Peçamos a intercessão de Santa Rosa de Lima para que nossas almas sejam fortalecidas por Deus
Santa Rosa de Lima, pequena rosa do Peru, tu que soubestes amar
verdadeiramente a Jesus com um coração generoso e depreciastes as
vaidades deste mundo para abraçar-te a sua cruz desde a tua mais terna
infância.
Tu que entendestes que em meio às tribulações vem as graças concedidas por Nosso Senhor e que são a verdadeira escada ao Céu.
Faz com que amemos como tu, a Jesus e Maria, e a Santa Cruz,
brindando este grande amor aos mais desvalidos, aos que necessitam de
nossa misericórdia, de consolo, servindo-os como se fosse ao mesmíssimo
Jesus.
Intercede por nossas pobres almas para que, pela graça de Deus, levemos nossa cruz com alegria.
Ensina-nos
a imitar tuas virtudes para que, seguindo teu exemplo, possamos gozar
de tua amorosa proteção junto a Nossa Mãe Maria em todo nosso caminhar
até o Céu, para ali dar glória a Deus pelos séculos dos séculos. Amém.
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23/08 – Santa Rosa de Lima
Alguns conselhos de Santa Rosa de Lima
Conheça alguns ensinamentos de Santa Rosa de Lima, a primeira santa
da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a
América Latina:
1. “O amor é duro, mas é nossa essência. Isso é o que nos eleva acima do resto das outras criaturas”.
2. “Quando servimos aos pobres e aos enfermos,
servimos a Jesus. Não devemos deixar de ajudar a nossos vizinhos porque
neles servimos a Jesus”.
3. “Não quero, esposo meu, mais riquezas, quero
adorar-te, não tenho outro desejo que a não ser servir-te. Mas, como o
farei sem Teu amparo?”
4. “A graça vem acompanhada da Cruz”.
5. “Oh, que daria eu por anunciar o Evangelho!
Atravessaria cidades pregando a penitência, com os pés descalços, o
crucifixo na mão e o corpo envolvido num cilício espantoso. Caminharia
durante a noite gritando: deixai as vossas iniquidades. Até quando
sereis como rebanhos aturdidos diante dos demônios? Fugi dos castigos
eternos; pensai que há só um instante entre a vida e o inferno”.
6. “Saibam
todos que à tribulação, se segue a graça; reconheçam que, sem o peso
das aflições, não se pode chegar à plenitude da graça; compreendam que
com o aumento dos trabalhos cresce simultaneamente a medida dos
carismas. Não se deixem enganar: esta é a única escada verdadeira do
paraíso, e sem a cruz não há caminho por onde se possa subir ao céu”.
7. “Ó, se os mortais conhecessem o que é a graça
divina, como é bela, nobre e preciosa, quantas riquezas encerra, quantos
tesouros, quantas alegrias e delícias em si contêm!”
8. “Se os homens soubessem o que é viver em graça,
não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado
qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência”.
Por: Professor Felipe Aquino
“É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher”.
Santo Anselmo
A Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha no dia 22 de agosto;
isto é sete dias após o dia de sua Assunção ao céu, dia 15 de agosto,
que foi colocada no domingo seguinte, depois da reforma litúrgica.
Na belíssima e tradicional Ladainha Lauretana, a Igreja saúda Maria
com uma série de invocações que se cantavam no santuário de Loreto, na
Itália, onde está conservada, segundo uma tradição piedosa, a casa de
Nossa Senhora em Nazaré levada para lá. Essa Ladainha é como se fosse um
riquíssimo colar de títulos, honras e glórias de Maria, e revela
verdades profundas sobre a Mãe de Deus. Ali encontramos Maria sendo
saudada como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos
Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os
Santos Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.
Ela é a rainha dos Anjos, pois eles a obedecem e, como diz S. Luiz de
Montfort, estão ávidos por receber dela uma ordem, a fim de poderem
demonstrar seu amor. Também os demônios a obedecem e fogem de sua
presença; pois com seus pés virginais ela recebeu de Deus o poder e a
missão de esmagar a cabeça de Satanás (Gn 3,15).
Ela é a Rainha dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, David…, os pais
do povo de Deus que aguardavam ansiosamente a chegada do reino celeste, o
qual veio com Jesus, por Maria.
Se Jesus é o Rei, o Esperado das Nações, Maria é a Rainha que O trouxe.
Ela é a Rainha dos Profetas porque Cristo é o Profeta por excelência.
Ele mesmo o disse: “Nenhum profeta é bem aceito em sua pátria” (Lc
4,24). E o povo O aclamava em Jerusalém: “Este é Jesus o profeta de
Nazaré da Galileia” (Mt 21,11). Após a multiplicação dos pães o povo
dizia: “Este verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo
6,14). E todos os profetas antigos O anunciaram.
