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domingo, 17 de dezembro de 2023

Santo do Dia - 17 de dezembro

 São João da Mata


A missão de salvar cristãos prisioneiros dos turcos foi mostrada a João da Mata em uma visão que teve ao celebrar logo a sua primeira missa. Essa foi a motivação que tornou possível a Ordem da Santíssima Trindade e da Redenção dos cativos, ou somente Padres Trinitários, como são conhecidos, que tinha como objetivo resgatar cristãos presos e mantidos como escravos pelos inimigos muçulmanos. Nessa época, o Império Otomano, dos turcos muçulmanos, dominava aquelas regiões.

A nova Congregação foi fundada em 1197 por João da Mata, com o apoio do religioso Félix de Valois, considerado seu co-fundador, também celebrado pela Igreja. A autorização da Igreja veio através do papa Inocêncio III, um ano depois. Mas João, antes de procurar o auxilio de seu contemporâneo Félix, já levava uma vida social e religiosa voltada para a luta a favor dos oprimidos.

João da Mata nasceu em 23 de junho de 1152, em Francon, no sul da França, e desde pequeno mostrou sua preocupação para com os injustiçados. Ele chegava a dividir com os pobres todo o dinheiro que recebia dos pais para seu divertimento. Depois de tornar-se sacerdote e ter-se doutorado em teologia em Paris, procurou Félix, que vivia recluso e solitário, com o qual conviveu por três anos. Nesse período, planejaram a criação da nova Ordem e a melhor maneira de lutar pela liberdade dos cristãos, então subjugados, segregados e muitos mantidos em cativeiro.

Para isso ele ergueu, então, a primeira comunidade em Cerfroi, região deserta nos arredores de Paris, que depois se tornou a Casa-mãe da Ordem dos Trinitários. De lá os sacerdotes missionários formados passaram a soltar os cativos, levando-os, em triunfo, a Paris. O próprio João da Mata organizou uma expedição à África, onde resgatou, pessoalmente, um grande número de cristãos em cativeiro. Em uma segunda viagem, caiu nas mãos dos muçulmanos, foi espancado e deixado sangrando pelas ruas de Túnis, na Tunísia.

Recuperou-se, reuniu os cristãos e os embarcou num navio que devia levá-los a Roma. O barco acabou sendo atacado, teve as velas rasgadas e o leme quebrado. Os registros e a tradição contam que João da Mata tirou o manto, rezou, transformou-o numa vela, pediu a Deus que guiasse o navio e, assim, chegaram ao porto da cidade italiana de Óstia. Depois, muitos outros cristãos foram libertados dessa maneira, na África, pelos integrantes que engrossavam a nova Congregação.

A Ordem dos Trinitários cresceu tanto que seu fundador teve de construir várias outras casas comunitárias, tamanha era a solicitação para o ingresso. João da Mata morreu santamente, no dia 17 de dezembro de 1213. O papa Inocêncio XI elevou à honra dos altares são João da Matha, cuja celebração foi estabelecida para o dia de sua morte. 


São João da Mata, rogai por nós!


São José Manyanet y Vives

 José Manyanet y Vives nasceu, em 7 de janeiro de 1833, no seio de uma família numerosa e cristã, em Tremp, Lleida, Espanha. Inteligente, mas pobre, para completar os seus estudos secundários teve de trabalhar na Escola Pia de Barbastro, e os eclesiásticos completou nos seminários diocesanos de Lleida e Urgell. Foi ordenado sacerdote em 1859.
A preocupação com a formação moral e cristã das famílias era, sem dúvida, sua motivação maior. Sua grande aspiração era que "todas as famílias imitassem e bendizessem a Sagrada Família de Nazaré"; por isso queria formar "uma Nazaré em cada lar", fazer de cada família uma "Santa Família". Após anos de intenso trabalho na diocese de Urgell, a serviço do bispo, quando já ocupava o cargo de secretário de visita pastoral, sentiu-se chamado por Deus para fundar duas congregações religiosas.

