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terça-feira, 22 de março de 2016

Santo do dia - 22 de fevereiro

Santa Léia
Pouco se conhece sobre a vida de Léia, uma rica romana que quando ficou viúva, ainda jovem, recusou um novo casamento, como era o costume da época, para se juntar à Marcela, abadessa de uma comunidade, criada em sua própria residência em Aventino, Roma. O local, depois se tornou um dos mosteiros fundados e dirigidos por Jerônimo, que se tornou santo, doutor da Igreja e bispo de Hipona, na África do Norte, e que viveu também nesse período, na cidade eterna.

Léia recusara ninguém menos que Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano designado prefeito da Urbe, que lhe proporcionaria uma vida ainda mais luxuosa, pelo prestigio e privilégios que envolviam aquele cargo. Teria uma vila inteira como moradia e incontáveis criados para atendê-la. Entretanto, Léia preferiu viver numa cela pequena, fria e escura, com simplicidade e dedicada à oração, à caridade e à penitência.

A jovem abandonou os finos vestidos para usar uma roupa tosca de saco rude e fazia questão de realizar as tarefas mais humildes, assumindo uma atitude de escrava para as outras religiosas. Passava noites inteiras em oração e quando fazia obras beneméritas, o fazia escondido, para não chamar a atenção de ninguém e não receber nenhuma recompensa ou reconhecimento pelos seus atos. Por isso, Léia foi eleita Madre superiora, trabalho que exerceu durante o resto de seus dias com alegria, tranqüilidade e a mesma humildade.

Esses poucos dados sobre Léia estão contidos numa carta escrita pelo bispo Jerônimo, quando soube da sua morte, em 384. Curiosamente, ela morreu em Roma, no mesmo ano em que faleceu Vécio, o consul, rejeitado por ela .

Na ocasião dessas mortes, Jerônimo já havia se retirado de Roma para viver solitariamente perto de Belém, depois de ter sido caluniado. Retirou-se para um mosteiro e continuou dirigindo o que havia fundado, na residência romana. Na carta, que ele enviou à essas religiosas, fez um paralelo entre as duas mortes, mostrando que antes o riquíssimo cônsul usava as mais finas vestes púrpuras e agora estava envolto em escuridão, enquanto, Léia, antes vestida de rude roupa de saco, agora vivia na luz e na glória, por ter percorrido o caminho da santidade.

Logo foi venerada pelo povo que trazia Santa Léia, no coração e na memória. Até porque era difícil compreender, mesmo depois de passado tanto tempo, a troca que fizera do posto de primeira dama romana pela de abnegação de monja. Contudo, foi assim que Santa Léia escolheu viver, na entrega total ao Senhor ela encontrou a maneira de alcançar seu lugar ao lado de Deus na eternidade. 


Santa Léia, rogai por nós!


São Zacarias

Filho de pai grego, residente na Calábria, foi eleito Papa em 741 e morreu em 752. Ao contrário do seu predecessor Gregório III, relativamente a Liutprando, rei dos Lombardos, julgou ser melhor partido inaugurar com ele relações amistosas. Concluiu assim um acordo bastante vantajoso, recuperando quatro fortalezas e vários patrimônios; estipulou também com ele uma trégua de trinta anos. Mas não conseguiu impedir os Lombardos de tirarem aos Bizantinos o exarcado de Ravena.

Zacarias soube tornar favorável à Igreja romana o imperador Constantino V e recebeu mesmo territórios como dádiva. Em 747 aprovou a mudança de regime na França, com a proclamação de Pepino, o Breve.

Foi bom administrador das terras da Igreja, as quais progrediram no seu tempo. Restaurou o palácio de Latrão e embelezou, no sopé do Palatino, a igreja de Santa Maria Antiga, onde se conserva ainda o seu retrato, pintado quando ele ainda vivia.


São Zacarias, rogai por nós!