Ora, se Jesus é o grande Profeta, Sua santíssima Mãe é a Rainha de
todos os demais profetas. Santo Efrém, doutor da Igreja, a chamou de
“glória dos profetas”; São Jerônimo escreveu que ela foi “a profecia que
os profetas profetizaram”; Santo André de Creta dizia que ela era “o
resumo das divinas profecias, sobre as quais falaram todos os que
receberam o dom de interpretar”, e São Boaventura a louvou como “a voz
mais verdadeira das que anunciaram os oráculos de Deus” (Maria
Medianeira, p. 90).
Ela é a Rainha dos Apóstolos. Cristo a deu a seus Apóstolos como Mãe
aos pés da cruz, para que sob sua proteção materna eles pudessem cumprir
a difícil missão de levar o Evangelho a todos. Foi sob sua guarda que a
Igreja iniciou sua história missionária no dia de Pentecostes. Nos Atos
dos Apóstolos.
Maria aguardava junto com os discípulos o “cumprimento da promessa do
Pai” (At 1,4) de que seriam “batizados no Espírito Santo”. E Maria ali
presente no Cenáculo, atraiu seu Esposo, o Espírito Santo, sobre todos
eles, com suas orações.
Assim, como gerou Jesus, a Cabeçada Igreja, pela ação do Espírito
Santo, ela, em Pentecostes, pela ação do mesmo Espírito começava a gerar
a Igreja, o corpo Místico de seu querido Jesus.
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Oração de Santo Afonso a Nossa Senhora Rainha
Nossa Senhora Rainha
Quanto não terá Maria consolado, animado e fortalecido aos Apóstolos,
com sua fé, seu amor e sua presença!… É fácil de imaginar o quanto ela
foi importante para eles após a Ascensão de Jesus ao céu.
Acima de tudo, Maria é a Rainha dos Apóstolos como disse o Papa Paulo
VI, na encíclica “Evangeii Nuntiandi”, é “a Estrela da Evangelização”.
Em nossos dias sobretudo, com suas mensagens frequentes com muitas
aparições, Ela nos ensina como se deve viver o Evangelho de seu Filho.
“Ela tem um poder sobre o coração do homem que só Cristo lhe podia
dar, como diz o Pe. Paschoal Rangel. Ela “fala” no mais íntimo dos
cristãos, e ali, com essa Palavra interior, é mais apóstola do que o
poderiam ser todos os apóstolos” (MM, p. 92).
Ela é também a Rainha dos Mártires que derramaram seu sangue para
testemunhar Jesus. Ninguém sofreu tanto por Jesus quanto Maria, por isso
ela é a Mártir dos Mártires. Logo na apresentação de Jesus no Templo,
quarenta dias após Seu nascimento, o profeta Simeão já lhe avisa sobre o
mar de dores que terá pela frente: “Uma espada transpassará tua alma”
(Lc 2,35).
O padre Inácio Valle explica muito bem os mistérios ocultos nessa
“espada de Simeão”: “Maria compreende a diferença essencial entre o seu
oferecimento e o das outras mães, pois estas cumprem uma cerimônia:
ofereciam os filhos, e em seguida os tornavam a receber, pagando o
resgate no Templo de Jerusalém. Maria sabe que oferece seu Filho para a
morte, que Deus o aceita e a morte será infalivelmente executada.
Pela boca do santo velho Simeão, Deus lhe manifesta que também Ela
acompanhará os martírios da Vítima com sofrimentos inauditos” (Vamos
Todos a Maria Medianeira, p. 51).
Falando sobre isso o Papa Leão XIII, na encíclica “Jucunda semper
expectatione”, assim disse: “Quando se ofereceu a Deus como escrava para
a missão de mãe, ou quando se ofereceu com seu Filho como total
holocausto no Templo, desde esses fatos tornou-se co-participante da
laboriosa obra de expiação do gênero humano” (VtMM, p. 51).
Assista também: Festa de Nossa Senhora Rainha
Maria sofreu como ninguém por nossa salvação. Ela participou
intimamente de toda a paixão de seu Filho, a quem amava infinitamente.
Ela viu e experimentou o sofrimento de Jesus, as maiores dores físicas e
morais que a um ser humano foi dado experimentar. Por isso é a Rainha
dos Mártires, pois viveu o maior martírio.
Podemos dizer com os Santos que Maria sofreu uma série de martírios,
mesmo sem morrer. A espada de seu martírio não foi a do carrasco, pior
ainda, foi a da alma, da compaixão a Jesus. A dor da alma é pior que a
do corpo.
Ensinam-nos os santos que Deus, querendo associar Maria à obra da
salvação, fez dela também “a mulher das dores”, e para isto lhe deu a
graça e a força sobrenatural para que não desfalecesse em tanto
sofrimento.
