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Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões.
Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
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Filho da nobre família Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia
1º de julho de 1380. Desde cedo, já manifestava seu repúdio ao orgulho,
à ganância e à corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência,
teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu dedicar-se à vida
religiosa.
Sua única ambição era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento
espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na
porta da casa de seus próprios pais. A vanguardista Veneza do século XV
era um efervescente laboratório de reforma católica, destinado a
produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço Justiniano.
Aos 19 anos de idade, ele era considerado um modelo de virtude,
austeridade e humildade. Em 1404, já diácono, uniu-se a outros
sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge, em Alga, para viver em
comunidade com eles, depois reconhecidos como "Companhia dos Cônegos
Seculares", pioneiros do esforço reformador. Tornou-se sacerdote em 1407
e, dois anos depois, foi eleito superior da Comunidade de São Jorge, em
Alga.
Não era um bom orador. Em contrapartida, tornava sua pregação eficiente
com a dedicação ao mistério do confessionário, seu exemplo de humilde
mendicante e seu trabalho de escritor incansável. Sua obra inclui livros
para doutores e leigos, incluindo tratados teológicos e simples manuais
de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da ideia da "Sabedoria
Eterna", eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a
retidão da vida episcopal.
A contragosto, em 1433, foi consagrado bispo de Castelo, uma pequena
diocese. Em 1451, o papa Nicolau V extinguiu essa diocese e consagrou
Lourenço Justiniano primeiro patriarca de Veneza. Nessas administrações,
deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado
um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais
pecadores. Nesses cargos, ergueu mais de 15 conventos e muitas igrejas,
aumentando, assim, seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de
pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam à sua pregação e ao seu
exemplo no seguimento de Cristo.
Rodeado por seus amigos do clero em seu leito de morte, no dia 8 de
janeiro de 1456, Lourenço Justiniano deixou, como mensagem aos cristãos,
observar os mandamentos da lei de Deus. Depois de sua morte, muitos
milagres foram atribuídos à sua intercessão e foi, por isso, canonizado
no ano de 1690, pelo papa Alexandre VIII. Sua festa foi indicada para
ser celebrada no dia 5 de setembro.
Era homem de enorme simplicidade e compunção. Seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto
Santo Eleutério (nome de origem grega que significa “livre”), nos é conhecido pelos Diálogos
de S. Gregório Magno. Eleutério viveu no Séc. VII, religioso, era abade
do mosteiro de S. Marcos Evangelista junto aos muros de Espoleto, lugar
onde viveu também S. Gregório Magno que, antes de tornar-se Papa, tinha
a Santo Eleutério na condição de “Pai venerável”.
Viveu em Roma muito tempo. Lá morreu também. Os seus discípulos
contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto. Era homem
de enorme simplicidade e compunção. S. Gregório conta-nos o epísódio em
que Santo Eleutério orou, juntamente com os outros irmãos do mosteiro,
por uma criança que era atormentada pelo demônio. A criança foi liberta.
Também o próprio S. Gregório narra em seus escritos as graças que
alcançou para si, a partir da oração de intercessão de Santo Eleutério: “Mas
eu pude experimentar pessoalmente a força da oração deste homem(…)
Ouvindo a sua benção, o meu estômago recebeu tal força que esqueceu
totalmente a alimentação e a doença. Fiquei pasmado: como tinha estado!
Como estava agora!”
Santo Eleutério, rogai por nós!
São Liberato de Loro
Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na
Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e
muito poder. Mas o jovem Liberato, ouvindo o chamado de Deus e por sua
grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda riqueza e conforto para
seguir a vida religiosa.
Renunciou às terras e ao título de senhor de Loro Piceno, que havia
herdado de seu tio, em favor de seu irmão Gualtério, e foi viver no
Convento de Rocabruna, em Urbino. Ordenado sacerdote e desejando
consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas, retirou-se
ao pequeno e ermo Convento de Sofiano, não distante do castelo de
Brunforte. Lá, vestiu o hábito da Ordem dos Frades Menores de São
Francisco, onde sua vida de virtudes valeu-lhe a fama de santidade.
Em "Florzinhas de são Francisco", encontramos o seguinte relato sobre ele:
No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena
comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e, durante
as orações, chegava a elevar-se do chão. Por onde andava, os pássaros o
acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando
alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas, quando perguntado,
demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, à
penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos dedicavam-lhe
grande consideração.
