Todos os Santos
"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos,
povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes
brancas e palmas na mão."
A visão narrada por são João Evangelista, no
Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de
Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não
permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja
tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente
e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos
ensinamentos de Jesus.
Enfim, santos são todos os que foram canonizados
pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja
conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em
Cristo.
Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque para Deus não
existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O que vale é o
nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que
somente Deus conhece.
Como mesmo entre os canonizados muitos santos não
têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a lembrança de
todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração começou no século III, na
Igreja do Oriente, e ocorria no dia 13 de maio.
A festa de Todos os
Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609, quando o
papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses
pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos.
A mudança do dia começou com o abade inglês Alcuíno de York, professor
de Carlos Magno, perto do ano 800. Os pagãos celtas entendiam o dia 1o de
novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do inverno. Quando
eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a
veneração de Todos os Santos lembrando os cristãos que morreram em estado de
graça foi instituída no dia 1o de novembro.
O papa Gregório IV, em 835,
fixou e estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1o de novembro.
Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para
1o de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV. Mas o
importante é que a solenidade de Todos os Santos enche de sentido a homenagem de
Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
PF prende suspeitos de criar igreja para desviar R$ 400 milhões
A
Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (31) uma operação para prender
suspeitos de utilizarem uma igreja de
fachada para cometer crimes contra o sistema financeiro, lavar dinheiro e
sonegar impostos. Foram cumpridos seis mandados de prisão e 12 mandados de
busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Atibaia e Valinhos, todas no Estado
de São Paulo. Segundo a PF, os acusados foram descobertos pela grande
movimentação financeira da pequena igreja que criaram, que chegou a quase R$ 400 milhões.
Segundo estimativas
realizadas durante as investigações, o prejuízo total à União e ao Estado de
São Paulo, pelo não recolhimento dos tributos devidos e pelas fraudes
detectadas passam de R$ 150 milhões
ao ano. "Constatou-se que se tratava
de uma empresa que jamais teve existência física e que a associação religiosa
foi criada por gozar de imunidade tributária, o que, diminuiria as probabilidades de fiscalização,
na visão dos integrantes do grupo", disse a PF em nota.Estratégias diferentes
A
PF afirma que durante as investigações que os acusados utilizavam duas estratégias para sonegar impostos.
Enquanto os processos eram fisicamente subtraídos das instalações da repartição pública, de acordo com as investigações da Polícia, havia também o apagamento dos registros nos sistemas de informática. A investigação aponta que eles eram levados em partes, escondidos em bolsas ou mochilas. "Ao final, eram entregues aos chefes da quadrilha, que os entregavam para os empresários envolvidos. Há evidências de que cada procedimento continha valores de multas fiscais que variam entre R$ 1 milhão e R$ 35 milhões".
Os investigados responderão pelos crimes contra o sistema financeiro, subtração de processos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, formação e quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.
Fonte: UOL – Notícias
31 de outubro - Santo do dia
A Companhia de Jesus gerou padres e missionários santos que deixaram a
assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da
humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras
sociais cristãs em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas
contribuições ainda florescem no mundo todo.
Entretanto de suas fileiras saíram também santos humildes e simples, que pela vida entregue a Deus e servindo exclusivamente ao próximo, mostraram o caminho de felicidade espiritual aos devotos e discípulos. Valorosos personagens quase ocultos, que formam gerações e gerações de cristãos e, assim, sedimentam a sua obra no seio das famílias leigas e religiosas.
Um dos mais significativos desses exemplos é o irmão leigo Afonso Rodrigues, natural de Segóvia, Espanha. Nascido em 25 de julho de 1532, pertencia a uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.
Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai, um simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.
Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas novamente a fatalidade fez-se presente no seu lar. Primeiro, foi a jovem esposa que adoeceu e logo morreu; em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro. Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para piorar, ficou sem crédito.
Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas provas e não pôde cursar a Faculdade de Valência.
Afonso entrou, então, numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou, meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente a serviço de Deus, servindo aos semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571. E foi um noviciado de sucesso, pois foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca, onde encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.
No colégio, exerceu somente a simples e humilde função de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.
