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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

3 de janeiro - Santíssimo Nome de Jesus

É em nome do Divino Salvador que a Igreja reza, cura os enfermos, evangeliza os povos, expulsa os demônios, enfim, realiza sua obra  de salvação das almas 



E seu nome será: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9, 5).

Sim, quanto é maravilhoso, rico e simbólico este nome que, segundo o Profeta Isaías, significa “Deus conosco”! Como o Arcanjo Gabriel deve  ter enlevado a Santíssima Virgem Maria – que ponderava todas as coisas em seu coração – com estas palavras no momento da Anunciação: “E Lhe porás o nome de Jesus”! (Lc 1,31).

Fecunda fonte de inspiração
Esta frase, que ficou indelevelmente gravada no Imaculado Coração de Maria, chega aos ouvidos dos fiéis de todos os tempos, no orbe terrestre inteiro, fecundando os bons afetos de todo homem batizado. Ao longo dos séculos, diversas almas monásticas e contemplativas foram inspiradas por ela a tal ponto que inúmeras composições de canto gregoriano versam sobre o suave nome do Filho de Deus.

Há uma misteriosa e insondável relação entre o nome de Jesus e o Verbo Encarnado, não sendo possível conceber outro que lhe seja mais apropriado. É o mais suave e santo dos nomes. Ele é um símbolo sacratíssimo do Filho de Deus, e sumamente eficaz para atrair sobre nós as graças e favores celestiais. O próprio Nosso Senhor prometeu: “Qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá” (Jo 14,13). Que magnífico convite para repeti-lo sem cessar e com ilimitada confiança!


Invoque este nome poderosíssimo!
A Santa Igreja, mãe próvida e solícita, concede indulgências a quem invocá-lo com reverência, inclusive põe à disposição de seus filhos a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com frequência.  No século XIII, o Papa Gregório X exortou os bispos do mundo e seus sacerdotes a pronunciar muitas vezes o nome de Jesus e incentivar o povo a colocar toda sua confiança neste nome todo poderoso, como um remédio contra os males que ameaçavam a sociedade de então. O Papa confiou particularmente aos dominicanos a tarefa de pregar as maravilhas do Santo Nome, obra que eles realizaram com zelo, obtendo grandes sucessos e vitórias para a Santa Igreja.

Um vigoroso exemplo da eficácia do Santo Nome de Jesus verificou-se por ocasião de uma epidemia devastadora surgida em Lisboa em 1432. Todos os que podiam, fugiam aterrorizados da cidade, levando assim a doença para todos os recantos de Portugal. Milhares de pessoas morreram. Entre os heróicos membros do clero que davam assistência aos agonizantes estava um venerável bispo dominicano, Dom André Dias, o qual incentivava a população a invocar o Santo Nome de Jesus.

Ele percorria incansavelmente o país, recomendando a todos, inclusive aos que ainda não tinham sido atingidos pela terrível enfermidade, a repetir: Jesus, Jesus! “Escrevam este nome em cartões, mantenham esses cartões sobre seus corpos; coloquem-nos, à noite, sob o travesseiro; pendurem-nos em suas portas; mas, acima de tudo, constantemente invoquem com seus lábios e em seus corações este nome poderosíssimo”.

Maravilha! Em um prazo incrivelmente curto o país inteiro foi libertado da epidemia, e as pessoas agradecidas continuaram a confiar com amor no Santo Nome de nosso Salvador. De Portugal, essa confiança espalhou-se para a Espanha, França e o resto do mundo.

Uma retribuição agradável a Deus
O ardoroso São Paulo é o apóstolo por excelência do Santo Nome de Jesus. Diz ele que este é “o nome acima de todos os nomes”, e louva seu poder com estas palavras: “Ao nome de Jesus dobrem-se todos os joelhos nos céus, na terra e nos infernos” (Fil 2,10).
São Bernardo era tomado de inefável alegria e consolação ao repetir o nome de Jesus. Ele sentia como se tivesse mel em sua boca, e uma deliciosa paz em seu coração. São Francisco de Sales não hesita em dizer que quem tem o costume de repetir com freqüência o nome de Jesus, pode estar certo de obter a graça de uma morte santa e feliz. Outro imenso favor!