Contando com o apoio do bispo, em 1864 fundou a Congregação dos Filhos da Sagrada Família Jesus, Maria e José, e, dez anos depois, a Congregação das Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré, cuja missão era imitar, honrar e propagar o culto à Sagrada Família de Nazaré e procurar a formação cristã das famílias, principalmente por meio da educação e instrução católica da infância e juventude e do ministério sacerdotal.
Promoveu a construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, em Barcelona, destinado a perpetuar as virtudes e exemplos da Família de Nazaré e a ser o lar universal das famílias. A obra é do arquiteto servo de Deus Antônio Gaudí. Impulsionado por este carisma, escreveu várias obras; fundou a revista "A Sagrada Família"; as associações laicas dos Camareiros e Camareiras da Sagrada Família, hoje Associações da Sagrada Família, vinculadas aos seus institutos para se tornarem discípulos, testemunhas e apóstolos do mistério de Nazaré.

Peregrinou em Lourdes, Roma e em Loreto para aprofundar-se no carisma da Família de Nazaré. De tal modo que o próprio carisma lhe penetra por toda a vida, pautada no mistério de uma vocação evangélica expressa nos exemplos de Jesus, Maria e José no silêncio de Nazaré.

Padre José Manyanet pregou, abundantemente, a Palavra de Deus e suas obras foram crescendo apesar das grandes dificuldades. Teve uma vida de dolorosos sofrimentos por causa das doenças corporais que o atingiram e o atormentaram ao longo dos anos. Os últimos dezesseis anos ele conviveu com o que chamava de "as misericórdias do Senhor": chagas abertas espalhadas pelo corpo. No dia 17 de dezembro de 1901, o fundador foi, serenamente, para a casa do Pai. Seus restos mortais descansam na capela-panteão do Colégio Jesus, Maria e José, onde morreu, em Barcelona.

Continuamente acompanhados pela oração e agradecimento de seus filhos e filhas espirituais e de inumeráveis jovens, crianças e famílias que se aproximaram de Deus atraídos por seu exemplo e seus ensinamentos. Atualmente, os dois institutos estão em vários países da Europa, nas duas Américas e África.

A fama de santidade que o acompanhou em vida se estendeu por todos esses lugares. Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1984. A sua festa foi fixada pela Congregação para o Culto dos Santos em 16 de dezembro. O novo calendário litúrgico, entretanto, coloca esta festa em 17 de dezembro. O mesmo pontífice declarou santo José Manyanet y Vieves em 2004. 

“Ó amante da Sagrada Família, atraí para aqueles que te procuram o mesmo amor e devoção. Atraí, também, a benção e proteção das nossas famílias, dos nossos lares. Afastai a peste, a doença, as divisões e brigas e fazei dela um novo espelho da família de Nazaré. Amém.”

São José Manyanet y Vives, rogai por nós!


São Lázaro de Betânia
 

Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo - Amigo de Jesus Cristo


Lázaro de Betânia, na Judéia, teve a honra de merecer a amizade de Jesus e de desfrutar de sua companhia em sua própria casa. Este santo deve à amizade de Jesus, além da espetacular ressurreição do túmulo, o culto que recebe da Igreja ao longo dos séculos.

A casa de Lázaro era um lugar onde Jesus costumava passar alguns momentos de descanso. Apenas a três milhas de Jerusalém, era uma próspera propriedade agrícola, em Betânia. Lázaro era estimado e respeitado pela comunidade hebraica, pela origem nobre, honestidade e religiosidade da família. Tinha duas irmãs, Marta e Maria, e, ao que parece, os três eram solteiros. Essa amizade, não se sabe quando começou. As narrações feitas pelos evangelistas mostram Jesus sendo confortado pelas atenções dessas irmãs devido à sincera e confiante amizade do dono da casa. Notadamente, Lázaro era um amigo predileto, talvez um de seus primeiros discípulos.

Certo dia, o amigo adoeceu gravemente e as irmãs mandaram avisar Jesus, que estava pregando na distante Galiléia. Aparentando indiferença, Jesus continuou lá, em atividade, mais alguns dias. Veio, então, a triste notícia: "Lázaro, nosso amigo, dorme, vou despertá-lo do sono" disse Jesus. Os discípulos só entenderam que Lázaro havia morrido após a explicação clara de Jesus: "Lázaro morreu, mas me alegro por vossa causa por não estar presente, a fim de que acrediteis. Vamos vê-lo!" (Jo 11,14).