O Papa Bonifácio IV a chamou de “a Santa dos Mártires”, em 13 de maio
de 609, quando incorporou o antigo Panteão ao cristianismo, dedicado a
Maria (Temas Marianos, p. 275).
Ninguém como Maria viveu também aquilo que S. Paulo disse: “Eu que
agora me alegro nos sofrimentos por vós, e completo na minha carne o que
falta ao sofrimento de Cristo pelo Seu corpo, que é a Igreja” (Cl
1,24).
Diz o Pe. Faber, sacerdote espanhol, que “a Paixão foi o sacrifício
de Jesus na Cruz e a compaixão foi o de Maria ao pé da cruz, sua
oferenda ao Eterno Pai, oferenda de uma criatura sem pecado, consumida
para expiar culpas alheias” (TM, p. 276).
O Papa Bento XV, na encíclica “Inter Sodalicia”, de 22 de março de
1918, assim se expressa: “Referem comumente os doutores da Igreja que a
Santíssima Virgem, a qual como que ‘se ausentou’ durante a vida pública
de Cristo, não sem plano divino se achou presente na hora de Sua
crucifixão e morte. A saber, de tal modo sofreu e “morreu” com Cristo
paciente e agonizante, de tal modo abdicou do seu direito materno sobre a
vida do Filho, imolando-O assim, enquanto podia, à divina justiça, que
se pode dizer com razão que Ela remiu o mundo juntamente com Cristo”
(VtMM, p. 59).
Por tudo isso, a Virgem Maria é Rainha, Rainha dos Anjos, dos
Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores,
das Virgens, de todos os Santos; Rainha concebida sem pecado original,
Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.
Fonte: Prof. Felipe Aquino
Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação
Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa
Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal
Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.
Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da
Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo
místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre
as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se
perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo
Anselmo).
Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou
participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca
renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a
identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos
1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que
influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e
repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!
São Filipe Benício

Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma
rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos 13 anos, foi enviado,
com seu preceptor, a Paris para estudar Medicina. Voltou e foi para a
Universidade de Pádua, onde, aos 19 anos, formou-se em Filosofia e
Medicina. Depois, durante um ano, exerceu a profissão na sua cidade
natal.
Devoto de Maria e muito religioso, possuía, também, sólida formação
religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a
frequentar a igreja do mosteiro e, com os religiosos, aprofundou o
estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu
o chamado para a vida religiosa. Filipe contou que tudo aconteceu
diante do crucifixo de Jesus: uma luz veio do céu e uma voz mandou-o
servir ao Senhor, na Ordem dos Servitas.
Foi a Monte Senário, pediu admissão nos Servos de Maria, onde ingressou,
em 1254, como irmão leigo, destacando-se logo pela retórica. Certo dia
do ano 1258, estava em companhia de um sacerdote e o prior quando
encontraram dois dominicanos no caminho. Conversaram um bom tempo e
Filipe discursou com tanta desenvoltura, sabedoria e eloquência que,
nesse mesmo ano, foi ordenado sacerdote.
Em 1262, foi nomeado professor de noviços e vigário assistente do
prior-geral. Por voto unânime, em 1267, foi eleito prior-geral da Ordem
dos Servitas. Quando o papa Clemente IV morreu, no ano seguinte, Filipe
foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas retirou-se para as
montanhas, onde ficou por algum tempo.
Sob sua direção, os frades servitas expandiram-se rapidamente e com
sucesso. Participou do Concílio Ecumênico de Lyon, em 1274, na França.
Era um conciliador, sendo que sua pregação talentosa e eficiente trouxe
frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja.
Atuou, a pedido de Roma, para promover a paz na acirrada disputa entre
duas famílias dominantes de Forli, cidade do norte da Itália, em 1283.
Eram os guelfos apoiando os pontífices e os guibelinos, os imperadores
germânicos. Lá, Felipe recebeu um tapa no rosto, do jovem guibelino
Peregrino Laziosi. Filipe aceitou o golpe. O jovem, mais tarde,
arrependeu-se. Foi ao seu encontro, pediu desculpas e ingressou na
Ordem. Peregrino tornou-se tão humilde e caridoso para com o povo que se
tornou um dos santos da Igreja.
Segundo os registros da Ordem e a tradição, Filipe gozava da fama de
santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi,
quando voltava para Roma. Foi canonizado pelo papa Clemente X em 1617.
Suas relíquias estão sob a guarda da igreja Santa Maria das Graças, em
Florença, sua cidade natal. A memória de são Filipe Benício é celebrada
no dia 22 de agosto. Algumas localidades comemoram no dia seguinte,
devido à festa da Santa Virgem Maria Rainha.
São Filipe Benício, rogai por nós!