E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da Ordem, que jamais abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro foi o missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu, sempre, sua orientação.
Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes de morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foi canonizado em 1888, pelo papa Leão XIII, junto com são Pedro Claver, seu discípulo, conhecido como o Apostolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou uma obra escrita resumida em três volumes, mas de grande valor teológico, onde relatou com detalhes a riqueza de sua espiritualidade mística. A sua festa litúrgica é comemorada no dia de sua morte.
Entretanto de suas fileiras saíram também santos humildes e simples, que pela vida entregue a Deus e servindo exclusivamente ao próximo, mostraram o caminho de felicidade espiritual aos devotos e discípulos. Valorosos personagens quase ocultos, que formam gerações e gerações de cristãos e, assim, sedimentam a sua obra no seio das famílias leigas e religiosas.
Um dos mais significativos desses exemplos é o irmão leigo Afonso Rodrigues, natural de Segóvia, Espanha. Nascido em 25 de julho de 1532, pertencia a uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.
Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai, um simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.
Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas novamente a fatalidade fez-se presente no seu lar. Primeiro, foi a jovem esposa que adoeceu e logo morreu; em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro. Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para piorar, ficou sem crédito.
Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas provas e não pôde cursar a Faculdade de Valência.
Afonso entrou, então, numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou, meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente a serviço de Deus, servindo aos semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571. E foi um noviciado de sucesso, pois foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca, onde encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.
No colégio, exerceu somente a simples e humilde função de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.
E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da Ordem, que jamais abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro foi o missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu, sempre, sua orientação.
Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes de morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foi canonizado em 1888, pelo papa Leão XIII, junto com são Pedro Claver, seu discípulo, conhecido como o Apostolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou uma obra escrita resumida em três volumes, mas de grande valor teológico, onde relatou com detalhes a riqueza de sua espiritualidade mística. A sua festa litúrgica é comemorada no dia de sua morte.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
São Wolfgang
No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores.
Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa.
Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar.
Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos.
Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona.
Ratisbona, cidade da Baviera, cujos vales dos rios Reno e Naab ligam as terras da Boêmia, que dependiam daquela diocese, ou seja, do bispo Wolfgang. Lá, ele, novamente, foi mestre e discípulo, professor e aprendiz. Mas foi, principalmente, o grande evangelizador e coordenador político. Caminhava de paróquia em paróquia dando exemplos de religiosidade e caridade, pregando e ensinando a irmãos, padres e leigos.
Sua fé e dedicação ao trabalho trouxeram-lhe fama, e até o próprio duque da Baviera confiou-lhe os filhos para educar. Foi a atitude acertada, porque Henrique, o filho mais velho do duque, tornou-se imperador da Baviera. Bruno, o segundo filho, foi bispo exemplar, como seu mestre. A filha, Gisela, foi um modelo de rainha católica na história da Hungria. E finalmente, a outra filha, Brígida, tornou-se abadessa de um mosteiro fundado pelo bispo Wolfgang.
Mas esse não foi o único mosteiro que criou, foram vários, além dos restaurados, das igrejas, hospitais, casas de repouso para velhos e creches para crianças, também fundados e administrados sob sua orientação. Sua visão evangelizadora era tão ampla que passava pelo curso político da história. Assim, surpreendeu os poderosos da época e até os superiores do clero quando decidiu separar da diocese de Ratisbona as terras da Baviera, para criar uma nova, com sua sede episcopal em Praga. Apesar das reclamações, agiu corretamente e fundou a diocese de Praga, que em 976 teve seu primeiro bispo, Tietemaro, depois sucedido pelo grande santo Alberto, doutor da Igreja.
Desse modo, robusteceu a missão evangelizadora e o cristianismo firmou raízes nas terras germânicas. Em 974, devido à luta entre Henrique II da Baviera e o imperador Oto II da Alemanha, refugiou-se num mosteiro em Salzburg. E não perdeu tempo, erguendo, ali perto, uma igreja dedicada a são João Batista, que depois foi aumentada, reformada e, em sua memória, recebendo o seu nome.