Quatro dias após o sepultamento, Jesus chegou. Marta chamou sua irmã Maria, e junto com Cristo foram ao sepulcro. As duas irmãs choraram e os amigos que estavam presentes se comoveram. O próprio Jesus também chorou. "Vejam quanto o amava", exclamaram os judeus que notaram o rosto de Jesus com lágrimas. Então, Jesus mandou abrir o sepulcro, entrou nele e, vendo Lázaro enfaixado, ordenou que ele saísse e andasse. Jesus tinha nas palavras a autoridade sobre a vida e a morte. E Lázaro viveu novamente. Alguns dias depois, Lázaro e suas irmãs ofereceram um banquete em agradecimento a Jesus pelo milagre realizado.

Depois desse evento, as Sagradas Escrituras não citam mais os três irmãos. A ressurreição de Lázaro assumiu valor simbólico e profético como prefiguração da ressurreição de Cristo. A casa de Betânia e o túmulo de Lázaro se tornaram as primeiras metas das peregrinações dos cristãos. Este santo é o único a ter o privilégio de ocupar dois túmulos, porque morreu duas vezes.

Embora uma antiga tradição Oriental diga que Lázaro foi bispo e mártir na ilha de Chipre e outra que ele teria viajado para a França e se tornado o primeiro bispo de Marselha, o certo é que Lázaro encerrou sua vida, santamente, como "amigo de Jesus" e, assim, merecedor de nossa veneração. A Igreja escolheu o dia 17 de dezembro para seu culto. 


São Lázaro de Betânia, rogai por nós!


Santa Olímpia

Ao ficar viúva do governador de Constantinopla, Olímpia recebeu muitas propostas para um novo casamento, mas recusou todas porque queria entregar-se à vida religiosa. A sua insistente recusa motivou, mesmo, o confisco de todos os seus bens.

Olímpia nasceu em 361, na Capadócia. Pertencia a uma família muito ilustre e rica dessa localidade, mas ficou órfã logo cedo. Foi educada por Teodósia, irmã do bispo Anfíloco, futuro santo, o que lhe garantiu receber, logo cedo, os ensinamentos cristãos. Aos vinte anos de idade, casou-se com o governador de Constantinopla, ficando viúva alguns meses depois. Desejando ingressar para a vida religiosa, afastou-se de todos os possíveis pretendentes. O fato muito contrariou o imperador Teodósio, que queria vê-la como esposa do seu primo, um nobre da Corte espanhola. Olímpia, entretanto, perseverou na sua decisão. Como vingança, o soberano mandou que todos os seus bens fossem confiscados e administrados pelo prefeito da cidade. Ao invés de reclamar, Olímpia agradeceu, porque não precisaria mais perder tempo com a administração das propriedades. Pediu que os bens fossem definitivamente confiscados e doados aos pobres. Não foi atendida.

Em seguida, o imperador fez uma longa viagem e, ao voltar, três anos depois, ficou tão impressionado com as informações sobre sua vida santa e repleta de humildade e caridade que restituiu os bens a ela. Assim, Olímpia continuou suas obras de caridade com maior intensidade. Mas seu sofrimento não acabou. Contraiu doenças dolorosas. Conta a tradição que Olímpia jamais pronunciou qualquer reclamação. Desse modo, tornou-se um modelo perfeito aos cristãos de seu tempo.

Seu nome foi envolvido em denúncias graves infundadas, por isso se tornou vítima de perseguições injustas. Foi acusada de ser cúmplice de são João Crisóstomo no incêndio de uma catedral. Mas ela declarou, categoricamente, que nada fizera, muito menos Crisóstomo, que doava muito dinheiro para a construção de igrejas, portanto não poderia destruir uma.

