossa Senhora no Templo - 21 de novembro

Apresentação de Nossa Senhora


Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada

O episódio da apresentação no templo não é narrado nas Sagradas Escrituras, mas em evangelhos apócrifos, em particular no Proto-evangelho de são Tiago, que a Igreja não considera inspirado por Deus.

No entanto, a celebração deste dia é antiga. Era celebrada já no século VI em Jerusalém, e a Igreja do Oriente, que acolheu e conservou zelosamente as tradicionais festas marianas, reserva à apresentação de Maria uma memória particular, como um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu para Mãe de seu Unigênito.

A Igreja do Ocidente, ao manter essa festividade também com a reforma do calendário litúrgico, entendeu praticar um gesto “ecumênico”.

Na Liturgia das Horas, lê-se: “Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua Imaculada Conceição”.

Se bem que não se encontre na tradição hebraica a oferta de meninas ao templo (e menos ainda na tenra idade de três anos, como se lê nos apócrifos, segundo os quais “Maria morou no templo do Senhor como uma pomba, recebendo o alimento das mãos de um anjo”), os cristãos celebram hoje aquele particular oferecimento de Maria a Deus, feito no segredo de sua alma, que a preparou para acolher o Filho de Deus.

Esta menininha — diz são Germano de Constantinopla na homilia sobre a Apresentação — prepara o aposento para acolher a Deus, “mas não é o templo que a santifica e purifica, e sim a sua presença que purifica inteiramente o templo”.




A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal
Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.

A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Santo do dia - 20 de novembro

Santo Edmundo

Suas qualidades morais tornaram-no modelo dos bons reis. Tinha grande aversão aos lisonjeiros; toda a sua ambição era manter a paz e assegurar a felicidade dos súditos

Rei e mártir (841-870)

Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.

Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.

No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.

Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu trespassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.

Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.

As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo
.

Santo Edmundo, rogai por nós!

 

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Santo do dia - 19 de novembro

Santo Abdias

Profeta (século IX a.C.)

Abdias (o seu nome significa “servo do Senhor”) é autor de um breve livro da Bíblia, composto só de 21 versículos, “profeta pequeno pelo número de versículos, não de ideias”, diz dele são Jerônimo. O profeta proferiu duas ameaças contra os descendentes de Esaú, os edomitas, que se aproveitaram da deportação dos israelitas para apossar-se de seus bens. Depois anuncia a restauração de Jerusalém, destinada a acolher o Messias: “A casa de Jacó será de fogo e a casa de Esaú será de palha...”

Santo Abdias, rogai por nós!


Santa Matilde de Hackeborn

Monja beneditina (1241-1299)


Matilde ou Mechtilde — proveniente de uma família principesca, aparentada com a poderosa casa dos Hohenstaufen — teve desde a meninice o desejo de seguir as pegadas da irmã mais velha, Gertrudes, abadessa do mosteiro beneditino de Roderdorf, depois do de Helfta.
Aos 7 anos, pois, a menina foi confiada à irmã para que cuidasse de sua educação. Um bom aprendizado, visto que aos 14 anos Matilde foi admitida entre as noviças, das quais dentro de alguns anos se tornaria a mestra — um encargo confiado a religiosas de comprovada virtude. 

Matilde teve entre suas noviças uma jovem destinada a deixar uma grande marca na espiritualidade da Alemanha, a grande santa Gertrudes. Mestra e aluna cresceram juntas, avançando rapidamente na via da perfeição, ambas favorecidas de particulares experiências místicas.

Gertrudes teve o encargo de fixar por escrito as confidências da mestra, aquelas célebres visões de santa Matilde que se lêem no Livro das graças especiais (Liber specialis gratiae). Este é um autêntico vade-mécum da espiritualidade medieval, centrada em Cristo glorioso, mais que em Cristo sofredor, e na devoção ao Sagrado Coração como evidência do incomensurável amor divino pela humanidade redimida.
 


Santa Matilde de Hackeborn, rogai por nós!


São Rafael de São José

Religioso carmelita (1835-1907)


Nascido no dia 1º de setembro de 1835, em Vilna, capital da Lituânia, Rafael de São José era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Aos oito anos, ingressou no Instituto para os Nobres, da sua cidade natal, onde seu pai era professor e diretor.