 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Santo do dia - 21 de março

Santa Benedita Cambiagio Frassinello
 Benedita Cambiagio nasceu no dia 02 de outubro de 1791, em Langasco, Gênova. Última dos sete filhos de José e Francisca, eles a batizaram dois dias depois de seu nascimento. Ainda pequena, se mudou para Pavia, com sua família, onde o trabalho era mais promissor. Lá recebeu uma educação cristã rigorosa e teve uma profunda experiência espiritual, que a fez pensar em seguir a vida religiosa. Porém, a família a conduziu para o casamento, que ocorreu em 1816, quando ela tinha vinte e cinco anos, com João Batista Frassinello um operário e fervoroso cristão, procedente de Ronco Scrivia.

Porém, dois anos depois, sem filhos, Benedita e João Batista, que nutriam entre si um amor de irmãos, passaram a viver como tal na mesma casa. Benedita pôde assim realizar seu desejo juvenil, de se consagrar somente à Deus. Na época, sua irmã Maria, muito doente se hospedara em sua casa e o casal passou a cuidar dela com amor e dedicação, até sua morte, em 1825. Ocasião em que, João Batista entrou como irmão leigo na comunidade religiosa dos padres Somascos, e Benedita, na comunidade das Irmãs Ursulinas de Capriolo. Mas, no ano seguinte ela voltou para Pavia, muito doente. Lá teve uma visão onde lhe apareceu São Jerônimo Emiliani, ficando curada por completo.

Depois disso, Benedita começou a trabalhar na educação de jovens e crianças, com a aprovação do bispo Luís Tosi. Precisando de ajuda, Benedita recorreu ao pai. Diante da recusa, foi ao bispo, e este pediu então a João Batista que a ajudasse. Ele atendeu logo, voltou para a esposa-irmã, renovando o voto de castidade perfeita, pelas mãos do bispo.
Benedita se dedicava de corpo e alma, à educação humana e cristã de jovens e crianças pobres e abandonadas, enquanto João Batista se encarregou de conseguir ajuda material.

Na época, a instituição escolar era muito precária e Benedita fez um alertar às autoridades locais O governo entendeu o recado e concedeu à ela o título de "promotora pública da educação". Benedita passou a receber apoio de jovens e voluntárias formando uma instituição escolar de excelente nível, cujo estatuto foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas. Ela uniu ao ensino escolar, a formação catequética e o trabalho, tornando jovens e crianças modelos de vida cristã, assegurando-lhes a verdadeira formação.

A dedicação constante de Benedita nasceu e cresceu do seu fervor ao Cristo na Eucaristia e da contemplação à Jesus na Santa Cruz.. Tinha em Deus, seu sustento e sua defesa. Não lhe faltaram, na vida, experiências espirituais, que se repetiam, especialmente, durante as Missas. Porém, isso não interferia nos compromissos cotidianos da fundadora. Mas, a Obra e o programa educativo de Benedita, passaram por duras críticas por parte da oposição e de algumas pessoas do clero. Em 1838, Benedita cedeu a sua Instituição ao bispo Luís Tosi e, com cinco irmãs, deixaram Pavia indo para Ligúria.

Na cidade de Ronco Scrivia, Benedita abriu uma escola para jovens e fundou a Congregação das Irmãs Beneditinas da Providência, escrevendo ela mesma as Regras e Constituições. A Instituição se desenvolveu rapidamente, tanto que em 1847, uma nova casa foi inaugurada em Voghera. E dez anos depois outra em Prevalecera. No dia 21 de março de 1858, Benedita faleceu em Ronco Scrivia, no dia e hora por ela previstos.

Quarenta anos depois de sua morte, o Instituto, fundado por Benedita, se tornou independente. Assim, as religiosas puderam assumir o nome de "Irmãs Beneditinas da Divina Providência", em memória à fundadora, Benedita Cambiagio Frassinello. Em toda sua vida, ela se deixou conduzir pelo Espírito Santo, através de várias experiências pessoais. Embora sua luta fosse grande, nunca esmoreceu diante das dificuldades, seguindo sempre seu desejo de servir à Humanidade e a Deus. Foi beatificada em 1987 e canonizada em 2000, pelo Papa João Paulo II, que marcou a festa de Santa Benedita Cambiagio Frassinello para o dia de sua morte. 


