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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Oração pedindo a proteção do Senhor

Amabilíssimo Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus, que do seio do Eterno Pai Onipotente fostes mandado ao mundo para absolver pecados, remir aflitos, soltar encarcerados, congregar vagabundos, conduzir para sua pátria os peregrinos, compadecei-Vos dos verdadeiros arrependidos; consolai os oprimidos e atribulados; dignai-Vos de absolver e livrar a mim (o nome da pessoa que tiver a oração), criatura Vossa, da aflição e atribulação em que me vejo, por Vós recebestes de Deus Pai todo-poderoso o gênero humano para o comprardes e, feito homem, prodigiosamente nos comprastes o Paraíso com o Vosso precioso Sangue, estabelecendo uma inteira paz entre os Anjos e os homens.

Assim, pois, dignai-Vos, Senhor, introduzir e confirmar uma perfeita concórdia entre mim e os meus inimigos e fazer que sobre mim resplandeça Vossa paz, e misericórdia, mitigando e extinguindo todo o ódio e furor que contra mim tiveram os meus adversários, como praticastes com Esaú, tirando-lhe toda a aversão que tinha contra seu irmão Jacó.

Estendei, Senhor Jesus Cristo, sobre mim (o nome), criatura Vossa, o Vosso braço e a Vossa graça, e dignai-Vos livrar-me de todos os que me têm ódio, e como livrastes Abraão das mãos dos Caldeus; seu filho Isaac, da consumação do sacrifício; José da tirania de seus irmãos; Noé, do dilúvio universal; Ló, do incêndio de Sodoma; Moisés e Abraão, Vossos servos, e o povo de Israel, do poder do Faraó e da escravidão do Egito; Davi, das mãos de Saul e do gigante Golias; Suzana, do crime e testemunho falso; Judite, do soberano e impuro Holofernes; Daniel na cova dos leões; os três rapazes: Sidrac, Misac e Abedênego, da fornalha de fogo ardente; Jonas, do ventre do baleia; a filha da Cananéia, da vexação do demônio; Adão, da pena do inferno; Pedro, das ondas do mar; e Paulo, das prisões do cárcere.

Leia também: O poder da Oração

Óh, pois, amabilíssimo Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, atendei a mim (o nome), criatura Vossa, e vinde com presteza em meu socorro, pela Vossa encarnação, pelo Vosso nascimento, pela forme, pela sede, pelo frio, pelo calor, pelos trabalhos e pelas aflições; pelas salivas e bofetadas; pela lança que transpassou o Vosso peito; e pelas sete palavras que na cruz dissestes, em primeiro lugar a Deus Pai Onipotente: “Perdoai-lhes, Senhor, pois não sabem o que fazer”. Depois ao bom ladrão que estava convosco crucificado: “digo-te, na verdade, que hoje estarás comigo no paraíso”. Depois ao mesmo Pai: “Eli, Eli, Lamá Sabactani”. Que vem a dizer “Deus Meu, Deus Meu, por que me desamparastes?” Depois à Vossa Mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois ao discípulo: “Eis aí a tua Mãe”, mostrando que cuidáveis dos Vossos amigos. Depois dissestes: “Tenho sede”, porque desejáveis a nossa salvação e das almas santas que estavam no limbo. Dissertes depois a Vosso Pai: “Nas Vossas mãos encomendo o Meu Espírito”. E por último exclamastes, dizendo: “Está consumado”, porque estavam concluídos todos os Vossos trabalhos e dores.

Rogo-Vos, pois, por todas estas coisas, e pela Vossa descida ao limbo, pela Vossa ressurreição gloriosa, pelas frequentes consolações que destes aos Vossos discípulos, pela Vossa admirável ascensão, pela vinda do Espírito Santo, pelo tremendo dia do juízo, como também por todos os benefícios que tenho recebido da Vossa bondade.


Vós me criastes do nada, me remistes, me concedestes a Vossa santa fé, me fortalecestes contra as tentações do demônio e me prometestes a vida eterna.