Na juventude, pensando em cursar estudos superiores, o pai sugeriu-lhe que frequentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu estudar engenharia civil. Em 1852, foi para a Rússia, onde ficou durante dois anos, mas não conseguiu vaga na Universidade de Petersburgo. Então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.

A sua fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé. Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente eram muito evidenciados Atingiu altos postos na carreira militar, apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência Divina o guiava nessa direção.

Em janeiro de 1863, apesar de ter renunciado, foi convidado para o cargo de ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia estourado a guerra contra a Polônia, para lutar pela liberdade do seu povo e nação. Mas, ao mesmo tempo, também se reconciliou com a fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.

Os lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro "Imitação de Cristo" e um crucifixo bento, presente de uma de suas irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.

Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal.

Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no Convento de Cezerna, na Polônia, país em que fundou diversas comunidades.

O grande restaurador da Ordem dos Carmelitas na Polônia morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do papa João Paulo II, que o canonizou em 1991. A festa em memória a são Rafael de São José foi indicada para o dia 19 de novembro.


São Rafael de São José, rogai por nós! 



São Roque González e Companheiros


Jesuítas mártires (+1628)

Celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo 

Na liturgia de hoje lembramos São Roque González e seus companheiros, Afonso Rodrigues e João de Castilho. Eles são conhecidos como Mártires das Missões e foram os primeiros evangelizadores da região sul do Brasil.

Roque González era filho de colonizadores espanhóis e nasceu em Assunção, no Paraguai em 1576. A boa educação na virtude e na piedade recebida dos pais o motivou a entrar no seminário e logo foi ordenado sacerdote. Seu desejo, porém, era trabalhar na formação espiritual dos índios e, por isso, deixou a sua diocese e ingressou na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito missionário em 1609. Passou assim a dedicar sua vida aos indígenas em várias regiões do Paraguai, Argentina e também no Brasil.

Juntamente com os padres João de Castilho e Afonso Rodrigues, organizou as missões e reduções entre os índios guaranis. Tinha como objetivo ensinar os princípios cristãos e defender os indígenas da brutalidade praticada pelos colonizadores. Nas reduções era possível preservar a cultura, serem alfabetizados, impedir de serem escravizados e aprender técnicas de construção, agricultura e cuidado de animais.

O sucesso dessa experiência fez com que os colonizadores, unidos à índios rebeldes, destruíssem as missões e reduções. Os padres Roque e Afonso foram mortos na Redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628. Após celebrar a missa com os índios, padre Roque estava construindo o campanário na nova capela, quando foi morto. Padre Afonso teria saído em socorro e também foi atingido. Seus corpos foram arrastados para dentro da Igrejinha e depois incendiados. Do coração do padre Roque, em meio às chamas, saía uma voz: "Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu". Seu coração então foi atravessado com uma flecha, mas as chamas o preservaram. Padre João de Castilho foi morto na Redução vizinha de São Nicolau, dois dias depois, junto com o cacique Guarobai-Guassu, que se preparava para ser batizado.
Os três missionários foram beatificados em 1943 pelo papa Pio XI e canonizados em 16 de maio de 1988, pelo papa João Paulo II. A relíquia do coração do padre Roque González está em Assunção, Paraguai.

Em Caibaté (RS) encontra-se o Santuário do Caaró, local do martírio e onde são venerados os santos Roque, Afonso e João. É local de peregrinação desde 1934 e anualmente a tradicional Romaria do Caaró se realiza no dia 15 de novembro.



São Roque González e Companheiros mártires, rogai por nós!


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Santo do dia - 18 de novembro

São Frediano

Monge (século VI)

Frigianu ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam seu nome, teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século VI. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino a Roma. Mais tarde, existe a notícia de sua permanência na Itália, nos arredores da cidade de Luca, na Toscana, vivendo como ermitão.

A presença do monge foi notada pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava a cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança.

O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Certamente, um fato inusitado.

Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As suas ações logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que o celebrizou, foi o que cita o desvio do curso do rio Serchio e do consequente beneficio causado a toda a zona rural de Luca. Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as águas se canalizaram imediatamente. Conduziu o rebanho de sua diocese com muito zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável, na busca de esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. O bispo Frediano morreu no dia 18 de março de 588.

