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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Papa Bento XVI promete ação da Igreja para combater denúncias de pedofilia

O Papa Bento XVI prometeu nesta quarta-feira uma reação da Igreja Católica diante da série de denúncias de abusos sexuais envolvendo religiosos. O pontífice comentou sua recente viagem a Malta e falou do encontro mantido por ele com pessoas do país que foram abusadas sexualmente por religiosos católicos.

Dividi com eles o sofrimento e, com emoção, rezei com eles assegurando a ação da Igreja - declarou o Papa, durante a audiência geral desta quarta-feira, a primeira desde a visita ao arquipélago mediterrâneo.

Na ocasião, o chefe de Estado do Vaticano expressou "consternação, vergonha e dor" por aquilo que as vítimas e suas famílias sofreram.

- O amor de Deus é maior que qualquer tempestade ou naufrágio - afirmou o Papa nesta quarta, relembrando a celebração do 1950º aniversário do naufrágio de São Paulo na região de Malta.


Nos últimos dias, o pontífice vem comparando os recentes escândalos de pedofilia que envolvem membros da Igreja Católica em diversos países ao "mau tempo que fez o barco do apóstolo de Jesus Cristo afundar em Malta".

Bento XVI pediu aos fiéis que sigam o exemplo de São Paulo, que "mesmo na violenta tempestade, manteve a confiança e esperança e soube transmiti-las a seus companheiros de viagem", e se dirigiu aos católicos malteses, que conseguiram exprimir neste momento difícil uma acolhida "verdadeiramente extraordinária".

O Papa elogiou a população de Malta por não introduzir nas leis do país o divórcio e o aborto:

- É uma comunidade forte, com uma fé ardente e sólida, que após dois mil anos ainda é fiel ao Evangelho e se esforça para comunicá-lo com os desafios contemporâneos.

Nota dos editores do Blo: vamos ficar roucos de tanto escrever que o surgimento repentino e organizado de milhares de denúncias contra padres da Santa Igreja Católica Apostólica Romana é fruto de uma ação organização buscando extorquir vultosas indenizações da Igreja Católica.

Uma pergunta: onde estavam 'guardados' essas centenas de molestados? surge a impressão de que estavam recolhidos em algum local na espera do momento certo para surgirem as centenas ou mesmo aos milhres, em diversos continentes, com a mesma acusação. Se não fosse uma ação orquestrada, organizada, o surgimento seria um caso aqui, outro ali e depois poderia até surgir casos com maior número de suspostos 'abusados'.

Abusos, sempre houve - infelizmente houve, continua havendo e vai continuar ocorrendo - mas de forma esparsa.

A prova da campanha covarde é que fazem questão de confundir PEDERASTIA - prática homossexual com PEDOFILIA - prática em que crianças impubéres são abusadas por adultos.

E as denúncias deixam bem claro que não é pedofilia e sim PEDERASTIA. A PEDERASTIA é consequência direta do homossexualismo e só existe entre homossexuais.

Os anti-Cristo destacam a suposta prática da pedofilia por ser um delito mais revoltante - por envolver crianças - do que a PEDERASTIA, além do mais falar da PEDERASTIA não é politicamente correto, afinal o correto, o bonito, é ser gay, é ser homossexual.

22 de abril - Santo do dia

São Caio

No livro dos papas da Igreja, encontramos registrado que o papa Caio nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.

Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino, e da sobrinha Suzana, que se havia consagrado a Cristo.

Antes de ser escolhido papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministravam os sacramentos do batismo e do matrimônio. Isso porque a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.

O grande contratempo enfrentado pelo papa Caio deu-se no âmbito interno do próprio clero, devido à crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última, pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, pela qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Tal heresia e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.

Conforme antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador o papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, esse teria sido o motivo da ira do soberano ao assinar o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de Diocleciano ter encerrado por completo as perseguições somente no ano 303.

As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631, foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.

São Caio, rogai por nós !

