Terceiro Domingo do tempo comum
Evangelho segundo S. Lucas 1,1-4.4,14-21.
Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram Servidores da Palavra , resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo, a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído. Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam. Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Hugo de São-Victor (?-1141), cónego regular, teólogo
Tratado dos Sacramentos da fé cristã, II, 1-2; PL 176, 415 (a partir da trad. de Orval)
«Com o poder do Espírito»
A Santa Igreja é o corpo de Cristo: um só Espírito a vivifica, a unifica na fé e a santifica. Este corpo tem por membros os crentes, de cujo conjunto se forma um só corpo, graças a um só Espírito e a uma só fé. [...] Assim, portanto, aquilo que cada um tem como próprio não é apenas para si; porque Aquele que nos concede tão generosamente os Seus bens e os reparte com tanta sabedoria quer que cada coisa seja de todos e todas de cada um. Se alguém tem a felicidade de receber um dom por graça de Deus, deve então saber que ele não lhe pertence apenas a si, mesmo que seja o único a possui-lo.
É por analogia com o corpo humano que a Santa Igreja, quer dizer, o conjunto dos crentes, é chamada corpo de Cristo, uma vez que recebeu o Espírito de Cristo, cuja presença num homem é indicada pelo nome «cristão» que Cristo lhe dá. Com efeito, este nome designa os membros de Cristo, os que participam do Espírito de Cristo, aqueles que recebem a unção d'Aquele que é ungido; porque é de Cristo que vem o nome de Cristão, e «Cristo» quer dizer «ungido»; ungido com este óleo da alegria que, preferido entre todos os companheiros (Sl 44, 8), recebeu em plenitude para partilhar com todos os seus amigos, como a cabeça o faz com os membros do corpo. «É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça, a escorrer pela barba [...], a escorrer até à orla das suas vestes» (Sl 132, 2) para se espalhar por todo o lado e tudo vivificar. Portanto, quanto te tornas cristão, tornas-te membro de Cristo, membro do corpo de Cristo, participante do Espírito de Cristo.
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domingo, 24 de janeiro de 2010
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