Santo André
Apóstolo (século I)
Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu
discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois",
depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre
os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João
Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram
pescadores no mar da Galiléia.
Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com
João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário
profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que
tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo.
A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando:
"Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos
apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio
da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a
Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco
pães e dois peixes.
Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de
Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige
quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus.
André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última
ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascensão e recebeu o
primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da
Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com
exatidão.
Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na
Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última,
formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras,
na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá,
também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e
juiz romano local.
André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a
reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses
pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à
crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a
sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a
grandeza da cruz, onde morreu Jesus".
Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém,
despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a
tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma
grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o
império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a
cristandade guarda para sua festa.
O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla,
as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para
Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século
XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e
Escócia.
Santo André, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
30 de novembro - Santo do dia
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quarta-feira, 29 de novembro de 2017
29 de novembro - Santo do dia
São Francisco Antônio Fasani
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente
O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.
São Fasani apresenta-se-nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.
Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.
São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!
São Saturnino – bispo e mártir
Saturnino, bispo de Toulouse, é um dos santos mais populares na França e na Espanha, onde é considerado o protetor das corridas (não se diz, porém, se protege o toureiro, o touro ou o povo que assiste). A Paixão de Saturnino é além de tudo documento muito importante para o conhecimento da antiga Igreja da Gália. Conforme o autor da paixão, que escreveu entre 430 e 450, Saturnino fixou sua sede em Toulouse em 250, sob o consulado de Décio e Grato. Naquela época, refere o autor, na Gália existiam poucas comunidades cristãs, compostas por um exíguo número de fiéis, enquanto os templos pagãos ferviam de gente que sacrificavam aos deuses.
Saturnino que há pouco tempo tinha
chegado a Toulouse, provavelmente proveniente da África (esse nome é
africano) ou do Oriente, como se lê no Missal Gótico, havia já colhido
os primeiros frutos da sua pregação, ganhando para fé de Cristo bom
número de concidadãos. O santo bispo, para chegar a um pequeno oratório
de sua propriedade, passava todas as manhãs diante do Capitólio, isto é,
do principal templo pagão, dedicado a Júpiter Capitolino, onde os
sacerdotes pagãos ofereciam em sacrifício ao deus pagão um touro para
obter as respostas aos pedidos dos fiéis.
Ao que parece a presença de Saturnino
emudecia os deuses e os sacerdotes culparam disso o bispo cristão, cuja
irreverência teria irritado a susceptibilidade das divindades pagãs. Um
dia o povo cercou ameaçadoramente Saturnino e lhe impôs sacrificar um
touro no altar de Júpiter. O bispo recusou imolar o animal, que pouco
depois seria o instrumento do seu martírio; mais ainda, os pagãos
consideraram provocante ultraje à divindade o fato de Saturnino ter
afirmado que não tinha medo algum dos raios de Júpiter, impotente porque
inexistente. Enfurecidos, pegaram-no e amarraram-no ao pescoço do
touro, aguilhoando depois o animal que fugiu enraivecido escada abaixo
do Capitólio, arrastando atrás o bispo.
Saturnino, com os membros despedaçados,
morreu pouco depois e seu corpo foi abandonado no meio da estrada,
recolhido por duas piedosas mulheres, dando-lhe sepultura em uma fossa
muito profunda. Sobre esse túmulo, um século mais tarde, santo Hilário
construiu uma capela de madeira, que foi logo destruída, e por algum
tempo, perdeu-se até sua lembrança. No século VI o duque Leunebaldo,
reencontrando as relíquias do mártir, fez edificar no lugar a igreja
dedicada a são Saturnino (em francês, Saint-Sernin-du-Taur), que em 1300
assumiu o nome atual de Nossa Senhora do Taur.
