Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

Mostrando postagens com marcador futilidades. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador futilidades. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Santo do Dia - 22 de maio

Santa Catarina de Gênova

 No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.


Santa Catarina de Gênova, rogai por nós!

Santa Júlia
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão.

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou.

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais.

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade.

A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia.

Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem  renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a  ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio. 


Santa Júlia, rogai por nós!


Santa Rita de Cássia


Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente. 


Santa Rita de Cássia, rogai por nós!

 

 

sábado, 22 de maio de 2021

Santo do Dia - 22 de maio

Santa Catarina de Gênova

 No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.


Santa Catarina de Gênova, rogai por nós!

Santa Júlia
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão.

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou.

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais.

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade.

A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia.

Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem  renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a  ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio. 


Santa Júlia, rogai por nós!


Santa Rita de Cássia


Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente. 


Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
 

terça-feira, 22 de maio de 2018

Santo do dia - 22 de maio

Santa Catarina de Gênova
 No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.


Santa Catarina de Gênova, rogai por nós!
 

Santa Júlia
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão.

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou.

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais.

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade.

A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia.

Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio. 


Santa Júlia, rogai por nós!


Santa Rita de Cássia
Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente. 


Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
  

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Santo do dia - 22 de maio

Santa Catarina de Gênova
 No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.


Santa Catarina de Gênova, rogai por nós!
 

Santa Júlia
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão.

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou.

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais.

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade.

A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia.

Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio. 


Santa Júlia, rogai por nós!


Santa Rita de Cássia
Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente. 


Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
 

domingo, 22 de maio de 2016

Santo do dia - 22 de maio

Santa Catarina de Gênova
 No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.


Santa Catarina de Gênova, rogai por nós!
 

Santa Júlia
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão.

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou.

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais.

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade.

A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia.

Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os fiéis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio. 


Santa Júlia, rogai por nós!


Santa Rita de Cássia
Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente. 


Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

16 de novembro - Santo do dia

Santa Margarida da Escócia

Neste dia lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade. Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.

Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).

Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: "Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!"

Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.

Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

16 de novembro - Santo do dia

Santa Margarida da Escócia

Neste dia lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade. Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.

Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).

Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: "Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!"

Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.

Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!