 Mas este grande dom não nos pede alguma retribuição?
Sim. Além de muita confiança e gratidão, o desejo sincero de viver em inteira consonância com as infinitas belezas contidas no santíssimo Nome de Jesus. E também – a exemplo do venerável bispo português Dom André Dias – o empenho em divulgá-lo aos quatro ventos. Digna de honra e louvor é a mãe verdadeiramente católica, que ensina seus filhos a pronunciar os doces nomes de Jesus e de Maria mesmo antes de dizer mamãe e papai, bem como a pautar sua vida pela desses dois modelos divinos.

Muitos habitantes de Jerusalém assistiram à cena tão bem narrada nos Atos dos Apóstolos, que o leitor tem a impressão de estar também presente.  Pedro e João subiam ao Templo para rezar. Um coxo de nascença, postado na Porta Formosa, lhes pediu esmola.
Olha para nós! – disse-lhe o Príncipe dos Apóstolos. – O pobre fitou-os com atenção, perguntando- se quanto iria receber.  – Não tenho prata nem ouro, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda. – Dando um salto, o aleijado pôs-se de pé e entrou com eles no Templo, saltando e louvando a Deus. E de tal forma agarrou-se aos dois Apóstolos que em torno destes juntou-se uma multidão estupefata. Ao ver isso, Pedro assim falou:
Varões israelitas, por que olhais para nós, como se por nosso poder tivéssemos feito andar este homem? O Deus de nossos pais glorificou seu filho Jesus. Mediante a fé em seu nome é que esse mesmo nome deu a cura perfeita a este homem que vós vedes e conheceis.

Não há outro nome pelo qual sejamos salvos
Continuou São Pedro seu discurso, exortando os ouvintes à conversão, até ser interrompido por alguns sacerdotes e saduceus, acompanhados do chefe da guarda do Templo, o qual prendeu os dois homens de Deus. No dia seguinte, foram eles conduzidos à presença do Sumo Sacerdote e seu Conselho.  – Com que poder e em nome de quem fizestes isso? – perguntaram-lhe. A resposta veio serena, mas firme:
– Príncipes do povo e anciãos, ouvi- me! Já que somos aqui interrogados sobre a cura de um homem enfermo, seja notório a todo o povo de Israel que é em nome de Jesus Cristo Nazareno, é por ele que este homem está são diante de vós. Não há salvação em nenhum outro, porque não há sob o céu nenhum outro nome pelo qual devamos ser salvos.

Por que proibir?
A firmeza do Primeiro Papa deixou desconcertados os inimigos de Jesus. Fazendo-os sair da sala do Conselho, deliberaram entre si:
“Que faremos destes homens? Porquanto o milagre por eles feito se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, e não o podemos negar. Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos que no futuro falem a alguém nesse nome” (At 4, 16-17).


Chamaram, então, de volta os dois discípulos do Senhor e os intimaram terminantemente a nunca mais falar ou ensinar em nome de Jesus. Ordem à qual, aliás, Pedro e João declararam de forma categórica que não obedeceriam, pois deviam obediência a Deus antes de tudo. Qual o motivo de tão injustificada proibição?

Na perspectiva dos inimigos de Deus e de sua Igreja, não é difícil entender a razão: muitos dos que ouviram aquela pregação de São Pedro creram, e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil” (At 4, 4). Compreende-se, assim, a sanha do Sinédrio, pois percebia bem que, nessa proporção, em pouco tempo a Igreja se expandiria por todo o mundo.

Pregar o Evangelho é proclamar o nome de Jesus
Como poderia a Santa Igreja deixar de orar, pregar, batizar e curar em nome de Jesus?
Desde os primeiros dias do Cristianismo, pregar o Evangelho é proclamar esse nome glorioso entre todos. É pelo seu poder divino que se operam os milagres: “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas (…) imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16, 17-18).

O nome do Redentor não podia deixar de ocupar um lugar proeminente na vida da Igreja, uma vez que Ele próprio afirmou: “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei” (Jo 14, 13). E no ato do Batismo, pelo qual nasce o cristão, é “em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus” que a alma é lavada, santificada e justificada (Cf. 1Co 6, 11).

Tudo isso tem uma valiosa aplicação em nossa vida de católicos: a invocação do Santíssimo Nome de Jesus é uma fonte inesgotável de graças para a santificação pessoal e as obras de evangelização.  

(Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2005, n. 37, p. 22-25)


sábado, 13 de maio de 2023

Santo do Dia - 13 de maio

Santa Maria Domingas Mazzarello, fundadora das Filhas de Maria Auxiliadora

Dia 13 de maio é conhecidíssimo na Igreja como o dia de Nossa Senhora de Fátima, a quem pedimos a graça de fazermos penitência e nos convertermos. 
Também, nesse dia, a Família Salesiana celebra a fundadora das Filhas de Maria Auxiliadora.

 Maria Domingas Mazzarello nasceu em 9 de maio de 1837, em Mornese, Itália. Filha de camponeses, era a primogênita de dez filhos e aprendera a trabalhar duro, ajudando a mãe, Maria, nos trabalhos de casa e o pai, José, nos vinhedos, até que a irmã Felicina pôde substituí-la em casa.

Os pais eram cristãos fervorosos, muito preocupados com a educação dos filhos, e se dedicaram especialmente à primogênita. Para isso contaram com a ajuda de padre Domingos Pestarino, que teve forte influência na formação espiritual de Maria Domingas.

No dia 9 de dezembro de 1855, nasceu em Mornese a Pia Sociedade das Filhas da Imaculada, composta por moças escolhidas a dedo por dom Pestarino. Maria Domingas, então com dezoito anos, era uma delas. Esse grupo se distinguiu pela dedicação às meninas mais desprotegidas, pela preocupação com a catequese e com o acompanhamento às mães cristãs. Entre elas, Maria Domingas sobressaía, pela alegria e pela liderança que exercia.

Em 1857, durante uma epidemia de tifo, Maria Domingas foi cuidar de parentes que haviam contraído a moléstia. Mas o esforço a debilitou e ela também ficou doente. Com muito custo conseguiu se recuperar, mas a antiga energia nunca mais voltou. Assim, impossibilitada de trabalhar nos campos, convidou Petronila, sua grande amiga e Filha da Imaculada,  para frequentarem aulas de corte e costura com o alfaiate do lugar, para aprenderem a profissão.

Quando estavam aptas, abriram uma salinha de costura no povoado, para ensinar às meninas do povo não apenas a costurar, mas a amar muito Jesus e Nossa Senhora e viver sempre na presença deles: "Cada ponto da agulha seja um ato de amor a Deus".

Dessa salinha de costura nasceu o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. O número de meninas aumentava e algumas, não tendo para onde ir, permaneciam ali. Vendo o trabalho que faziam, outras moças quiseram juntar-se a elas e, logo, constituíram um grupo de moças, unidas por um mesmo ideal, fortalecidas por uma mesma espiritualidade, vivendo vida comum.

Quando dom João Bosco, hoje santo, as conheceu, no início de outubro de 1864, percebeu que ali estava a resposta de Deus ao seu desejo de fazer pelas meninas o mesmo que ele já vinha fazendo pelos meninos. E assim, depois de longa preparação, em 1872 nasceu o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, as Irmãs Salesianas.

Maria Domingas foi logo eleita superiora e confirmada por dom Bosco. E sob sua direção o Instituto cresce e se expande pela Itália, pela Europa e chega até à América. Quando ela morre, aos quarenta e quatro anos de idade, em 13 de maio de 1881, suas irmãs já eram realidade na Igreja e em dois continentes. Hoje, sua congregação espalha-se por todo o mundo a serviço da juventude pobre e desamparada.

Maria Domingas Mazzarello foi canonizada pelo papa Pio XII em 1951 e sua veneração ocorre no festivo dia da celebração de Nossa Senhora de Fátima, data em que a fundadora foi ao encontro do Pai Eterno. 

A minha oração
Virgem Maria, a vida de Madre Mazzarello foi marcada com exemplos de uma espiritualidade simples, mas rica de interioridade, de uma profunda paixão pela salvação das jovens, um ardente espírito missionário aberto a horizontes ilimitados e cheia da alegria que vem de Deus. Rogue por nós, junto a Jesus, para que sigamos seus passos. Amém.”


Santa Maria Domingas Mazzarello, rogai por nós!