Quando atingiu a idade de 45 anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Caiu
gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber
nada; por outro lado, recusava-se a receber tratamento com medicina
terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na sua
abençoada Mãe. Ela, milagrosamente, o visitou e consolou, quando este,
em oração, preparava-se para a morte. Acompanhada de três santas virgens
e com uma grande multidão de anjos, aproximou-se de sua cama. Ao vê-la,
ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e
suplicou-lhe, em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se
tivesse tal merecimento.
Chamando-o por seu nome, a Virgem Maria respondeu: "Não temas, filho,
que tua oração foi ouvida, e eu vim para confortar-te antes de tua
partida desta vida". Assim frei Liberato ingressou na vida eterna, numa
data incerta do século XIII.
No século XV, o culto a Liberto de Loro era tão vigoroso que, nas terras
dos Brunforte, recebeu autorização para ser chamado são Liberato. Foram
construídos um novo convento, por ocasião da sua morte, ao lado do
antigo de Sofiano, e uma igreja para conservar as suas relíquias,
atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um
complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi
reconhecido pelo papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica para
ser chamado santo. A festa de são Liberato de Loro foi mantida na data
tradicional de 6 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente
transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na
sua terra natal.
Existe
hoje em dia uma estranha tendência a pensar que, tanto na vida quanto
nos ritos religiosos, o aspecto exterior das coisas tem pouco valor,
enquanto o “interior” é tudo o que realmente importa…
Mas será assim
mesmo?
Existe hoje em dia uma estranha tendência a pensar que o aspecto
exterior das coisas tem pouco valor, enquanto o “interior” é tudo o que
realmente importa. Por exemplo, desde que você seja uma pessoa “de bom
coração”, tanto faz a sua aparência, como você se veste ou fala, de que
tipo de música gosta ou (para irmos ainda mais longe) a religião que
você professa.
Há nisso uma pontinha de verdade: a altura, o peso e a cor da pele não são, de fato, qualidades morais; pecadores e santos os há de todas as colorações, formatos e tamanhos.
O problema é que vira e mexe nos esquecemos de como o exterior brota do interior e pode, muitas vezes, revelar o que se esconde no coração.
Uma pessoa boa irá vestir-se com modéstia, falará respeitosamente e
apreciará um estilo de música que enobreça o caráter, ao invés de
degradá-lo — e tudo isso por causa das disposições interiores do
coração, ocultas a olhos humanos, mas descobertas aos de Deus. A
religião, embora se manifeste, é claro, com palavras e gestos, está
enraizada no mais íntimo da alma e expressa, exteriormente, quais são os valores e as prioridades de quem a professa.
O conhecido filósofo inglês Roger Scruton diz a esse propósito:
É bem verdade o que, em tom de gracejo, dizia Oscar Wilde: só quem é superficial não julga pelas aparências.
Pois são estas, com efeito, que transmitem sentido e constituem o
núcleo de nossas preocupações emocionais. Quando deparo com um rosto
humano, essa experiência não dá origem a um estudo anatômico, nem a
beleza do que vejo leva-me a pensar sobre os tendões, nervos e ossos
que, em alguma medida, estruturam aquela face. Pelo contrário, deter-se
no “crânio que está sob a pele” é ver tão-somente o corpo, e não a
pessoa que por ele se expressa. E isso, portanto, é perder de vista a
beleza do rosto.
Nossos antepassados da Idade Média, por conseguinte, jamais diriam — e
com toda coerência — que “pela capa não se julga o livro”. Prova disso é
que eles investiram montanhas de dinheiro na produção de ricos Evangeliários,
com pesados feixes de ouro, cravejados de pedras preciosas, para que
ficasse patente que aquele livro encerrava a Palavra de Deus e merecia,
por isso mesmo, a nossa mais profunda veneração.
Também a sagrada liturgia contém a Palavra de Deus; e não só isso: a Missa, por incrível que pareça, contém o próprio Deus, o Verbo feito carne. Eis porque seria totalmente inadequado ao conteúdo mais profundo da liturgia que os ritos externos fossem tudo menos gloriosos, imponentes, belos, solenes, reverentes.