Essas acusações partiam do antipatriarca Arsácio, inimigo declarado de Crisóstomo, que mandou Olímpia deixar a cidade. O principal motivo desse exílio foi porque ela era a mais estimada assistente de Crisóstomo, chamado de "o maior pregador da Antigüidade". Era tão competente que, aos trinta anos de idade, se tornou diaconisa da Igreja, dignidade só concedida às viúvas com mais de sessenta anos.

Logo Olímpia decidiu voltar, declarando ao próprio prefeito que não reconhecia autoridade no antipatriarca por ser usurpador de um poder que a Igreja não lhe concedera. Assim, tornou-se a principal vítima de Arsácio, pois Crisóstomo já havia sido exilado de sua pátria pelo cruel prefeito, cúmplice do antipatriarca. Olímpia morreu no ano 408.

Santa Olímpia é celebrada, no Oriente, nos dias 24 e 25 de julho, e, na Igreja de Roma, no dia 17 de dezembro.
 
 
Santa Olímpia, rogai por nós!
 

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos - 24 de maio

Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos

Para Nossa Senhora não é glória maior ser Mãe de Deus? É claro! 

Para Ela não é gloria maior ser corredentora do gênero humano? É claro! 

Para Ela não é glória maior ter sido concebida sem pecado original? É claro! 

Por que, então, Nossa Senhora Auxiliadora? 

Por que tanta insistência em torno desta invocação: Nossa Senhora Auxiliadora?

Compreende-se, pois Ela, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossa Mãe, está permanentemente disposta a nos ajudar em tudo aquilo que nós precisamos. São Luís Maria Grignion de Montfort tem uma expressão que parece exagerada, mas que está absolutamente dentro da verdade: se houvesse no mundo uma só mãe reunindo em seu coração todas as formas e graus de ternura que todas as mães do mundo teriam por um filho único, e essa mãe tivesse um só filho para amar, ela o amaria menos do que Nossa Senhora ama a todos e cada um dos homens.

De maneira que Ela de tal modo é Mãe de cada um de nós e nos quer tanto a cada um de nós – por desvalido que seja, por desencaminhado que seja, por espiritualmente trôpego que seja – que quando qualquer homem se volta para Ela, o primeiro movimento d’Ela é um movimento de amor e de auxílio. Porque Nossa Senhora nos acompanha antes mesmo de nos voltarmos para Ela. Ela vê nossas necessidades e é por sua intercessão que nós temos a graça de nos voltarmos para Ela. Deus nos dá a graça de nos voltarmos para Ela, nós nos voltamos e a primeira pergunta d’Ela é: “Meu filho, o que queres?”

Mas nós temos dificuldade em ter isto sempre em vista. Por quê?
Porque nós não vemos, e, na nossa miséria, muitas vezes somos daqueles que não creem porque não vêem. Nós esquecemos. Não duvidamos, mas esquecemos, nos sentimos tão deslocados que dizemos: “Mas será mesmo? Depois, aconteceu-me isto, aconteceu-me aquilo, aconteceu-me aquilo outro, eu pedi a Ela e não fui atendido: por que vou crer que agora serei socorrido? Mãe de Misericórdia… para mim, às vezes sim, mas às vezes não… Nesta próxima provação, por que confiar que serei socorrido, ó Mãe de Misericórdia?!”
É nessas horas, mais do que nunca, que devemos dizer: “Nossa Senhora Auxiliadora dos cristãos, rogai por nós!” Nas horas em que nós não compreendemos, não temos noção do que vai acontecer, nós devemos repetir com insistência: “Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos! Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos! Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos!” Porque para todo caso há uma saída. Nós às vezes não vemos a saída que Nossa Senhora dará ao caso, mas Ela já está dando uma saída monumental.

A esse título, portanto, muito especial, nós devemos repetir sempre: “Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos!” Nossa insuficiência proclama a vitória d’Ela, canta a glória d’Ela. Por isso, esta prece deve estar nos nossos lábios em todos os momentos: “Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós! Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós!” Rezemos, portanto, “Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos! Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos! Nossa Senhora Auxiliadora dos  Cristãos!” em todas as circunstâncias de nossa vida, e nossa vida acabará tal que, na hora de morrer, quando nós estivermos no último alento e ainda dissermos “Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos”, daí a pouco o Céu se abrirá para nós (Monsenhor João Clá Dias, EP).

