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domingo, 7 de janeiro de 2024

7 de janeiro - Santo do Dia

São Raimundo de Peñafort
 

São Raimundo de Penãfort foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja e exímio na ciência do Direito Canônico


Nasceu no castelo de Peñafort, Barcelona, Espanha, no ano de 1175. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um reconhecido mestre. Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao Bispo de Barcelona que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até discernir seu chamado à vida religiosa, quando entrou para a família dominicana e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido para Roma, ocupou vários cargos.

Ele não buscava nem tinha em mente um projeto de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a Teologia, Direito Canônico! Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo foi de penitencieiro-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu convento, em Barcelona, como um simples frade, mas fossem os reis, o Papa e tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento.


São Raimundo escreveu a respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Por isso, os santos como São Raimundo, um exemplo. Faleceu em Roma, em 1275; cem anos consumindo-se pela obra do Senhor.

Minha oração

“Homem de grande fineza espiritual e inteligência jurídica, rogai por todos os promotores da paz, pelos que lutam pela justiça, pelos meios jurídicos civis e canônicos. Que a Igreja e a sociedade cresçam na precisão moral. Dai-nos uma conduta segundo o coração de Deus. Amém.


São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!

São Ricardo
Nasceu na Inglaterra, no século VII e teve três filhos que também foram reconhecidos pela Igreja como santos. Ao descobrir a sua vocação para a vida matrimonial, quis ser santo, mas também quis que seus filhos o fossem, formando uma família santa para Deus. Ele fez, diariamente, a sua opção, porque a santidade passa pela adesão da nossa liberdade. Somos livres, somos todos chamados a canalizar a nossa liberdade para Deus, o autor da verdadeira liberdade.

O santo inglês quis fazer uma peregrinação juntamente com os seus filhos chamados Winebaldo, Wilibaldo e Walberga. Mas, ao saírem da Inglaterra rumo à Terra Santa, passaram por Luca, norte da África, onde São Ricardo adoeceu gravemente e faleceu no ano de 722. Para os filhos, ficou o testemunho, a alegria do pai, a doação, o homem que em tudo buscou a santidade; não apenas para si, mas para os outros e para seus filhos. 

São Bonifácio, parente muito próximo, convocou os filhos de São Ricardo para a evangelização na Germânia. Que linda contribuição! Walberga tornou-se abadessa; Wilibaldo, Bispo e Winebaldo fundou um mosteiro. Todos eles, como o pai, viveram a santidade.

São Ricardo foi santo no seu tempo. De família nobre, viveu uma nobreza interior, que precisa ser a de todos os cristãos; aquela que muitos podem nem perceber, mas que Deus está vendo. Os frutos mais próximos que podemos perceber na vida desse santo são seus filhos que, assim como o pai, também foram santos. Ele quis ser santo e batalhou para sê-lo como Nosso Senhor Jesus Cristo foi, é e continuará sendo. Sejamos santos.

São Ricardo, rogai por nós!


São Romualdo

São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho, dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.

Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome, entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas proximidades de Ravena.

Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes peregrinações penitenciais.

Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros. Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo — desejam escapar do bulício do mundo.

Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela regra de são Bento.

Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar. Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo imperador Oto III, que o admirava.

Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e, ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta, como vimos, não teve moradia permanente.

São Romualdo, rogai por nós!

 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

7 de novembro - Santo do Dia

São Prosdócimo


Bispo (+100)

São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.

O nome Prosdócimo, pouco frequente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações.

Até a mais bela imagem dedicada a ele acabou sendo feita por um ilustre artista italiano, faz parte de um conjunto dedicado a santa Justina, outra mártir célebre daquela região. Na tela, Prosdócimo aparece com o típico atributo do jarro, símbolo da sua incansável atividade de batizador, ou seja, formador do rebanho do Senhor.

Nas várias regiões de Rieti e Pádua, o bispo Prosdócimo teria patrocinado prodígios e milagres, que as mais antigas tradições descrevem com toda a liberdade de expressão, reforçando ainda mais seus exemplos edificantes de fé em Cristo. Às vezes, porém, os poucos documentos tornam mais redundantes as tradições. Como foi o caso deste bispo. Depois de sua morte, encontrou-se o registro citando que a comunidade erguera, fora das muralhas de Pádua, a igreja de Santo Prosdócimo, que mais tarde tornou-se a Basílica de Santa Justina, uma das mais belas da cidade.

A glória do bispo Prosdócimo teria sido, de fato, Justina ter sido convertida por ele. Essa nova cristã soube manter intacta a sua fé, enfrentando o martírio na perseguição de Nero. Entretanto Prosdócimo foi poupado, não havendo nenhum registro, ou tradição, que explique o porquê.

O bispo Prosdócimo morreu naturalmente, carregado de merecimentos e de anos. O seu culto ainda é vigoroso, sendo venerado pelos fiéis, que rezam por sua paternal intercessão nas situações de aflição e desânimo. A  Igreja confirmou a sua celebração e, no calendário litúrgico, são Prosdócimo deve ser homenageado no dia 7 de novembro.