São Saturnino, rogai por nós
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terça-feira, 28 de novembro de 2017
PROTESTE CONTRA AS BLASFÊMIAS IMUNDAS DO CANAL #PORTADOSFUNDOS
Caros Amigos,
Acabei de ler e assinar o abaixo-assinado:
«PROTESTE CONTRA AS BLASFÊMIAS IMUNDAS DO CANAL #PORTADOSFUNDOS»
no endereço
http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=portadasblasfemias
Concordo com este abaixo-assinado e cumpro com o dever de o fazer chegar ao maior número de pessoas.
Caso você concorde, agradeço que assine o abaixo-assinado e que ajudem na sua divulgação através de um email para os seus contatos.
Obrigado,
Silvio
28 de novembro - Santo do dia
São Tiago das Marcas
Franciscano (1394-1476)
Ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis
Nasceu em Monteprandone, na província de Ascoli Piceni, região de Le Marche ou das Marcas, Itália, no ano de 1394. Seu nome de batismo era Domingos Gangali. Órfão ainda criança, foi educado pelo tio, que o conduziu sabiamente no seguimento de Cristo. Estudou em Perugia, onde se diplomou em direito civil junto com o grande João de Capistrano, agora santo.
Decidiu deixar a profissão para ingressar na Ordem dos Franciscanos, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Quando vestiu o hábito, tomou o nome de Tiago, que logo foi completado com o "das Marcas", em razão de sua origem. Foi discípulo de outro santo e seu contemporâneo da Ordem, Bernardino de Sena, que se destacava como o maior pregador daquela época, tal qual conhecemos.
Também Tiago das Marcas consagrou toda a sua vida à pregação. Percorreu toda a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para a Hungria, obedecendo a uma ordem direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou, num já existente, restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana.
Depois, partia em busca de novo desafio ou para cumprir uma das delicadas missões em favor da Igreja, para as quais era enviado especialmente, como fizeram os papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III. Participou na incursão da cruzada de 1437 para expulsar os invasores turcos muçulmanos. Humilde e reto nos princípios de Cristo, nunca almejou galgar postos na Igreja, chegando a recusar o cargo de bispo de Milão.
Viveu em extrema penitência e oração, oferecendo seu sacrifício a Deus para o bem da humanidade sempre tão necessitada de misericórdia. Mas os severos e frequentes jejuns a que se submetia minaram seu organismo, chegando a receber o sacramento da unção dos enfermos seis vezes. Mesmo assim, chegou à idade de oitenta anos.
Faleceu em Nápoles, pedindo perdão aos irmãos franciscanos pelo mau exemplo que foi a sua vida. Era o dia 28 de novembro de 1476. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria Nova, daquela cidade. A sua biografia mostra muitos relatos dos prodígios operados por sua intercessão, tanto em vida quanto após a morte. O papa Bento XIII canonizou Tiago das Marcas em 1726 e marcou o dia de sua morte para a celebração de sua lembrança.
São Tiago das Marcas, rogai por nós!
Franciscano (1394-1476)
Ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis
Nasceu em Monteprandone, na província de Ascoli Piceni, região de Le Marche ou das Marcas, Itália, no ano de 1394. Seu nome de batismo era Domingos Gangali. Órfão ainda criança, foi educado pelo tio, que o conduziu sabiamente no seguimento de Cristo. Estudou em Perugia, onde se diplomou em direito civil junto com o grande João de Capistrano, agora santo.
Decidiu deixar a profissão para ingressar na Ordem dos Franciscanos, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Quando vestiu o hábito, tomou o nome de Tiago, que logo foi completado com o "das Marcas", em razão de sua origem. Foi discípulo de outro santo e seu contemporâneo da Ordem, Bernardino de Sena, que se destacava como o maior pregador daquela época, tal qual conhecemos.
Também Tiago das Marcas consagrou toda a sua vida à pregação. Percorreu toda a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para a Hungria, obedecendo a uma ordem direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou, num já existente, restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana.
Depois, partia em busca de novo desafio ou para cumprir uma das delicadas missões em favor da Igreja, para as quais era enviado especialmente, como fizeram os papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III. Participou na incursão da cruzada de 1437 para expulsar os invasores turcos muçulmanos. Humilde e reto nos princípios de Cristo, nunca almejou galgar postos na Igreja, chegando a recusar o cargo de bispo de Milão.
