EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
20º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. João 6,51-58.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Comentário do dia: São Gaudêncio de Brescia (?-após 406), bispo
Homilia pascal; CSEL 68, 30
O sacrifício celeste instituído por Cristo é verdadeiramente a herança legada pelo seu novo testamento; Ele deixou-no-la na noite em que ia ser entregue para ser crucificado, como garante da sua presença. Ele é o viático da nossa viagem, o nosso alimento no caminho da vida, até chegarmos à outra Vida, depois de deixarmos este mundo. Era por isso que o Senhor dizia: «Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.»
Ele quis que os seus benefícios permanecessem entre nós; quis que as almas resgatadas pelo seu sangue precioso fossem sempre santificadas à imagem da sua própria Paixão. Foi por essa razão que ordenou aos seus discípulos fiéis, que estabeleceu como primeiros sacerdotes da sua Igreja, que celebrassem estes mistérios de vida eterna. [...] Com efeito, a multidão dos fiéis devia ter todos os dias diante dos olhos a representação da Paixão de Cristo; tendo-a nas mãos, recebendo-a na boca e no coração, ficaremos com uma recordação indelével da nossa redenção.
É preciso que o pão seja feito com a farinha de numerosos grãos de fermento misturada com água, e que receba do fogo o seu acabamento. Aí temos, então, uma imagem semelhante ao corpo de Cristo, pois sabemos que Ele forma um só corpo com a multidão dos homens, que recebeu o seu acabamento do fogo do Espírito Santo. [...] Do mesmo modo, o vinho do seu sangue é extraído de diversos cachos de uvas, isto é, de uvas da vinha plantada por Ele, esmagadas sob o peso da cruz; vertido no coração dos fiéis, aí borbulha pelo seu próprio poder.
É este o sacrifício da Páscoa, que traz a salvação a todos os que foram libertados da escravatura do Egito e do Faraó, isto é, do demônio. Recebei-o em união connosco, com a avidez de um coração religioso.
Ele quis que os seus benefícios permanecessem entre nós; quis que as almas resgatadas pelo seu sangue precioso fossem sempre santificadas à imagem da sua própria Paixão. Foi por essa razão que ordenou aos seus discípulos fiéis, que estabeleceu como primeiros sacerdotes da sua Igreja, que celebrassem estes mistérios de vida eterna. [...] Com efeito, a multidão dos fiéis devia ter todos os dias diante dos olhos a representação da Paixão de Cristo; tendo-a nas mãos, recebendo-a na boca e no coração, ficaremos com uma recordação indelével da nossa redenção.
É preciso que o pão seja feito com a farinha de numerosos grãos de fermento misturada com água, e que receba do fogo o seu acabamento. Aí temos, então, uma imagem semelhante ao corpo de Cristo, pois sabemos que Ele forma um só corpo com a multidão dos homens, que recebeu o seu acabamento do fogo do Espírito Santo. [...] Do mesmo modo, o vinho do seu sangue é extraído de diversos cachos de uvas, isto é, de uvas da vinha plantada por Ele, esmagadas sob o peso da cruz; vertido no coração dos fiéis, aí borbulha pelo seu próprio poder.
É este o sacrifício da Páscoa, que traz a salvação a todos os que foram libertados da escravatura do Egito e do Faraó, isto é, do demônio. Recebei-o em união connosco, com a avidez de um coração religioso.
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