Wolfgang fazia uma viagem evangelizadora pela Áustria quando adoeceu. Morreu alguns dias depois, em Pupping, no dia 31 de outubro de 994. Foi canonizado em 1052, pelo papa Leão IX. A festa de são Wolfgang, celebrada no dia de sua morte, é uma das mais tradicionais da Igreja, especialmente entre os povos cristãos de língua germânica.
São Wolfgang, rogai por nós!
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
50 anos do Concílio Vaticano II - Avanços e retrocessos
O pontificado mais longo da história
da Igreja Católica Apostólica Romana foi o de Giovanni Maria Mastai Ferretti: 31 anos, 7 meses e 23 dias. Ao assumir o trono de
São Pedro, onde imperou de até sua morte em 7 de fevereiro de 1878, Mastai Ferretti adotou o nome de Pio IX,
deixou 41 encíclicas, assistiu a unificação do vizinho estado italiano em 1860
e, por ato de João Paulo II, restou beatificado de modo a alcançar a glória
doas altares, como se diz nos ambientes eclesiásticos e escrevem os jornalistas
italianos especializados em Vaticano (vaticanistas).
Mastai Ferretti escreveu um dos anátemas, - sentença de excomunhão da Igreja, mais pesados da história da Igreja e de matriz obscurantista: “Seja anátema quem afirma a possibilidade de mudar de religião para seguir o convencimento pessoal” (Pio IX, em Sillabo, 1864). Tal maldição papal foi cassada pelo humanizado e ecumênico Concílio Vaticano II, que completou 50 anos no dia 11 de outubro deste ano.
O Concílio Vaticano II, de iniciativa do então papa João XXIII, promoveu profundas reformas nos campos (1) ecumênico, (2) bíblico, (3) litúrgico. Mais ainda, reorganizou a vida interna na Igreja. Ele foi o 21º.concílio da Igreja católica e durou de outubro de 1962 a dezembro de 1965. Coube ao papa Paulo VI, nascido Giovanni Battista Montini, concluí-lo como sucessor de João XXIII, que faleceu em 3 de junho de 1963.
Inicialmente considerado um papa de transição pela idade provecta, João XXIII reuniu em assembléia 2.540 clérigos da mais alta hierarquia eclesiástica para sair do conservadorismo resistente e ingressar num mundo globalizado e a exigir posturas liberais, de aproximação com os fiéis e com os outros credos. Para muitos teólogos, o papa Roncalli, apelidado de ‘papa-bom’ pelos fiéis, logrou com o Vaticano II “antecipar, na Igreja, a modernidade do mundo globalizado”.
Para se ter idéia das mudanças introduzidas - e apesar do pé no freio de Montini e Wojtyla para reduzir a velocidade nas mudanças - pela primeira vez o papa Bento XVI, na véspera dos 50 anos do fundamental Vaticano II, pregou fraternamente às pessoas de língua árabe: - “Il papa prega per tutte Le persone di língua araba e Dio vi benedica tutti”.
Quando se fala em Vaticano II, logo se pensa na introdução da missa falada na língua dos países dos fiéis. O latim cedeu lugar para que os fiéis entendessem o que se estava a dizer nos altares. Os missais e os folhetos das missas foram traduzidos e impressos na língua moderna falada e tornaram mais eficientes e produtivas as interlocuções. Por evidente, os reacionários liderados pelo fundamentalista cardeal Marcel Lefebvre reagiram ao Vaticano II. Os chamados lefebvrianos promoveram uma irrelevante ruptura, que os jornais chamaram de cisma católico. No mundo laico, esse cisma repercutiu como algo que não passou de uma insistência em se celebrar em latim e manter as trevas.
Enquanto os protestantes, nas chamadas escolas dominicais, colocavam os textos sagrados à disposição dos fiéis, os ensinavam a interpretá-los e difundiam a leitura da Bíblia, a Igreja, até o Vaticano II, era fiel ao estabelecido no Concílio de Trento, o 19º. da história eclesiástica e realizado no arco temporal de 1545 a 1563. Pelo Concílio de Trento, a ampliação dada pelos protestantes era vedada e o velho e o novo Testamento ficavam como leituras exclusivas, ou melhor, prerrogativas do clero. Com o Concílio Vaticano II, ampliou-se o uso comunitário da Bíblia, dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos. Nas missas, os fiéis passaram a subir aos altares para leituras de textos bíblicos e dos ensinamentos do apóstolo Paulo.