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Santo do dia - 21 de abril

Santo Anselmo

Bispo e Doutor da Igreja

É dele a frase: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.”

O santo de hoje é chamado de teólogo-filósofo.

Nasceu em Piamonte no ano de 1033. Seu pai era Conde e devido ao mau relacionamento com ele, saiu de casa, apenas com um burrinho e um servo.

Foi em busca da ciência, mas também se entregando aos prazeres. Era cristão, mas não de vivência.
Devido aos estudos, 'bateu' no Mosteiro de Bec e conheceu Lanfranc, um religioso e mestre beneditino. Através dessa amizade edificante, descobriu um tesouro maior: Jesus Cristo.

Nesse processo de conversão, abriu-se ao chamado à vida religiosa e entrou para a família beneditina. Seu mestre amigo foi escolhido para ser bispo em Cantuária e Anselmo ocupou o lugar do Mestre, chegando a ser também Superior. Um homem sábio, humilde, um formador para as autoridades, um pai. Um verdadeiro Abade.

Por obediência à Mãe Igreja, foi substituir seu amigo, que havia falecido, no Arcebispado de Cantuária. Viveu grandes desafios lá, retornando a Piamonte, onde faleceu, com esta fama de santidade e testemunho de fidelidade e amor à Cristo e à verdade.

Santo Anselmo, rogai por nós!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Epístola da desobediência

Teólogo desafia o Papa


Em carta aberta aos bispos, teólogo questiona a fidelidade incondicional ao papa e diz que ele deixou de renovar a Igreja

Veneráveis bispos:

Joseph Ratzinger, atual papa Bento XVI, e eu éramos os mais jovens teólogos no Concílio Vaticano II (1962-1965). Agora somos os mais velhos e os únicos ainda em plena atividade. Sempre entendi meu trabalho teológico como um serviço prestado à Igreja Católica Romana. Por essa razão, por ocasião do quinto aniversário da eleição do papa Bento XVI, faço este apelo a vocês numa carta aberta. Ao fazê-lo, sou motivado por meu profundo respeito por minha Igreja, que agora se encontra envolvida na pior crise de credibilidade desde a Reforma. Queiram me desculpar pela forma de carta aberta. Infelizmente, não tenho outro meio para alcançá-los.

Minhas esperanças e as de tantos católicos de que o papa pudesse encontrar seu caminho para promover uma renovação em curso da Igreja e uma reaproximação ecumênica no espírito do Concílio Vaticano II infelizmente não se confirmaram.

Seu pontificado mais perdeu que aproveitou oportunidades. Perdeu-se a oportunidade de reaproximação com as igrejas protestantes; de uma reconciliação duradoura com os judeus - em vez disso, recolocou bispos notoriamente antissemitas e cismáticos em comunhão com a Igreja; de um diálogo com muçulmanos numa atmosfera de confiança mútua; de reconciliação com os povos indígenas colonizados da América Latina; de ajudar os povos da África permitindo o uso do controle da natalidade para combater a superpopulação e preservativos para combater a disseminação do HIV. Perdeu-se a oportunidade de fazer do espírito do Concílio Vaticano II a bússola de toda a Igreja Católica.

Este último ponto, respeitáveis bispos, é o mais sério de todos. Por diversas vezes, este papa acrescentou qualificativos aos textos conciliares e os interpretou contra o espírito dos padres do Concílio:

- Trouxe os bispos da tradicionalista Sociedade Pio X de volta à Igreja sem nenhuma precondição;

- Promove a Missa Tridentina medieval por todos os meios possíveis;

- Recusa-se a pôr em vigor a reaproximação com a Igreja Anglicana, exposta em documentos oficiais pela Comissão Internacional Anglicana-Católica Romana;

- Reforçou ativamente as forças anticonciliares na Igreja nomeando funcionários reacionários para postos-chave na Cúria, enquanto nomeava bispos reacionários por todo o mundo.

O papa Bento XVI parece cada vez mais afastado da vasta maioria dos membros da Igreja que presta cada vez menos atenção a Roma e, na melhor hipótese, se identifica somente com seu pároco ou bispo local.