A partir de então, a fama de santidade de Frediano e o célebre episódio do rio Serchio expandiram-se e a sua devoção se fez ainda mais intensa. Foi até citada no livro "Diálogos", escrito pelo papa São Gregório Magno, seu contemporâneo. Também as congregações que se estabeleceram na sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.

Depois, o impulso veio do fato de, em pleno período medieval, para evitar saques por parte dos piratas e invasores, o corpo de são Frediano ter sido sepultado num lugar escondido no cemitério da igreja. E ele só foi localizado por acaso, muitos meses depois, durante o sepultamento de uma jovem, que quase foi colocada onde era o seu túmulo.

Tempos depois, sua obra floresceu na bem antiga e pequena comunidade monástica, os conhecidos "Cônegos de São Frediano", os quais o bispo Anselmo de Baggio, quando se tornou papa Alexandre II, indicou para dirigir o Mosteiro de São João de Luterano, em Roma.

A sua festa ocorre no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado das suas relíquias, no século XI, para a atual Basílica de São Frediano, em Luca.


 São Frediano, rogai por nós!


domingo, 17 de novembro de 2019

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

33º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 21,5 - 19)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
 
Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas.
Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”.
Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”
Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.

E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé.
Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós.
Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


 

Santo do dia - 17 de novembro

Santa Isabel da Hungria - Padroeira da Ordem Terceira Franciscana

Rainha e terciária franciscana (1207-1231)

Vida breve, mas intensa. Filha de André, rei da Hungria, e de Gertrudes, nobre dama de Merano, queimou etapas atingindo a santidade em 24 anos, no decurso dos quais experimentou alegrias e dores com o ânimo de quem está sempre agradecida a Deus.

Noiva aos 4 anos, esposa aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20 anos — quando o marido, Luís IV, duque da Turíngia, morreu em Otranto, à espera de embarcar com Frederico II para a cruzada na Terra Santa. O seu matrimônio fora combinado, como ocorria entre as casas reinantes da Europa.

Foi entretanto um matrimônio feliz sob todos os aspectos, a ponto de fazer exclamar a jovem esposa, com toda a sinceridade: “Se eu amo tanto uma criatura mortal, quanto não deverei amar ao Senhor!”. Amou a Deus com toda a alma, amou-o no próximo, destinando riquezas materiais e espirituais ao alívio dos infelizes.

Teve três filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, em seis anos de vida conjugal. À morte do marido, Isabel retirou-se para Eisenach, depois para o castelo de Pottenstein e, finalmente, escolheu como residência uma modesta casa de Marburgo, onde erigiu, às próprias expensas, um hospital, reduzindo-se à pobreza. Vendeu até o dote para completar a obra. Para os pobres sempre havia lugar no hospital, e Isabel reservava para si os trabalhos mais humildes.

Contra ela explodiram os maus humores reprimidos dos cunhados, que suportavam mal sua generosidade para com os pobres. Privaram-na por fim dos filhos e ela pôde viver plenamente o ideal franciscano de pobreza, ingressando na Ordem Terceira, obediente às diretrizes de um rigoroso confessor. À sua morte foi proclamada santa em altas vozes pelo povo. Isso a tal ponto, que o papa Gregório IX, em 1235, quatro anos depois da morte dela, inscreveu-a oficialmente no livro de ouro dos santos.

Sob seu nome surgiram várias congregações. Na Alemanha, as mulheres que se dedicam ao cuidado dos doentes são chamadas simplesmente (mas não tão facilmente) “Elisabethinerinnen”.


Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!

sábado, 16 de novembro de 2019

Santo do dia - 16 de novembro

Santa Gertrudes

Monja beneditina (1256-1302)

A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos.
Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.

Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.

A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.

Essa notável mística cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.

Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.

A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738.



Santa Gertrudes, rogai por nós!

São José Moscati

Médico (1880-1927)

Um santo de avental branco, um santo de nosso tempo, que soube viver integralmente no mundo universitário — do qual era um apreciado expoente — e traduzi-lo na prática cotidiana da profissão de médico, antecipando em alguns lustros aquilo que será chamado a opção pelos pobres.