A reforma ecumênica foi profunda e voltada à unidade cristã mediante e, assim, permitiu aproximações e diálogos com os cristãos não católicos e membros de outras religiões monoteístas. A O papa Wojtyla, por exemplo, referiu-se aos de religião judaica como irmãos mais velhos e em conformidade com o Vaticano II que condenou o antissemitismo. Ratzinger, como Wojtyla, visitaram sinagogas e pregaram em Jerusalém, em 2000 e 2009, no Muro das Lamentações. Sobre isso, conseguiu-se melhorar o relacionamento sem se olvidar o silêncio sepulcral do papa Pio XII quando tropas de Hitler, na margem romana do rio Tevere e, portanto vizinha ao Vaticano, retiraram os judeus dos guetos para os encaminhar, em precários trens estacionados na Tiburtina, à morte em campos nazistas de concentração distantes. Sob Ratzinger, o diálogo se complicou depois do episódio na universidade de Ratisbona em 2006, em aula magna e ao ofender gratuitamente os islâmicos. Por outro lado, não se pode esquecer, no campo das evoluções, as jornadas interreligiosas para a paz, no santuário de Assis.
Deve ser lembrado, na chamada aproximação recomendada pelo Vaticano II, a troca da batina por roupas iguais as vestidas pelos comuns dos mortais e leigos assumiram co-atribuições delegadas de “ministros da eucaristia”. Além do reconhecimento da liberdade religiosa, ficou assentado o princípio da igualdade entre todos os pertencentes à religião católica. Quanto a isso, no entanto, continua a resistência a impedir que as religiosas se ordenem sacerdotisas e possam celebrar as missas. No 50º. aniversário do Vaticano II, o Bento XVI abriu o chamado “Ano da Fé”. Quando ainda jovem e padre, Ratzinger, aos 38 anos de idade, foi convocado para participar, como “perito”, dos trabalhos de elaboração de um dos textos conciliares, o decreto Ad Gentes, voltado a dar um novo conceito às missões e evangelizações. A convocação partiu do respeitado cardeal Johanes Schitte, que tinha sido expulso da China maoísta dada a condição de clérigo.
Com efeito, Bento XVI conhece bem o espírito que inspirou o Vaticano II, mas, no seu pontificado, tem recaídas e se mostra mais conservador do que o seu antecessor Wojtyla. Muitas vezes, Ratzinger embarca no túnel do tempo e assume posturas do tempo pré-conciliar O recém falecido, respeitado e progressista cardeal Carlo Maria Montini, que nos legou o exemplo de como morrer com dignidade ao não desejar, sem ser caso de eutanásia, o alongamento do seu estado terminal, criticou o atraso na modernização da Igreja, algo levado adiante pelo humilde e iluminado papa Roncalli, idealizador do fundamental Concílio Vaticano II.
Fonte: Wálter Fanganiello Maierovitch - IBGF
Mastai Ferretti escreveu um dos anátemas, - sentença de excomunhão da Igreja, mais pesados da história da Igreja e de matriz obscurantista: “Seja anátema quem afirma a possibilidade de mudar de religião para seguir o convencimento pessoal” (Pio IX, em Sillabo, 1864). Tal maldição papal foi cassada pelo humanizado e ecumênico Concílio Vaticano II, que completou 50 anos no dia 11 de outubro deste ano.
O Concílio Vaticano II, de iniciativa do então papa João XXIII, promoveu profundas reformas nos campos (1) ecumênico, (2) bíblico, (3) litúrgico. Mais ainda, reorganizou a vida interna na Igreja. Ele foi o 21º.concílio da Igreja católica e durou de outubro de 1962 a dezembro de 1965. Coube ao papa Paulo VI, nascido Giovanni Battista Montini, concluí-lo como sucessor de João XXIII, que faleceu em 3 de junho de 1963.
