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quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Crucifixo de São Damião

O Crucifixo de São Damião: Um ícone bizantino do século XII

Foi este Crucifixo que Francisco ouviu dizer, na pequena e abandonada igreja de São Damião:

- “Francisco, vai e reconstrói minha Igreja".

Um artista italiano desconhecido o pintou no século XII num pano colado sobre uma madeira de nogueira.

Ele possui 1,90m de altura, 1,20m de largura e 12cm de espessura.

Este é o Crucifixo e o Cristo glorioso que Santa Clara contemplará durante toda a sua vida, durante todo o tempo em que permaneceu no Mosteiro de São Damião (1212 - 1253). Por isso, falará tantas vezes no “Rei da glória”.

Em 1259, após a morte de Santa Clara, quando as primeira clarissas deixaram a igreja de São Damião e passaram a morar na igreja de São Jorge (atual Basílica de Santa Clara), para ficarem junto do corpo de sua Fundadora, levaram consigo este Crucifixo que ficava sobre o altar.

Abaixo vamos analisar cada pedaço que compõe o Crucifixo de São Damião, ressaltando os seus elementos mais significativos:

A figura central do ícone é o Cristo, não só por seu tamanho, mas também por ser o Cristo a figura luminosa que domina a cena e transmite luz para as demais figuras.

Os olhos de Jesus estão abertos: Ele olhapara o mundo que salvou. Ele vive e é eterno.

A veste de Jesus é um simples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote como de Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes. Atrás dos braços esticados do Cristo está seu túmulo vazio, representado pelo retângulo preto.
Existem 33 figuras no Ícone:

2 imagens de Cristo
1 mão do Pai
5 figuras maiores
2 figuras menores
14 anjos
2 pessoas nas mãos de Jesus
1 menino pequeno
6 pessoas ao fundo da Cruz
1 galo.

33 cabeças em torno da cruz, dentro das conchas, e sete ao redor da auréola.

Na parte de cima da Cruz A ascensão é retratada no círculo vermelho: Cristo está saindo dele segurando uma cruz dourada, que agora é Seu símbolo de realeza.

As vestimentas são douradas, símbolo de majestade e vitória.

A estola vermelha é um sinal de sua autoridade e dignidade supremas exercidas no amor .

Anjos lhe dão boas-vindas no Reino dos Céus.

IHS são as três primeiras letras do nome de Jesus em grego. NAZARÉ é o Nazareno.

É o Cristo na glória!!!

De dentro do semicírculo, na extremidade mais alta da cruz, está Deus Pai, se revela numa benção. Esta benção é dada pela mão direita de Deus, com o dedo estendido.

Em torno da cruz há ornamentos caligráficos que podem significar a videira mística, “Eu sou a videira, vós os ramos…” (Jo 15, 5). Na base da cruz há algo que parece ser uma pedra - o símbolo da Igreja. As conchas do mar são símbolos de eternidade, que nos é revelado.

Do lado esquerdo da Cruz como no evangelho de São João, Maria e João são colocados lado a lado junto à Cruz O manto de Maria é branco, significando vitória (Ap 3,5), purificação (Ap 7,14) e boas obras (Ap 19,8). As pedras preciosas no manto dizem respeito às graças do Espírito Santo.

O vermelho escuro usado indica intenso amor, enquanto a veste interna na cor purpúrea lembra a Arca da Aliança (Ex 26, 1-4).

A mão esquerdade Maria está no rosto, retratando a aceitação do amor de João, e sua mão direita aponta para João, enquanto seus olhos proclamam a aceitação das palavras de Cristo: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19, 26).

O sangue goteja em João neste momento. O manto de João é cor de rosa que indica sabedoria eterna, enquanto sua túnica é branca - pureza. Sua posição é entre Jesus e Maria, o discípulo amado por ambos. Ele está olhando para Maria, aceitando as palavras de Jesus: “Eis aí tua mãe” (Jo19, 27).

Do lado direito da Cruz Maria Madalena, que era considerada por Jesus de uma forma muito especial, está junto à cruz. Sua mão está no queixo, indicando um segredo “Ele ressuscitou”.
Sua veste tem cor escarlate, que simboliza amor, e seu manto azul intensifica este símboloMaria de Cléofas usa veste cor castanha, símbolo de humildade, e seu manto verde claro (esperança). Sua admiração por Jesus é demonstrada no gesto de suas mãos.

O centurião segura, na mão esquerda, um pedaço de madeira representado sua participação na construção da sinagoga (Lc 7, 1-10). A criança ao lado é o seu filho curado por Jesus. As três cabeças atrás do menino mostram: “e creu tanto ele, comotoda a sua casa” (Jo 19, 28-30). Tem três dedos estendidos, símbolo da Trindade, e os outros dois fechados, simbolizando o mistério das duas naturezas de Jesus Cristo (divina e humana). “Este homem era verdadeiramente o filho de Deus” (Mc 15, 39).

Em tamanho bem menor encontra-se Longinus, soldado romano que feriu o lado de Jesus com uma lança, e Estefânio, que a tradição diz ofereceu a Jesus uma esponja encharcada com vinagre após Ele ter dito “tenho sede” (Jo 19, 28-30).

Na parte de baixo da Cruz Embaixo dos pés de Jesus existem seis santos desconhecidos que estudiosos afirmam ser Damião, Rufino, Miguel, João Batista, Pedro e Paulo, todos patronos de igrejas das vizinhanças de Assis

São Damião era o patrono da igreja que alojou a cruz e São Rufino o patrono de Assis.

Essa parte da pintura está muito danificada e não permite uma adequada identificação.