Por tudo isso, meu Redentor, meu Senhor Jesus Cristo, humildemente Vos peço que agora e sempre me defendais do maligno adversário e de todo o perigo para que, depois da presente vida, mereça gozar na bem-aventurança a Vossa divina presença. Sim, meu Deus e meu Senhor, compadecei-Vos de mim, miserável criatura, em todos os dias da minha vida. ó Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, compadecei-Vos de mim (o nome), criatura Vossa e mandai para meu socorro o Vosso Santo Miguel Arcanjo, que me guarde e me defenda de todos os meus inimigos carnais e espirituais, visíveis e invisíveis.

oracoesdetodosostemposdaigrejaE vós, Miguel, Santo Arcanjo de Cristo, defendei-me na última batalha, para que não pereça no tremendo juízo. Arcanjo de Cristo, São Miguel, rogo-vos pela graça que merecestes e por Nosso Senhor Jesus Cristo, que me livreis de todo mal e do último perigo na última hora da morte.

São Miguel, São Gabriel, São Rafael e todos os outros Anjos e Arcanjos de Deus, socorrei esta miserável criatura. Rogo-vos humildemente que me presteis o vosso auxílio, para que nenhum inimigo me possa causar dano, tanto no caminho, como em casa, assim na água como no fogo, ou velando ou dormindo, ou falando ou calado, tanto na vida como na morte.

Eis aqui a Cruz (faz-se o sinal da cruz) do Senhor; fugi potencias inimigas. Venceu o leão da tribo de Judá, descendente de Davi. Aleluia!

Salvador do mundo, salvai-me. Salvador do mundo, ajudai-me. Vós que pelo Vosso Sangue e pela Vossa Cruz me remistes, salvai-me e defendei-me hoje e em todo o tempo.
Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende misericórdia de nós. Cruz de Cristo, salvai-me. Cruz de Cristo, protegei-me, Cruz de Cristo, defendei-me. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Santo Agostinho

Texto retirado do livro: Orações de todos os tempos da Igreja, Editora Cléofas.

sábado, 26 de julho de 2014

Reflexões sobre a Cruz - Por que a Cruz é sinal do cristão?

REFLEXÕES SOBRE A CRUZ 
 
Em 312 Constantino estava prestes a vencer a última batalha para se tornar Imperador romano; faltava vencer Maxêncio. Ele estava se convertendo ao Cristianismo, porque sua mãe, Santa Helena, já tinha se convertido. Na véspera a batalha, Constantino teve um sonho; viu uma cruz no céu e uma voz lhe disse: “In hoc signo vincis” (Com este símbolo vencerás). Constantino mandou pintar a cruz nos escudos dos soldados e venceu a batalha; foi o primeiro imperador romano cristão. A espada romana se curvava diante da cruz de Cristo. Em 313 pelo Edito de Milão, Constantino proibiu em todo o Império que os cristãos fossem perseguidos; a cruz redentora libertava os cristãos.A Cruz é o maior sinal do amor de Deus, nela o Filho de Deus se imolou por  amor a cada um de nós; ela nos livra do pecado, da morte e do inferno. É o sinal da vitória do Reino de Deus. Não devemos ter medo dela; Deus é fiel e não nos dá uma cruz mais pesada que as nossas forças;  e junto com ele providencia sempre um bom Cirineu.
 
Muitos texto bíblicos louvam e exaltam a Cruz de Cristo:
Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim”. (Cf. Mc 8, 34; Lc 9,23; 14,27).
Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Gl 2, 19: “Pela Lei morri para a Lei, a  fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo”.
Gl 5, 24: “Os que são de Cristo Jesus, crucificaram a carne com suas paixões e suas concupiscências”.
Gl 6, 14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
O sinal da Cruz é o sinal dos cristãos ou o sinal do Deus vivo, de que fala provavelmente Ap 7, 2, fazendo eco a Ez 9,4:
1Cor 1,18: “A linguagem da Cruz… para aqueles que se salvam, para nós, é poder  de Deus”.
Gl 6, 14: “Não aconteça gloriar-me senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
1Cor 1, 17: “… anunciar o Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a Cruz de Cristo”.

Desde o século IV é sinal de vitória: na arte, na Liturgia, na piedade particular, na literatura…
Tertuliano († 200) atesta:
“Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessa ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

Latâncio (início do séc. IV) apresenta: 
o Senhor quis recobrir com a sua morte extremamente dolorosa e ignominiosa, toda modalidade de morte que os homens possam experimentar; saibam todos  que Deus feito homem já atravessou e santificou todas as angústias  que afetam os homens (Instituições  IV, 26), e abracem a sua cruz com ânimo confiante  e esperançoso; quem padece com Cristo, ressuscitará com Cristo.