Inicialmente considerado um papa de transição pela idade provecta, João XXIII reuniu em assembléia 2.540 clérigos da mais alta hierarquia eclesiástica para sair do conservadorismo resistente e ingressar num mundo globalizado e a exigir posturas liberais, de aproximação com os fiéis e com os outros credos. Para muitos teólogos, o papa Roncalli, apelidado de ‘papa-bom’ pelos fiéis, logrou com o Vaticano II “antecipar, na Igreja, a modernidade do mundo globalizado”.
Para se ter idéia das mudanças introduzidas - e apesar do pé no freio de Montini e Wojtyla para reduzir a velocidade nas mudanças - pela primeira vez o papa Bento XVI, na véspera dos 50 anos do fundamental Vaticano II, pregou fraternamente às pessoas de língua árabe: - “Il papa prega per tutte Le persone di língua araba e Dio vi benedica tutti”.
Quando se fala em Vaticano II, logo se pensa na introdução da missa falada na língua dos países dos fiéis. O latim cedeu lugar para que os fiéis entendessem o que se estava a dizer nos altares. Os missais e os folhetos das missas foram traduzidos e impressos na língua moderna falada e tornaram mais eficientes e produtivas as interlocuções. Por evidente, os reacionários liderados pelo fundamentalista cardeal Marcel Lefebvre reagiram ao Vaticano II. Os chamados lefebvrianos promoveram uma irrelevante ruptura, que os jornais chamaram de cisma católico. No mundo laico, esse cisma repercutiu como algo que não passou de uma insistência em se celebrar em latim e manter as trevas.
Enquanto os protestantes, nas chamadas escolas dominicais, colocavam os textos sagrados à disposição dos fiéis, os ensinavam a interpretá-los e difundiam a leitura da Bíblia, a Igreja, até o Vaticano II, era fiel ao estabelecido no Concílio de Trento, o 19º. da história eclesiástica e realizado no arco temporal de 1545 a 1563. Pelo Concílio de Trento, a ampliação dada pelos protestantes era vedada e o velho e o novo Testamento ficavam como leituras exclusivas, ou melhor, prerrogativas do clero. Com o Concílio Vaticano II, ampliou-se o uso comunitário da Bíblia, dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos. Nas missas, os fiéis passaram a subir aos altares para leituras de textos bíblicos e dos ensinamentos do apóstolo Paulo.
A reforma ecumênica foi profunda e voltada à unidade cristã mediante e, assim, permitiu aproximações e diálogos com os cristãos não católicos e membros de outras religiões monoteístas. A O papa Wojtyla, por exemplo, referiu-se aos de religião judaica como irmãos mais velhos e em conformidade com o Vaticano II que condenou o antissemitismo. Ratzinger, como Wojtyla, visitaram sinagogas e pregaram em Jerusalém, em 2000 e 2009, no Muro das Lamentações. Sobre isso, conseguiu-se melhorar o relacionamento sem se olvidar o silêncio sepulcral do papa Pio XII quando tropas de Hitler, na margem romana do rio Tevere e, portanto vizinha ao Vaticano, retiraram os judeus dos guetos para os encaminhar, em precários trens estacionados na Tiburtina, à morte em campos nazistas de concentração distantes. Sob Ratzinger, o diálogo se complicou depois do episódio na universidade de Ratisbona em 2006, em aula magna e ao ofender gratuitamente os islâmicos. Por outro lado, não se pode esquecer, no campo das evoluções, as jornadas interreligiosas para a paz, no santuário de Assis.
Deve ser lembrado, na chamada aproximação recomendada pelo Vaticano II, a troca da batina por roupas iguais as vestidas pelos comuns dos mortais e leigos assumiram co-atribuições delegadas de “ministros da eucaristia”. Além do reconhecimento da liberdade religiosa, ficou assentado o princípio da igualdade entre todos os pertencentes à religião católica. Quanto a isso, no entanto, continua a resistência a impedir que as religiosas se ordenem sacerdotisas e possam celebrar as missas. No 50º. aniversário do Vaticano II, o Bento XVI abriu o chamado “Ano da Fé”. Quando ainda jovem e padre, Ratzinger, aos 38 anos de idade, foi convocado para participar, como “perito”, dos trabalhos de elaboração de um dos textos conciliares, o decreto Ad Gentes, voltado a dar um novo conceito às missões e evangelizações. A convocação partiu do respeitado cardeal Johanes Schitte, que tinha sido expulso da China maoísta dada a condição de clérigo.