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

3 de janeiro - Santíssimo Nome de Jesus

É em nome do Divino Salvador que a Igreja reza, cura os enfermos, evangeliza os povos, expulsa os demônios, enfim, realiza sua obra  de salvação das almas

E seu nome será: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9, 5).

Sim, quanto é maravilhoso, rico e simbólico este nome que, segundo o Profeta Isaías, significa “Deus conosco”! Como o Arcanjo Gabriel deve  ter enlevado a Santíssima Virgem Maria – que ponderava todas as coisas em seu coração – com estas palavras no momento da Anunciação: “E Lhe porás o nome de Jesus”! (Lc 1,31).

Fecunda fonte de inspiração
Esta frase, que ficou indelevelmente gravada no Imaculado Coração de Maria, chega aos ouvidos dos fiéis de todos os tempos, no orbe terrestre inteiro, fecundando os bons afetos de todo homem batizado. Ao longo dos séculos, diversas almas monásticas e contemplativas foram inspiradas por ela a tal ponto que inúmeras composições de canto gregoriano versam sobre o suave nome do Filho de Deus.

Há uma misteriosa e insondável relação entre o nome de Jesus e o Verbo Encarnado, não sendo possível conceber outro que lhe seja mais apropriado. É o mais suave e santo dos nomes. Ele é um símbolo sacratíssimo do Filho de Deus, e sumamente eficaz para atrair sobre nós as graças e favores celestiais. O próprio Nosso Senhor prometeu: “Qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá” (Jo 14,13). Que magnífico convite para repeti-lo sem cessar e com ilimitada confiança!


Invoque este nome poderosíssimo!
A Santa Igreja, mãe próvida e solícita, concede indulgências a quem invocá-lo com reverência, inclusive põe à disposição de seus filhos a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com frequência.  No século XIII, o Papa Gregório X exortou os bispos do mundo e seus sacerdotes a pronunciar muitas vezes o nome de Jesus e incentivar o povo a colocar toda sua confiança neste nome todo poderoso, como um remédio contra os males que ameaçavam a sociedade de então. O Papa confiou particularmente aos dominicanos a tarefa de pregar as maravilhas do Santo Nome, obra que eles realizaram com zelo, obtendo grandes sucessos e vitórias para a Santa Igreja.

Um vigoroso exemplo da eficácia do Santo Nome de Jesus verificou-se por ocasião de uma epidemia devastadora surgida em Lisboa em 1432. Todos os que podiam, fugiam aterrorizados da cidade, levando assim a doença para todos os recantos de Portugal. Milhares de pessoas morreram. Entre os heróicos membros do clero que davam assistência aos agonizantes estava um venerável bispo dominicano, Dom André Dias, o qual incentivava a população a invocar o Santo Nome de Jesus.

Ele percorria incansavelmente o país, recomendando a todos, inclusive aos que ainda não tinham sido atingidos pela terrível enfermidade, a repetir: Jesus, Jesus! “Escrevam este nome em cartões, mantenham esses cartões sobre seus corpos; coloquem-nos, à noite, sob o travesseiro; pendurem-nos em suas portas; mas, acima de tudo, constantemente invoquem com seus lábios e em seus corações este nome poderosíssimo”.

Maravilha! Em um prazo incrivelmente curto o país inteiro foi libertado da epidemia, e as pessoas agradecidas continuaram a confiar com amor no Santo Nome de nosso Salvador. De Portugal, essa confiança espalhou-se para a Espanha, França e o resto do mundo.

Uma retribuição agradável a Deus
O ardoroso São Paulo é o apóstolo por excelência do Santo Nome de Jesus. Diz ele que este é “o nome acima de todos os nomes”, e louva seu poder com estas palavras: “Ao nome de Jesus dobrem-se todos os joelhos nos céus, na terra e nos infernos” (Fil 2,10).
São Bernardo era tomado de inefável alegria e consolação ao repetir o nome de Jesus. Ele sentia como se tivesse mel em sua boca, e uma deliciosa paz em seu coração. São Francisco de Sales não hesita em dizer que quem tem o costume de repetir com freqüência o nome de Jesus, pode estar certo de obter a graça de uma morte santa e feliz. Outro imenso favor!