O nome Prosdócimo, em grego, significa "esperado". Ele foi o primeiro evangelizador dessas cidades. De fato, verdadeiramente, o esperado por elas, que ainda eram pagãs. A tradição diz que ele teria sido enviado para atendê-las pelo próprio são Pedro, que para isso o consagrou primeiro bispo de lá.


São Prosdócimo, rogai por nós! 



São Vilibrardo


Bispo (658-739)

Um monge beneditino, de pequena estatura, olhos profundos e vivos, mas de franzina e delicada constituição, compartilha com são Bonifácio o mérito de ter evangelizado a Germânia transrenana: é Vilibrardo, inglês da Nortúmbria, formado espiritualmente na Irlanda, na escola do abade Egberto, e em Ripon, uma verdadeira forja de santos.

Depois do insucesso da primeira missão, Vilfrido enviou à Frísia um grupo de 11 missionários, encabeçados pelo enérgico e corajoso Vilibrardo. O primeiro impacto com a região germânica teria desencorajado quem a ela tivesse chegado com outros fins que não fossem os de levar a mensagem evangélica aos pagãos.

Os 12 missionários desembarcaram na confluência do Escaut, entre brejos  malsãos e guerreiros em debandada depois do vitorioso avanço de Pepino  de Heristal, que, ao derrotar o rei Radbod, apossou-se da hostil região nórdica. Uma vitória providencial também para Vilibrardo, que pôde dirigir-se ao interior da Germânia e estabelecer contato com as populações pagãs.

Antes, porém, de dar início à evangelização, Vilibrardo quis ter o beneplácito do papa. A devoção ao papa será um sinal distintivo deste tenaz e leal “apóstolo”.

Ao voltar de Roma com o encorajamento de Sérgio I, Vilibrardo escolheu Antuérpia como ponto de partida para a irradiação das futuras missões. Antes de coordenar uma importante fundação, como criar uma nova diocese na Frísia, Vilibrardo dirigiu-se uma vez mais a Roma. E encontrou desta vez um novo papa, Gregório II, que o ordenou bispo com o nome de Clemente. Em 698, Vilibrardo fundou em Luxemburgo o mosteiro de Echternach, como ponto avançado das futuras expedições missionárias, que a partir daquele momento seria difícil enumerar.

Homem de ação e de oração, ele encarna o típico monge-abade-bispo beneditino, excelente organizador, com um acentuado senso da autoridade  central. A ele se deve, de fato, a criação de bispos auxiliares que evitassem o fracionamento das várias Igrejas, com prejuízo de uma conjunta e mais incisiva atividade missionária. Morreu na abadia de Echternach, onde são venerados os seus restos mortais.


São Vilibrardo , rogai por nós!


domingo, 20 de agosto de 2023

Santo do Dia - 20 de agosto

São Bernardo de Claraval

Abade e doutor da Igreja

 
Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.

Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, 30 pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude  que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante 38 anos. Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com 165 mosteiros. Bernardo, sozinho, fundou 78 e, em suas mãos, mais de 700 religiosos professaram os votos. Quando Bernardo faleceu, havia 700 monges em Claraval.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes, teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em  questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou  afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período, teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde  sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e impunha-se severa penitência.

Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.

Seus livros de teologia e de ascética são lidos ainda hoje. Recorde-se "Tratado do amor de Deus" e "O Cântico dos Cânticos", uma terna declaração de amor à Virgem.

Um de seus pensamentos: "Amar a Deus é ter caridade. Procurar ser amado por Deus é servir à caridade".

São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174,por Alexandre II, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830, por Pio VIII.

Minha oração

“Mestre na arte da oração e dotado da sabedoria do Alto, ajudai-nos a viver a santidade e nos unir a Deus por inteiro. Ensina-nos o caminho da sabedoria e da verdade, assim como ensinaste aos cistercienses, Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

 
 São Bernardo de Claraval, rogai por nós!

 

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Santo do Dia - 12 de junho

São Bernardo de Menton (de Aosta)
 
Bernardo viveu no século IX. Pouco se sabe sobre sua origem, não é certo, mas parece que pertencia à família dos barões de Menton, da corte francesa. Entretanto documentos da época confirmam que, na Itália, Bernardo era o arcedecano da catedral de Aosta, conhecido pela oratória nas pregações.

Ele será sempre lembrado como reconstrutor de um dos pontos mais destruídos da Europa: a passagem de Monte Giove, atualmente chamada de Grande São Bernardo, onde também havia um mosteiro. Essa região de vales era uma rota importante que ligava Londres, na Inglaterra, a Perugia, na Itália, permitindo o trânsito de mercadorias, pessoas e idéias.

Desde o final do século IX, esses vales e colinas passaram a viver um inferno. Os exércitos árabes dominaram a região, achacando a população, provocando seqüestros, matanças, incendiando mosteiros, igrejas e aldeias inteiras.


