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sábado, 1 de junho de 2013

1º de junho - Santo do dia

Santo Aníbal Maria di Francia

Filho de nobres da aristocracia siciliana, Aníbal Maria di Francia nasceu na cidade italiana de Messina no dia 5 de julho de 1851.

Terceiro de quatro filhos, aos quinze meses ficou órfão de pai. A dura experiência de não conviver com a figura paterna desenvolveu-lhe um especial amor e compreensão às necessidades das crianças órfãs, pobres e abandonadas. Para elas dedicou toda a sua vida de apostolado e por elas nunca deixou de ser um simples padre, embora as oportunidades no clero não lhe faltassem.

Aos dezoito anos recebeu o forte chamado à vida religiosa e ordenou-se sacerdote em 1878. O contato com o terrível mundo dos miseráveis e pobres deu-se poucos meses antes de sua consagração, quando conheceu a Casa de Avignon, o pior e mais esquecido local da cidade. Local que depois se tornou o campo de atuação do seu ministério.

Nele realizou o que definiu como o "espírito da dupla caridade: evangelização e socorro aos pobres", iniciando a criação dos Orfanatos Antonianos, masculinos e femininos, colocados sob a guarda de santo Antônio de Pádua. Para mantê-los, não teve dúvidas, tornou-se mendicante, indo de porta em porta pedir subsídios. Depois desenvolveu a devoção do "pão de santo Antônio", responsável, por muito tempo, pela sustentação de suas obras.

Os milhões e milhões de pessoas ainda não-evangelizadas eram um pensamento constante que o consumia. Pregando ao Espírito Santo, encontrou a luz para essa inquietação no próprio Senhor Jesus, que disse: "Rogai ao Senhor da messe, para que envie trabalhadores para sua messe". Assim inspirado, fundou duas congregações religiosas: as Filhas do Divino Zelo, em 1887, e, dez anos depois, os Rogacionistas do Coração de Jesus.

Dizia freqüentemente que a Igreja, para realizar a sua missão, tem necessidade de sacerdotes, numerosos e santos, segundo o Coração de Jesus. Padre Aníbal viveu por esta grande causa, com fama de santidade, em meio aos mais necessitados e abandonados. Além disso, deu uma atenção concreta às necessidades espirituais e materiais dos sacerdotes.

Amado e respeitado por todos, foi reconhecido como o "Pai dos órfãos e pobres", até morrer, no dia 1o de junho de 1927. O seu corpo foi sepultado no Templo da Rogação Evangélica do Coração de Jesus e Santuário de Santo Antonio de Pádua, fundado por ele em 1926, em Messina.

O papa João Paulo II proclamou santo o padre Aníbal Maria di Francia, marcou sua celebração litúrgica para o dia de seu trânsito e o definiu como o "apóstolo da moderna pastoral vocacional" em 2004.

Santo Aníbal Maria di Francia, rogai por nós!

 
São Justino


Justino nasceu na cidade de Flávia Neápolis, na Samaria, Palestina, no ano 103, início do século II, quando o cristianismo ainda se estruturava como religião católica. Tinha origem latina e seu pai se chamava Prisco.

Ele foi educado e se formou nas melhores escolas do seu tempo, cursando filosofia e especializando-se nas teorias de Platão. Tinha alma de eremita e abandonou a civilização para viver na solidão. Diz a tradição que foi nessa fase de isolamento que recebeu a visita de um misterioso ancião, que lhe falou sobre o Evangelho, as profecias e seu cumprimento com a Paixão de Jesus, abalando suas convicções e depois desaparecendo misteriosamente.

Anos mais tarde, acompanhou uma sangrenta perseguição aos cristãos, conversou com outros deles e acabou convertendo-se, mesmo tendo conhecimento das penas e execuções impostas aos seguidores da religião cristã. Foi batizado no ano 130 na cidade de Efeso, instante em que substituiu a filosofia de Platão pela verdade de Cristo, tornando-se, historicamente, o primeiro dos Padres da Igreja que sucederam os Padres apostólicos dos primeiros tempos.

No ano seguinte estava em Roma, onde passou a travar discussões filosóficas, encaminhando-as para a visão do Evangelho. Muito culto, era assim que evangelizava entre os letrados, pois esse era o mundo onde melhor transitava. Era um missionário filósofo, que, além de falar, escrevia.