Deveríamos poder julgar este “livro” por sua capa resplandecente, quer
dizer, a Missa pela sua aparência, por seus aspectos musical, textual e
cerimonial; deveríamos ser capazes de enxergar-lhe o coração em cada uma de suas ações. Não podemos “perder de vista a beleza do rosto”.
Insiste-se muito atualmente em que não temos de dar lá grande atenção
às “exterioridades” da Missa; basta lembrar que “Jesus está presente”.
Tiremos logo as papas da língua: “isso não cola”.
Ao longo dos séculos, os cristãos ofereceram a Deus o melhor que podiam fazer na liturgia,
sobretudo pela beleza alcançável pelas mais finas artes, a fim de que
as almas dos fiéis pudessem dispor-se melhor para adorar e glorificar o
Senhor. É nesse sentido que Santo Tomás de Aquino escreve que a liturgia não é para Deus, mas para nós.
É claro que ela tem a Deus por fim; a liturgia sequer teria sentido se
Deus não existisse e Cristo não fosse o Redentor por cujo sacrifício
fomos salvos.
Mas a liturgia nada acrescenta a Deus e a Cristo, como se os fizesse
“melhores”; eles já são infinitamente bons, santos e gloriosos. Na verdade, ela é um auxílio para nós,
que oferecemos a Deus um sacrifício de louvor, na medida em que orienta
nossas almas a Ele, nosso fim último, e alimenta nosso espírito com a
verdade de sua presença e nossos corações com o fogo do seu amor.
Tudo isso se cumpre do modo mais perfeito numa liturgia que
impressiona pelo cuidado com o altar e os vasos sagrados, pela nobreza
dos gestos e das alfaias, pelo canto e as cerimônias. Ou seja, numa liturgia que, do início ao fim, manifesta profundamente a proximidade e a transcendência de Deus.
Uma liturgia assim, celebrada com sacralidade, dificilmente servirá a
fins e propósitos seculares, mas inspirará em quem a ela assistir respeito, encanto e espírito de oração.
Numa palavra, o homem, enquanto criatura intelectual e corpórea,
tirará muito menos proveito de uma liturgia quer excessivamente “verbal e
cerebral” quer superficialmente “pomposa” do que de uma liturgia que,
além de rica em textos e cerimônias, esteja embebida de simbolismo. Eis o que são todas as liturgias cristãs históricas; eis o que não é, infelizmente, boa parte das liturgias católicas atuais.
Uma grata exceção a essa regra seria o crescente número de lugares em
que se tem oferecido o rito romano tradicional, chamado também “forma
extraordinária” da Missa. É um rito saturado de sacralidade que, por
assim dizer, quase nos “obriga” a rezar, a mergulhar de cabeça nos mistérios de Cristo através dos gestos externos, à semelhança dos discípulos de Emaús, que reconheceram o Senhor durante a fração do pão (cf. Lc
24, 35). O rito litúrgico é como o pão milagrosamente multiplicado e
dividido ao redor do mundo, oferecido na mesa dos reis e pobres que
buscam um alimento imperecível. Quando partimos esse pão ao participar
do rito, abrem-se-nos os olhos para reconhecer Cristo ressuscitado.
“Quando a religião e a arte se divorciam, é difícil saber qual das duas se corrompeu primeiro.”
Rosália nasceu no ano de 1125, em Palermo, na Sicília, Itália. Era
filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos montes "da
Quisquínia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando
Rogério II. Rosália era, portanto, muito rica e vivia numa Corte muito
importante da época. Durante a adolescência, foi ser dama da Corte da
rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava
sua companhia amável e generosa. Porém, nada disso a atraía ou
estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida
monástica.
Aos 14 anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a
Corte e refugiou-se, solitária, numa caverna nos arredores de Palermo. O
local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão
monástica. Ficava próximo do Convento dos beneditinos, que possuía uma
pequena igreja anexa. Assim, mesmo vivendo isolada, podia participar das
funções litúrgicas e receber orientação espiritual.
Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte
Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já
existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os
beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar
com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração,
solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte
atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro
de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo.
Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a
extinção da peste que, no século XII, devastava a Sicília. O seu culto
difundiu-se, enormemente, entre os fiéis, que a invocavam como padroeira
de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga
tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais
que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de
morrer, em 1620.