 Santa Benedita Cambiagio Frassinello, rogai por nós!


São Nicolau de Flue

Bruder Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça. Oriundo de família pobre, ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época não pôde realizar o sonho porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do campo. Mais tarde também não o conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida era uma moça muito virtuosa e religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez filhos. Vários deles se tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber, morreu com o conceito de santidade.

Ainda neste período Klaus não pôde se dedicar totalmente às orações e meditações como queria. Os escritos da época narram que, devido ao seu reconhecido senso de justiça, retidão de consciência e integridade moral, foi convocado a assumir vários cargos públicos, como, juiz, conselheiro e deputado.

Finalmente, aos cinqüenta anos de idade conseguiu a concordância da família e abandonou tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi viver numa cabana que ele mesmo construiu, não muito longe de sua casa, mas num local ermo e totalmente abandonado. Tinha por travesseiro uma pedra e como cama uma tábua dura. Naquele local viveu por dezenove anos e há um fato desse período que impressionou no passado e impressiona até hoje. Há provas oficiais de que ele, durante todos esses anos, alimentou-se exclusivamente da Sagrada Comunhão. Entretanto, não conseguia se manter na solidão. Amável e receptivo, não fugia de quem o procurasse. E a pátria precisou dele várias vezes.

Pacificador e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de eremita, foi chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra contra os austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não houve jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu lugar nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu trabalho na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que logo o chamou de "Pai da Pátria".

Porém, à qualquer chance que tinha voltava para sua cabana, até ser solicitado novamente. Foi conselheiro espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas simples como ocupantes de cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e protestantes. Há quase um consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país neutro e pacífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos internacionais, graças à influência do "Irmão Klaus", como era, e ainda é, carinhosamente chamado por todos os suíços.

Ele morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do seu nascimento. O corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen. Beatificado em 1669, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São Nicolau de Flue é venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da pátria, no dia 25 de setembro. Ele é o Santo mais popular da Suíça. 


São Nicolau de Flue, rogai por nós!


São Serapião de Thmuis

Serapião nasceu no Egito, no norte da África e era um sacerdote profundo conhecedor das questões eclesiásticas. Tornou-se um dos maiores combatentes dos hereges no século IV que, aliás, foi o mais fértil deles. Fértil de hereges, mas também de combatentes. Serapião, era amigo e companheiro do bispo Atanásio, que lhe enviou cinco cartas, as quais fazem parte dos arquivos da Igreja, incentivando-o a continuar na luta contra a doutrina dos arianos. Essa doutrina negava a divindade de Jesus.
Embora não haja muitos dados confiáveis sobre sua vida, podemos seguir alguns dos seus passos na História do Cristianismo. Cursou a escola de Alexandria e tornou-se monge sob os ensinamentos de Santo Antão, abade que, ao morrer, lhe deixou como herança uma de suas túnicas de pelo. Referência encontrada numa das narrações de Atanásio, doutor da Igreja, discípulo e biógrafo de Santo Antão. Durante muito tempo dirigiu a Escola Catequética de Alexandria e, desejoso de dedicar mais tempo à oração e à penitência, retirou-se desse trabalho. Porém, não demorou muito tempo para que Serapião voltasse à direção da Igreja, sendo consagrado bispo de Thmuis, uma cidade do Egito, permanecendo na função entre os anos 340 e 356.

Serapião escreveu vários livros, sendo um que combatia o maniqueísmo, outra heresia que surgira naquela época, e da qual foi senão o maior, ao menos o mais ferrenho inimigo. Essa doutrina pregava que havia uma separação entre corpo e alma, sendo a alma pertencente a Deus e o corpo ao demônio. Também, redigiu várias epístolas sobre a doutrina cristã, e discursava muito, com isso evangelizou inúmeras pessoas ilustres e importantes de sua época.

