A devoção reparadora dos primeiros sábados do mês.
Em 13
de junho de 1912, São Pio X concedia novas indulgências à
devoção dos primeiros sábados do mês, insistindo muito na
intenção reparadora com a qual esta devoção devia ser
praticada:
“A fim de promover a devoção dos fiéis para a gloriosa e
imaculada Mãe de Deus, e para favorecer o piedoso desejo de
reparação dos fiéis (et
ad fovendum pium reparationis desiderium) diante das
blasfêmias execráveis proferidas contra o seu augusto nome e
as celestes prerrogativas desta mesma bem-aventurada Virgem,
Pio X, papa pela divina Providência, dignou-se conceder uma
indulgência plenária, aplicável às almas dos defuntos, no
primeiro sábado de cada mês, por todos aqueles que, nesse
dia, se confessarem, comungarem, cumprirem exercícios
particulares de devoção em honra da bem-aventurada Virgem
Maria, em espírito de reparação como indicado acima (in
spiritu reparationis, ut supra) e rezarem nas intenções
do soberano pontífice.
2
Notemos a providencial coincidência das datas: 13 de junho
de 1912, são cinco anos, dia por dia antes da segunda
aparição de Nossa Senhora em Fátima, durante a qual os três
pastorinhos testemunharam a primeira grande manifestação do
Imaculado Coração de Maria vendo-o “cercado de espinhos
que pareciam enterrados nele”. “Compreendemos,
escreveu Lúcia sobre isto em 1941, na sua quarta Memória,
que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos
pecados da humanidade que queria reparação”.
Os
termos empregados por São Pio X anunciam quase exatamente os
termos do pedido de Nossa Senhora em Pontevedra, em 1925:
nos dois casos, é sublinhada a extrêma importância da
intenção reparadora, única capaz de afastar e apaziguar a
cólera de Deus.
Em
Fátima e em Pontevedra, Nossa Senhora não é, pois,
inovadora: ela veio dar a ratificação do Céu e um novo
impulso a um movimento de piedade mariano enraizado na mais
pura tradição católica, para encorajar a todos nós, a
participarmos dele.
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