Até que Guilherme da Provença colocou um ponto final nessa situação. Destruiu a base armada dos árabes, provocando a retirada de todos, mas, em conseqüência, a região ficou completamente destruída.

Foi nesse contexto que apareceu Bernardo. Ele recuperou o mosteiro lá existente, criando uma nova comunidade religiosa, que, sob a sua direção, com determinação e competência, reorganizou a população e reconstruiu as aldeias e vales. Assim, o paraíso voltou a reinar, pouco a pouco, com os habitantes fixando-se na região.

Depois, os novos religiosos, com o tempo, converteram-se em cônegos regulares e chegaram a formar uma congregação, a qual se dedicou a evangelizar as regiões montanhosas da Ásia Central. Eles se tornaram também famosos por utilizarem cães auxiliadores, conhecidos pelo nome de "São Bernardo", pois se originaram nesse mosteiro, e que tanto serviços prestaram para resgatar os alpinistas perdidos.

Este foi o outro Bernardo atuando, aquele evangelizador. Talvez a parte menos comentada de sua vida. Em sintonia com a reforma interna da Igreja, Bernardo era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e o comércio das coisas espirituais.

Pois foi trabalhando nessa causa que a morte o levou, em 12 de junho de 1081, no Convento de Novara. A Europa conseguiu reerguer-se, após mil anos de invasões de árabes, normandos, eslavos e húngaros, graças a homens como Bernardo de Aosta. Seu corpo foi sepultado na catedral de Novara, na Itália.

Inscrito no Martirológio Romano em 1681, são Bernardo de Aosta foi proclamado pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos esquiadores. 


São Bernardo de Menton (de Aosta), rogai por nós!



São Gaspar Bertoni
Nascido em Verona (Itália), em 9 de outubro de 1777, viveu num tempo em que a cidade era disputada entre franceses e austríacos. O povo sofria a fome, feridos lotavam os hospitais, crianças sem escola, juventude desorientada, o próprio clero sofria.

Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23 anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como "Apóstolo dos jovens".

A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se exemplo de ordem e disciplina. Colaborou na páróquia de San Fermo, como excelente pregador, o que lhe valeu o título de "Missionário Apostólico". 


Mas, aos poucos, Deus o foi chamando para a fundação de uma Congregação religiosa, numa época em que as Congregações eram perseguidas e até suprimidas, consideradas grupos de rebeldia contra franceses e austríacos.

Inspirado em Santo Inácio de Loyola, ele, com alguns companheiros, iniciaram uma escola anexa à Igreja dos Estigmas, lembra as chagas ou estigmas de São Francisco de Assis. Aí nascia uma Ordem Religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de: "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo" os Estigmatinos.

Em reconhecimento à autoridade e ao apoio dos bispos, denominam-se: "Missionários Apostólicos em Auxílio aos Bispos". Padre Gaspar procurava fazer tudo segundo a vontade de Deus. Desde os 35 anos, enfrentou sérios problemas de saúde, suportou terríveis sofrimentos, sem nem mesmo uma queixa. Fez de suas enfermidades motivos de redenção e de louvor a Deus. Chamava-as "Escola de Deus", que ensina o perdão e a confiança nele.

Padre Gaspar morreu, com quase 76 anos, em 12 de junho de 1853 e foi  canonizado por João Paulo II, em 1 de novembro de 1989. Celebra-se sua festa litúrgica dia 12 de junho. 


São Gaspar Bertoni, rogai por nós!



São Gaspar de Búfalo


Gaspar nasceu em Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quarteroni. Foi companheiro de Vicente Strambi nas missões, o qual o definia como “terremoto espiritual”. O povo o chamava de “anjo da paz”, devido suas pregações serem pacíficas e caridosas. Com estas armas da paz e da caridade conseguiu conter os bandidos que proliferavam nas periferias de Roma.

O Papa Leão XII recorreu a Gaspar de Búfalo devido a proliferação do banditismo, o qual, conseguiu amansar os mais temíveis bandidos. O Papa João XXIII definiu-lhe como: “Glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Em 1810, uma piedosa religiosa dizia que surgiria um zeloso sacerdote que sacudiria o povo da sua indiferença, mediante a propagação da devoção ao Precioso Sangue de Cristo. 

Naquele ano Gaspar de Búfalo, com dois anos de sacerdócio, tinha sido preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Ele empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção.

Faleceu em Roma a 28 de dezembro de 1837, em um quarto em cima do  Teatro Marcelo, São Vicente Palloti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como uma estrela luminosa. A  fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.


São Gaspar de Búfalo, rogai por nós!



São João de Sahagun
 João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.

O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente,  ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.

Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".

O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.

Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em  Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.

Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.

Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.

João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros. 


 São João de Sahagun, rogai por nós!



Santo Onofre


Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse  abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria  chamado a vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No  final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus. 