São Jerônimo, que dedicou à Serapião um capítulo de seu livro "Homens Ilustres", nos conta que ele também fazia parte da comissão de cinco bispos que foi ao imperador Constâncio II interceder pelo bispo Atanásio, que fora exilado. Mas, como esse imperador era ariano a missão fracassou e Serapião foi deposto do seu bispado. Esse bispado que Serapião lamentou assumir, pois para isso teve que deixar sua vida de solidão e recolhimento. Em um de seus escritos encontrados, "Carta aos Monges", ele deixa muito claro como considerava ótima a escolha que os monges faziam ao renunciar às alegrias efêmeras e aos prazeres do mundo.


Esse bispo desempenhou suas funções como poucos, morrendo em 362. O Martirológio Romano indica o dia 21 de março para a veneração litúrgica de São Serapião de Thmius. 


São Serapião de Thmuis, rogai por nós!


domingo, 20 de março de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68



DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. Lucas 22,14-71.23,1-56.
Quando chegou a hora, Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos
e disse-lhes: «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer;  pois digo-vos que não tornarei a comê-la, até que se realize plenamente no reino de Deus». 
 
Então, tomando um cálice, deu graças e disse: «Tomai e reparti entre vós,
pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o reino de Deus». 
 
Depois tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: «Isto é o meu Corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim».
No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós.  Entretanto, está comigo à mesa a mão daquele que Me vai entregar.
O Filho do homem vai partir, como está determinado. Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!».

 
Começaram então a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa.  Levantou-se também entre eles uma questão: qual deles se devia considerar o maior? 

Disse-lhes Jesus: «Os reis das nações exercem domínio sobre elas, e os que têm sobre elas autoridade são chamados benfeitores.
Vós não deveis proceder desse modo. O maior entre vós seja como o menor, e aquele que manda seja como quem serve.
Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve.
Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações.
E Eu preparo para vós um reino, como meu Pai o preparou para Mim:
comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino, e sentar-vos-eis em tronos, a julgar as doze tribos de Israel.
Simão, Simão, Satanás vos reclamou para vos agitar na joeira como trigo.
Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos».

 
Pedro respondeu-Lhe: «Senhor, eu estou pronto a ir contigo, até para a prisão e para a morte».
Disse-lhe Jesus: «Eu te digo, Pedro: Não cantará hoje o galo, sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me».
Depois acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?». Eles responderam que não lhes faltara nada.
Disse-lhes Jesus: «Mas agora, quem tiver uma bolsa pegue nela, bem como no alforge; e quem não tiver espada venda a capa e compre uma.
Porque Eu vos digo que se deve cumprir em Mim o que está escrito: ‘Foi contado entre os malfeitores’. Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao fim».