Sei que muitos de vocês estão aflitos com essa situação. Em sua política anticonciliar, o papa recebe pleno apoio da Cúria Romana. A Cúria é competente para reprimir críticas no episcopado e na Igreja como um todo e para desacreditar críticos por todos os meios a sua disposição. Com a volta à pompa e ao espetáculo absorvendo a atenção da mídia, as forças reacionárias em Roma tentaram nos apresentar como uma Igreja forte chefiada por um "Vigário de Cristo" absoluto que combina os poderes legislativo, executivo e judiciário da Igreja em suas mãos apenas. Mas a política de restauração de Bento fracassou. Todos os seus aparecimentos espetaculares, viagens demonstrativas e declarações públicas não conseguiram influenciar as opiniões da maioria dos católicos em questões controversas. Isso é particularmente verdadeiro com respeito a questões de moralidade sexual. Mesmo os encontros papais com a juventude, frequentados sobretudo por grupos carismáticos conservadores, não conseguiram conter a drenagem dos que saem da Igreja nem atrair mais vocações para o sacerdócio.

Vocês em particular, como bispos, têm razões para um profundo pesar: dezenas de milhares de padres renunciaram ao ministério desde o Concílio Vaticano II, a maioria em razão da regra do celibato. Vocações para o sacerdócio, mas também para ordens religiosas, irmandades e irmandades laicas estão em queda - não só quantitativamente como qualitativamente. A resignação e a frustração estão se espalhando rapidamente tanto pelo clero como pelos leigos atuantes. Muitos sentem que foram abandonados com suas necessidades pessoais e muitos estão profundamente deprimidos com a situação da Igreja. Em muitas de suas dioceses é a mesma história: igrejas cada vez mais vazias, seminários vazios e paróquias vazias. Em muitos países, em razão da falta de padres, cada vez mais paróquias estão sendo fundidas, com frequência contra a vontade de seus membros, em "unidades pastorais" maiores em que os poucos pastores sobreviventes ficam absolutamente sobrecarregados. Isso é antes uma falsa reforma da Igreja que uma reforma de fato!

E agora, por cima dessas crises, surge um escândalo que clama ao céu - a revelação do abuso clerical de milhares de crianças e adolescentes, primeiro nos Estados Unidos, depois na Irlanda, e agora na Alemanha e outros países. E para piorar as coisas, o tratamento dado a esses casos deu lugar a uma crise de liderança sem precedente e um colapso da confiança na liderança da Igreja.

As consequências de todos esses escândalos para a reputação da Igreja Católica são desastrosas. Líderes importantes da Igreja já admitiram isso. Numerosos pastores e educadores inocentes e comprometidos estão sofrendo com o estigma da suspeita que agora se estende sobre a Igreja.

Vocês, reverendos bispos, precisam enfrentar a questão: que acontecerá com nossa Igreja e suas dioceses no futuro? Não é minha intenção esboçar um novo programa de reforma da Igreja. Isso eu já fiz muitas vezes tanto antes como depois do Concílio. Desejo apenas lhes apresentar seis propostas que estou convencido de que são apoiadas por milhões de católicos que não têm voz na atual situação.

1. Não se calem: mantendo o silêncio ante tantas ofensas graves vocês também se mancham com a culpa. Quando sentirem que certas leis, diretrizes e medidas são contraproducentes, vocês devem dizê-lo em público. Enviem a Roma não profissões de sua devoção, mas apelos em favor da reforma!

2. Comecem a reforma: muitos na Igreja e no episcopado se queixam de Roma, mas eles próprios não fazem nada. Quando pessoas não frequentam mais a igreja numa diocese, quando o público é mantido na ignorância sobre as necessidades do mundo, quando a cooperação ecumênica é reduzida ao mínimo, então a culpa não pode ser simplesmente atribuída a Roma. Quer sejam bispos, padres, leigos ou leigas - todos podem fazer algo pela renovação da Igreja dentro da própria esfera de influência, seja ela grande ou pequena. Muitas das grandes realizações que ocorreram nas paróquias individuais e na Igreja em geral devem sua origem à iniciativa de um indivíduo ou de um pequeno grupo. Como bispos, vocês deveriam apoiar essas iniciativas e, especialmente considerando a situação presente, deveriam responder às justas queixas dos fiéis.