Só três anos depois, tudo foi esclarecido, parece que pela própria santa
Rosália. Consta que ela teria aparecido a uma mulher doente e contado
onde estavam escondidos os seus restos mortais. Essa mulher comunicou
aos frades franciscanos do convento próximo de monte Pelegrino, os
quais, de fato, encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15
de junho de 1624.
Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando
no Convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquínia, acharam numa
gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: "Eu, Rosália
Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus
Cristo, decidi morar nesta gruta de Quisquínia". Isso confirmou todos os
dados pesquisados pelo falecido Gaietani.
A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma
comissão científica, reacendendo o culto a santa Rosália, padroeira de
Palermo. Contribuiu para isso, também, o papa Ubaldo VIII, que incluiu
as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, santa Rosália é
festejada em 15 de junho, data em que suas relíquias foram encontradas, e
em 4 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de
santa Rosália está guardada no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.
Santa Rosália, rogai por nós!
Santa Teresa de Calcutá, dedicou sua vida aos mais pobres
Santa Teresa de Calcutá afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres
“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”. Mais do que falar e escrever, Madre Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.
Nascida no dia 27 de agosto de 1910 em Skopje, na Albânia, foi
batizada um dia depois de nascer. A sua família pertencia à minoria
albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Seu verdadeiro nome era
Agnes Gonxha Bojaxhiu.
Pouco se sabe sobre sua infância,
adolescência e juventude, porque ela não gostava de falar de si mesma.
Aos dezoito anos, sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na
vida religiosa. Obtido o consentimento dos pais, e por indicação do
sacerdote que a orientava, no dia 29 de setembro de 1928, ingressou na
Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.
O seu sonho, no entanto, era o trabalho
missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a
enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então
partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão
religiosa tomando o nome de Teresa. Houve na escolha deste nome uma
intenção, como ela própria dissera: a de se parecer com Teresa de Jesus,
a humilde carmelita de Lisieux.
Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e,
embora vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais
de Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros
pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela
miséria, pela fome e por inúmeras doenças.
No dia 10 de setembro de 1946, dia que
ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação
fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma
viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um
irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela
afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais
pobres dos pobres.
Após um tempo de discernimento, com o
auxílio do Arcebispo de Calcutá e de sua madre superiora, ela saiu de
sua antiga congregação para dar início ao trabalho missionário nas ruas
de Calcutá. Começou por reunir um grupo de cinco crianças, num bairro
pobre, aos quais começou a ensinar numa escola improvisada. Pouco a
pouco, o grupo foi crescendo. Dez dias depois, eram cerca de cinquenta
crianças.
O início foi muito desafiador e exigente,
mas Deus foi abençoando sua obra e as vocações começaram a surgir entre
suas antigas alunas. Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as
constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de
1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé,
expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro anos mais tarde.
No ano de 1979 recebeu o Prêmio Nobel da
Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência
privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e
assembléias de todo o mundo.
Com saúde debilitada e após uma vida
inteira de amor e doação aos excluídos e abandonados – reconhecida e
admirada por líderes de outras religiões, presidentes, universidades e
até mesmo por alguns países submetidos ao marxismo – Madre Teresa foi
encontrar-se com o Senhor de sua vida e missão no dia 5 de setembro de
1997. Sua despedida atraiu e comoveu milhares de pessoas de todo o mundo
durante vários dias.
Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003, Dia Mundial das Missões.
No dia 04 de setembro de 2016, foi canonizada pelo Papa Francisco. A
canonização da missionária foi decidida após a Igreja Católica ter
aprovado seu segundo milagre, a “cura extraordinária” de um brasileiro.
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas,
para isso, foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos
cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido
aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório,
chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência
e caridade.
Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito
rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua
passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações,
como, por exemplo, a instituição da observância do celibato, a
introdução do Pai-Nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi
muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade,
caridade e piedade.
Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito
religioso — sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e
Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis,
também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu,
Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo
o prefeito de Roma.
Nessa época, buscava refúgio, na capital, um grupo de monges
beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos
invasores lombardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do
Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato
constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim,
renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu
o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seus anos no monastério
foram os melhores de sua vida.
Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o
papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla.
Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária.
Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e,
nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.
Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor.