Santo Onofre, rogai por nós!


terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Santo do Dia - 7 de fevereiro

São Ricardo

Nasceu na Inglaterra, no século VII e teve três filhos que também foram reconhecidos pela Igreja como santos. Ao descobrir a sua vocação para a vida matrimonial, quis ser santo, mas também quis que seus filhos o fossem, formando uma família santa para Deus. Ele fez, diariamente, a sua opção, porque a santidade passa pela adesão da nossa liberdade. Somos livres, somos todos chamados a canalizar a nossa liberdade para Deus, o autor da verdadeira liberdade.

O santo inglês quis fazer uma peregrinação juntamente com os seus filhos chamados Winebaldo, Wilibaldo e Walberga. Mas, ao saírem da Inglaterra rumo à Terra Santa, passaram por Luca, norte da África, onde São Ricardo adoeceu gravemente e faleceu no ano de 722. Para os filhos, ficou o testemunho, a alegria do pai, a doação, o homem que em tudo buscou a santidade; não apenas para si, mas para os outros e para seus filhos. 

São Bonifácio, parente muito próximo, convocou os filhos de São Ricardo para a evangelização na Germânia. Que linda contribuição! Walberga tornou-se abadessa; Wilibaldo, Bispo e Winebaldo fundou um mosteiro. Todos eles, como o pai, viveram a santidade.

São Ricardo foi santo no seu tempo. De família nobre, viveu uma nobreza interior, que precisa ser a de todos os cristãos; aquela que muitos podem nem perceber, mas que Deus está vendo. Os frutos mais próximos que podemos perceber na vida desse santo são seus filhos que, assim como o pai, também foram santos. Ele quis ser santo e batalhou para sê-lo como Nosso Senhor Jesus Cristo foi, é e continuará sendo. Sejamos santos.

A minha oração
Se você é pai ou mãe, ouse rezar assim: Senhor Jesus, pela intercessão de São Ricardo, eu te suplico: conserva-me no caminho de santidade, a ponto de que meus filhos também sejam um dia acolhidos no céu, santos e irrepreensíveis. Amém!”.

 
São Ricardo, rogai por nós!



São Romualdo

São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho, dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.

Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome, entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas proximidades de Ravena.

Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes peregrinações penitenciais.

Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros. Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo — desejam escapar do bulício do mundo.

Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela regra de são Bento.

Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar. Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo imperador Oto III, que o admirava.

Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e, ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta, como vimos, não teve moradia permanente.

São Romualdo, rogai por nós!


segunda-feira, 7 de novembro de 2022

7 de novembro - Santo do Dia

São Prosdócimo


Bispo (+100)

São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.

O nome Prosdócimo, pouco frequente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações.

Até a mais bela imagem dedicada a ele acabou sendo feita por um ilustre artista italiano, faz parte de um conjunto dedicado a santa Justina, outra mártir célebre daquela região. Na tela, Prosdócimo aparece com o típico atributo do jarro, símbolo da sua incansável atividade de batizador, ou seja, formador do rebanho do Senhor.

Nas várias regiões de Rieti e Pádua, o bispo Prosdócimo teria patrocinado prodígios e milagres, que as mais antigas tradições descrevem com toda a liberdade de expressão, reforçando ainda mais seus exemplos edificantes de fé em Cristo. Às vezes, porém, os poucos documentos tornam mais redundantes as tradições. Como foi o caso deste bispo. Depois de sua morte, encontrou-se o registro citando que a comunidade erguera, fora das muralhas de Pádua, a igreja de Santo Prosdócimo, que mais tarde tornou-se a Basílica de Santa Justina, uma das mais belas da cidade.

A glória do bispo Prosdócimo teria sido, de fato, Justina ter sido convertida por ele. Essa nova cristã soube manter intacta a sua fé, enfrentando o martírio na perseguição de Nero. Entretanto Prosdócimo foi poupado, não havendo nenhum registro, ou tradição, que explique o porquê.

O bispo Prosdócimo morreu naturalmente, carregado de merecimentos e de anos. O seu culto ainda é vigoroso, sendo venerado pelos fiéis, que rezam por sua paternal intercessão nas situações de aflição e desânimo. A  Igreja confirmou a sua celebração e, no calendário litúrgico, são Prosdócimo deve ser homenageado no dia 7 de novembro.

O nome Prosdócimo, em grego, significa "esperado". Ele foi o primeiro evangelizador dessas cidades. De fato, verdadeiramente, o esperado por elas, que ainda eram pagãs. A tradição diz que ele teria sido enviado para atendê-las pelo próprio são Pedro, que para isso o consagrou primeiro bispo de lá.


São Prosdócimo, rogai por nós! 



São Vilibrardo


Bispo (658-739)

Um monge beneditino, de pequena estatura, olhos profundos e vivos, mas de franzina e delicada constituição, compartilha com são Bonifácio o mérito de ter evangelizado a Germânia transrenana: é Vilibrardo, inglês da Nortúmbria, formado espiritualmente na Irlanda, na escola do abade Egberto, e em Ripon, uma verdadeira forja de santos.

