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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A revista Placar e a desfaçatez anti-cristã

A repercussão da execrável capa da edição de outubro da Revista Placar que, para sair em defesa do jogador santista Neymar, o compara a Jesus Cristo –, já gerou bastantes frutos. Corre a internet, desde a semana, um abaixo-assinado em repúdio à capa escolhida pela editora Abril e pela revista Placar que já conta com quase dez mil assinaturas.

Prevendo que esse gesto de imenso mau gosto fosse gerar reações, o diretor da revista, Maurício Barros, deu declarações na semana passada que visavam a tirar qualquer traço culpa ou deliberação do ato da revista: “Acho que pode haver a comparação porque Jesus Cristo foi o crucificado mais famoso, mas a nossa analogia é com a execução, como a crucificação como elemento histórico de execução pública.”

Duas coisas curiosas que devemos levar em consideração nessa história são:
1)
A cruz não é, nem de longe, o único “elemento histórico de execução pública” passível de ser utilizado como analogia visual. Há dois outros que, por exemplo, poderiam ser muito bem utilizados pela revista: a guilhotina, método de execução pública preferido pelos revolucionários jacobinos durante a Revolução Francesa; e o enforcamento, certamente o método de execução pública mais utilizado na história humana, desde a Antiguidade até os dias de hoje. Ambos passariam exatamente a suposta mensagem que a revista quis passar, qual seja, a de condenação pública. No entanto, essa não é a intenção da revista, o que se demonstra abaixo.

2) Se o objetivo não era comparar Neymar a Jesus Cristo, por que então a revista realizou uma montagem com base numa famosíssima pintura de Cristo crucificado? A obra que serviu de base para a montagem é o quadro “Cristo Crucificado” (1632), do grande retratista barroco Diego Velázquez. Vejam abaixo (cliquem na imagem para ampliar); Reparem bem a comparação entre as duas imagens. Os detalhes são exatamente os mesmos: a forma do tecido que cobre o quadril de Jesus Cristo, sangue de seus pés, a posição dos dedos das mãos, até mesmo o lado aberto de Cristo, trespassado pela lança de um soldado romano. Diante dessa evidência claríssima, qualquer justificativa improvisada de dizer que não se queria comparar Neymar a Cristo só pode ser tomada como uma grande e deslavada mentira. O objetivo foi, sim, o de utilizar um símbolo religioso querido a milhões de brasileiros, sinal de Redenção e Salvação para todos aqueles que abraçam a fé cristã, e, assim, promover a revista através da mais baixa e rasteira polêmica.





Temos que continuar a expor esse desrespeito à cultura brasileira e à fé cristã assinando e divulgando a quem conhecemos o abaixo-assinado em repúdio a essa ofensa. Fazer isso não é apenas nosso direito de cidadãos, mas, para aqueles que são cristãos (como eu), é um dever imperioso: como nos apresentaremos diante de Deus e diremos que, até mesmo nas mínimas coisas, nos eximimos defender as verdades de fé legadas por Nosso Senhor?
 Mas não basta apenas assinar o abaixo-assinado: precisamos esclarecer as pessoas que conhecemos sobre essa baixeza vil e promover um grande boicote à revista Placar por essa ofensa despropositada a milhões de brasileiros


“Cristo Crucificado” (1632), do grande retratista barroco Diego Velázquez.
.

Neymar, o Messias

Recentemente, uma série de distúrbios seriíssimos estourou no Oriente Médio e cercanias em virtude de um filme caseiro que fazia troça de Maomé e dos muçulmanos. Aproximadamente uma centena de pessoas foram mortas nos protestos que rasgaram o mundo islâmico – inclusive o então embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens –, centenas de milhares de pessoas foram mobilizadas por clérigos islâmicos para mostrar a sua revolta de modo sangrento, e os velhos discursos contra o “Grande Satã” do Ocidente ecoaram novamente com força total. Curiosamente, a tradução e divulgação do filme no mundo islâmico foi promovida justamente por grupos radicais.

A celeuma estava pronta. Diversas lideranças mundiais condenaram tanto o filme (bobo e de muito mau gosto) quanto sua instrumentalização pelos líderes islâmicos, o diretor do filmeco teve o nome e o endereço divulgado pelas autoridades americanas, diversas ações judiciais correram o mundo, inclusive no Brasil, para proibir seu acesso, e, como só acontecer, a turma de plantão do pluralismo e tolerância rosnou junto com os radicais.

Essa, senhoras e senhores, é a capa da edição de outubro da revista Placar. Para qualquer pessoa com um mínimo de senso das coisas, essa capa parece desnecessariamente apelativa. Por quê? Ela nivela duas figuras essencial e completamente diferentes: endeusa alguém à custa da secularização de Alguém que, para 1/3 do gênero humano, é Deus feito homem. Comparar Neymar a Jesus Cristo, sobretudo da forma como isso foi feito, é, no mínimo, uma maneira bastante discutível de aumentar as vendas de uma revista – o que parece ser o único desejo da editora em questão. Para muitas pessoas, e eu me incluo nessa conta, essa capa não é apenas inadequada, mas despropositadamente ofensiva.

Decerto não veremos o Papa Bento XVI ou qualquer outro líder cristão de importância mundial conclamando uma guerra santa contra a revista, nem haverá aglomerações de pessoas em passeata atirando para o alto e atacando a polícia, muito menos matando qualquer pessoa, por conta dessa capa lamentável. Mas engana-se quem pensa que devemos ficar simplesmente passivos diante de algo aparentemente sem importância: é nosso direito – e, sobretudo àqueles que abraçam a fé cristã, um dever – manifestar nosso repúdio.

Acessem a página da revista Placar em que se encontra a notícia da capa e deixem seu comentário. Divulguem para outras pessoas e peçam que façam o mesmo. Não deixem isso passar em branco. E vamos esperar para ver se nossos amigos politicamente corretos dedicarão suas excelsas atenções a esse fato.