Porém, de constituição física pequena e saúde precária, relutou em
aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o
liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus
confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado
em 3 de setembro de 590.
Os 14 anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um
período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou
todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito
trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina
cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses,
protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou
todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado
por sua piedade, prudência e magnanimidade.
Morreu em 604, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros
mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa
Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa
ocorre no dia em que foi consagrado papa.
São Gregório Magno, rogai por nós!
São Marino
Nas últimas décadas do século III, dois cristãos, Marino e Leão,
procedentes da ilha de Arbe, na Dalmácia, viajaram para Rimini, Itália,
atraídos pela oportunidade de trabalhar como escultores, onde
evangelizaram a região e ali morreram. Os dados que temos além desses
fazem parte de uma vigorosa tradição cristã.
Ela nos conta que, assim que Marino chegou, procurando pedras para o seu
trabalho, descobriu a região do monte Titano, ficando maravilhado pela
imponência do monte e beleza do local, tanto que, sempre que podia,
voltava para lá. Além de trabalhar no seu ofício, desenvolvia a missão
de converter a população riminiense ao cristianismo. Devido a essa
atividade, certa vez, uma senhora pagã, maldosa e sem caráter, querendo
impedi-lo de propagar a religião, dizendo ser sua esposa, acusou-o às
autoridades de professar o cristianismo.
Como era época da perseguição aos cristãos imposta pelo imperador
Diocleciano, ele foi obrigado a refugiar-se na floresta do monte Titano,
a qual conhecia muito bem. Todavia, a citada senhora foi atrás dele
tentando dar crédito às suas acusações. Marino não encontrou outra
maneira de defender-se dela a não ser com suas orações e jejum,
aguardando por um milagre da Providência divina. E ele chegou. A
senhora, vendo sua total entrega à vontade de Deus, converteu-se e
redimiu-se. Voltou a Rimini, onde se explicou às autoridades e à
população.
A tradição narra, também, que Marino e Leão, para evitar outras
experiências daquele tipo, retiraram-se para junto de uma pequena
comunidade que vivia no alto do monte Titano, estabelecendo a região
como seu definitivo refúgio. Depois, Leão transferiu-se, sozinho, para o
vizinho monte Feretrio, atual Montefeltro. Mas o terreno onde ficou
Marino era de propriedade de dona Felicíssima, uma das mais influentes
matronas da comunidade, cujo filho, Veríssimo, amante da caça, decidiu
fazer de Marino sua presa. Ao ser encontrado, ele se defendeu da
violência somente com a força das orações ao Senhor: foi escutado
imediatamente, pois, quando o jovem tentou atingi-lo, ficou paralisado
como uma estátua.
Sabendo do fato prodigioso, a mãe, dona Felicíssima, foi em seu socorro,
suplicando a Marino o perdão pelo ato tão violento do filho Veríssimo,
que, graças ao desespero da mãe e à intercessão das orações de Marino,
voltou à normalidade. Depois, converteu todos da família de dona
Felicíssima, que doou a Marino as terras daquela região do monte Titano.
Além disto, pelo seu trabalho de pregação e a conversão de cristãos, o
bispo de Rimini, Gaudêncio, também venerado como santo, conferiu a
Marino a ordem do diaconato.
Marino morreu no ano 366. Foi sepultado na igreja que ele mesmo havia
erguido e dedicado a são Pedro, atualmente dedicada a são Marino. O
local tornou-se meta de uma peregrinação tão vigorosa que seu culto foi
reconhecido pela Igreja pela devoção dos fiéis, sendo festejado no dia 3
de setembro. O mais interessante é que, de sua atuação evangelizadora,
frutificou um país. Assim, na história da Igreja, são Marino é o único
santo fundador e padroeiro de um país, a pequenina e bela República de
São Marino. São Marino, rogai por nós!
Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de
fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as
mãos impuras, isto é, sem as lavar.
Na verdade, os fariseus e os judeus em geral só comem
depois de lavar cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se
terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição,
como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque
não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as
mãos?». Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito
de vós, hipócritas, como está escrito: "Este povo honra-Me com os
lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam
não passam de preceitos humanos".
Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos
prenderdes à tradição dos homens».
Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão e começou a
dizer-lhe: «Escutai-Me e procurai compreender.
Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa
tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro.
porque do interior dos homens é que saem as más
intenções: imoralidades, roubos, assassínios,
Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles
que o tornam impuro».
Tradução litúrgica da Bíblia
«O seu coração está longe de Mim»
A vida interior é primordial. A vida ativa é uma
consequência da vida interior, e só tem valor se dela depender. Queremos
fazer tudo o melhor possível, com perfeição. Mas, se o que fazemos não
estiver ligado à vida interior, de nada serve. O valor da nossa vida e da
nossa atividade releva por completo da vida interior, da vida de amor a Deus
e à Virgem Maria, a Imaculada; não de teorias e doçuras, mas da prática de um
amor que consiste na união da nossa vontade com a vontade da Imaculada.
Antes de tudo e sobretudo, devemos aprofundar esta vida
interior. Tratando-se de uma vida espiritual, é necessário acionar os meios
sobrenaturais. A oração, a oração e apenas a oração é necessária para manter
e fazer desabrochar a vida interior; o recolhimento interior é
imprescindível.
Não nos preocupemos com coisas desnecessárias, antes
procuremos, em paz e com suavidade, manter o recolhimento de espírito e estar
preparados para receber a graça de Deus. É isso que o silêncio nos ajuda a
conseguir.
Escolheu viver sua juventude na castidade perfeita (virgindade consagrada), em jejum e com muita oração
Nascida em Cesareia da Capadócia no Século III, Santa Doroteia teve
seus pais martirizados. Em sua liberdade e formação herdada
principalmente dos pais, Doroteia escolheu viver sua juventude na
castidade perfeita (virgindade consagrada), em jejum e com muita oração,
atraindo desta maneira a afeição daqueles que eram testemunhas de sua
humildade, doçura e prudência.
Doroteia foi uma das primeiras vítimas do governador Fabrício, que
recebeu ordens imperiais para exterminar a religião cristã. Após um
interrogatório, que não a fez renunciar a Jesus, ela continuava cheia de
alegria, e dizia: “Tenho pressa de chegar junto de Jesus, meu Senhor, que chamou para si os meus pais”.
Teófilo, um advogado, em tom de brincadeira, disse para Doroteia que
enviasse do jardim de seu esposo frutos ou rosas, e Doroteia, levando a
sério, disse que se ele acreditasse em Deus ela faria o que ele havia
pedido.
Aconteceu que antes dela morrer, pediu uns instantes para rezar,
chamou um menino de seis anos e entregou-lhe o lenço com o qual havia
enxugado o rosto a fim de que chegasse para o advogado Teófilo.
O menino entregou o lenço, justamente na hora em que Doroteia foi
decapitada (no ano de 304) e Teófilo entendeu a mensagem de Cristo, e de
perseguidor dos cristãos, converteu-se pelo testemunho e intercessão da
santa mártir aceitando livremente morrer decapitado por causa do nome
de Jesus.
Beatriz nasceu em 1424, em Ceuta, uma cidade que pertencia ao reino
de Portugal, situada no norte da África, Marrocos. Sua família era da
nobreza portuguesa: seu pai, Rui Gomes da Silva, era um ilustre
comandante do exército; sua mãe, Isabel de Menezes, frequentava várias
cortes. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao
completar 20 anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois
sua tia Isabel, infanta de Portugal, que se casara com o rei de Castela,
convidou a sobrinha para ser sua primeira dama de honra. Muito virtuosa
e piedosa, achava que a vida do palácio não era muito compatível com
seu jeito de ser e pensar, mas aceitou a nova função. E foi aí que sua
provação se iniciou.
Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta,
inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou, despertou a
admiração de todos, o que provocou o ciúme e a inveja da rainha, sua
tia, que passou a maltratá-la e até a castigá-la sem razão alguma.
Beatriz a tudo suportou sem falar nada para ninguém. Certa ocasião, a
soberana tentou asfixiá-la, mantendo-a presa durante três dias numa arca
sem ventilação, água e comida. Mas obrigada pelas circunstâncias, teve
de soltar a sobrinha. Naquele período, Beatriz recebeu a graça de uma
aparição de Nossa Senhora e a incumbência de fundar uma Ordem religiosa
dedicada à Imaculada Conceição.