Depois do insucesso da primeira missão, Vilfrido enviou à Frísia um grupo de 11 missionários, encabeçados pelo enérgico e corajoso Vilibrardo. O primeiro impacto com a região germânica teria desencorajado quem a ela tivesse chegado com outros fins que não fossem os de levar a mensagem evangélica aos pagãos.

Os 12 missionários desembarcaram na confluência do Escaut, entre brejos  malsãos e guerreiros em debandada depois do vitorioso avanço de Pepino  de Heristal, que, ao derrotar o rei Radbod, apossou-se da hostil região nórdica. Uma vitória providencial também para Vilibrardo, que pôde dirigir-se ao interior da Germânia e estabelecer contato com as populações pagãs.

Antes, porém, de dar início à evangelização, Vilibrardo quis ter o beneplácito do papa. A devoção ao papa será um sinal distintivo deste tenaz e leal “apóstolo”.

Ao voltar de Roma com o encorajamento de Sérgio I, Vilibrardo escolheu Antuérpia como ponto de partida para a irradiação das futuras missões. Antes de coordenar uma importante fundação, como criar uma nova diocese na Frísia, Vilibrardo dirigiu-se uma vez mais a Roma. E encontrou desta vez um novo papa, Gregório II, que o ordenou bispo com o nome de Clemente. Em 698, Vilibrardo fundou em Luxemburgo o mosteiro de Echternach, como ponto avançado das futuras expedições missionárias, que a partir daquele momento seria difícil enumerar.

Homem de ação e de oração, ele encarna o típico monge-abade-bispo beneditino, excelente organizador, com um acentuado senso da autoridade  central. A ele se deve, de fato, a criação de bispos auxiliares que evitassem o fracionamento das várias Igrejas, com prejuízo de uma conjunta e mais incisiva atividade missionária. Morreu na abadia de Echternach, onde são venerados os seus restos mortais.


São Vilibrardo , rogai por nós!


domingo, 29 de maio de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

Solenidade da Ascensão do Senhor -  Domingo

Anúncio do Evangelho (Lc 24,46-53)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:  46“Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.

48Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.

50Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.

  — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

 

 MEDITANDO O EVANGELHO

«E enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao céu»

Hoje, Ascensão do Senhor, recordamos mais uma vez a "missão que" temos confiada: «Vós sois as testemunhas destas coisas» (Lc 24,48). A palavra de Deus continua sendo hoje atualidade viva: «Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força (...) e sereis minhas testemunhas» (At 1,8) até os confins do mundo. A palavra de Deus é exigência de urgente atualidade: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura» (Mc 16,15).

Nesta Solenidade ressoa com força o convite de nosso Mestre, que —revestido da nossa humanidade— acabada a sua missão neste mundo, deixa nos para sentar-se à destra do Pai e enviar-nos a força do alto, o Espírito Santo.

Mas eu devo perguntar-me: —o Senhor atua por meio de mim? Quais são os sinais que acompanham a minha testemunha? Algo me recorda os versos de um poeta: «Não podes esperar até que Deus chegue e te diga 'Eu sou'. Um Deus que declara o seu poder carece de sentido. “Deves saber que Deus sopra por meio de ti desde o começo, e se teu peito arde e nada denota então Deus está obrando nele».

E este deve ser o nosso sinal: o fogo que arde em nosso interior, o fogo que —como no profeta Jeremias— não se pode conter: a Palavra viva de Deus. E precisamos dizer: Povos todos, batei palmas, aclamai a Deus com vozes alegres. Deus subiu por entre aclamações, o SENHOR ao som da trombeta. Cantai hinos a Deus, cantai hinos; cantai hinos ao nosso rei, cantai hinos!» (Sal 47,2.6-7).

O seu reinado está se formando no coração dos povos, em seu coração, como uma semente pronta para brotar. —Canta, dança para o Senhor. E se não sabe como fazê-lo, ponha a Palavra nos seus lábios até que desça ao seu coração: —Deus, Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, me dá espírito de sabedoria e revelação para conhecer-te. Ilumina os olhos do meu coração para compreender o teu chamado à esperança, a riqueza da glória que tendes preparada e a grandeza do teu poder que despregastes com a ressurreição de Cristo.Dom Josep ALEGRE Abade emérito de Santa Mª Poblet (Tarragona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Cristo é um só corpo composto de muitos membros. Ele desceu, portanto, do céu, pela sua misericórdia, mas já não subiu Ele só, pois também nós subimos Nele pela graça» (Santo Agostinho)

  • «O Senhor dirige o olhar dos Apóstolos – o nosso olhar – para o céu para lhes mostrar como seguir o caminho do bem durante a vida terrena. Podemos ouvir, ver e tocar ao Senhor Jesus na Igreja, especialmente através da palavra e dos sacramentos» (Bento XVI)