Eles disseram: «Senhor, estão aqui duas espadas». Mas Jesus respondeu: «Basta». 
Então saiu e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras, e os discípulos acompanharam-n’O.  Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para não entrardes em tentação».
Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo:
«Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua».
Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar.
Entrando em angústia, orava mais instantemente, e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra.
Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos, que encontrou a dormir, por causa da tristeza.
Disse-lhes Jesus: «Porque estais a dormir? Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação».
Ainda Ele estava a falar, quando apareceu uma multidão de gente. O chamado Judas, um dos Doze, vinha à sua frente e aproximou-se de Jesus, para O beijar.
Disse-lhe Jesus: «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?».
Ao verem o que ia suceder, os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe: «Senhor, vamos feri-los à espada?».
E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
Mas Jesus interveio, dizendo: «Basta! Deixai-os». E, tocando na orelha do homem, curou-o.
Disse então Jesus aos que tinham vindo ao seu encontro, príncipes dos sacerdotes, oficiais do templo e anciãos: «Vós saístes com espadas e varapaus, como se viésseis ao encontro dum salteador.
Eu estava todos os dias convosco no templo e não Me deitastes as mãos. Mas esta é a vossa hora e o poder das trevas
».
Apoderaram-se então de Jesus, levaram-n’O e introduziram-n’O em casa do sumo sacerdote. Pedro seguia-os de longe.  Acenderam uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se em volta dela, e Pedro foi sentar-se no meio deles.
Ao vê-lo sentado ao lume, uma criada, fitando os olhos nele, disse: «Este homem também andava com Jesus».
Mas Pedro negou: «Não O conheço, mulher».
Pouco depois, disse outro, ao vê-lo: «Tu também és um deles». Mas Pedro disse: «Homem, não sou».
«Esse homem, com certeza, também andava com Jesus, pois até é galileu». Pedro respondeu:  «Homem, não sei o que dizes». Nesse instante __ ainda ele falava __ um galo cantou.
O Senhor voltou-Se e fitou os olhos em Pedro. Então Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: ‘Antes de o galo cantar, Me negarás três vezes’.
E, saindo para fora, chorou amargamente.  Entretanto, os homens que guardavam Jesus troçavam d’Ele e maltratavam-n’O.  Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe: «Adivinha, profeta: Quem Te bateu?». 
E dirigiam-Lhe muitos outros insultos. Ao romper do dia, reuniu-se o conselho dos anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas. Levaram-n’O ao seu tribunal  e disseram-Lhe: «Diz-nos se Tu és o Messias». Jesus respondeu-lhes: «Se Eu vos disser, não acreditareis
e, se fizer alguma pergunta, não respondereis.
Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante à direita do poder de Deus».

Disseram todos: «Tu és então o Filho de Deus?» Jesus respondeu-lhes: «Vós mesmos dizeis que Eu sou».
Então exclamaram: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca».
Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos.  Começaram a acusá-l’O, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei».
Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem».
Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui».
Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu;  e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. 
Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.  Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu.
Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-n’O com insistência.
Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos.
Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia.  Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes:
«Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais.
Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte.
Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».

Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa.
E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás».
Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio.  De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus.
Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!».
Pilatos falou-lhes pela terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte. Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar». 
 
Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência.  Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que fora metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus.
Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele.
Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos;
pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’.
Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’.
Porque, se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?».

Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus.
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus.
O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito».
Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre,
diziam: «Se és o Rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo». 
 
Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos Judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício?
Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável».
E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza».

Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».  Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio.  E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou.
Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo».
E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. 

Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas. Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, que era pessoa reta e justa e esperava o reino de Deus. Era membro do Sinédrio,
mas não tinha concordado com a decisão e o proceder dos outros. 
Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. E, depois de o ter descido da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e começavam a aparecer as luzes do sábado.  Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia acompanharam José e observaram o sepulcro e a maneira como fora depositado o corpo de Jesus. No regresso, prepararam aromas e perfumes. E no sábado guardaram o descanso, conforme o preceito.

Comentário do dia: Santo André de Creta (660-740), monge, bispo
Homilia para o Domingo de Ramos
«Eis o teu rei que vem a ti» (Zac 9,9; Mt 21,5)

Vinde, subamos juntos ao Monte das Oliveiras; vamos ao encontro de Cristo. Ele vem hoje de Betânia e avança de livre vontade para a sua santa e bem-aventurada Paixão, a fim de levar a termo o mistério da nossa salvação. Vem, pois, a caminho de Jerusalém, Aquele que desceu do Céu por nós, quando jazíamos nas profundezas, a fim de nos elevar com Ele, como dizem as Escrituras,«acima de todas as potestades e de todos os seres que nos dominam, seja qual for o seu nome» (Ef 1,21). Mas vem sem ostentação e sem fausto. Porque, como diz o profeta, «Ele não protestará, não gritará, não fará ouvir a sua voz» (Is 42,2). Será manso e humilde, fará a sua entrada sem alarde.

Vamos, corramos para Aquele que Se apressa para a sua Paixão; imitemos aqueles que correram à sua frente. Não para estender sobre o caminho, como eles fizeram, ramos de oliveira, vestes ou palmas. Nós próprios é que nos devemos inclinar diante dele, tanto quanto pudermos, por humildade de coração e retidão de espírito, a fim de acolhermos o Verbo que vem (Jo 1,9), a fim de que Deus encontre lugar em nós, Ele que nada pode conter.