Viveu em extrema penitência e oração, oferecendo seu sacrifício a Deus para o bem da humanidade sempre tão necessitada de misericórdia. Mas os severos e frequentes jejuns a que se submetia minaram seu organismo, chegando a receber o sacramento da unção dos enfermos seis vezes. Mesmo assim, chegou à idade de oitenta anos.
Faleceu em Nápoles, pedindo perdão aos irmãos franciscanos pelo mau exemplo que foi a sua vida. Era o dia 28 de novembro de 1476. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria Nova, daquela cidade. A sua biografia mostra muitos relatos dos prodígios operados por sua intercessão, tanto em vida quanto após a morte. O papa Bento XIII canonizou Tiago das Marcas em 1726 e marcou o dia de sua morte para a celebração de sua lembrança.
São Tiago das Marcas, rogai por nós!
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Santo do dia - 27 de novembro
Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa
Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
Santa Catarina Labouré
Esta devoção tornou-se escola de santidade
para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se
relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças
Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade.
Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:
“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”.
Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”.
Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.
Clique abaixo para Novena a Nossa Senhora das Graças
Confira também: Novena a Nossa Senhora das Graças
Nossa Senhora das Graças
Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o
primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto
espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo
conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa“.Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.
Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.
Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.
Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!
São Virgílio
Bispo (século VIII)
Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo.
Nasceu na primeira década do século VIII e foi batizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgilio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou.
Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgilio para a Abadia de São Pedro de Salzburg, atual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgilio como bispo daquela diocese.
Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, atuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgilio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgilio participava do mesmo entendimento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzsburg.
Mas Virgílio era homem de fé fortalecida e de vasta cultura, dominava como poucos as ciências matemáticas, ganhando, mesmo, o apelido de "o Geômetra" em seu tempo. Viveu oito séculos antes de Galileu e Copérnico e já sabia que a Terra era redonda, o que na ocasião e em princípio era uma heresia cristã. Foi para Roma para se justificar com o papa, deixou a ciência de lado e abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus como poucos bispos consagrados o fizeram. Revolucionou a diocese de Salzburg com o seu testemunho e converteu aquele rebanho para a redenção de Cristo, aproveitando-se do interesse político do rei.
Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, Virgílio foi consagrado bispo de Salzburg. Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria. Fundou e restaurou mosteiros e igrejas, com isso construiu o primeiro catálogo e crônica dos mosteiros beneditinos.
Morreu e foi sepultado na Abadia de Salzburg, Áustria, em 27 de novembro de 784, em meio à forte comoção dos fieis, que transformaram essa data a de sua tradicional festa. Séculos depois, suas relíquias foram trasladadas para a bela Catedral de Salzburg. Em 1233, foi canonizado, e o dia de sua festa mantido. São Virgílio foi proclamado padroeiro de Salzburg.
São Virgílio, rogai por nós!
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A Medalha Milagrosa
Corria o ano de 1264 quando o Papa Urbano IV encomendou,
aos principais teólogos da época, a composição da Sequência da Missa de Corpus
Christi, festa cuja promulgação era iminente. Após cada um deles elaborar sua
obra, todas deveriam ser cotizadas umas com as outras, sendo escolhida a
melhor.
Chegado
o dia da prova, reunidos todos os teólogos em um grande salão, o Papa
determinou que São Tomás de Aquino lesse a sua composição em primeiro lugar. Os
concorrentes eram grandes gênios na ciência de Deus, entre eles o famoso São
Boaventura. Tal foi o encanto com que todos acompanharam as palavras do Doutor
Angélico que, no fim, a uma, todos rasgaram seus trabalhos, votando assim
coletivamente no conhecido e belo hino “Lauda Sion”.