Há dois grupos de anjos - que animadamente discutem as cenas que se desenrolam diante deles.
“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16)

Como já foi mencionado, atrás de Cristo está o seu túmulo aberto. Cristo está vivo e venceu a morte

O vermelho do amor supera o negro da morte.

Os gestos de mão indicam fé, a fé dos santos desconhecidos. Seriam Pedro e João junto ao sepulcro vazio? (Jo 20,3-9). Existe um galo também pintado neste ícone. A sua inclusão recorda a negação de Pedro, que depois chorou amargamente.

O galo igualmente proclama novo despertar do Cristo ressuscitado. Ele que é a verdadeira Luz (1 Jo 2,8). O formato tradicional da cruz foi alterado para permitir ao artista a inclusão de todos aqueles que participaram da Paixão de Nosso SenhorJesus Cristo.

À direita da cruz está o ladrão bom, chamado tradicionalmente Dimas; à esquerda está o ladrão mau.

sábado, 11 de abril de 2009

Sábado Santo: Noite de Luz!

Eis a Luz de Cristo! Demos graças a Deus!
A Semana Santa é a Semana das Semanas! Neste tempo, vivemos a intensidade do Mistério Pascal, que é constituído pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É certo que a cada Domingo, Dia do Senhor, nós revivemos e celebramos este Mistéiro. E é certo também que em cada Santa Missa, celebramos vivamente o Mistério Pascal. Mas, todo o ano decorre desta Semana Santa. O Tríduo Pascal é uma Fonte da graça de Deus. Nesta Semana, o nosso coração é alimentado pela força do Amor de Deus.

O Sábado Santo é precedido pelo Domingo de Ramos, onde acompanhamos Jesus no Triunfo e na Paixão. Jesus é acolhido em Jerusalém como um Rei, com hinos, ramos nas mãos, roupas jogadas pelo chão, por onde Ele ia passando e com muita euforia. E na mesma liturgia é narrada a Paixão do Senhor. O Triunfo e a Paixão de Jesus nos faz pensar nos nossos altos e baixos ao longo da nossa vida. Em Jesus, encontramos sabedoria e discernimento para louvarmos a Deus nas conquistas e confiarmos Nele nas horas amargas!

O Sábado Santo, é chamado de Vigília Pascal. Na Igreja e na Liturgia Católica, antes de todas as grandes solenidades, tem uma Celebração de Véspera ou Vigília. A Vigília Pascal, antecede o Dia da Páscoa, o Domingo da Ressurreição de Jesus.

A Vigília Pascal faz parte também do Tríduo Pascal, onde vivemos com profundidade os passos de Jesus, rumo ao Calvário, ao Sepulcro e à Ressurreição. Este Tríduo começa com a Quinta-feira Santa, pela conhecida Missa do Lava pés, através da qual Jesus instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio, com uma recomendação: "fazei isto em minha memória" (Lc 22,19). A Eucaristia e o Sacerdócio nasceram do coração de Jesus, em torno de uma mesa, para que se fosse cumprida uma Promessa do Senhor: "Eis que estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28,20). Tanto pela Eucaristia, como pelo Sacerdócio, o Senhor continua no meio de nós!

Na Sexta-feira Santa, até a natureza se silencia. O Cordeiro é imolado. Jesus, morre na Cruz, rezando: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23,46)! E aí Jesus entrega toda a Sua história e missão. Jesus entrega a Igreja e toda a humanidade. Jesus nos entrega ao Pai! Com esta entrega, Jesus, coloca em prática o Seu ensinamento: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos" (Jo 15,13).

Diante da Vigília Pascal, é como se a Igreja e cada fiel estivesse escalando uma alta montanha. A cada dia, mais um passo e mais próximo do ápice! A cada celebração do Tríduo Pascal, mais perto do cume, do lugar mais alto. Depois, desta caminhada, com o coração aberto e os olhos bem atentos no Senhor, chegamos à grande noite do Sábado Santo, da Vigília Pascal.

O Sábado Santo, é celebrado ao escurecer do dia, à noite. Até as luzes da Igreja, são apagadas. Todo o povo se reúne na escuridão. Esta Liturgia é muito rica nos sinais, nos gestos e símbolos. É na Vigília Pascal que acontece a bênção do fogo. O Círio Pascal, uma vela bem grande, é aceso no fogo novo, trazendo o ano que estamos vivendo e duas letras do alfabeto grego, ou seja, o Alfa e o Ômega. Pois, representa Jesus, nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e de todos; Senhor do Tempo e da História!

A Vigília Pascal tem quatro partes fundamentais: Liturgia da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia. É comum crianças e adultos serem batizados nesta celebração, onde todos renovam a sua fé e a sua confiança no Deus Altíssimo. A Palavra de Deus recorda toda caminhada do Povo de Israel, aguardando o Messias, e apresenta Jesus como o verdadeiro Messias, Salvador. O Povo de Deus, pede a intecessão dos Santos para que continue perseverante no seguimento de Jesus, que trouxe ao mundo uma Boa Notícia e se alimenta da Eucaristia, Remédio Santo, que cura as enfermidades do corpo e da alma.

A Vigília Pascal é uma celebração solene e com uma catequese muito profunda. Quando participamos cheios de atenção e desejo de nos encontrarmos com o Senhor, ficamos maravilhados com a beleza e o esplendor em torno de Jesus, nossa Luz. A Vigília Pascal transforma a noite mais clara que o dia e nos impulsiona a irmos ao encontro do Senhor Ressuscitado, para vê-Lo e acreditar na vitória da Vida sobre a morte. A Ressurreição de Jesus, torna o Sábado Santo, numa Noite de Luz!

Por: Padre Silvio Andrei