Porque Ele Se alegra por Se mostrar assim, em toda a sua mansidão, Ele que é manso, «Ele que se eleva acima do sol posto» (Is 14,14), quer dizer, acima da nossa condição degradada. Pois veio para ser o nosso companheiro, para nos elevar e reconduzir a Si pela palavra que nos une a Deus. 

20 de março - Santo do dia

Santo Ambrósio de Sena

O santo de hoje nasceu no ano de 1220 em Sena, Itália, dentro de um contexto familiar diferente. Ao ter nascido com uma deformação física, sua família – nobre – o renegou e o entregou a uma ama de leite, que recebeu a ordem de viver com a criança afastada deles. Isso tudo foi providência na vida de Ambrósio, porque esta ama, mulher de fé, foi uma verdadeira mãe, alimentado-o e assim, foi acontecendo a recuperação do menino.

Com uma certa idade a família o acolheu. Ambrósio estava no processo de cura interior de reconciliação, mas já os havia perdoado. Aceitou, para um bem maior, os bens terrenos que ele teve como direito, usando-os para o bem dos pobres. O castelo foi se tornando aos poucos um hospital, lugar de acolhimento aos mais necessitados. Com 18 anos renunciou a tudo e foi para os Dominicanos, tornando-se um pregador cheio do Espírito Santo. Um homem do perdão e da reconciliação. Faleceu em Sena, durante uma pregação. Morreu no serviço, no ministério.


Santo Ambrósio, rogai por nós!


São José (Jozef) Bilczewski
 
José (Jozef) nasceu dia 26 de abril de 1860 em Wilamowice (Polônia). Era o primeiro dos nove filhos de Francisco e Ana Fajkisz, uma família de camponeses, onde, desde cedo, aprendeu as orações e as primeiras noções do catecismo, fazendo nascer nele a fé viva que o acompanhará durante toda a vida.

Em 1872, terminados os estudos primários, os pais mandaram José ao ginásio na cidade de Wadowice, onde, muitos anos mais tarde, estudou também João Paulo II. Ele dedicou-se com muito empenho aos estudos, obtendo ótimos resultados. Nesse período, participava diariamente das celebrações na igreja paroquial e decidiu entrar no Seminário Diocesano de Cracóvia, onde desenvolveu ainda mais o espírito de oração, aprofundando sua formação humana e espiritual.

Foi ordenado sacerdote a 6 de julho de 1884. Depois de um ano de trabalho pastoral com grande zelo e dedicação foi enviado para continuar os estudos em Viena e, em seguida, em Roma e Paris. Trabalhou durante muito tempo como professor de Dogmática Especial na Universidade de Leópolis. Foi nomeado Arcebispo de Leópolis para o rito latino em 17 de dezembro de 1900 e recebeu a Ordenação episcopal a 20 de janeiro de 1901.

Arcebispo de Lviv dos Latinos, foi um ponto de referência para católicos, ortodoxos e judeus durante a Primeira Guerra Mundial e nos diferentes conflitos que a seguiram.
Do Coração de Jesus hauria um amor universal e dele aprendeu não só a mansidão, a humildade e a bondade, mas também a paciência nas provações que enfrentou, durante a vida.

Faleceu na sua Arquidiocese, no dia 20 de março de 1923, depois de se ter preparado santamente para a morte, que acolheu com paz e submissão como sinal da vontade de Deus. Foi proclamado santo pelo papa Bento XVI, dia 23 de outubro de 2005.


São José Bilczewski, rogai por nós!

Santa Maria Josefina do Coração de Jesus Sancho de Guerra
 Maria Josefina era a primogênita de Barnabé Sancho, serralheiro, e de Petra de Guerra, doméstica. Nasceu em Vitória, Espanha, no dia 07 de setembro de 1842, tendo recebido o batismo no dia seguinte. Ficou órfã de pai muito cedo e foi sua mãe que a preparou para a Primeira Comunhão, recebida aos dez anos. Completou a sua formação e educação em Madri na casa de alguns parentes, e desde muito cedo começou a demonstrar uma grande devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora, uma forte sensibilidade em relação aos pobres e aos doentes e uma inclinação para a vida interior.