Esse
fato comovedor, característico dos tempos nos quais “a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente
estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era
florescente” (Leão XIII, Immortale Dei), veio-me à lembrança ao
deparar com os documentos que a seguir transcreverei.
Explico-me.
Solicitado a redigir um artigo sobre a Medalha Milagrosa, ao compulsar os
textos referentes à matéria, minha atenção se deteve agradavelmente sobre um
artigo da revista “L’Ami du Clergé” de abril de 1907. Julguei-o tão bem escrito,
com tão grande espírito de síntese e piedade, que resolvi enviar o meu para o
arquivo e pôr mãos à obra na tradução, a fim de colocar à disposição dos
leitores o texto da publicação francesa.
Com a palavra “L’Ami du Clergé”.
I –
Aparição da Medalha Milagrosa
Em 27 de novembro de 1830, a Virgem Imaculada aparecia na
capela da Casa-Mãe das Filhas da Caridade, em Paris.
Eram
por volta de cinco horas e meia da tarde. Em profundo silêncio, a Irmã Catarina Labouré fazia sua
meditação. De repente, ela ouviu um ruído como o frufru de um vestido de seda,
vindo do lado da Epístola. Levantou os olhos e deparou com a Santíssima Virgem
Maria, resplandecente de luz, trajando um vestido branco e um manto
branco-aurora. Os pés da Mãe de Deus pousavam sobre a metade de um globo; suas
mãos seguravam outro globo, que Ela oferecia a Nosso Senhor com uma inefável
expressão de súplica e de amor. Mas eis que esse quadro vivo se modifica
sensivelmente, figurando o que foi depois representado na Medalha Milagrosa. As
mãos de Maria, carregadas de graças simbolizadas por anéis radiosos, emitem
feixes de raios luminosos sobre a terra, mas com maior abundância num ponto.
Ouçamos a narração da
piedosa Vidente:
“Enquanto
eu a contemplava, a Virgem Santa baixou seus olhos para mim, e uma voz me disse
no fundo do coração : ‘Este globo que vês representa o mundo inteiro,
especialmente a França e cada pessoa em particular’.
“Não
sei exprimir o que pude perceber da beleza e do brilho dos raios.
“E a
Virgem Santa acrescentou: ‘Eis o símbolo das graças que derramo sobre as
pessoas que me pedem’, dando-me a entender quanto Ela é generosa para quem a
invoca… quantas graças Ela concede às pessoas que Lhe pedem… Nesse momento, eu
estava ou não estava… não sei… eu saboreava aqueles momentos! ”
Formou-se
em torno da Santíssima Virgem um quadro meio ovalado, no qual se liam estas
palavras, escritas em letras de ouro: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por
nós que recorrermos a Vós’.
“Depois
se fez ouvir uma voz que me disse: ‘Faze cunhar uma medalha conforme este
modelo; as pessoas que a portarem com piedade receberão grandes graças,
sobretudo se a levarem no pescoço; as graças serão abundantes para aqueles que
tiverem confiança’.”
Corpo incorrupto de S. Catarina Labouré venerado na Capela da
Rue du Bac, Paris
Rue du Bac, Paris
A
Medalha foi cunhada e espalhouse com maravilhosa rapidez pelo mundo inteiro, e
em toda parte foi instrumento de misericórdia, arma terrível contra o demônio,
remédio para muitos males, meio simples e prodigioso de conversão e de
santificação.
II –
Graças recebidas
A partir daqui, “L’Ami du Clergé” passa
a estampar algumas graças recebidas por meio da Medalha Milagrosa.
Imagens representando as
aparições
(Convento de Rue du Bac, Paris)
(Convento de Rue du Bac, Paris)
Rochefort
e a Santíssima Virgem
Cassagnac (1) relatou o incidente do duelo que ele travou
com Rochefort, a propósito de um artigo por este escrito sobre Maria Antonieta:
“Era o
dia 1º de janeiro. Caíam enormes flocos de neve, e o branco manto subia até os
joelhos. Entregaram-me o revólver para carregar as seis balas, que Rochefort
havia ferozmente exigido, e eu tinha aceito com a despreocupação da juventude
e, talvez, a certeza de que não seria necessário usá-las todas, devendo uma só
ser suficiente.