Deixou muitos livros importantes, cujos ensinamentos influenciaram e ainda estão presentes na catequese e na doutrina dogmática da Igreja. Embora tenham alcançado nossos tempos apenas três de suas apologias, a mais célebre delas é o Diálogo com Trifão. Seus registros abriram caminhos à polêmica antijudaica na literatura cristã, além de fornecerem-nos importantes informações sobre ritos e administração dos sacramentos na Igreja primitiva.

Bem-sucedido em todas as discussões filosóficas, conseguiu converter muitas pessoas influentes, ganhando com isso muitos inimigos também. Principalmente a ira dos filósofos pagãos Trifão e Crescêncio. Este último, após ter sido humilhado pelos argumentos de Justino, prometeu vingança e o denunciou como cristão ao imperador Marco Aurélio.
Justino foi levado a julgamento e, como não se dobrou às ameaças, acabou flagelado e decapitado com outros companheiros, que como ele testemunharam sua fé em Cristo no ano 164, em Roma, Itália.

São Justino, rogai por nós!

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

JUNHO = mês especialmente dedicado ao 
Sagrado Coração de Jesus



DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Desde o século XVI, os católicos dedicam meses inteiros para devoções especiais. O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. O objeto da devoção é o Coração Humano de Cristo, que é unido à Sua divindade e um símbolo do Seu amor por nós. 
 
No entanto, essa devoção não se "converta em vã credulidade, que na ordem da salvação, anule as exigências absolutamente necessárias de Fé operante e do propósito de levar uma vida conforme o Evangelho"¹.
 
As formas de devoção ao Coração do nosso Salvador são numerosas. Entre elas, a principal, segundo Pio XI, é a Consagração Pessoal. Há também a Consagração das Famílias, as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus, o Ato de Reparação e a prática das Nove Primeiras Sextas-feiras.

Cada família pode estabelecer suas orações durante todo o ano, mas especialmente este mês é recomendável que se faça pelo menos a Consagração Pessoal diariamente. 
 
 Sagrados Corações
O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, cuja solenidade litúrgica celebramos dia 19 deste mês. A devoção ao Sagrado Coração tem as suas origens na devoção popular e, sem dúvida, é uma das piedades mais difundidas e mais amada pelos fiéis.

A expressão “Coração de Cristo” nos remete à totalidade de seu ser, Verbo encarnado para a salvação de toda a humanidade. Esta piedade popular tem a sua fundamentação na Sagrada Escritura. Jesus, em seu Evangelho, convida os discípulos a viverem em íntima comunhão com ele, assumindo a sua palavra como modo de vida e revelando-se um mestre “manso e humilde de coração”.

Esta expressão também nos remete ao momento da morte de Cristo, em que, do alto da cruz, por uma lança o seu Divino Coração foi transpassado, de onde jorrou sangue e água, símbolo do nascimento da Igreja e de seus sacramentos, símbolo de nossa redenção. Na água está a nossa purificação e no sangue está a nossa salvação. Neste momento a esposa de Cristo, a Igreja, lava e alveja as suas roupas no sangue do Cordeiro.

O texto que narra Cristo mostrando o lado e as mãos aos discípulos e o convite a Tomé para estender a mão e tocar seu lado também faz parte da fundamentação desta devoção. Esses textos narram o convite que Cristo faz todos os dias a nós, o convite para participarmos de sua ressurreição, entrarmos em sua glória, tornando-nos parte integrante dela, testemunhando-a com nossas vidas e com nossas ações.

Coração nos lembra amor, e há no mundo algum outro coração que amou mais do que o Coração de Jesus? Amor verdadeiro, que só no seu coração encontramos. Todos os dias temos que pedir para que Cristo nos conceda a graça de termos os nossos corações semelhantes ao dele, pois o seu coração é a fonte, o rio, o oceano de misericórdia, no qual somos mergulhados.

