O Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração de Maria”. O mês de junho é tradicionalmente para os católicos o «Mês do Sagrado Coração de Jesus».
A devoção recobra novo impulso em Paray le Monial.
O centro geográfico e histórico da
devoção ao Sagrado Coração se encontra em Paray de Monial, pequena
localidade francesa de Borgoña, na qual vivia a religiosa da Visitação
que recebeu as aparições de Jesus no século XVII, Santa Margarida Maria
Alacoque (1647-1690).
Detalhes e a mensagem desta página da
história da Igreja ficam recolhidos na página web da diocese de Autun,
na qual se encontra este santuário que cada ano recebe mais de trezentos
mil peregrinos. A mensagem que Jesus deixou as estas
religiosas francesas, a primeira das aparições aconteceu em 27 de
dezembro de 1673, é uma visão de Deus que contrasta com a tendência do
século em que estourou o jansenismo.
«Meu Coração divino está tão apaixonado
de amor pelos homens, e por ti em particular, que ao não poder conter em
si as chamas de sua ardente caridade, há que transmiti-las com todos os
meios», disse-lhe Cristo nesta ocasião segundo ela escreveu depois.
A visita de João Paulo II a Paray le
Monial, em 5 de outubro de 1986, deu uma nova vitalidade à devoção ao
Sagrado Coração de Jesus.
Breve história da devoção
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus
existiu desde os primeiros tempos da Igreja, quando se meditava sobre o
lado e o Coração aberto de Jesus de onde jorrou sangue e água. Deste
Coração nasceu a Igreja e por ele se abriram as portas do céu. Veneramos
nela o próprio coração de Deus. No século XVII estabeleceu-se
definitiva e especificamente a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus,
solicitada pelo próprio Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque.
Em 16 de junho de 1675 Nosso Senhor
apareceu a ela. Seu Coração estava envolto em chamas, coroado de
espinhos, com uma ferida aberta, da qual brotava sangue, e de seu
interior saia uma cruz. Santa Margarida escutou o Senhor dizer: ‘Eis
aqui o Oração que tanto amou os homens e, em troca, recebe da maioria
dos homens só ingratidão, irreverência e desprezo, neste sacramento de
amor’. Nosso Senhor, com as seguintes palavras nos diz em que consiste a
devoção: amor e reparação. Amor pelo muito que Ele nos ama. Reparação e
desagravo pelas muitas injurias que recebe, sobretudo na Sagrada
Eucaristia.
A bem-aventurada Jacinta, no seu leito de morte, disse à Lúcia: “Tu
cá ficas para dizer que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao
Imaculado Coração de Maria. O Coração de Jesus quer que, a seu lado, se
venere o Coração de Maria”.
Muitos outros paralelismos entre as duas
devoções mostram a sua íntima vinculação: as nove primeiras
sextas-feiras e os cinco primeiros sábados;
o espírito reparador que
anima as duas devoções;
o movimento de Consagração da Humanidade ao
Sagrado Coração de Jesus feito por Leão XIII e o pedido de Consagração
da Rússia ao Imaculado Coração feito por Nossa Senhora em Fátima;
e por
fim a promessa do triunfo final: “Eu reinarei”, repetia continuamente o
Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria, e “Por fim o meu
Imaculado Coração triunfará”, disse Nossa Senhora em Fátima.
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