“Rochefort
atirou e errou o alvo. Eu atirei. Rochefort caiu. Julguei-o morto, pois a bala
o atingiu onde eu tinha visado: em pleno quadril. Destino singular o de
Rochefort! Ele é quase sempre ferido em duelo.
“Os
assistentes o rodearam. Muito surpreso, o médico constatou que, em vez de ser
atravessado de lado a lado, como deveria fatalmente ter acontecido, ele não
recebeu mais do que uma violentíssima contusão. Portanto, a bala havia sido
desviada. O que a desviara? O médico procurou e, cada vez mais surpreso,
mostrou-nos uma medalha furada pela bala, medalha da Virgem que uma mão amiga
tinha costurado secretamente na cintura da calça.
“Sem
essa milagrosa medalha, Rochefort teria caído morto.”
“Que ele
venha agora…”
Oito soldados moribundos foram conduzidos ao hospital. Um
deles recusou confessar-se. A Irmã escorregou uma medalha da Virgem Santíssima
sob o travesseiro do pobre enfermo.
No dia
seguinte, ele chamou a Irmã e lhe disse:
– A
gente morre como cão aqui? Sou cristão e quero confessar-me.
– Eu
lhe propus isso ontem e você disse “não”; e até mesmo expulsou o sacerdote –
respondeu a Irmã.
– É
verdade, e lamento essa atitude. Que ele venha agora.
“A Virgem
Santa me salvou!”
Na véspera da Imaculada Conceição, conta uma freira de
orfanato, eu distribuí às crianças medalhas da Virgem Maria, contando-lhes
alguns milagres ao alcance de suas inteligências infantis. Terminei
dizendo-lhes que se elas portassem sempre essa preciosa medalha, a Santa Virgem
as preservaria de qualquer acidente.
Nossa
boa Mãe não tardou a justificar essa certeza, e de maneira bem surpreendente.
Na tarde de 11 de dezembro, às seis horas, um menino de cinco anos, chamado
José, brincava diante de sua casa com outros de idades próximas da sua. Um
destes, mais velho que ele, empurrou-o tão fortemente que o pequeno foi cair
debaixo da roda de uma carroça que atravessava a rua naquele momento. A roda
passou sobre a perna do pobre menino. Ouvindo seus gritos desesperados, sua mãe
acorreu em prantos e ergueu do chão seu pobre pequeno José, que ela julgava
estar triturado, e o levou para dentro da casa. Mas – oh surpresa! – ele estava
são e salvo. Não se pôde sequer descobrir a marca da roda que, entretanto,
todas as testemunhas da cena viram passar sobre sua perna.
Somente
José não se surpreendeu: “É verdade, mamãe – disse ele – não sofri mal algum.
Bem nos disse outro dia a Irmã que a Santa Virgem nos protegeria sempre que nós
portássemos sua medalha”. E ele beijava de todo coração essa medalha tão
querida.
No dia
seguinte, a mãe veio cheia de emoção contar-nos “o milagre que a Santa Virgem
fizera em favor de seu pequeno José”.
As
pessoas que viram o menino sob a roda da carroça, e outras que ouviram falar do
acidente, interrogavam- no a respeito. A todos ele respondia mostrando sua
medalha:
– A
Virgem Santa me salvou!
A medalha de Bugeaud
Bugeaud (2) conservou sempre consigo a medalha de
sua filha, nos perigos de suas dezoito campanhas militares ao longo das quais
tantos valentes tombaram a seu lado sob os golpes dos árabes. Essa medalha
estava ainda pendurada ao seu pescoço quando ele faleceu, aos 65 anos, dando
mostra dos mais admiráveis sentimentos.