Regressou a Vitória aos dezoito anos e logo manifestou à sua mãe o desejo de entrar num mosteiro, pois se sentia atraída pela vida de clausura. Mais tarde, costumava dizer: "Nasci com a vocação religiosa". Foi assim que decidiu entrar no Instituto Servas de Maria, recentemente fundado em Madri por madre Soledade Torres Acosta. Com a aproximação da época de fazer sua profissão de fé, foi assaltada por graves dúvidas e incertezas sobre sua efetiva chamada para aquele Instituto. Admitiu essa disposição à vários confessores, chegando até a dizer que tinha se enganado quanto à própria vocação.

Mas, os constantes contatos com o arcebispo de Saragoça, futuro Santo, Antônio Maria Claret e as conversas serenas com madre Soledade Torres Acosta, amadureceram nela a possibilidade de fundar uma nova família religiosa, que se dedicasse aos doentes, em casa ou nos hospitais. E foi assim que aos vinte e nove anos ela fundou o Instituto das Servas de Jesus, na cidade de Bilbao, em 1871.

Depois por quarenta e um anos, foi a superiora do Instituto. Acometida por uma longa e grave enfermidade que a mantinha ou no leito ou numa poltrona, sofreu muito antes de seu transito, sem contudo deixar sua atividade de lado. Através de uma intensa e expressa correspondência, solidificou as bases dessa nova família. No momento da sua morte, em 20 de março de 1912, havia milhares de religiosas, espalhadas por quarenta e três casas. A sua morte foi muito sentida em toda a região e o seu funeral teve uma grande manifestação de pesar. Os seus restos mortais foram trasladados para a Casa-Mãe, em Bilbao, onde ainda se encontram.

Os pontos centrais da espiritualidade de madre Maria Josefina podem definir-se como: um grande amor à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus; uma profunda adoração do mistério da Redenção e uma íntima participação nas dores de Cristo e na Sua Cruz; e a completa dedicação ao serviço dos doentes, num contexto de espírito contemplativo.

O seu carisma de serviço aos enfermos ficou bem claro nas palavras por ela escritas: "Desta maneira, as funções materiais do nosso Instituto, destinadas a salvaguardar a saúde corporal do nosso próximo, elevam-se a uma grande altura e fazem a nossa vida ativa mais perfeita que a contemplativa, como ensinou o Doutor angélico, São Tomás d'Aquino que falou dos trabalhos dirigidos à saúde da alma, que vêm da contemplação" (Directorio de Asistencias de la Congregación Religiosa Siervas de Jesús de la Caridad, Vitória 1930, pág. 9).

É com este espírito, que as Servas de Jesus têm vivido desde a morte de Santa Maria Josefina. O serviço dos doentes tornou-se, assim, a oblação generosa das suas vidas, seguindo o exemplo da sua Fundadora. Hoje espalhadas pela Europa, América Latina e Ásia, as Servas procuram dar pão aos famintos, acolher os doentes e outros necessitados, criar centros para pessoas idosas, desenvolvendo sempre a pastoral da saúde e outras obras de caridade. Elas também estão presentes em Portugal.

A causa da canonização de madre Maria Josefina começou em 1951; foi solenemente beatificada pelo Papa João Paulo II em 1992 e depois canonizada em 01 de Outubro de 2000, pelo mesmo pontífice, em Roma. 


Santa Maria Josefina do Coração de Jesus Sancho de Guerra, rogai por nós!

 

sábado, 19 de março de 2016

Santo do dia - 19 de março

São José

Hoje São José acolhe a Igreja, da qual é o patrono e grande intercessor de todos nós



 
São José, protetor da Sagrada Família 

Do esposo de Maria sabemos somente aquilo que nos dizem os evangelistas Mateus e Lucas, mas é o que basta para colocar esse incomparável "homem justo" na mais alta cátedra de santidade e de nossa devoção, logo abaixo da Mãe de Jesus.