3. Ajam de maneira colegiada: após debates acalorados e contra a persistente oposição da Cúria, o Concílio Vaticano II decretou a colegialidade do papa e dos bispos. Ele o fez no sentido dos Atos dos Apóstolos, em que Pedro não agia sozinho sem o colégio dos apóstolos. Na era pós-conciliar, porém, o papa e a Cúria ignoraram esse decreto. Dois anos apenas após o Concílio, o papa Paulo VI emitiu sua encíclica defendendo a controversa lei do celibato sem nenhuma consulta aos bispos. Desde então, a política papal e o magistério papal continuaram agindo da velha maneira não colegial. Mesmo em matérias litúrgicas, o papa governa como um autocrata sobre e contra os bispos. Ele fica feliz de se cercar deles desde que não sejam mais que figurantes no palco, sem nenhuma voz nem direito de voto. É por isso que, veneráveis bispos, vocês não deveriam agir sozinhos, mas na comunidade dos outros bispos, dos padres e dos homens e mulheres que constituem a Igreja.

4. A obediência incondicional só é devida a Deus: embora em sua consagração episcopal vocês tenham tido de fazer um juramento de obediência ao papa, sabem que a obediência incondicional não deve jamais ser prestada a nenhuma autoridade humana; ela só é devida a Deus. Por essa razão, vocês não deveriam se sentir impedidos por seu juramento de falar a verdade sobre a crise atual que enfrentam a Igreja, sua dioceses e seu país. Seu modelo deveria ser o apóstolo Paulo, que ousava discordar de Pedro como em "resisti-lhe francamente, porque era censurável"! (Gálatas 2:11). Pressionar as autoridades romanas no espírito da fraternidade cristã pode ser permissível e até necessário quando elas não se colocam à altura do espírito do Evangelho e de sua missão. O uso do vernáculo na liturgia, as mudanças dos regulamentos que governam casamentos mistos, a afirmação de tolerância, democracia e direitos humanos, a abertura para uma atitude ecumênica, e muitas outras reformas do Vaticano II só foram alcançados pela pressão tenaz de baixo para cima.

5. Trabalhem por soluções regionais: o Vaticano com frequência tem feito ouvidos surdos a demandas bem fundamentadas do episcopado, dos padres e da laicidade. Isso é mais razão ainda para se buscar soluções regionais sábias. Como todos vocês sabem, a regra do celibato, que foi herdade da Idade Média, representa um problema particularmente delicado. No contexto atual do escândalo dos abusos sexuais, a prática tem sido cada vez mais posta em questão. Contra a vontade expressa de Roma, uma mudança pareceria pouco possível; mas não há razão para uma resignação passiva. Quando um padre, após considerações maduras, deseja se casar, não há razão porque ele deva renunciar automaticamente a seu ministério quando seu bispo e sua paróquia ficarem do seu lado. Conferências episcopais individuais poderiam tomar a frente com soluções regionais. Seria melhor, porém, buscar uma solução para toda a Igreja, portanto.

6. Peçam um concílio: assim como a conquista da reforma litúrgica, liberdade religiosa, ecumenismo e diálogo entre religiões requereu um concílio ecumênico, agora é necessário um concílio para resolver a escalada de problemas que pede uma reforma. No século anterior à Reforma, o Concílio de Constança decretou que concílios deveriam ser realizados a cada cinco anos. Mas a Cúria Romana conseguiu contornar essa decisão. Está fora de dúvida que a Cúria, temendo uma limitação de seu poder, faria qualquer coisa a seu alcance para impedir a realização de um concílio na presente situação. Assim, cabe a vocês promoverem o apelo por um concílio ou ao menos por uma assembleia representativa de bispos.

