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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Santo do dia - 3 de fevereiro

São Brás
 A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão.

O prodígio atribuído a ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido.

Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste, isto no século três. Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda foram torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.

Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, a fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.

O corpo do santo mártir ficou guardado na sua catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foram embarcadas por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma.

Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e ali os fiéis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás.

Mais recentemente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros. Como dissemos, do Oriente ao Ocidente, todo mundo cristão se curva à devoção de São Brás nomeando ainda hoje cidades e locais, para render-lhes homenagem e veneração.


São Brás
Bênção Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livra-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


São Brás, rogai por nós!


Santo Oscar (Anscário)
 Oscar, desde pequeno conviveu com os monges beneditinos da cidade de Corbiè, onde nasceu em 800, na França. Na infância, estudou no colégio do mosteiro, onde regressou, mais tarde, para se tornar um monge e professor interno. Aos vinte e três anos, foi exercer esta função na Saxônia. Nesta região era conhecido como Anscário.

Começou a se destacar quando o novo rei da Dinamarca, em 826, o convidou a instalar uma missão evangelizadora, para conversão dos seus súditos, quase todos pagãos. Ele aproveitou bem esta oportunidade, obtendo sucesso no início. Mas, o rei, um ano depois, foi deposto e exilado. Oscar o seguiu e abandonou a Dinamarca.

Em 829, foi enviado como missionário para a Suécia, junto com o monge Vitimaro. Nesta corte, Oscar converteu e batizou o rei, que os autorizou pregar livremente o Evangelho aos raros cristãos do lugar. Após um ano e meio de trabalho os resultados pareciam mostrar boas bases. Por isto, o papa Gregório IV, o designou como seu delegado na Alemanha, onde o imperador Ludovico, o Pio, que era filho e sucessor de Carlos Magno, desejava criar na diocese de Hamburgo uma nova estrutura eclesiástica.

Oscar aceitou a excelente chance de ampliar as fronteiras da evangelização e em 831, foi consagrado o arcebispo de Hamburgo. Assim, pode dar maior estabilidade à missão na Suécia, consagrando seu companheiro, monge Vitimaro, o bispo daquela diocese. Contudo, sem deixar de acompanhar a evolução da atividade missionária na Dinamarca.

Em 840, com a morte de Ludovico, o Pio, a aliança do império franco-alemão ficou enfraquecida e as invasões dos bárbaros normandos começaram a devastar toda a Europa setentrional. Esta reviravolta política, desintegrou toda a estrutura organizada por Oscar, começando pela Dinamarca, depois Suécia e finalmente Hamburgo, em 845. Nesta ocasião, Oscar teve tempo apenas de salvar as relíquias da sua igreja.

Mas ele não renunciou. Depois de alguns anos no mosteiro alemão de Brema, Oscar decidiu recomeçar a partir da Suécia, para onde ele voltou, até porque não havia mais ninguém para enviar. O então rei Olavo autorizou a evangelização cristã, que ele organizou sozinho, primeiro formando bons missionários, depois indicando a região onde iriam atuar. Assim, Oscar vivia em constante peregrinação, fortalecendo com sua presença as novas bases iniciadas, inclusive na Dinamarca, agora com relações estáveis com a Alemanha.

Oscar sempre soube que sua obra missionária estaria sujeita aos interesses destes reis do Norte, minados pelas inúmeras alianças políticas e religiosas e por vários fatores externos, mas nunca desistiu. Nos seus últimos anos, sentiu que as raízes para um cristianismo profundo no Norte estavam nascendo, embora semeadas em meio aos temporais, como resultado de sua obstinada esperança e fé inabalável.

Morreu no dia 3 de fevereiro de 865 no mosteiro de Brema, Alemanha. A Igreja, por justa razão, o proclamou "apóstolo dos povos escandinavos" e o venera nesse dia como Santo.

