São Bento de Nórcia
As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu
biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que
enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas
de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o
relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.
Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália.
Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea
chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito
jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No
entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna,
retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida
ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do
cristianismo.
Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte
Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado
Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando
muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram
seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses
monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria
escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se
partiu em pedaços.
Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns
jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do
monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu
primeiro mosteiro.
“Ora et labora”.
Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como
uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que
escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida
católica dali em diante.
As regras rígidas não poderiam ser mais simples: "Ora e trabalha".
Acrescentando-se a esse lema "leia", pois, para Bento, a leitura devia
ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas
Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o
justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser
humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser "não
soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não
detrator, não murmurador".
A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e
materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que
acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente
europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um
novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus,
através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos
para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica,
que possibilitou o renascimento da Europa.
Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte
de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo
cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o
título de "Pai do Monaquismo Ocidental", que ali só se estabeleceu
graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados
"beneditinos". Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de
toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Santo do dia - 11 de julho
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domingo, 10 de julho de 2016
Mês de Julho em honra ao Preciosíssimo Sangue, sejamos devotos!
O mês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus.
A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o gênero humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia.
Desde tempos muito remotos, a devoção ao
Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada
vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces
públicas e Ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos
pecados, afastar os fiéis dos justos castigos, implorar as bênçãos do
céu sobre os frutos da terra, e prover nossas necessidades espirituais e
temporais.
No século passado, foi São Gaspar de
Búfalo admirável propagador desta insigne devoção, tendo o merecimento
da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o
“Apóstolo do Preciosíssimo Sangue”. Foi por ordem do Papa Bento XIV que
foram compostos a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus para
finalmente ser estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX.
O Papa João XXIII, cuja família desde a
sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também perpetrou
esta santa devoção, tendo logo no início de seu pontificado escrito a
Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme
fez menção o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini,
onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele
sangue, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer
culpa”.
Sejamos, portanto, também devotos propagadores desta extraordinária e salutar prática da piedade cristã.
Ladainha do Preciosíssimo Sangue
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos.
Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos.
Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, vencedor dos demônios, salvai-nos.
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos.
Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens, salvai-nos.
Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-nos.
Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos.
Sangue de Cristo, consolação dos que choram, salvai-nos.
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos.
Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos.
Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos.
Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.
V. Remistes-nos, Senhor com o Vosso Sangue.
R. E fizestes de nós um reino para o nosso Deus.
Oremos:
Todo-Poderoso e Eterno Deus, que
constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes
ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço
da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa
contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos
dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja.
Oferecimento
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Sangue
preciosíssimo de Jesus Cristo em desconto dos meus pecados, em sufrágio
das santas almas do Purgatório e pelas necessidades da Santa Igreja e
por todos os doentes.
Fonte: Amor a Nossa Senhora
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Santo Terço: rezando (e vivendo) mais intensamente
Dicas para rezar (e viver) o Santo Terço mais intensamente
Acredite: você nunca mais vai rezar o terço de maneira monótona depois de ler isso
Como católico, confesso que Maria é o
meu ponto fraco. Sempre que preciso pedir reforços para alcançar graças
do céu, Ela é sem dúvida minha mediadora favorita.
Mesmo sendo capaz de conceber
perfeitamente em minha mente que Maria é um ser humano como seu, às
vezes no meu coração sinto como se ela estivesse em uma categoria
muitíssimo superior à minha, e é difícil imaginar como Ela poderia
entender o que acontece no meu dia a dia.
O terço já me confortou enormemente em
incontáveis momentos de intenso sofrimento, mas também já me deu a
sensação de estar, às vezes, muito distante de Maria. Graças a Deus, como sou um hipster
católico em busca constante das esquisitices mais alucinantes da nossa
fé, acabei encontrando uma oração meditativa alternativa que significou
para mim um giro de 180 graus: o Terço Servita ou Terço das Sete Dores –
era justamente aquilo de que eu precisava!
Este terço tem sua origem na Ordem dos
Servitas e se centra nas Sete Dores da Santíssima Virgem Maria. A viagem
na qual embarcamos à medida em que vamos passando as contas do terço
pelos dedos tem uma capacidade incrível de nos aproximar profundamente
da Santa Mãe de Deus, para que Ela nos acompanhe durante a vida diária.