Com a Igreja em crise profunda, este é meu apelo a vocês, veneráveis bispos: ponham em ação a autoridade episcopal que foi reafirmada pelo Concílio Vaticano II. Nesta situação urgente, os olhos do mundo estão voltados para vocês. Incontáveis pessoas perderam sua confiança na Igreja Católica. Somente admitindo aberta e honestamente esses problemas e realizando resolutamente as reformas necessárias a confiança poderá ser recuperada. Com o devido respeito, eu lhes rogo que façam a sua parte - com seus colegas bispos até onde for possível, mas também sozinhos se preciso for - no "destemor" apostólico (Atos 4:29, 31). Deem a seus fiéis sinais de esperança e encorajamento e deem a nossa Igreja uma perspectiva para o futuro.

Com calorosas saudações na comunidade da fé cristã,

Do seu, Hans Küng

* Hans Küng, teólogo suíço, é escritor e professor emérito de teologia ecumênica na universidade tübingen, alemanha, escreveu este artigo para o New York Times

_Tradução de Celso M. Paciornik

Papa diz confiar no conforto de Deus

Obrigado a lidar com denúncias de pedofilia entre o clero, Bento XVI afirmou, em almoço com 46 cardeais, que, nesses momentos de “tormento”, não se sente só e assegurou que confia no conforto de Deus, informa o Estadão. Em carta para todos os padres do mundo divulgada ontem pelo cardeal brasileiro Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, a Igreja voltou a afirmar que não pretende “esconder ou minimizar esses crimes”. “É verdade que, apesar de proporcionalmente poucos em número, padres cometeram horríveis e sérios crimes de abuso sexual contra menores, que devemos condenar de uma maneira absoluta”, diz a carta. O almoço foi a única comemoração do quinto aniversário do pontificado e do papa, que completou 83 anos na sexta-feira.

Papa fala em ''tormento'' e diz não se sentir só

Discurso, que aborda denúncias de abusos por padres, foi feito a cardeais; em carta, brasileiro d. Cláudio volta a falar em entregar pedófilos à Justiça.

No dia em que completou cinco anos de pontificado, em meio a denúncias de pedofilia entre o clero, Bento XVI afirmou, em almoço com 46 cardeais, que, nesses momentos de "tormento", não se sente só e assegurou que confia no conforto de Deus.

A Igreja tem enfrentado críticas porque teria evitado entregar padres pedófilos à Justiça para preservar a instituição. Mas em carta para todos os padres do mundo divulgada ontem pelo cardeal brasileiro Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, a Igreja voltou a afirmar que não pretende "esconder ou minimizar esses crimes".

"É verdade que, apesar de proporcionalmente poucos em número, padres cometeram horríveis e sérios crimes de abuso sexual contra menores, que devemos condenar de uma maneira absoluta", diz a carta, que convida os padres a irem a Roma no dia 11 de junho, quando termina o Ano do Vaticano para os Padres. O texto também afirma que "esses indivíduos devem responder por seus atos perante Deus e tribunais, incluindo as cortes civis".

No fim de semana, durante viagem a Malta, onde se encontrou pela terceira vez com vítimas de abusos, o papa disse que a Igreja "está ferida por nossos pecados, mas Cristo ama a Igreja e seu Evangelho é a verdadeira força que purifica e cura". Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o encontro transcorreu em um "clima de serenidade, de esperança, de emoção e de muita profundidade, de cura e reconciliação". Uma das vítimas afirmou que o papa chorou.

"Nesse momento, o papa sente, com força, que não está só. Sente que tem ao seu lado todo o colégio cardinalício, que com ele compartilha tormentos e consolo", informou ontem o jornal do Vaticano, L"Osservatore Romano.