Santo Oscar, rogai por nós! 
 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Primeira benção do novo Papa Francisco - íntegra

O argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito nesta quarta-feira após cinco reuniões no conclave

O cardeal Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, agora Papa Francisco, acena para a multidão na Praça São Pedro DYLAN MARTINEZ / REUTERS


“Queridos irmãos e irmãs, boa noite.
Vocês todos sabem que o dever do Conclave era apontar um bispo de Roma. Me parece que meus irmãos cardeais foram quase até o fim do mundo para consegui-lo... mas aqui estamos. Eu agradeço pela acolhida da comunidade diocesana de Roma.
Primeiro, eu diria uma prece ao nosso bispo emérito Bento 16. Oremos todos juntos por ele, que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o proteja.
(Oração do Pai-Nosso)

E agora, comecemos esta jornada, o bispo e o povo, esta jornada da Igreja de Roma, que preside, em caridade, todas as outras igrejas, uma jornada de fraternidade em amor, de confiança mútua. Oremos sempre uns pelos outros. Oremos pelo mundo todo para que possa haver um senso maior de fraternidade. Minha esperança é que esta jornada da Igreja, que iniciamos hoje, com a ajuda do meu cardeal vigário, seja frutífera para a evangelização desta bela cidade.

E agora eu gostaria de dar a bênção, mas primeiro quero pedir um favor. Antes que o bispo abençoe o povo eu peço que vocês orem para que o Senhor me abençoe – a prece do povo por seu bispo. Façamos esta prece – sua prece por mim – em silêncio.
Darei agora minha bênção a vocês e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.

Irmãos e irmãs, agora os deixarei. Obrigado por suas boas-vindas. Orem por mim e estarei com vocês de novo em breve. Nos veremos em breve.
Amanhã, quero ir rezar para a Madonna, para que ela proteja Roma.

Boa noite e bom descanso!”.

Após dois dias e cinco reuniões, uma mais que na eleição de Bento XVI, os 115 cardeais eleitores escolheram o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, para assumir o Trono de Pedro. A escolha surpreendeu os analistas, já que o cardeal de Buenos Aires não constava em nenhuma das listas de papáveis. Ele é o primeiro Papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ser Pontífice. O novo Papa adotou o nome de Francisco.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

São Brás - Benção da garganta



Bênção 

Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livra-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

1º de junho - Santo do dia

São Justino

Nasceu na Palestina em uma família que não conheceu Jesus. Justino buscou com aquilo que ele tinha, a verdade. Ele tinha essa sede e providencialmente pôs em sua vida um ancião que se aproximou dele para falar sobre a filosofia. E ele apresentou o 'algo mais' que faltava a Justino. Falou dos profetas, da fé, da verdade, do mistério de Deus e apresentou Jesus Cristo.

Justino se tornou um grande filósofo cristão, sacerdote, um homem que buscou corresponder diariamente a sua fé. E depois dos padres apostólicos, ele foi intitulado como o primeiro santo, padre.

A Sagrada Tradição foi muito testemunhada nos escritos deste santo.
Por inveja e por não aceitar a verdade, um filosofo denunciou São Justino, que foi julgado injustamente, flagelado e por não renunciar a Jesus Cristo, foi decapitado. Isso no ano de 167.

Com fé e razão nós mergulhamos nosso ser no coração de Jesus, modelo e fonte de toda graça, bênção e santidade.

São Justino, rogai por nós!

sábado, 20 de março de 2010

A igreja enfrenta seus demônios - Parte 2

O autor de “The Rite” levantou até números sobre a atividade dos exorcistas no continente americano para confirmar a tese de como o ritual está relegado. Segundo Baglio, deveria haver pelo menos 200 exorcistas ativos nas Américas do Norte, Central e do Sul. Mas em 2009 esse número não passava de 15. “Sei que mais de 95% dos supostos casos de possessão que chegam aos padres acabam diagnosticados como desvio psiquiátrico. Mas e o resto, como fica?”, questiona.TRADIÇÃO
Bento XVI é fiel ao catolicismo medieval, com demônio, pecado e fidelidade à liturgia