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A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora
Nossa Senhora Auxiliadora

Maria Auxiliadora
Maria Auxílio dos Cristãos: até parece um pleonasmo. Sim, porque aquilo que Nossa Senhora mais se dispõe a fazer é ajudar.
Atrás da invocação do nome de Maria sempre vem implícita a certeza de que a súplica será atendida. Sabemos que ela auxilia os Cristãos. E esse auxílio Ela oferece enquanto Rainha, usando sua onipotência suplicante e enquanto Mãe, sempre desejando amorosamente o que há de melhor para seus filhos.

Auxiliadora dos cristãos
É um título a mais que foi acrescido àqueles que Nossa Senhora já tinha nas orações dos fiéis.  Ele honra, louva, glorifica e foi instituído para comprovar as inúmeras virtudes de Maria e a plenitude de graças com que foi favorecida.  Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano de 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, depois de conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lançou seu olhar de cobiça sobre a Europa. Diante da inércia das nações cristãs, o Papa São Pio V resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. E para isso invocou o auxílio da Virgem Maria. Dom João D’Áustria foi quem comandou as tropas cristãs.

O Papa havia enviado para o Príncipe um estandarte bordado com a imagem de Jesus crucificado e a recomendação de que pedissem a proteção, o auxílio de Nossa Senhora. A preparação dos soldados para a batalha consistiu em três dias de jejuns, orações, recitação do rosário e procissões, suplicando a Deus a graça da vitória. O inimigo era superior em número. Depois de receberem a Santa Comunhão, partiram todos para a batalha.
No dia 7 de outubro de 1571, invocando o nome de Maria, Auxílio dos Cristãos, os combatentes católicos travaram dura e decisiva batalha nas águas da região denominada Lepanto. Depois de horas de violentos combates quando, em vários momentos, a derrota parecia iminente, veio a vitória…

Foi uma vitória obtida numa atmosfera carregada de religiosidade. Os gritos de “Viva Maria” eram ouvidos com tanto fervor e intensidade que cobriam os gritos de guerra dos inimigos e abafavam o ruído das ondas do mar. Narram as crônicas dos derrotados que uma “formosa senhora” foi vista no céu e que seu olhar fulminante espalhava pânico entre eles e alimentava o ânimo e disposição de luta dos cristãos.

Era Nossa Senhora auxiliando os cristãos.

A partir dai o Papa acrescentou na ladainha de Nossa Senhora a invocação: Auxiliadora dos Cristãos. Com isso ele queria demonstrar sua  gratidão pela vitória obtida. Uma vitória alcançada graças ao auxílio e intercessão de Nossa Senhora, num momento difícil, numa hora em que o mundo cristão necessitava muito desse auxílio.
Foi aí então que nasceu e foi oficialmente instituída pela Igreja essa linda invocação que… parece pleonástica.

A data da comemoração

Quando deveria ser a comemoração da invocação de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos? A invocação “Auxílio dos Cristãos”, surgiu no ano de 1571, por ocasião da Batalha de Lepanto. O dia da festa de Maria Auxiliadora só foi definida bem mais tarde, no ano de 1816, pelo Papa Pio VII para perpetuar a lembrança de outro fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus.

O Papa havia negado a anulação do casamento do irmão de Napoleão I, Imperador da França. Isto serviu de pretexto para o Imperador invadir os Estados Pontifícios e ocupar Roma. Napoleão foi excomungado pelo Papa. Para vingar-se, ele sequestrou e levou preso para a França o Vigário de Cristo que, no cativeiro, passou por humilhações e vexames de toda a ordem por cinco anos.

Ainda na prisão, movido por ardente fé, o Papa recorreu à intercessão de  Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. Foi então que Nossa Senhora agiu: o clamor do mundo católico forçou Napoleão a ceder. O Papa foi libertado imediatamente e ele foi logo cumprir a promessa feita.

No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma. Recuperou seu poder, os bens eclesiásticos foram restituídos e Napoleão foi obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde havia aprisionado o Santo Padre.
Em agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de  Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

Fonte: Gaudium Press