Venerado desde os primeiros séculos no Oriente, seu culto se difundiu no Ocidente somente no século IX, mas num crescendo não igual ao de outros santos. Em 1621, Gregório XV declarou de preceito a festa litúrgica deste dia; Pio IX elegeu são José padroeiro da Igreja, e os papas sucessivos o enriqueceram de outros títulos, instituindo uma segunda comemoração no dia 1º de maio, ligada a seu modesto e nobre ofício de artesão.


Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo.

Seu nome, em hebraico, significa “Deus cumula de bens”.


O privilégio de ser pai adotivo do Messias constitui o título mais alto concedido a um homem.


O extraordinário evento da Anunciação e da divina maternidade de Maria - da qual foi advertido pelo anjo depois da sofrida decisão de repudiar a esposa - coloca são José sob uma luz de simpatia humana, em razão do papel de devoto defensor da incolumidade da Virgem Mãe, mistério prenunciado pelos profetas, mas acima da inteligência humana.
No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo. “Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa” (Mt 1,24).

Resolvido o angustiante dilema, José não se questiona. Cumpre as prescrições da lei: dirige-se a Belém para recenseamento, assiste Maria no parto, acolhe os pastores e os reis Magos com útil disponibilidade, conduz a salvo Maria e o Menino para subtraí-lo do sanguinário Herodes, depois volta à laboriosa quietude da casinha de Nazaré, partilhando alegrias e dores comuns a todos os pais de família que deviam ganhar o pão com o suor de sua fronte. Nós o revemos na ansiosa procura de Jesus, que ele conduz ao templo por ter cumprido os 12 anos de idade.

Enfim, o Evangelho se despede dele com uma imagem rica de significado, que coloca mais de um tema para nossa reflexão: Jesus, o filho de Deus, o Messias esperado, obedece a ele e a Maria, crescendo em sabedoria, idade e graça. 


Celebra-se hoje, 19 de março, a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, espalhada pelo mundo todo, recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono.

O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a si mesmo e, na fé, obedecer a Deus acolhendo a Virgem Maria.
Da mesma forma, hoje São José acolhe a Igreja, da qual é o patrono. E é grande intercessor de todos nós.

Que assim como ele, possamos ser dóceis à Palavra e à vontade do Senhor.

São José, rogai por nós!

sexta-feira, 18 de março de 2016

Dez ensinamentos de Santo Agostinho sobre o Demônio

1 – O Demônio não pode fazer mais do que lhe é permitido por Deus.

2 – Fecha a porta para que não entre o tentador. Ele não deixa de chamar, mas se vê que a porta está fechada vai em frente. Só entra quando te esqueces de fechá-la ou não a fechas com segurança.

3 – O demônio não influência nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa; sua concupiscência legítima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem.

4 – Não culpes o demônio por tudo que vai mal. Muitas vezes o homem é seu próprio demônio.

combate_espiritual5 – O homem não come o trigo sem triturá-lo para fazer o pão. Assim, o demônio não subjuga ninguém sem antes tê-lo abatido pela tribulação. Abate para subjugar. Quando fores açoitado pela tribulação, permanece íntegro como o grão e não te perturbes.


naescoladossantos6 – O diabo não tem poder para dominar, mas tem astúcia para persuadir.
7 – A inveja é filha e escrava do orgulho. Por esses dois vícios, orgulho e inveja, o demônio é o que é.
8 – Como te livras de um homem? Evitando-o. Como podes livrar-te do demônio? Orando contra ele. Tuas orações são a seta que o mantém na raia.
9 – Em vão se ufana um homem, pretendendo vingar-se de outro homem. Enquanto procura vencer publicamente o adversário, é vencido pelo demônio.
10 – O demônio é como um cão preso na coleira, Cristo o prendeu; só morde quem dele se aproxima.

Professor Felipe Aquino