  • «Nos céus, Cristo exerce permanentemente o seu sacerdócio, sempre vivo para interceder a favor daqueles que, por seu intermédio, se aproximam de Deus. Como ‘sumo sacerdote dos bens futuros’ (Heb 9, 11), Ele é o centro e o ator principal da liturgia que honra o Pai que está nos céus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 662)


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Santo do Dia - 7 de fevereiro

São Ricardo
Nasceu na Inglaterra, no século VII e teve três filhos que também foram reconhecidos pela Igreja como santos. Ao descobrir a sua vocação para a vida matrimonial, quis ser santo, mas também quis que seus filhos o fossem, formando uma família santa para Deus. Ele fez, diariamente, a sua opção, porque a santidade passa pela adesão da nossa liberdade. Somos livres, somos todos chamados a canalizar a nossa liberdade para Deus, o autor da verdadeira liberdade.

O santo inglês quis fazer uma peregrinação juntamente com os seus filhos chamados Winebaldo, Wilibaldo e Walberga. Mas, ao saírem da Inglaterra rumo à Terra Santa, passaram por Luca, norte da África, onde São Ricardo adoeceu gravemente e faleceu no ano de 722. Para os filhos, ficou o testemunho, a alegria do pai, a doação, o homem que em tudo buscou a santidade; não apenas para si, mas para os outros e para seus filhos. 

São Bonifácio, parente muito próximo, convocou os filhos de São Ricardo para a evangelização na Germânia. Que linda contribuição! Walberga tornou-se abadessa; Wilibaldo, Bispo e Winebaldo fundou um mosteiro. Todos eles, como o pai, viveram a santidade.

São Ricardo foi santo no seu tempo. De família nobre, viveu uma nobreza interior, que precisa ser a de todos os cristãos; aquela que muitos podem nem perceber, mas que Deus está vendo. Os frutos mais próximos que podemos perceber na vida desse santo são seus filhos que, assim como o pai, também foram santos. Ele quis ser santo e batalhou para sê-lo como Nosso Senhor Jesus Cristo foi, é e continuará sendo. Sejamos santos.

São Ricardo, rogai por nós!


São Romualdo

São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho, dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.

Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome, entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas proximidades de Ravena.

Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes peregrinações penitenciais.

Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros. Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo — desejam escapar do bulício do mundo.

Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela regra de são Bento.

Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar. Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo imperador Oto III, que o admirava.

Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e, ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta, como vimos, não teve moradia permanente.

São Romualdo, rogai por nós! 


domingo, 7 de novembro de 2021

7 de novembro - Santo do Dia

São Prosdócimo


Bispo (+100)

São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.

O nome Prosdócimo, pouco frequente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações.

Até a mais bela imagem dedicada a ele acabou sendo feita por um ilustre artista italiano, faz parte de um conjunto dedicado a santa Justina, outra mártir célebre daquela região. Na tela, Prosdócimo aparece com o típico atributo do jarro, símbolo da sua incansável atividade de batizador, ou seja, formador do rebanho do Senhor.

Nas várias regiões de Rieti e Pádua, o bispo Prosdócimo teria patrocinado prodígios e milagres, que as mais antigas tradições descrevem com toda a liberdade de expressão, reforçando ainda mais seus exemplos edificantes de fé em Cristo. Às vezes, porém, os poucos documentos tornam mais redundantes as tradições. Como foi o caso deste bispo. Depois de sua morte, encontrou-se o registro citando que a comunidade erguera, fora das muralhas de Pádua, a igreja de Santo Prosdócimo, que mais tarde tornou-se a Basílica de Santa Justina, uma das mais belas da cidade.

A glória do bispo Prosdócimo teria sido, de fato, Justina ter sido convertida por ele. Essa nova cristã soube manter intacta a sua fé, enfrentando o martírio na perseguição de Nero. Entretanto Prosdócimo foi poupado, não havendo nenhum registro, ou tradição, que explique o porquê.

O bispo Prosdócimo morreu naturalmente, carregado de merecimentos e de anos. O seu culto ainda é vigoroso, sendo venerado pelos fiéis, que rezam por sua paternal intercessão nas situações de aflição e desânimo. A  Igreja confirmou a sua celebração e, no calendário litúrgico, são Prosdócimo deve ser homenageado no dia 7 de novembro.

O nome Prosdócimo, em grego, significa "esperado". Ele foi o primeiro evangelizador dessas cidades. De fato, verdadeiramente, o esperado por elas, que ainda eram pagãs. A tradição diz que ele teria sido enviado para atendê-las pelo próprio são Pedro, que para isso o consagrou primeiro bispo de lá.


São Prosdócimo, rogai por nós! 



São Vilibrardo


Bispo (658-739)

Um monge beneditino, de pequena estatura, olhos profundos e vivos, mas de franzina e delicada constituição, compartilha com são Bonifácio o mérito de ter evangelizado a Germânia transrenana: é Vilibrardo, inglês da Nortúmbria, formado espiritualmente na Irlanda, na escola do abade Egberto, e em Ripon, uma verdadeira forja de santos.