Com efeito, Bento XVI conhece bem o espírito que inspirou o Vaticano II, mas, no seu pontificado, tem recaídas e se mostra mais conservador do que o seu antecessor Wojtyla. Muitas vezes, Ratzinger embarca no túnel do tempo e assume posturas do tempo pré-conciliar O recém falecido, respeitado e progressista cardeal Carlo Maria Montini, que nos legou o exemplo de como morrer com dignidade ao não desejar, sem ser caso de eutanásia, o alongamento do seu estado terminal, criticou o atraso na modernização da Igreja, algo levado adiante pelo humilde e iluminado papa Roncalli, idealizador do fundamental Concílio Vaticano II.
Fonte: Wálter Fanganiello Maierovitch - IBGF
Santo do dia - 30 de outubro
São Marcelo, o centurião
Marcelo, o Centurião, morreu em 298 martirizado. Era um
oficial romano em Tingis, hoje Marrocos. Ele denunciou as cerimonias pagãs
planejadas para a celebração do aniversário do imperador e foi trazido a
presença de Aurélius, o deputado pretoriano. Marcelo debateu a causa da sua fé
com eloquência durante a audiência. O debate entre Marcellus e Aurelius e a ata
do martírio de Marcelo é extensa.
Ele foi condenado a morte pela espada. O notário do julgamento, São Cassiano recusou-se a produzir uma ata do jeito que o imperador queria e foi tambem martirizado e morto.
A festa de São Marcelo, o centurião, é celerada em 30 de outubro.
São Marcelo, o centurião, rogai por nós!
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012
29 de outubro - Santo do dia
São NarcisoOs registros da Igreja revelam que na diocese de Jerusalém houve um bispo que foi eleito com quase cem anos de idade. E que ele teria morrido com mais de cento e dezesseis anos. Um fato raro na história da Igreja Católica.
Trata-se de Narciso, que não era judeu e teria nascido no ano 96. A lembrança que se guardou dele é a de um homem austero, penitente, humilde, simples e puro. Também que, desde a infância, demonstrando apego à religião, esperou a idade necessária para tornar-se sacerdote.
Fez um trabalho tão admirável, amando os pobres e doentes, que a população logo o quis para conduzir a paróquia de São Tiago. Como bispo, a idade não pesou, governou com firmeza em um longo período marcado por atuações importantes e vários milagres. Presidiu o Concilio em que se decidiu que a Páscoa devia cair no domingo. Conta-se que foi também na véspera de uma festa de Páscoa que Narciso transformou água em azeite para acender as lamparinas da igreja que estavam secas.
Entretanto um fato marcou tragicamente a vida de Narciso. Ele foi caluniado, sob juramento, por três homens. Um deles disse que podia ser queimado vivo se estivesse mentindo. O outro, que podia ser coberto pela lepra se a acusação não fosse verdadeira. Já o terceiro empenhou a própria visão no que dizia.
Embora perdoasse seus detratores, o inocente bispo preferiu retirar-se para o isolamento em um deserto. Mas não tardou para que os caluniadores recebessem seu castigo. Um morreu num incêndio, no qual pereceu também toda sua família. O outro ficou leproso e o terceiro chorou tanto em público, arrependido do crime cometido, que ficou cego.
O bispo Narciso não foi encontrado para reassumir seu cargo e todos pensaram que tinha morrido. Assim, dois outros bispos o sucederam. Quando o segundo morreu, Narciso reapareceu na cidade. O povo o acolheu com aclamação e ele foi recolocado para liderar a diocese novamente.
A última notícia que temos desse bispo de Jerusalém está numa carta escrita por santo Alexandre, na qual cita que o longevo bispo Narciso tinha completado cento e dezesseis anos, e, como ele, exortava para que a concórdia fosse mantida.
São Narciso, rogai por nós!
domingo, 28 de outubro de 2012
Evangelho do dia
EVANGELHO COTIDIDANO
30º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 10,46-52.
Comentário ao Evangelho do dia feito por: Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina
«Senhor, que eu veja»
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
30º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 10,46-52.
Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os seus discípulos e uma grande multidão, um mendigo cego, Bartimeu, o filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho.
E ouvindo dizer que se tratava de Jesus de Nazaré, começou a gritar e a dizer: «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!»
Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais:«Filho de David, tem misericórdia de mim!»
Jesus parou e disse:«Chamai-o.» Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Coragem, levanta-te que Ele chama-te.»
E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Mestre, que eu veja!» respondeu o cego.
Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé te salvou!» E logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
E ouvindo dizer que se tratava de Jesus de Nazaré, começou a gritar e a dizer: «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!»
Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais:«Filho de David, tem misericórdia de mim!»
Jesus parou e disse:«Chamai-o.» Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Coragem, levanta-te que Ele chama-te.»
E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Mestre, que eu veja!» respondeu o cego.
Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé te salvou!» E logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
Comentário ao Evangelho do dia feito por: Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina
Em ti, ó Deus vivente, o meu coração e a minha carne estremeceram e a minha alma se alegrou em ti, minha salvação verdadeira (Sl 83,3). Quando Te verão os meus olhos, Deus dos deuses, meu Deus? Deus do meu coração, quando me alegrarás com a visão da doçura da Tua face? Quando preencherás o desejo da minha alma pela manifestação da Tua glória?
Meu Deus, Tu és a minha herança, escolhida entre todos, minha força e minha glória! Quando entrarei no Teu poder para ver a Tua força e a Tua glória? Quando então, em vez do espírito de tristeza, me revestirás do manto de louvor (Is 61,10) para que, unida aos anjos, todos os meus membros Te ofereçam um sacrifício de aclamação (Sl 26,6)? Deus da minha vida, quando entrarei no tabernáculo da Tua glória, a fim de cantar em presença de todos os santos e proclamar de alma e coração que as Tuas misericórdias por mim foram magníficas (Sl 70,16)? Quando se quebrará o fio desta morte, para que a minha alma possa ver-Te sem intermediários? (Gn 19,19) [...]
Quem se saciará à vista da Tua claridade? Como poderá o olho bastar para ver e o ouvido para ouvir na admiração da glória da Tua face?
Meu Deus, Tu és a minha herança, escolhida entre todos, minha força e minha glória! Quando entrarei no Teu poder para ver a Tua força e a Tua glória? Quando então, em vez do espírito de tristeza, me revestirás do manto de louvor (Is 61,10) para que, unida aos anjos, todos os meus membros Te ofereçam um sacrifício de aclamação (Sl 26,6)? Deus da minha vida, quando entrarei no tabernáculo da Tua glória, a fim de cantar em presença de todos os santos e proclamar de alma e coração que as Tuas misericórdias por mim foram magníficas (Sl 70,16)? Quando se quebrará o fio desta morte, para que a minha alma possa ver-Te sem intermediários? (Gn 19,19) [...]
Quem se saciará à vista da Tua claridade? Como poderá o olho bastar para ver e o ouvido para ouvir na admiração da glória da Tua face?
Oração a São Judas Tadeu
Oração Milagrosa de São Judas Tadeu
São Judas, glorioso Apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor foi causa de que fosseis esquecido por muitos, mas a Igreja vos honra e invoca universalmente como o patrono nos casos desesperados, nos negócios sem remédio. Rogai por mim, que sou tão miserável. Fazei uso, eu vos peço, desse particular privilégio que vos foi concedido, de trazer visível e imediato auxílio, onde o socorro desapareceu quase por completo.Assisti-me nesta grande necessidade, para que possa receber as consolações e o auxílio do Céu em todas as minhas precisões, atribulações e sofrimentos, alcançando-me a graça de ... (aqui faz se o pedido particular), e para que eu possa louvar a Deus convosco e com todos os eleitos, por toda a eternidade.
Eu vos prometo, ó bendito São Judas, lembrar-me sempre deste grande favor, e nunca deixar de vos honrar, como meu especial e poderoso patrono, e fazer tudo o que estiver a meu alcance para incentivar a devoção para convosco.
Amém.
São Judas, rogai por nós e por todos que vos honram e invocam o vosso auxílio.
Rezar 3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias e 3 Glória ao Pai
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