1ª dor: Profecia de Simeão
Poucos dias após o nascimento do meu
primeiro filho, minha esposa passou uma noite extremamente difícil, que
acabou em uma visita urgente ao nosso médico. Uma vez lá, nos deram a
notícia de que nosso filho seria internado no hospital para passar a
noite em observação. Escutar estas palavras foi algo assustador.
A Bíblia não documenta nenhuma das
batalhas de Jesus com as doenças da infância, mas sim registra como
Simeão conta a Maria que seu bebê seria causa de queda e levantamento
para muitos em Israel, e que sua própria alma, a de Maria, seria
atravessada por uma espada de dor por causa dele. Maria com certeza
conhece os temores dos pais e mães.
2ª dor: Fuga ao Egito
Você já viveu algum desses momentos nos
quais está sozinho no frio, seja literal ou emocionalmente? Sabe esses
momentos em que você sente que não é bem-vindo, inclusive entre seus
amigos e familiares mais próximos, simplesmente porque seus passos o
levam numa direção diferente? Maria passou pela mesma coisa: isolada e
sem apoios, a não ser o consolo de Deus, do seu marido e do seu filho.
3ª dor: Jesus perdido no templo
Pense naquele frio na barriga, naquele
medo vertiginoso que você sente quando perde seu filho de vista em um
lugar público, mesmo que seja somente por alguns segundos, seguido desse
vazio e dessa culpa que substituem inevitavelmente o pânico uma vez que
você verifica onde seu filho está. Isso certamente foi apenas um
instante, coisa de nada, mas o remorso dura muito: “Como eu pude ser tão
descuidado(a)?”. Maria passou pela mesma situação, durante longos 3
dias, e num contexto muito mais grave.
4ª dor: Encontro de Jesus e Maria no caminho do calvário
Como profissional de saúde mental, já
ofereci meu apoio a muitos pais na hora de enfrentar certas situações
dos seus filhos: perceber que os filhos ainda não chegaram ao fundo do
poço e não estão preparados para receber a ajuda necessária; ver que
chegou a hora de deixá-los partir; permitir que tenham a liberdade de
fracassar por completo, com a esperança de poder voltar a levantar-se
renovados.
A confrontação nestes casos é muito
difícil, porque é assustador, desgarrador sentir-se impotente frente aos
problemas de um filho. Não há nada pior que isso. Maria sabe o que
significa ser uma testemunha impotente da dor nos olhos do seu Filho.
Assim, não existe companhia melhor que a sua quando chegam a nós
momentos terríveis desse tipo.
5ª dor: Crucificação
Você já teve de suportar alguma vez a
insuportável e indescritível dor de perder um filho ou uma filha, por
morte, distanciamento ou perda? Não há nada que nos console humanamente.
Mas Maria está aí, chorando ao seu lado.
6ª dor: Jesus é retirado da cruz
Esse dia chega para todos: o dia do
sofrimento mais obscuro, quando você precisa enfrentar algo e carregá-lo
sobre os ombros; algo tão pesado que você acha que não vai conseguir
seguir em frente; um dia no qual não há nada além de uma dor lacerante e
um futuro que parece vazio e sem sentido. Maria, após receber o frágil
corpo ensanguentado do seu Filho, entende muito bem o que é isso.
7ª dor: Sepultura de Jesus
Todos nós conhecemos o final: “Vocês
terão sofrimento no mundo, mas sejam corajosos: eu venci o mundo!”.
Jesus ganha, é verdade. Mas mesmo assim acabamos nos esquecendo disso;
mortes, dificuldades financeiras, abortos espontâneos, conflitos no
casamento, problemas no trabalho… É difícil encontrar esperança em meio a
tão árduos momentos, e a única vontade que temos é de nos render.
Maria certamente se sentiu assim também
enquanto carregava o corpo do seu Filho. Não sabemos se nesse momento
Ela sabia que a Páscoa da Ressurreição estava a ponto de chegar; mas o
que Ela certamente sabia melhor que ninguém era o quão difícil pode ser
para nossos corações enxergar algo além da Sexta-Feira Santa.