 Mas este grande dom não nos pede alguma retribuição?
Sim. Além de muita confiança e gratidão, o desejo sincero de viver em inteira consonância com as infinitas belezas contidas no santíssimo Nome de Jesus. E também – a exemplo do venerável bispo português Dom André Dias – o empenho em divulgá-lo aos quatro ventos. Digna de honra e louvor é a mãe verdadeiramente católica, que ensina seus filhos a pronunciar os doces nomes de Jesus e de Maria mesmo antes de dizer mamãe e papai, bem como a pautar sua vida pela desses dois modelos divinos.

Muitos habitantes de Jerusalém assistiram à cena tão bem narrada nos Atos dos Apóstolos, que o leitor tem a impressão de estar também presente.  Pedro e João subiam ao Templo para rezar. Um coxo de nascença, postado na Porta Formosa, lhes pediu esmola.
Olha para nós! – disse-lhe o Príncipe dos Apóstolos. – O pobre fitou-os com atenção, perguntando- se quanto iria receber.  – Não tenho prata nem ouro, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda. – Dando um salto, o aleijado pôs-se de pé e entrou com eles no Templo, saltando e louvando a Deus. E de tal forma agarrou-se aos dois Apóstolos que em torno destes juntou-se uma multidão estupefata. Ao ver isso, Pedro assim falou:
Varões israelitas, por que olhais para nós, como se por nosso poder tivéssemos feito andar este homem? O Deus de nossos pais glorificou seu filho Jesus. Mediante a fé em seu nome é que esse mesmo nome deu a cura perfeita a este homem que vós vedes e conheceis.

Não há outro nome pelo qual sejamos salvos
Continuou São Pedro seu discurso, exortando os ouvintes à conversão, até ser interrompido por alguns sacerdotes e saduceus, acompanhados do chefe da guarda do Templo, o qual prendeu os dois homens de Deus. No dia seguinte, foram eles conduzidos à presença do Sumo Sacerdote e seu Conselho.  – Com que poder e em nome de quem fizestes isso? – perguntaram-lhe. A resposta veio serena, mas firme:
– Príncipes do povo e anciãos, ouvi- me! Já que somos aqui interrogados sobre a cura de um homem enfermo, seja notório a todo o povo de Israel que é em nome de Jesus Cristo Nazareno, é por ele que este homem está são diante de vós. Não há salvação em nenhum outro, porque não há sob o céu nenhum outro nome pelo qual devamos ser salvos.

Por que proibir?
A firmeza do Primeiro Papa deixou desconcertados os inimigos de Jesus. Fazendo-os sair da sala do Conselho, deliberaram entre si:
“Que faremos destes homens? Porquanto o milagre por eles feito se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, e não o podemos negar. Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos que no futuro falem a alguém nesse nome” (At 4, 16-17).


Chamaram, então, de volta os dois discípulos do Senhor e os intimaram terminantemente a nunca mais falar ou ensinar em nome de Jesus. Ordem à qual, aliás, Pedro e João declararam de forma categórica que não obedeceriam, pois deviam obediência a Deus antes de tudo. Qual o motivo de tão injustificada proibição?

Na perspectiva dos inimigos de Deus e de sua Igreja, não é difícil entender a razão: muitos dos que ouviram aquela pregação de São Pedro creram, e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil” (At 4, 4). Compreende-se, assim, a sanha do Sinédrio, pois percebia bem que, nessa proporção, em pouco tempo a Igreja se expandiria por todo o mundo.

Pregar o Evangelho é proclamar o nome de Jesus
Como poderia a Santa Igreja deixar de orar, pregar, batizar e curar em nome de Jesus?
Desde os primeiros dias do Cristianismo, pregar o Evangelho é proclamar esse nome glorioso entre todos. É pelo seu poder divino que se operam os milagres: “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas (…) imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16, 17-18).

O nome do Redentor não podia deixar de ocupar um lugar proeminente na vida da Igreja, uma vez que Ele próprio afirmou: “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei” (Jo 14, 13). E no ato do Batismo, pelo qual nasce o cristão, é “em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus” que a alma é lavada, santificada e justificada (Cf. 1Co 6, 11).

Tudo isso tem uma valiosa aplicação em nossa vida de católicos: a invocação do Santíssimo Nome de Jesus é uma fonte inesgotável de graças para a santificação pessoal e as obras de evangelização.  

(Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2005, n. 37, p. 22-25)