Depois do insucesso da primeira missão, Vilfrido enviou à Frísia um grupo de 11 missionários, encabeçados pelo enérgico e corajoso Vilibrardo. O primeiro impacto com a região germânica teria desencorajado quem a ela tivesse chegado com outros fins que não fossem os de levar a mensagem evangélica aos pagãos.

Os 12 missionários desembarcaram na confluência do Escaut, entre brejos  malsãos e guerreiros em debandada depois do vitorioso avanço de Pepino  de Heristal, que, ao derrotar o rei Radbod, apossou-se da hostil região nórdica. Uma vitória providencial também para Vilibrardo, que pôde dirigir-se ao interior da Germânia e estabelecer contato com as populações pagãs.

Antes, porém, de dar início à evangelização, Vilibrardo quis ter o beneplácito do papa. A devoção ao papa será um sinal distintivo deste tenaz e leal “apóstolo”.

Ao voltar de Roma com o encorajamento de Sérgio I, Vilibrardo escolheu Antuérpia como ponto de partida para a irradiação das futuras missões. Antes de coordenar uma importante fundação, como criar uma nova diocese na Frísia, Vilibrardo dirigiu-se uma vez mais a Roma. E encontrou desta vez um novo papa, Gregório II, que o ordenou bispo com o nome de Clemente. Em 698, Vilibrardo fundou em Luxemburgo o mosteiro de Echternach, como ponto avançado das futuras expedições missionárias, que a partir daquele momento seria difícil enumerar.

Homem de ação e de oração, ele encarna o típico monge-abade-bispo beneditino, excelente organizador, com um acentuado senso da autoridade  central. A ele se deve, de fato, a criação de bispos auxiliares que evitassem o fracionamento das várias Igrejas, com prejuízo de uma conjunta e mais incisiva atividade missionária. Morreu na abadia de Echternach, onde são venerados os seus restos mortais.


São Vilibrardo , rogai por nós!


domingo, 15 de agosto de 2021

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora - Domingo

 Anúncio do Evangelho (Lc, 1,39-56)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas,

Glória a vós, Senhor.

Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.

56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

 — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO
 

«A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

Dom Josep ALEGRE Abade emérito de Santa Mª Poblet (Tarragona, Espanha)  

Hoje celebramos a solenidade da Assunção de Santa Maria em corpo e alma aos Céus. «Hoje diz São Bernardo sobe ao Céu a Virgem cheia de glória e enche de gozo os cidadãos celestes». E acrescentará essas preciosas palavras: «Que presente mais maravilhoso nossa terra envia hoje ao Céu! Com esse gesto sublime de amizade que é dar e receber se fundem o humano e o divino, o terreno e o celeste, o humilde e o nobre. O fruto mais escolhido da terra está aí, de onde procedem as melhores dádivas, e as oferendas, de maior valor. Elevadas às alturas, a Virgem Santa esbanjará suas graças aos homens».

A primeira graça é a Palavra, que Ela soube guardar com tanta fidelidade no coração e fazê-la frutificar desde seu profundo silêncio acolhedor. Com esta Palavra em seu espaço interior, gerando a Vida em seu ventre para os homens, «Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel» (Lc 1,39-40). A presença de Maria fez a alegria transbordar: «Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre» (Lc 1,44), exclama Isabel.

Principalmente, nos faz o dom de seu louvor, sua mesma alegria feita canto, seu Magníficat: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador...» (Lc 1,46-47). Que presente mais formoso nos devolve hoje o céu com o canto de Maria, feito Palavra de Deus! Neste canto achamos os indícios para aprender como se fundem o humano e o divino, o terreno e o celeste, e chegar a responder como Ela ao presente que nos faz Deus em seu Filho, através de sua Santa Mãe: para ser um presente de Deus para o mundo e, amanhã, um presente de nossa humanidade a Deus, seguindo o exemplo de Maria, que nos precede nesta glorificação à qual estamos destinados. 

sábado, 12 de junho de 2021

Santo do Dia - 12 de junho

São Bernardo de Menton (de Aosta)
 
Bernardo viveu no século IX. Pouco se sabe sobre sua origem, não é certo, mas parece que pertencia à família dos barões de Menton, da corte francesa. Entretanto documentos da época confirmam que, na Itália, Bernardo era o arcedecano da catedral de Aosta, conhecido pela oratória nas pregações.

Ele será sempre lembrado como reconstrutor de um dos pontos mais destruídos da Europa: a passagem de Monte Giove, atualmente chamada de Grande São Bernardo, onde também havia um mosteiro. Essa região de vales era uma rota importante que ligava Londres, na Inglaterra, a Perugia, na Itália, permitindo o trânsito de mercadorias, pessoas e idéias.

Desde o final do século IX, esses vales e colinas passaram a viver um inferno. Os exércitos árabes dominaram a região, achacando a população, provocando seqüestros, matanças, incendiando mosteiros, igrejas e aldeias inteiras.