Conclusão
Certamente, Maria pode parecer estar tão
acima de nós, que fica fora do nosso alcance. Mas se dedicarmos um
momento a refletir sobre tudo o que Ela padeceu durante a vida,
começaremos a ver com clareza que Nossa Senhora realmente entende tudo o
que estamos vivendo e sofrendo.
O Terço Servita me ajudou a ver isso com
clareza, e a confiar em que, se eu persistir, Ela virá com carinho,
segurará minha mão e me guiará de volta para casa.
(Tommy Tighe é um hipster católico, esposo e pai de quatro filhos)
Fonte: Aleteia
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Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
15º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 10,25-37.
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O
experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para receber como herança a vida
eterna?».
Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?».
Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás».
Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?».
Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás».
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?».
Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio-morto.
Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante.
Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’.
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?».
O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».
Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio-morto.
Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante.
Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’.
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?».
O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».
Comentário do dia: São Severo de Antioquia (c. 465-538), bispo
Homilia 89
Cristo sara a humanidade ferida
Passou por ali um samaritano. […] É propositadamente que Cristo dá a Si
próprio o nome de Samaritano, Ele a quem tinham dito, para O insultarem: «Tu és
um samaritano e estás possesso do demônio» (Jo 8,4). […] O viajante samaritano
que era Cristo – porque Ele era de fato um viajante – viu a humanidade caída
por terra. E não passou ao largo, porque a razão pela qual empreendera essa
viagem era «visitar-nos» (Lc 1,68, 78), a nós, por causa de quem Ele desceu à
terra e entre quem habitou. Porque Ele «fez a sua aparição na terra, onde
permaneceu entre os homens» (Bar 3,38). […]
Sobre as nossas chagas derramou vinho, o vinho da Palavra, e, como a gravidade dos ferimentos não suportava toda a força desse vinho, misturou-o com o óleo da sua ternura e do «seu amor pelos homens» (Tit 3,4). Em seguida, conduziu o homem à estalagem, ou seja, à Igreja, que se tornou o lugar de habitação e de refúgio de todos os povos. Uma vez chegados à estalagem, o bom samaritano teve para com aquele que tinha salvado uma solicitude ainda maior; o próprio Cristo ficou na Igreja, concedendo-lhe todas as graças. […] E, ao partir – isto é, ao subir ao céu –, deixou ao dono da estalagem, que é símbolo dos apóstolos, dos pastores e dos doutores que Lhe sucederam, duas moedas de prata, para que ele cuidasse do doente. Estas duas moedas são os dois Testamentos, o Antigo e o Novo, o da Lei e dos profetas, e aquele que nos foi dado pelos Evangelhos e pelos escritos dos apóstolos. Ambos provêm do mesmo Deus, exibindo ambos a imagem deste único Deus das alturas, tal como as moedas de prata exibem a imagem do rei, e imprimem nos nossos corações a mesma imagem real por meio das santas palavras, dado que foi um só e mesmo Espírito que as pronunciou. Trata-se de duas moedas de um único rei, deixadas ao mesmo tempo e a título igual por Cristo ao dono da estalagem.
No último dia, os pastores das igrejas santas dirão ao Senhor que há de vir: «Senhor, confiaste-me dois talentos, aqui estão outros dois que ganhei», por via dos quais fiz aumentar o rebanho. E o Senhor há de responder-lhes: «Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,22-23).
Sobre as nossas chagas derramou vinho, o vinho da Palavra, e, como a gravidade dos ferimentos não suportava toda a força desse vinho, misturou-o com o óleo da sua ternura e do «seu amor pelos homens» (Tit 3,4). Em seguida, conduziu o homem à estalagem, ou seja, à Igreja, que se tornou o lugar de habitação e de refúgio de todos os povos. Uma vez chegados à estalagem, o bom samaritano teve para com aquele que tinha salvado uma solicitude ainda maior; o próprio Cristo ficou na Igreja, concedendo-lhe todas as graças. […] E, ao partir – isto é, ao subir ao céu –, deixou ao dono da estalagem, que é símbolo dos apóstolos, dos pastores e dos doutores que Lhe sucederam, duas moedas de prata, para que ele cuidasse do doente. Estas duas moedas são os dois Testamentos, o Antigo e o Novo, o da Lei e dos profetas, e aquele que nos foi dado pelos Evangelhos e pelos escritos dos apóstolos. Ambos provêm do mesmo Deus, exibindo ambos a imagem deste único Deus das alturas, tal como as moedas de prata exibem a imagem do rei, e imprimem nos nossos corações a mesma imagem real por meio das santas palavras, dado que foi um só e mesmo Espírito que as pronunciou. Trata-se de duas moedas de um único rei, deixadas ao mesmo tempo e a título igual por Cristo ao dono da estalagem.