Eis um
episódio que confirma sua confiança na Mãe de Deus.
|
Cadeira em que Nossa Senhora
se sentou durante a aparição |
Num dia
de combate, percebendo, duas horas após a partida, que tinha esquecido sua
medalha, ele chamou um spahi (3) e lhe disse: “Meu bravo soldado, teu cavalo
árabe pode fazer quatro léguas por hora.
Deixei minha medalha pendurada em
minha tenda, no acampamento. E não posso travar batalha sem ela. Vou mandar
parar a tropa e esperar-te durante uma hora, de relógio na mão”. O cavaleiro
partiu a todo galope e retornou uma hora depois. Quando ele entregou a medalha
ao velho combatente, este a beijou em presença de seu estado- maior, colocou-a
no peito e disse em alta voz: “Agora posso avançar. Com minha medalha, nunca
fui ferido. Avante, soldados! Vamos derrotar os cabilas!”
Salvas de uma avalanche
Uma avalanche tinha esmagado uma aldeia dos Alpes.
Os soldados enviados para prestar socorro à população encontraram sob os
escombros uma mulher e sua filha, que passaram doze horas em aflições indescritíveis.
A mãe
contou que sua filha ficara desmaiada por várias horas e que ela a julgava
morta. Por sua vez, ela queria morrer, para não agonizar durante muito tempo
sobre o pequeno cadáver. De repente, sentiu a mão gelada de sua filha
tocar-lhe.
–
Margarida!
– Onde
estamos, mamãe?
–
Pobrezinha, estamos nas mãos de Deus.
A
escuridão era completa, e as duas infelizes tinham feito o sacrifício de suas
vidas. Ao cair da tarde, elas ouviram um ruído surdo: era o barulho das
picaretas dos soldados que vinham socorrê- las. Somente então essas pobres
sepultadas-vivas sentiram renascer a esperança.
– Avante!
Estamos aqui, deste lado. Pelo amor de Deus e da Virgem Maria, avante!
Por volta
de cinco horas da tarde elas estavam salvas.
Os cabelos
da mãe tinham embranquecido durante essas doze horas. E as duas mostravam a
medalha que cada uma portava ao pescoço, dizendo: – Eis aqui a salvação e a
vida!
Retorno ao bem
Um rapaz que infelizmente estava afastado do Deus
de sua infância, mas tinha uma mãe muito piedosa e boa, ficou gravemente
enfermo. A morte se aproximava rapidamente. Não queria ele ouvir falar de Deus
nem de religião. Tudo quanto sua pobre mãe tentava fazer por ele era em vão.
Ela tomou então uma Medalha Milagrosa e a pôs na cama do doente, sem este
perceber. De repente, o moço começou a se agitar vivamente e disse à mãe:
– O que a
senhora pôs na minha cama? Não consigo mais dormir.
A mãe
tentou acalmá-lo, sem, contudo, dizer o que havia feito. Entretanto, ela foi
obrigada a se ausentar por alguns instantes, e o rapaz, embora bastante
debilitado, pulou da cama e descobriu por fim a medalha. Ficou tão furioso que
pegou a imagem de Maria, arrastou-se até a porta, e gritou:
– Eu não
preciso dessas coisas!
A Virgem
Santíssima, tratada de forma tão indigna por esse pobre infeliz, teve,
entretanto, piedade dele e, por um milagre quase inaudito de misericórdia, fê-lo
mudar completamente: ele pediu à mãe para procurar um sacerdote, confessou- se
com o mais ardoroso arrependimento, e morreu no dia seguinte, recebendo todos
os sacramentos da Igreja.
1) Paul
Granier de Cassagnac e Henri Rochefort, jornalistas e políticos franceses, no
fim do século XIX.
2) Thomas Bugeaud, Marechal de França, Governador Geral da Argélia (1840-1847).
3) Soldado de cavalaria na Argélia.
2) Thomas Bugeaud, Marechal de França, Governador Geral da Argélia (1840-1847).
3) Soldado de cavalaria na Argélia.
AUTOR: MONS. JOÃO CLÁ DIAS, EP
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