Nasceu em Benevento, mas atuou sobretudo em Nápoles. Aos pobres dessa cidade dedicou de fato a maior parte de seu tempo. Aos doentes que enchiam seu consultório privado nunca pediu dinheiro. Ao contrário. Na sala de espera havia colocado uma cestinha com o cartaz: “Se tens, coloca quanto queres; se não tens, pega-o”.

Em um hipotético futuro, esta história será talvez relegada aos embelezamentos "post mortem". Mas hoje somos testemunhas da caridade heróica desse santo, amado por sua gente, que tocou com a mão a não ostensiva generosidade e a modéstia desse luminar da ciência médica. Beatificado em 1975, subiu rapidamente ao cume da santidade com a solene canonização em 1987.

 
São José Moscati, rogai por nós!


Santa Margarida da Escócia

Rainha (1045-1093)

No jardim da santidade floresceram pelo menos 22 Margaridas, algumas delas ornadas da coroa real ou de qualquer sinal da nobreza.

A santa deste dia, muito popular, era filha de príncipes ingleses, exilados na Hungria, onde nasceu. Quando retornaram à pátria com a subida ao trono do tio-avô Eduardo, o Confessor, tiveram de se abrigar na Escócia para fugir às guerras entre dinamarqueses e normandos.

Na Escócia, a jovem e bela Margarida desposou aos 24 anos o rei Malcom, homem rude e analfabeto, mas não privado de bom senso. Deixou-se de fato guiar pela sábia e culta rainha, secundando-a nas obras caritativas. Tiveram oito filhos, seis homens e duas mulheres, uma das quais, Matilde, será a mulher de Henrique I da Inglaterra.

Margarida fundou a abadia beneditina de Dunfermline, na qual foi sepultada. Foi canonizada em 1251.


Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
 

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Santo do dia - 15 de novembro

Santo Alberto Magno

Bispo e doutor da Igreja (1200-1280)

Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus 

Alberto — que a posteridade chamará “Magno”, isto é, grande —, nascido em Lauingen, na Baviera, em 1200, está entre os primeiros pensadores medievais a afirmar a autonomia da ciência e da filosofia em relação à teologia.

Verdadeiro gênio enciclopédico, capaz de mover-se com grande segurança nos mais diferentes campos do conhecimento humano, conviveu em perfeita harmonia entre as razões da ciência e da fé. “Senhor Jesus”, rezava, “invocamos a tua ajuda para não nos deixarmos seduzir pelas vãs palavras tentadoras sobre a nobreza da família, sobre o prestígio da instituição, sobre o que a ciência tem de atraente.”

Era com efeito de origem nobre, mas ao contrário do discípulo são Tomás de Aquino, a família não se opôs a que ele vestisse o humilde hábito dos frades mendicantes; e com ainda menor dificuldade obteve em Paris o título de mestre e uma vasta fama em toda a Europa, nos campos científico e teológico.

Completou seus estudos universitários em Pádua, onde encontrou o mestre-geral dos dominicanos, o beato Jordão da Saxônia, que o encaminhou à vida religiosa.

Ensinou filosofia em Hildesheim, Eriburgo, Ratisbona, Estrasburgo, depois em Paris e Colônia, onde teve entre seus alunos Tomás de Aquino, do qual reconheceu logo os grandes dotes. “Vós o chamais o boi mudo”, disse aos outros alunos, que com tal expressão haviam definido o taciturno companheiro de estudo, “mas ele, com sua doutrina, emitirá ruídos que serão ouvidos em todo o mundo”.

Eleito superior provincial da Alemanha, percorreu a pé as várias regiões, para estar próximo das comunidades religiosas a ele confiadas, mendigando ao longo do trajeto o pão e o teto. O filho do conde de Bollstadt, nomeado bispo de Ratisbona, viveu em perfeito espírito de pobreza, assimilado na vida religiosa: “Nas suas gavetas não havia uma moeda”, disse dele alguém que o conheceu de perto, “nem uma gota de vinho na barrica ou um punhado de grãos no celeiro.”

Permaneceu na direção da diocese somente dois anos, depois, com o beneplácito do papa, pôde retornar a seu convento de Würzburgo e de novo lecionar na Universidade de Colônia, onde concluiu sua laboriosa existência. Canonizado em 1931, recebeu depois de Pio XII o título de doutor da Igreja e padroeiro dos cultivadores das ciências naturais.


Santo Alberto Magno, rogai por nós!