No último dia, os pastores das igrejas santas dirão ao Senhor que há de vir: «Senhor, confiaste-me dois talentos, aqui estão outros dois que ganhei», por via dos quais fiz aumentar o rebanho. E o Senhor há de responder-lhes: «Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,22-23).
Santo do dia - 10 de julho
Santo Antônio Percierskij
Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.
Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.
Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".
Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.
Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.
Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.
Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.
Santo Antônio Percierskij, rogai por nós!
Assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate. Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar de fazer de tudo para levar Deus aos súditos, por isso, procurou acabar com o paganismo, construir igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo. Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.
Santo Olavo, rogai por nós!
Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.
Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.
Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".
Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.
Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.
Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.
Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.
Santo Antônio Percierskij, rogai por nós!
Santo Olavo
Hoje a Igreja nos convida a contemplar a vida de Santo Olavo, o santo rei da Noruega.
Nascido em 995 numa família real, Olavo mostra-nos com sua vida que a santidade não escolhe profissão, nem posição social, pois ela não vêm sobre classes, mas sim em corações abertos à Graça de Cristo. Aconteceu que o jovem Olavo foi para a Inglaterra numa expedição e assim pôde conhecer Jesus, o Cristianismo e ser batizado, isto em 1014. Ao voltar para a casa, Olavo, que era herdeiro do trono, encontrou o falecimento do pai e usurpadores do reino.Assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate. Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar de fazer de tudo para levar Deus aos súditos, por isso, procurou acabar com o paganismo, construir igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo. Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.
Santo Olavo, rogai por nós!
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sábado, 9 de julho de 2016
Santo do dia - 9 de julho
Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Amábile Lúcia Visintainer nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Foi a segunda filha do casal Napoleão e Anna, que eram ótimos cristãos, mas muito pobres.
Nessa época, começava a emigração dos italianos, movida pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile, que em setembro de 1875 escolheu o Brasil e o local onde muitos outros trentinos já haviam se estabelecido no estado de Santa Catarina, em Nova Trento, na pequena localidade de Vigolo.
Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.
Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor.
Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubesse que já se consagrava a Deus.
Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.
Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.
A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poderem sobreviver.
Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.
Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo.
Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.
Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós!
No convento, ela trabalhou muito, sem distinção de cargos: foi camareira, cozinheira, encarregada da despensa, enfermeira, professora das noviças e, finalmente, abadessa. Transformou o mosteiro numa verdadeira e especial escola de perfeição com o seu próprio exemplo de amor ao Redentor, à sua Paixão na cruz e à Virgem Maria, deixando para a posteridade um legado instigante de sua prolongada e rica experiência mística.
Os registros de manifestações místicas na vida dos santos da Igreja não são poucos. E consideram-se místicos os fenômenos extraordinários que vivem algumas pessoas escolhidas por Deus para mostrar sua intervenção na existência terrena de seus filhos. São eles os milagres, as profecias, o domínio sobre fenômenos da natureza, as visões, os êxtases e as aparições dos estigmas de Cristo no corpo. Entretanto o que ocorreu com Verônica não teria chegado até nós se não fosse a inspiração de seu diretor espiritual.
Tudo começou a partir de 1697, quando lhe apareceram no corpo os estigmas de Jesus, ou seja, passou a conviver com as mesmas chagas que martirizaram o Cristo. Na ocasião, Verônica pediu a Jesus que os escondesse aos olhos de todos, não desejava que absolutamente ninguém soubesse o que lhe ocorria. Também não queria ser vista como uma escolhida, preferia viver na humildade. Ela conseguiu, mantendo-se reclusa em sua cela e sem contato com nenhuma pessoa fora do convento, pelo resto da vida.