Até que Guilherme da Provença colocou um ponto final nessa situação. Destruiu a base armada dos árabes, provocando a retirada de todos, mas, em conseqüência, a região ficou completamente destruída.

Foi nesse contexto que apareceu Bernardo. Ele recuperou o mosteiro lá existente, criando uma nova comunidade religiosa, que, sob a sua direção, com determinação e competência, reorganizou a população e reconstruiu as aldeias e vales. Assim, o paraíso voltou a reinar, pouco a pouco, com os habitantes fixando-se na região.

Depois, os novos religiosos, com o tempo, converteram-se em cônegos regulares e chegaram a formar uma congregação, a qual se dedicou a evangelizar as regiões montanhosas da Ásia Central. Eles se tornaram também famosos por utilizarem cães auxiliadores, conhecidos pelo nome de "São Bernardo", pois se originaram nesse mosteiro, e que tanto serviços prestaram para resgatar os alpinistas perdidos.

Este foi o outro Bernardo atuando, aquele evangelizador. Talvez a parte menos comentada de sua vida. Em sintonia com a reforma interna da Igreja, Bernardo era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e o comércio das coisas espirituais.

Pois foi trabalhando nessa causa que a morte o levou, em 12 de junho de 1081, no Convento de Novara. A Europa conseguiu reerguer-se, após mil anos de invasões de árabes, normandos, eslavos e húngaros, graças a homens como Bernardo de Aosta. Seu corpo foi sepultado na catedral de Novara, na Itália.

Inscrito no Martirológio Romano em 1681, são Bernardo de Aosta foi proclamado pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos esquiadores. 


São Bernardo de Menton (de Aosta), rogai por nós!



São Gaspar Bertoni
Nascido em Verona (Itália), em 9 de outubro de 1777, viveu num tempo em que a cidade era disputada entre franceses e austríacos. O povo sofria a fome, feridos lotavam os hospitais, crianças sem escola, juventude desorientada, o próprio clero sofria.

Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23 anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como "Apóstolo dos jovens".

A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se exemplo de ordem e disciplina. Colaborou na páróquia de San Fermo, como excelente pregador, o que lhe valeu o título de "Missionário Apostólico". 


Mas, aos poucos, Deus o foi chamando para a fundação de uma Congregação religiosa, numa época em que as Congregações eram perseguidas e até suprimidas, consideradas grupos de rebeldia contra franceses e austríacos.

Inspirado em Santo Inácio de Loyola, ele, com alguns companheiros, iniciaram uma escola anexa à Igreja dos Estigmas, lembra as chagas ou estigmas de São Francisco de Assis. Aí nascia uma Ordem Religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de: "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo" os Estigmatinos.

Em reconhecimento à autoridade e ao apoio dos bispos, denominam-se: "Missionários Apostólicos em Auxílio aos Bispos". Padre Gaspar procurava fazer tudo segundo a vontade de Deus. Desde os 35 anos, enfrentou sérios problemas de saúde, suportou terríveis sofrimentos, sem nem mesmo uma queixa. Fez de suas enfermidades motivos de redenção e de louvor a Deus. Chamava-as "Escola de Deus", que ensina o perdão e a confiança nele.

Padre Gaspar morreu, com quase 76 anos, em 12 de junho de 1853 e foi  canonizado por João Paulo II, em 1 de novembro de 1989. Celebra-se sua festa litúrgica dia 12 de junho. 


São Gaspar Bertoni, rogai por nós!



São Gaspar de Búfalo


Gaspar nasceu em Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quarteroni. Foi companheiro de Vicente Strambi nas missões, o qual o definia como “terremoto espiritual”. O povo o chamava de “anjo da paz”, devido suas pregações serem pacíficas e caridosas. Com estas armas da paz e da caridade conseguiu conter os bandidos que proliferavam nas periferias de Roma.

O Papa Leão XII recorreu a Gaspar de Búfalo devido a proliferação do banditismo, o qual, conseguiu amansar os mais temíveis bandidos. O Papa João XXIII definiu-lhe como: “Glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Em 1810, uma piedosa religiosa dizia que surgiria um zeloso sacerdote que sacudiria o povo da sua indiferença, mediante a propagação da devoção ao Precioso Sangue de Cristo. 

Naquele ano Gaspar de Búfalo, com dois anos de sacerdócio, tinha sido preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Ele empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção.

Faleceu em Roma a 28 de dezembro de 1837, em um quarto em cima do  Teatro Marcelo, São Vicente Palloti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como uma estrela luminosa. A  fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.


São Gaspar de Búfalo, rogai por nós!



São João de Sahagun
 João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.

O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente,  ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.

Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".

O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.

Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em  Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.

Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.

Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.

João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros. 


 São João de Sahagun, rogai por nós!



Santo Onofre


Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse  abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria  chamado a vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No  final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus. 


Santo Onofre, rogai por nós!