S. Hipólito de Roma (†235), descrevendo as práticas dos cristãos do século III:
“Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fonte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

Luiz de Chardon ensina que “depois de termos admirado a violenta e insaciável inclinação do espírito de Jesus para a Cruz compreenderemos melhor como Ele a distribui pelas almas que lhe pertencem pelos vínculos da graça. Entendemos igualmente porque quanto maior é a elevação da alma em união com o espírito de Jesus Crucificado tanto maior será sua obrigação quanto ao sofrimento.”

Santo André de Creta, no século oitavo, escrevia: “Não há nada mais precioso do que a Cruz de Jesus que se tornou o troféu da misericórdia divina. Por ela o diabo foi ferido e vencido, os grilhões infernais foram quebrados”.

Santo Antônio, Doutor do Evangelho e “martelo dos hereges”, dizia: “Porque Adão no paraíso não quis servir ao Senhor (cf. Jr 2,20), por isso o Senhor assumiu a forma de servo (cf. Fl 2,7) para servir ao servo, a fim de que o servo já não se envergonhasse de servir ao Senhor.”

Na Oração de São Bento rezamos:
“A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mal o que tu me ofereces. Bebe tu mesmo os teus venenos!”

Oração de São Francisco: “Senhor Jesus Cristo, nós vos louvamos e bendizemos porque pela vossa santa Cruz  remistes o mundo”.

“Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados” (Is 53,5).
“É ele que nos perdoou todos os pecados, cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na cruz. Espoliou os principados e potestades, e os expôs ao ridículo, triunfando deles pela cruz.” (Col 2, 13-15)
“Se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto” (Jo 12,24b).
“Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8).
“Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja”. (Col 1, 24)
“Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos.” (2Tm 2, 11)
Gl 6, 14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
“Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes”. (Ap 7, 3).
“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo 19,25-27)

Por que a Cruz é sinal do cristão?

 Algumas pessoas não católicas dizem que a cruz é um símbolo pagão e que não deve ser usada. Mas esta afirmação não está de acordo com o que a Igreja Católica sempre viveu e ensinou desde os seus primórdios e também não concorda com os textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo. Senão vejamos:

Mt 10, 38 – Jesus disse: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.
Mt 16, 24 – “Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.
Lc 14, 27 –“E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo”.
Gl 2, 19 – “Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo”.
Gl 6, 12.14 – “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
1Cor 1,18: “A linguagem da Cruz… para aqueles que se salvam, para nós, é poder  de Deus”.
1Cor 1, 17: “… anunciar o  Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a Cruz de Cristo”.
                                           Editora Cleofas (12) 3152-6566 | vendas@cleofas.com.br
Quando o imperador Constantino o Grande, enfrentou seu rival Maxêncio sobre a ponte Milvia, próximo do ano 300,  viu nos céus uma cruz luminosa acompanhada dos dizeres: “In hoc signo vinces!” (Por este sinal vencerás). Constantino, então, colocou a sua pessoa e o seu exército sob a proteção do sinal da cruz e venceu Maxêncio, tornando-se imperador supremo de Roma, proibindo em seguida a perseguição aos cristãos pelo Edito de Milão, em 313.

O símbolo resultante da sobreposição das letras gregas X e P, iniciais de Cristo em grego, lembrava Cristo e a Cruz e foi representado no estandarte de Constantino. No fim do século IV, tomou a forma que lembrava a Cruz. Após a conversão de  Constantino († 337) a cruz deixou de ser usada para o suplício dos condenados e tornou-se  o símbolo da vitória de Cristo e o sinal dos cristãos, como mostra de muitas maneiras a arte, a Liturgia, a piedade particular e a literatura cristã. A cruz tornou-se, então, sinal da Paixão vitoriosa do Senhor. Conscientes deste seu valor, os cristãos ornamentavam a cruz com palmas e pedras preciosas.

Os Padres da Igreja como Tertuliano de Cartago e Hipólito de Roma, já nos séculos II e III, afirmavam que os cristãos se benziam com o sinal da Cruz. Os mártires tomavam a cruz antes de enfrentar a morte e os santos não se separavam da cruz. As Atas dos Mártires mostra isso. No entanto, muito antes de Constantino, Tertuliano (†202) já escrevera: “Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas  as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

S. Hipólito de Roma († 235), descrevendo as práticas dos cristãos do século III, escreveu: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da  Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

No  Novo Testamento a Cruz é símbolo da virtude da penitência, domínio das paixões desregradas e do sofrer por amor de Cristo e da Igreja pelas salvação do mundo. Seria preciso apagar muitos versículos do Novo Testamento para dizer que a Cruz é um símbolo introduzido no século IV na vida dos cristãos. O sinal da Cruz é o sinal dos cristãos ou o sinal do Deus vivo, de que fala Ap 7, 2, fazendo eco a Ez 9,4: “Um anjo gritou em alta voz aos quatro Anjos que haviam sido encarregados de fazer mal à terra e ao mar: “Não danifiqueis a terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcado a fronte dos servos do nosso Deus”.