E teria permanecido assim, sem que ninguém soubesse de sua história, não fosse uma ordem que lhe impôs seu confessor e diretor espiritual. Verônica teria de escrever todas as experiências místicas que vivenciava e sentia nos seus contatos com Jesus. Porém, depois, não poderia reler o que havia registrado. Desse modo, ficaram para a posteridade quarenta e quatro volumes de uma fantástica vivência de trinta anos com o extraordinário.
Um dos relatos mais impressionantes trata-se da descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me transpassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira Santa, de madrugada.
Foi numa sexta-feira também que Verônica Giuliani morreu, em 1727, depois de trinta e três dias de doença e agonia em seu corpo, onde se viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.
Santa Verônica Giuliani, rogai por nós!
Amábile Lúcia Visintainer nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Foi a segunda filha do casal Napoleão e Anna, que eram ótimos cristãos, mas muito pobres.
Nessa época, começava a emigração dos italianos, movida pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile, que em setembro de 1875 escolheu o Brasil e o local onde muitos outros trentinos já haviam se estabelecido no estado de Santa Catarina, em Nova Trento, na pequena localidade de Vigolo.
Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.
Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor.
Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubesse que já se consagrava a Deus.
Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.
Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.
A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poderem sobreviver.
Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.
Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo.
Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.
Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós!
Santa Verônica Giuliani
Úrsula Giuliani nasceu em Mercatello, perto de Urbino, no ano de
1660. Foi a sétima filha do casal Francisco e Benta, profundamente
católico. Quatro de suas filhas já eram clarissas quando apoiaram a sua
caçula, que, aos dezessete anos, desejou ingressar no mosteiro da Ordem
na cidade de Castello. Lá ela vestiu o hábito e tomou o nome de
Verônica.No convento, ela trabalhou muito, sem distinção de cargos: foi camareira, cozinheira, encarregada da despensa, enfermeira, professora das noviças e, finalmente, abadessa. Transformou o mosteiro numa verdadeira e especial escola de perfeição com o seu próprio exemplo de amor ao Redentor, à sua Paixão na cruz e à Virgem Maria, deixando para a posteridade um legado instigante de sua prolongada e rica experiência mística.
Os registros de manifestações místicas na vida dos santos da Igreja não são poucos. E consideram-se místicos os fenômenos extraordinários que vivem algumas pessoas escolhidas por Deus para mostrar sua intervenção na existência terrena de seus filhos. São eles os milagres, as profecias, o domínio sobre fenômenos da natureza, as visões, os êxtases e as aparições dos estigmas de Cristo no corpo. Entretanto o que ocorreu com Verônica não teria chegado até nós se não fosse a inspiração de seu diretor espiritual.
Tudo começou a partir de 1697, quando lhe apareceram no corpo os estigmas de Jesus, ou seja, passou a conviver com as mesmas chagas que martirizaram o Cristo. Na ocasião, Verônica pediu a Jesus que os escondesse aos olhos de todos, não desejava que absolutamente ninguém soubesse o que lhe ocorria. Também não queria ser vista como uma escolhida, preferia viver na humildade. Ela conseguiu, mantendo-se reclusa em sua cela e sem contato com nenhuma pessoa fora do convento, pelo resto da vida.
E teria permanecido assim, sem que ninguém soubesse de sua história, não fosse uma ordem que lhe impôs seu confessor e diretor espiritual. Verônica teria de escrever todas as experiências místicas que vivenciava e sentia nos seus contatos com Jesus. Porém, depois, não poderia reler o que havia registrado. Desse modo, ficaram para a posteridade quarenta e quatro volumes de uma fantástica vivência de trinta anos com o extraordinário.
Um dos relatos mais impressionantes trata-se da descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me transpassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira Santa, de madrugada.
Foi numa sexta-feira também que Verônica Giuliani morreu, em 1727, depois de trinta e três dias de doença e agonia em seu corpo, onde se viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.
Santa Verônica Giuliani, rogai por nós!
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sexta-feira, 8 de julho de 2016
Santo do dia - 8 de julho
Santo Eugênio
Zelava pela salvação das almas
Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.
Santo Eugênio, rogai por nós!
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