O americano acompanhou 18 exorcismos genuínos na Itália e é taxativo ao afirmar que, em alguns casos, a única solução é o ritual católico. “São pessoas que sofrem demais, ninguém sabe por que, e buscam atenção religiosa”, diz. Segundo o jornalista, boa parte dos rituais dura entre 30 minutos e 40 minutos, para não esgotar o possuído. Mas houve casos testemunhados por ele que renderam três horas de luta com o diabo. “É física e mentalmente exaustivo para todos os envolvidos”, admite.Padre Gabriele Amorth, ponta de lança do movimento que defende a existência concreta do diabo e a importância do retorno dos exorcismos, já está aposentado da prática dos rituais. O único exorcista oficial em atividade na Diocese de Roma atualmente é o sacerdote italiano Gabriele Nanni, que reforça a tese de seu antecessor. “Ele está bem velhinho, mas suas palavras são valiosíssimas, dada a riqueza das experiências que teve com o diabo nas décadas em que serviu como exorcista oficial do Vaticano”, afirma. Nanni, por sua vez, se tornou exorcista oficial da Diocese de Roma em 2000 e, de cara, acumulou a função de professor da Pontifícia Universidade Regina Apostolorum. Entre 2000 e 2005 fez uma média de dois exorcismos por semana – ao menos 520, todos com reconhecimento oficial. Hoje, divide seu tempo entre as aulas na universidade e os cursos que ministra no exterior. Desde 2006, por exemplo, visita a Cidade do México pelo menos uma vez por ano para treinar sacerdotes locais no ritual. Mas isso não os exime da necessidade da autorização do bispo para execução de um exorcismo. “A demanda está aumentando e a Igreja precisa se organizar para capacitar seus padres e fiscalizar melhor quem faz o rito sem autorização”, alerta. A parte que cabe a ele tem sido feita. Nanni visitou vários países a convite das dioceses locais para ministrar o curso. A Igreja Católica perdeu outro célebre exorcista oficial, o arcebispo de Lusaka Emmanuel Milingo, excomungado depois de casar com uma coreana.

Ainda vai demorar para que a legião de expulsores do mal almejada pela Santa Sé se forme. Alguns especialistas atribuem essa carência à debandada de fiéis para algumas igrejas evangélicas, que enxotam demônios por atacado. Enquanto isso, o católico convicto se vira como pode. Se os exorcistas treinados por vaticanistas e aprovados por bispos não vêm, alguns sacerdotes católicos têm atendido aos pedidos dos numerosos fiéis que imploram pelo alívio de uma despossessão. Padre Nelson Rabelo, 89 anos, é um deles. Há 22 anos ele administra a Igreja Sant’Ana, uma bela construção do século XVIII encravada no centro do Rio de Janeiro. Lá, depois da missa das 8h30 das sextas-feiras e sábados, faz orações de cura e libertação. “Vez ou outra há pessoas que gritam, se retorcem, choram e desmaiam”, explica (leia quadro com os sinais de possessão na página 90). Essas são levadas a uma sala onde a manifestação recebe tratamento. Para confirmar se é um caso de possessão, o sacerdote faz várias perguntas. Questiona quantos demônios estão no corpo, indaga seus nomes, a que vieram e que tipo de mal esperam fazer. Algumas vezes, ouve ameaças. “A pessoa fica fora de si. Não é ela quem fala, mas o diabo”, explica. À medida que o exorcismo se desenrola, os malignos vão saindo aos poucos, um por um. “Uma vez encontrei Lúcifer numa menina de 15 anos. Ele se apresentou e disse que de nada adiantaria a minha ação. Mas, no fim, teve que sair”, conta, com ar vitorioso. Segundo os especialistas, a maioria dos possuídos pelo diabo é formada por púberes do sexo feminino, personalidades muito suscetíveis.

Tocadas pelo trabalho do sacerdote do Rio, duas devotas, a advogada Ana Claudia Cavalcante e Zulmira Maria de Rezende, escreveram o livro “Padre Nelson, o Enviado de Deus” (Editora UniverCidade). “Ele trata todas as pessoas igualmente sem receber um centavo”, diz Ana Claudia. A advogada conta que nos exorcismos conduzidos pelo padre, e presenciados por ela, as pessoas possessas reviravam os olhos, arqueavam as mãos e se arrastavam pelo chão. “Mas não ouvi mudança de tom de voz, como normalmente se vê nos filmes.” Uma vez, o próprio demônio denunciou o objeto da casa que havia contaminado para impedir a cura da vítima: o colchão. De outra feita, a mulher possuída foi ao banheiro e se autoflagelou, ficando completamente ensanguentada. Houve também o episódio em que um jovem ficou nervoso ao receber a bênção de padre Nelson e passou a espancar todos à sua volta. Foi exorcizado e hoje frequenta as sessões de oração.