Durante o almoço, na Sala Ducal do Palácio Apostólico, os cardeais parabenizaram o papa pelo quinto aniversário de pontificado, "que conduz com grande generosidade", conforme o cardeal Angelo Sodano. O almoço, no qual foi servido arroz, lombo e bolo de chocolate à moda austríaca, foi o único evento comemorativo do aniversário do pontificado e do papa, que fez 83 anos na sexta-feira.

20 de abril - Santo do dia

Santa Inês de Montepulciano

A Santa de hoje nasceu no centro da Itália, em Montepulciano, no ano de 1274. Sua família tinha muitas posses, mas possuía também o essencial para uma vida familiar feliz: o amor a Jesus Cristo.

Muito jovem, sentiu o chamado a consagrar-se totalmente ao Senhor, ingressando na família Dominicana. Uma mulher de penitência, oração, recolhimento e busca da vontade de Deus, que a fez galgar altos degraus da vida mística.

Próximo do lugar em que ela vivia, havia uma casa de prostituição, e Inês se compadecia dessas mulheres, e ofereceu penitencias e orações por elas. Aquele lugar de pecado, virou lugar de oração, e muitas daquelas se converteram e algumas até entraram para a vida religiosa. Um grande milagre de Santa Inês ainda em vida.

Morreu com 43 anos de idade, e seu último conselho às suas irmãs foi: “Minhas filhas, amai-vos umas às outras porque a caridade é o sinal dos filhos de Deus!”.

Santa Inês de Montepulciano, rogai por nós!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

18 de abril - Santo do dia

Santo Expedito

Expedito, era chefe da 12a Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.

Essa legião era conhecida como a "Fulminante", nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.

A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.

Como se vê, santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.

"Expedito" ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, freqüentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.

Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.

Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava "Crás! Crás!", que significa, em latim, "Amanhã! Amanhã!". O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: "Hodie! Hodie!", ou seja, "Hoje! Hoje!". E assim agiu.

Santo Expedito, rogai por nós

domingo, 18 de abril de 2010

Evangelho do dia

Evengelho 3º Domingo da Páscoa - Terceiro Domingo do Tempo Pascal

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Evangelho segundo S. João 21,1-19.


Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.

Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar. Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água.

Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros. Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.

Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos. Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.» Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»

E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.» E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»


Comentário ao Evangelho do dia feito por : João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005

«Tu amas-Me?»


«Tu amas? [...] Tu amas-Me? [...]» Pedro havia de caminhar para sempre, até ao fim da sua vida, acompanhado por esta tripla pergunta: «Tu amas-Me?» E mediu todas as suas actividades de acordo com a resposta que então deu. Quando foi convocado perante o Sinédrio. Quando foi metido na prisão em Jerusalém, prisão donde não devia sair, e da qual contudo saiu. E [...] em Antioquia, e depois ainda mais longe, de Antioquia para Roma. E quando, em Roma, perseverou até ao fim dos seus dias, conheceu a força das palavras segundo as quais um Outro o conduziu para onde ele não queria. E sabia também que, graças à força dessas palavras, a Igreja «era assídua ao ensino dos apóstolos e à união fraterna, à fracção do pão e à oração» e que «o Senhor adicionava diariamente à comunidade os que seriam salvos» (Act 2, 42.48). [...]

Pedro não pode nunca desligar-se desta pergunta: «Tu amas-Me?» Leva-a consigo para onde quer que vá. Leva-a através dos séculos, através das gerações. Para o meio de novos povos e de novas nações. Para o meio de línguas e de raças sempre novas. Leva-a sozinho, e contudo já não está só. Outros a levam com ele. [...] Houve e há muitos homens e mulheres que souberam e que sabem ainda hoje que as suas vidas têm valor e sentido exclusivamente na medida em que são é uma resposta a esta mesma pergunta: «Tu amas? Tu amas-Me?» Eles deram e dão a sua resposta de maneira total e perfeita – uma resposta heróica –, ou então de maneira comum, banal. Mas, em qualquer dos casos, sabem que a sua vida, que a vida humana em geral, tem valor e sentido graças a esta pergunta: «Tu amas?» É somente graças a esta pergunta que vale a pena viver.