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domingo, 24 de julho de 2011

EVANGELHO DO DIA

Evangelho do dia

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

17º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Mateus 13,44-52.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»

«O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos,
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.»

«Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.

Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por: São Tomás de Aquino

Homilia sobre o Credo


«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»

É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que esperava e pensava. Nesta vida ninguém pode saciar os seus desejos; nunca nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse santo Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto até que repouse em Ti».

Uma vez que, na pátria, os santos possuirão a Deus de um modo perfeito, é evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt 25,21). E Santo Agostinho diz, a esse respeito: «Não é que toda a alegria entrará naqueles que se alegram, mas que aqueles que se alegram entrarão inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário, para ver o Teu poder e a Tua glória» [63 (62),3], e outro: «Ele satisfará os desejos do teu coração» [Sl 37 (36),4]. [...] Porque, se desejamos as delícias, é aí que encontraremos a satisfação suprema e perfeita, pois ela consistirá no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas, à Tua direita» [Sl 17 (16),11].

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