Às vezes, para nós este Sagrado Coração se mostra um tanto radical, pedindo de nós um grande despojamento (cf. Mt 19,21) que nem sempre estamos prontos ou dispostos a aceitar. Como no caso do jovem que se encontra com Jesus e pede para que ele o diga o que deve fazer para ter a vida eterna. Não pronto para esta radicalidade, o jovem volta para casa entristecido. Atitude diferente têm inúmeras pessoas que, em determinado momento de sua vida, encontraram-se com este coração e não tiveram medo de dizer o seu sim e se lançar nele.

Celebrar o Sagrado Coração é lembrar que Cristo foi verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E, sendo homem, também teve os mesmos sentimentos que nós temos. Mas com uma diferença: seu coração sempre foi manso e humilde, por isso nunca maltratou ninguém. Sendo Deus, nunca julgou, mas sempre usou de misericórdia, compadeceu-se dos sofredores e humilhados e sempre prestou-lhes ajuda e consolo. E nós, como andam os nossos corações?

No dia seguinte, após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a memória do Imaculado Coração de Maria. Não temos como falar do Filho sem falar da Mãe, não podemos celebrar o coração do Filho e não celebrar o coração da Mãe.

Essas duas celebrações estão ligadas mostrando-nos um sinal litúrgico da proximidade desses dois corações: o mistério do coração do Salvador se projeta e se reflete no coração da Mãe, que é também companheira e discípula. Se a solenidade do Sagrado Coração de Jesus celebra os mistérios pelos quais fomos salvos, fazer memória do Coração Imaculado é celebrar a participação da mãe na obra salvífica do Filho.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria difundiu-se bastante após as aparições em Fátima, onde ela nos pedia a oração e o jejum para que a guerra se findasse.

Durante todo este mês de junho, quando lembramos o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, possamos aprender deles o amor, a paciência e a graça de saber perdoar. Pois foi Ele mesmo que nos mandou amar uns aos outros como Ele amou.

Autor: Diego Henrique de Assis da Conceição - Seminarista da Diocese de Piracicaba, estudante do 1º ano de Filosofia 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Visitação de Nossa Senhora

Virgem Maria, Mãe da visitação
 

Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta – Santa Isabel – já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem – no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, – quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.

Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.  “Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa. Quem será que precisa de nós?

Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.

Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!

31 de maio - Santo do dia

São Félix de Nicósia


Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade".

Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário.

Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo.

Afirma o padre Florio Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito".

Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.


São Félix de Nicósia, rogai por nós!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

CORPUS CHRISTI - ISTO É O MEU CORPO - DEVOÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO



Solenidade de CORPUS CHRISTI - ISTO É O MEU CORPO 


SÚPLICAS PARA SEREM RECITADAS JUNTO AO SACRÁRIO


"Quando quiserdes encontrar-me, vinde perto do Sacrário". (Pe. Pio de Pietrelcina)
Carne viva de CRISTO, fortifica-me!
Sangue generoso do Salvador, inebria-me!
Olhar silencioso de CRISTO preenche-me!
Palavra sacratíssima do meu mestre, instruí-me!
Braços abertos de CRISTO, protegei-me!
Costado aberto do Crucificado, recebe-me!
Coração transpassado de CRISTO, aprisiona-me!
Mão afetuosa de JESUS, abençoa-me!
Dedo onipotente de CRISTO, cura-me!
Doce espádua do bom pastor, reconduze-me!
Vulto amoroso de CRISTO, atraí-me!
Sorriso escondido de meu amigo, Pacifica-me!
Hálito Vigoroso de CRISTO, dá-me a vida!
Força triunfante do Senhor, conduze-me!
Fogo ardente de CRISTO, inflama-me!
Bondade do filho de Maria, seduze-me!
Luz puríssima de CRISTO, ilumina-me!
Vida que jorra do Redentor, transforma-me!
Alma sublime de CRISTO, eleva-me!
Divindade do Verbo feito carne, consagra-me!
ESPÍRITO SANTO, dom de CRISTO, Santifica-me! Amém.

História da Solenidade de Corpus Christi

História da Solenidade de Corpus Christi

No final do século  XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a  Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do  Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus apra propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparêncai de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade. Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.

O bispo  Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome  João escrevesse o  ofócio para essa ocasão. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício. Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa  da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está  Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a  Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes  e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício. Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do  decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o  Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de  Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja. Nenhum dos decretos fala da procissão com o  Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV. A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília. Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo,  seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 Significado de Corpus Christi

O que são Corpus Christi:
Corpus Christi significa Corpo de Cristo, vem do latim, e tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica. A festa de Corpus Christi acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão a quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.

