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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

12 de setembro - Santo do dia

São Guido de Anderlecht

Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.

São Guido de Anderlecht, rogai por nós!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

11 de julho - Santo do dia

São Bento de Nórcia

As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.

Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.

Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.

Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro.

Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.

As regras rígidas não poderiam ser mais simples: "Ora e trabalha". Acrescentando-se a esse lema "leia", pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser "não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador".

A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.

Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de "Pai do Monaquismo Ocidental", que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados "beneditinos". Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.

São Bento de Nórcia, rogai por nós!



Santa Olga

Olga, a primeira santa russa inserida no calendário católico bizantino, é considerada o elo entre a época pagã e a cristã, na história das populações eslavas. As fontes que a citam são numerosas e todas de relevância histórica.

Delas aprendemos que Olga nasceu em 890, na aldeia Vybut, próxima de Pskov e do rio Velika, Rússia. Era uma belíssima jovem típica daquela região. Em 903, quando o príncipe Igor a avistou, logo quis casar-se com ela, apesar de sua pouca idade. Na realidade, Olga era filha do chefe dos Variagi, uma tribo normanda de origem escandinava, responsável por vários pontos estratégicos, pois se dedicavam à exploração do transporte e do comércio.

O seu casamento foi um símbolo concreto da fusão do povo russo com aquele variago, que ao final do século IX começava a viver sob a influência do cristianismo. Em 945, o príncipe Igor, marido de Olga, foi assassinado e ela, com um temperamento correto, mas violento, vingou-se com firmeza. Mandou matar muitos chefes inimigos e, para os sobreviventes, impôs tributos e taxas de todos os tipos.

Tornou-se a regente para o filho Esviatoslav, de três anos de idade, governando Kiev com esperteza política e colocando o principado numa excelente condição financeira. Era amada pelo povo, que a reconhecia como justa e misericordiosa, mas também severa e inflexível. Educou o filho corretamente, mas não teve a felicidade de vê-lo converter-se ao cristianismo como ela tinha feito. Essa satisfação desfrutou seu neto Vladimir, que, além de tornar-se cristão e batizado, depois veio a ser o "batizador da Rússia", "novo apóstolo" e santo da Igreja.

Olga tentou estreitar os laços com o sólido Império de Bizâncio por meio do casamento de seu filho com uma princesa de lá. Em 957, viajou para Constantinopla, mas não obteve bons resultados, para desilusão dos cristãos e satisfação dos pagãos. Por isso os cristãos buscavam apoio no imperador Otto I da Saxônia, que era católico. Em 959, eles lhe pediram que enviasse um bispo para a Rússia, o qual ficou só três anos, pois foi expulso devido à revolta dos pagãos.

Olga rezava dia e noite pela conversão do filho e para o bem dos súditos. Ao terminar a regência, segundo as leis da época, retirou-se para suas atividades privadas, dando continuidade às obras de seu apostolado e de missionária. Construiu algumas igrejas, inclusive a de madeira dedicada à santa Sofia, em Kiev.

Viveu piamente e morreu com quase oitenta anos, em 11 de julho de 969. Dela escreveu seu biógrafo: "Antes do batismo, a sua vida foi manchada por fraquezas e pecados. Ela, mesmo assim, tornou-se santa, certamente não pelo seu próprio merecimento, mas por um plano especial de Deus para o povo russo".

A veneração por santa Olga começou durante o governo do seu neto Vladimir, que, em 996, mandou transferir as relíquias da avó para a igreja que mandara construir especialmente para recebê-las. O seu culto foi confirmado pela Igreja no Concílio Russo de 1574, mantendo a festa litúrgica no mesmo dia em que ocorreu seu trânsito.

Santa Olga, rogai por nós!