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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Depois de Irmã Dulce, comerciante gaúcho é candidato a Santo - Processo irá ao Vaticano

Pequeno comerciante do RS é o próximo candidato a santo que o Brasil leva ao Vaticano

Um pequeno comerciante, casado duas vezes e pai de sete filhos, é o próximo candidato a santo brasileiro. Gaúcho de São João do Polêsini, nascido em 1904 e falecido em 1985, vítima de atropelamento, João Luiz Pozzobon dedicou sua vida à evangelização. O processo de beatificação, iniciado em 1994 e comandado pela Diocese de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, será encerrado no próximo dia 8 e entregue ao Vaticano em solenidade marcada para o dia 17 de maio.

Pozzobon é um modelo de santo que agrada à Igreja Católica: não é saído da hierarquia da instituição, mas da leva de leigos que hoje trabalham a serviço de suas igrejas e das comunidades de seu entorno. Pozzobon é considerado o segundo candidato a santo mais forte do país, atrás apenas de Irmã Dulce, da Bahia, recém-declarada "Venerável" pelo Vaticano, que já reconheceu as virtudes heróicas de sua vida.Foi devoto da Virgem Peregrina de Schoenstatt.

Viúvo pela segunda vez e com filhos crescidos, Pozzobon só não se tornou padre porque lhe faltou cultura formal. Mal tinha completado o antigo curso primário, o que o deixava longe do preparo exigido pela Igreja, que inclui os cursos de Filosofia e Teologia. Sem diploma, virou diácono permanente. Ou seja, podia fazer casamentos e realizar batizados, menos confessar, dar a unção dos enfermos e rezar missas - as três ações do ritual católico que cabem exclusivamente aos padres.

Sem ser padre, Pozzobon caminhou a pé cerca de 140 km levando debaixo do braço uma imagem de santa, que servia para pregar a palavra de Deus em escolas, presídios e residências do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro. Em dezembro passado, o corpo de Pozzobon foi exumado, retirado do cemitério Santa Rita de Cássia e levado para a Capela Nossa Senhora das Graças, onde as peregrinações já começaram. A ele são atribuídas diversas graças - ou seja, pedidos atendidos.

- A vida de Pozzobon é um modelo para a comunidade católica - diz o bispo de Santa Maria, Hélio Adelar Rubert.

- A beatificação de Pozzobon é de interesse da Igreja. Ele é um modelo para os dias atuais, onde a participação de leigos é fundamental - diz Roberto Paz, bispo auxiliar de Niterói, Rio de Janeiro, especialista em canonização.

Para que Pozzobon seja considerado um beato, porém, é preciso que tenha feito um milagre comprovado. Na lista de milagres do diácono está a cura de uma médica infectologista, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e teria tido uma melhora que, na avaliação feita até agora, não pode ser atribuída a remédios, mas à graça pedida pelo padre de sua comunidade.

- Tudo indica que não foram os remédios, mas um milagre - diz o bispo Rubert.

O Vaticano exige que curas sejam avaliadas por médicos especialistas, que garantam por escrito que não há explicação na ciência para o fato.

Há uma grande diferença entre beato e santo. O beato pode ser cultuado, mas só localmente. O santo entra no calendário mundial do Vaticano. Para ser considerado santo, após a beatificação, a Diocese de Santa Maria deverá apresentara a Roma novos milagres, igualmente comprovados, atribuídos a Pozzebon. Na Igreja Católica, não existe santo de um milagre só.