Corpus Christi é feriado nacional no Brasil desde 1961. São celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou no caso de não haver, o pároco da Igreja,o Santíssimo Sacramento que é acompanhada por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas, é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.

A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

 A Solenidade de "Corpus Christi"
 Nesta quinta-feira, celebra-se a solenidade de “Corpus Christi”. De tradição antiqüíssima, esta festa, comemorada de modo solene e pública, manifesta a centralidade da Santa Eucaristia, sacramento do Corpo e Sangue de Cristo: o mistério instituído na última Ceia e comemorado todos os anos na Quinta-Feira Santa, após a solenidade da Santíssima Trindade.

Neste dia, manifesta-se a todos, circundado pelo fervor de fé e de devoção da comunidade de todos os batizados, o Mistério de Amor que nos foi legado por Cristo, para memorial eterno de sua Paixão. A Eucaristia, realmente, é o maior tesouro da Igreja, a preciosa herança que o Senhor Jesus lhe deixou. E, assim, a Igreja conserva a Eucaristia com o máximo empenho e cuidado, celebrando-a diariamente na Santa Missa, bem como adorando-a nas igrejas e nas capelas, levando-a como viático aos doentes que partem para a vida eterna.

A Eucaristia transcende a Igreja: Ela é o Senhor que se doa “pela vida do mundo” (Jo 6,51). Ontem, hoje e sempre, em todos os tempos e lugares, Jesus quer encontrar o homem e levar-lhe a vida de Deus. Por isso, a transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo constituiu o princípio da divinização da mesma criação. Nasce, deste modo, o gesto sugestivo e oportuno de levar Jesus em procissão pelas ruas e estradas de nossas cidades e comunidades. Levando a Santíssima Eucaristia pelas vias públicas, queremos imergir o Pão que desceu do céu na vida quotidiana da nossa vida; queremos que Jesus caminhe onde nós caminhamos, que viva onde nós vivemos.

O nosso mundo, as nossas existências devem tornar-se templo da Eucaristia. Somos conclamados a viver em santidade. Na intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em corpo, sangue, alma e divindade nas sagradas espécies de pão e vinho, seremos testemunhas vivas de seu amor, de sua misericórdia, a partir do momento em que vivermos por ele e com ele, sendo luz do mundo e sal da terra. Com grande entusiasmo, este momento sagrado, em que Cristo Eucarístico passa pelas ruas de nossa cidade a nos abençoar, somos soldados perfilados fazendo sua guarda de honra, somos crentes convictos da fé que professamos, fazendo-o publicamente, somos filhos amados por Deus que desejamos, mais e mais, viver mais unidos a Ele, tanto na participação da Eucaristia, quanto na vida exemplar de lídimos cristãos.

Neste dia santo, a Eucaristia é tudo para ela, é a sua própria vida, a fonte do amor que vence a morte. Da comunhão com Cristo Eucaristia brota a caridade que transforma a nossa existência e ampara-nos no caminho rumo à Pátria Celeste.

Neste préstito solene que se forma nesta solenidade tão cara à vida espiritual da Igreja, Cristo ressuscitado percorre os caminhos da humanidade e continua a oferecer a sua “carne” aos homens, como autêntico “pão da vida” (Jo 6,48,51). Hoje “esta linguagem é dura” (Jo 6, 50) para a inteligência humana, que permanecem como que esmagadas pelo mistério. Para explorar as fascinantes profundidades desta presença de Cristo sob os “sinais” do pão e do vinho, é necessária a fé, ou melhor, é necessária a fé vivificada pelo amor. Só aquele que acredita e ama pode compreender alguma coisa deste inefável mistério, graças ao qual Deus se faz próximo da nossa pequenez, procura a nossa enfermidade, revela-se por aquilo que é infinito, o amor que salva.

Precisamente por isso, a Eucaristia é o centro palpitante da comunidade. Desde o início, na primitiva comunidade de Jerusalém, os cristãos reuniam-se no Dia do Senhor (Dies Domini) para renovar na Santa Missa o memorial da morte e ressurreição de Cristo. O domingo é o dia do repouso e do louvor, mas sem Eucaristia perde-se o seu verdadeiro significado.