Apesar de reconhecer a boa vontade de trabalhos como o de padre Nelson, a Igreja oficialmente não os aprova. “Quem exorciza sem autorização do bispo já começa errado”, sentencia dom Hugo Cavalcante, presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas e porta-voz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele explica que o diabo é aquele que semeia, entre outras coisas, a desobediência. E não há desobediência maior, no rito do exorcismo, do que fazê-lo sem autorização superior. “O exorcista deve ser um homem virtuoso e extremamente culto, senão o diabo, que é muito esperto, pode enganá-lo”, explica Cavalcante. A opinião é compartilhada pelo teólogo Fernando Altemeyer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Tem que ter malandragem para lidar com o demônio”, afirma. Hoje, a Igreja não habilita aspirantes a exorcistas com menos de 35 anos, doutorado em teologia e conhecimento impecável da “Bíblia” (leia quadro na página 90). São exigências criadas para evitar não só diagnósticos de possessão errados, mas também rituais de exorcismo incompletos. “Tem demônio que finge que saiu do corpo para depois voltar com ainda mais força”, alerta Altemeyer.

Mas como reconhecer Satanás? A cultura popular costuma descrevê-lo como um ser animalesco, feio, com rabo e chifres, cheirando a enxofre e com a pele avermelhada. Para os estudiosos, essa representação surgiu no Oriente, berço da religião católica, onde o bode, que reúne as características físicas que hoje atribuímos ao diabo, tinha função expiatória. Naquela época, quando alguma suspeita de feitiço pairava sobre a comunidade, um bode era solto no deserto para vagar até a morte. Nada mais natural, portanto, que a cultura que criou esse ritual tenha atribuído características físicas semelhantes à do animal em questão ao demônio. “Mas ele é puro espírito e não existe de forma material”, afirma Cavalcante, da CNBB.

A origem do diabo não está na “Bíblia”, mas foi delineada através dos tempos por teóricos da fé. A história conta que, antes de criar o cosmo, Deus fez os anjos. Só então ele partiu para forjar o mundo material. Alguns anjos, porém, como puros espíritos, se opuseram à criação desse universo material, naturalmente imperfeito e aparentemente desnecessário para seres como eles, espirituais. Alheio às vontades dos anjos, Deus não só criou o cosmo como foi além e fez o homem à sua imagem e semelhança. Foi a gota d’água para a oposição se revoltar. A rebelião, sob a liderança do anjo Lúcifer, foi repreendida por Deus, que enviou os caídos ao inferno. De lá, porém, como demônios, eles passaram a influenciar os seres humanos. São milhões os malignos circulando pela terra, segundo a tradição católica. “Mas somos nós que deixamos as portas abertas para eles entrarem”, explica Altemeyer, da PUC-SP.

A relação homem e demônio é longa, segundo a tradição cristã. Desde os primeiros seres humanos a habitar a Terra. Agraciados com uma vida sem dor e preocupação no paraíso, Adão e Eva cederam às tentações da serpente – uma representação do diabo – e comeram o fruto da árvore proibida. Ambos acabaram expulsos do paraíso e marcaram o início da história humana. Outro marco importante na trajetória do demônio na terra é a chegada de Jesus Cristo. Ela crava a vitória divina e humana sobre o demônio, mas não o extingue. Mesmo subjugado e sem poder diante da força de Deus, ele ainda tem influência sobre o homem. Para quem se deixou levar pela tentação do demônio e se vê possuído por ele, criou-se o exorcismo. “Jesus e seus apóstolos, bem como todos os cristãos primitivos, foram exorcistas”, conta frei Elias Vella. “Era um sinal de fé”, diz.

Os exorcistas contemporâneos parecem trabalhar como no princípio do catolicismo – perseguidos, com muitas dificuldades e temerosos quanto ao futuro de seu ofício. “Meus colegas sacerdotes falam que não expulso demônio nenhum”, conta o padre paulista Cleodon Amaral de Lima, que pratica exorcismo há 25 anos sem investidura (leia boxe na página 92). Padre Nelson, do Rio de Janeiro, também conhece as dificuldades do exorcista contemporâneo. “Poucos bispos aceitam nosso trabalho”, diz o religioso, que foi expulso de duas dioceses em Minas Gerais antes de ser acolhido no Rio de Janeiro. “Quando eu parar com os rituais aqui na igreja, eles acabam.” Cabe ao Vaticano impedir que isso aconteça.

Colaborou Francisco Alves Filho