São Clemente de Alexandria, no século III, chamava a letra T (tau), símbolo da cruz, de “figura do sinal do Senhor” (Stromateis VI 11)*.
Por tudo isso, a vivência e a iconografia dos cristãos, desde o século I, deram à cruz sagrada um lugar especial entre as expressões da fé cristã. Daí podemos ver que é totalmente errônea a teoria de que a Cruz é um símbolo pagão introduzido por influência do paganismo na Igreja e destinado a ser eliminado do uso dos cristãos. Rejeitar a  Cruz de Cristo é o mesmo que rejeitar o símbolo da Redenção e da esperança dos cristãos.

* Este artigo foi baseado no de Dom Estevão Bettencourt, da revista “Pergunte e Responderemos”, Nº 351 – Ano 1991 – Pág. 364.

Prof. Felipe Aquino


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

22 de setembro - Santo do dia

São Pio de Pietrelcina

Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione.

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.

Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo.

Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul".

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.

Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!"

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Santo do dia - 4 de maio


São Ciríaco

Segundo um antigo texto da tradição cristã, do século IV, um hebreu de nome Judas teria ajudado nos trabalhos para encontrar a Cruz de Cristo na cidade de Jerusalém, promovidos pelo bispo e pela rainha Helena, que era cristã e mãe do então imperador Constantino. Este hebreu se converteu e se tornou um sacerdote tomando o nome de Ciríaco, que em grego significa "Patrício", comum entre os romanos.

Mais tarde, após ter percorrido as estradas da Palestina, ele foi eleito bispo de Jerusalém, e aí teria sido martirizado, junto com sua mãe chamada Ana, durante a perseguição de Juliano, o Apóstata.

Esta seria a história de São Ciríaco que comemoramos hoje, não fosse a marca profunda deixada por sua presença na cidade italiana de Ancona, em Nápolis. A explicação para isto encontra-se no Martirológio Romano, que associou os textos antigos e confirmou sua presença em ambas cidades. A conclusão de sua trajetória exata é o que veremos a seguir.

Logo que se converteu, para fugir à hostilidade dos velhos amigos pagãos, Ciríaco teria abandonado a Palestina para se exilar na Itália, fixando-se em Ancona. Nessa cidade ele foi eleito bispo, trabalhando arduamente para difundir o cristianismo, pois o edito de Milão dava liberdade para a expansão da religião, em todos os domínios do Império.

Após uma longa vida episcopal, Ciríaco, já idoso fez sua última peregrinação à cidade de Jerusalém onde fora bispo na juventude, para rever os lugares santos. E foi nesse momento que ele sofreu o martírio e morreu em nome de Cristo, por ordem do último perseguidor romano, Juliano, o Apóstata, entre 361 e 363

Os devotos dizem que suas relíquias chegaram ao porto de Ancona, trazidas pelas ondas do mar. Essa tradição é celebrada no dia 04 de maio na catedral de Ancona, onde são distribuídos maços de junco benzidos.

Na realidade as relíquias de São Ciríaco retornaram à cidade durante o governo do imperador Teodósio, entre 379 e 395 graças à sua filha Gala Plácida que interveio favoravelmente junto as autoridades conseguindo o que a população de Ancona tanto desejava.

A memória desse culto antiqüíssimo à São Ciríaco pode ser observada pelos monumentos, das mais remotas épocas, que existem em toda a cidade com a imagem do Santo. Aliás São Ciríaco foi escolhido como o padroeiro de Ancona e a própria catedral, no século XIV, foi dedicada à ele, mudando inclusive o nome. Essa majestosa igreja, que domina a cidade do alto das colinas do Guasco, é vista por todos que chegam em Ancona por terra ou por mar, mais um tributo à São Ciríaco, por seu exílio e vida episcopal.


São Ciriaco, rogai por nós