Celebrando Corpus Christi, queremos renovar nosso autêntico compromisso de batizados, um compromisso pastoral prioritário da revalorização do domingo e, com ela, da celebração eucarística: “um compromisso irrenunciável, abraçado não só para obedecer a um preceito, mas como necessidade para uma vida cristã verdadeiramente consciente e coerente” (João Paulo II, “Novo Millennio Ineunte”, 36).

Adorando a Eucaristia, não podemos deixar de pensar com reconhecimento na Virgem Maria. Sugere-o o célebre hino eucarístico que cantamos muitas vezes: “Ave, verum Corpus, natum de Maria Virgine” (“Ave, ó verdadeiro Corpo, nascido da Virgem Maria). Peçamos hoje à Mãe do Senhor que todos os homens possam saborear a doçura da comunhão com Jesus e tornar-se, graças ao pão de vida eterna, participantes do seu mistério de salvação e de santidade.

Por isso cantemos: “Glória a Jesus...”

Por: Padre Wagner Augusto Portugal  

30 de maio - Santo do dia

Santa Joana d'Arc

Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas.

Ouvia as "vozes" do arcanjo Miguel, das santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Os pais, no início, não deram importância , depois acharam que estava louca e por fim acreditaram, mas temeram por Joana.

A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto.

Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus.

E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão.

Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa.

A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen.

Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé.

Santa Joana d'Arc, rogai por nós!
 

São Fernando III

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus.

Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimônio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luis VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra.

Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história.

Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais.

Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdoba e Sevilha, onde edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinqüenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha.

Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.

São Fernando III, rogai por nós!
 

São José Marello

José Marello nasceu em 26 de dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós.

Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o freqüentou até o final da adolescência , quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese.

José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de "santos sociais", do Piemonte.

Corajosamente, assumiu a responsabilidade dos problemas reais da época, sem se preocupar com o Estado, que fechava conventos, seminários e confiscava os bens da Igreja, sempre convicto de que os mandamentos não lhe poderiam ser confiscados por ninguém. Muito precisava ser feito, pois cresciam a miséria, o abandono, as doenças, a ignorância religiosa e a cultural. Mas, José também tinha de pensar nas outras pequenas paróquias da diocese, em condições precárias, e ainda, não podia deixar de estimular os padres, de cuidar da formação religiosa das crianças e jovens e de socorrer e amparar os velhos. Por isso decidiu criar uma "associação religiosa apostólica", em 1878, em Asti.

O início foi muito difícil, contando apenas com quatro jovens leigos. Mas a partir deles fundou, depois, a Congregação dos Oblatos de São José, integrada por sacerdotes e irmãos leigos, chamados a servir em todos os continentes. Os padres Josefinos pregam, confessam, educam, fundam escolas, orfanatos, asilos, constroem igrejas e seminários.

Dedicando-se igualmente aos jovens, velhos, doentes, por isso seu fundador os chamou de "oblatos", ou seja, "oferecidos" a servir em todas as circunstâncias.

Em 1888, o papa Leão XIII consagrou José Marello bispo de Acqui. Porém, já com o físico muito enfraquecido pelo ritmo do serviço que nunca conheceu descanso ou horário, quando foi para a cidade de Savona, acompanhar a festa de São Filipe Néri, passou mal e morreu, aos cinqüenta e um anos de idade, no dia 30 de maio de 1895.

O papa João Paulo II o canonizou em 2001. A festa de são José Marello é celebrada no dia de sua morte e seu corpo repousa no santuário que recebeu o seu nome, em Asti.

São José Marello, rogai por nós!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

29 de maio - Santo do dia

Santa Úrsula Ledochowska

Júlia Ledochowska pertencia a uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto-geral dos jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses que residiam na Áustria.

Até o final da adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula em 1899.

Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua segurança. Em 1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou para o seu convento na Polônia.

Atendendo um antigo anseio interior, em 1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.

Madre Úrsula Ledochowska faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que conserva as suas relíquias. O papa João Paulo II, em 1983, a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

Santa Úrsula Ledochowska, rogai por nós!