Imediatamente, deixou a corte e ingressou no Mosteiro de São Domingos,
em Toledo, onde as religiosas viviam sob a Regra cisterciense. Uma vez
aceita, cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Acalentou
durante muito tempo o anseio para fundar a nova Ordem religiosa. Depois
de 30 anos, conseguiu realizar a missão que a Virgem Maria lhe confiara,
com a ajuda da nova rainha da Espanha.
Em 1479, com a união dos reinos de Aragão e Castela, a rainha Isabel, a
Católica, filha da soberana que atentara contra sua vida, portanto prima
de Beatriz, foi visitá-la. Ao saber dos seus planos de uma nova
congregação, doou a ela o palácio de Galiana, em Toledo, e a anexa
igreja de Santa Fé. Beatriz transferiu-se para a nova residência em
1484, junto com 12 companheiras, dando início ao primeiro mosteiro da
Ordem das Clarissas da Imaculada Conceição, conhecidas como as monjas
concepcionistas. Em seguida enviou o regulamento que escrevera,
fundamentado nas Regras das clarissas, para ser aprovado pelo papa
Inocêncio VIII, que o confirmou em 1489.
Porém, dez dias antes da cerimônia em que todas professariam a nova
Ordem, Beatriz teve uma nova aparição da Virgem Maria, que lhe comunicou
que ela morreria na data da festa. Por isso professou os votos na
véspera desse primeiro grupo e morreu feliz, no dia 1º de setembro de
1490. A fundadora sabia que tinha deixado na terra uma semente, recebida
das mãos da Virgem Maria, e que germinaria pelos séculos afora, no
mundo todo.
Ela foi considerada precursora do culto e da teologia do dogma da
Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, que seria proclamado
cerca de quatro séculos depois pelo papa Pio IX. A fundadora foi
beatificada somente em 1926 e canonizada 50 anos depois pelo papa Paulo
VI, mas santa Beatriz da Silva já era venerada havia muitos séculos,
espontaneamente, em todo o mundo cristão.
Santa Beatriz da Silva Menezes, rogai por nós!
Santo Egídio
São poucos os dados que existem sobre a vida de Egídio. Mas, com
certeza, sabemos que ele era grego e pertencia a uma rica família da
nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais, decidiu ser um ermitão,
para viver na pobreza e totalmente dedicado a Deus. Para isso,
distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu
isolado na oração e penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com
os dons especiais da cura, da sabedoria e dos milagres.
Um dos primeiros milagres a ele atribuídos diz que, certo dia, encontrou
na porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado.
Penalizado com a situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto
e, naquele instante, um prodígio aconteceu: o homem, que até então
agonizava, levantou-se completamente curado. Curas como essa se
repetiram e multiplicaram-se de tal forma que ele ganhou fama de
santidade. Os devotos passaram a procurá-lo com frequência, então Egídio
decidiu partir.
Em 683, viajou para a França. Conta a tradição que ele salvou o navio
repleto de passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade
teria desabado sobre a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças
quando Egídio, em prece, ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras
acalmaram-se, na mesma hora, e todos desembarcaram com segurança.
Na França, viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja
entrada era escondida por um arbusto espinhoso. Na mais completa
pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de raízes e do leite de uma
corsa, que, segundo a tradição, foi-lhe enviada por Deus.
Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos, foi caçar nas proximidades da
caverna de Egídio e, em vez de flechar uma corsa que se escondera atrás
de um arbusto, flechou a mão do pobre ermitão, que tentava proteger o
animal acuado. Foi descoberta, assim, a residência do eremita. O rei,
para desculpar-se, passou a visitá-lo com seus médicos até sua cura
completa.
Depois disso, o rei continuou a visitá-lo com frequência, presenciando
vários prodígios que divulgava na Corte. Assim, a fama de santidade de
Egídio ganhou vulto e ele passou a ter vários discípulos. O rei, então,
mandou construir um mosteiro e uma igreja, que doou para ele, que foi
eleito abade. O mosteiro passou a ter uma disciplina própria escrita por
Egídio. Mais tarde, ao seu redor, surgiu o povoado que deu origem à
cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi entregue aos beneditinos.
A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 1º de setembro de 720.
Logo após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de
peregrinação. O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o
mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o
colocou na lista dos 14 "santos auxiliadores" do povo, sendo invocado
contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.