Santa Rosália
Rosália nasceu no ano de 1125, em Palermo, na Sicília, Itália. Era
filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos montes "da
Quisquínia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando
Rogério II. Portanto Rosália era muito rica e vivia numa Corte muito
importante da época. Durante a adolescência, foi ser dama da Corte da
rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava
sua companhia amável e generosa. Porém nada disso a atraía ou
estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida
monástica.
Aos quatorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez
a Corte e refugiou-se, solitária, numa caverna nos arredores de
Palermo. O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a
reclusão monástica. Ficava próximo do Convento dos beneditinos, que
possuía uma pequena igreja anexa. Assim, mesmo vivendo isolada, podia
participar das funções litúrgicas e receber orientação espiritual.
Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte
Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já
existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os
beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar
com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração,
solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte
atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro
de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo.
Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a
extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. O seu culto
difundiu-se, enormemente, entre os fiéis, que a invocavam como padroeira
de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga
tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais
que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de
morrer, em 1620.
Só três anos depois tudo foi esclarecido, parece que pela própria santa
Rosália. Consta que ela teria aparecido a uma mulher doente e contado
onde estavam escondidos os seus restos mortais. Essa mulher comunicou
aos frades franciscanos do convento próximo de monte Pelegrino, os
quais, de fato, encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15
de junho de 1624.
Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando
no Convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquínia, acharam numa
gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: "Eu, Rosália
Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus
Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquínia". Isso confirmou todos os
dados pesquisados pelo falecido Gaietani.
A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma
comissão científica, reacendendo o culto a santa Rosália, padroeira de
Palermo. Contribuiu para isso, também, o papa Ubaldo VIII, que incluiu
as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, santa Rosália é
festejada em 15 de junho, data em que suas relíquias foram encontradas, e
em 4 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de
santa Rosália está guarda no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.
Santa Rosália, rogai por nós!
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Santo do dia - 4 de setembro
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sábado, 10 de setembro de 2011
Santo do dia - 10 de setembro

A prodigiosa notícia que temos de são Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico.
Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela cidade viveu grande parte da sua vida. Desde os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado sacerdote.
Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria.
Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem.
No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de peregrinação e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de 1446, são Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte.
São Nicolau Tolentino, rogai por nós!
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