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Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
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O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria
imagem. O tecido, feito de cacto já existe há mais de quatro séculos e
meio
Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um
indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim
de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de
Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego
(canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe
pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e
glória de Deus.
O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao
indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu
quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute,
meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado;
não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou
eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para
mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não
permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela
não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está
curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao
Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a
cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando
chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que
carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu,
nada omita…”
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa
Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde
indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a
capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o
dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu
também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que
desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem
seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado
o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria
imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já
existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve
totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até
hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum
sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido
nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo
estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia
descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos
se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do
referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do
quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de
que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são
pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma
Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no
qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão
rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus
não agiu assim com nenhuma outra nação”.
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de
Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII
no dia 12 de outubro de 1945. No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao
México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de
Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a
Virgem de Guadalupe é Padroeira.
Minha oração
“ Mãe da América Latina,
especialmente dos mexicanos, te rogamos a sua proteção e cuidado. Zelai
pela defesa da vida e dos valores em nossos povos, pois sabemos que és a
nossa padroeira amorosa. A ti confiamos plenamente e esperamos contra
toda esperança. Amém.”
Arnolfo
nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano de 582. Era
membro de uma família cristã muito importante, que fazia parte da
nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve
dois filhos. Nesta época, a região da Gália, dominada pelos francos, era
dividida em diversos reinos rivais, tendo como consequência grandes
massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da
Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar.
Quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram
assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a
região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um
homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora
soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã
de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de
seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do
amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais
justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu
governo.
Em 614, o rei Clotário II o nomeou, embora leigo, bispo
de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem
ilustra bem o caráter daquele que se tornou um dos grandes bispos do seu
tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados,
atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o
retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição
cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar,
especialmente para quem estava no poder.
Naquele tempo, as
questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e
uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa.
Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto. Como chefe
daquela diocese, participou dos concílios nacionais de Clichy e de
Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a
diocese de Metz, enquanto o outro, Ansegiso, tornou-se um dos primeiros
"mestres de palácio" da chamada Era Carolíngia.
Depois de algum
tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no
mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a
Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus
dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.
Arnolfo
morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a
notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo,
depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
Santo Arnolfo, rogai por nós!
São Francisco Solano
Nasceu
na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo colégio jesuíta,
ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos
serviços, mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi
quando deixou a Europa e foi para a América Latina.
Chegou
em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile, Paraguai,
Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos. Francisco Solano
consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a Lima para ser,
dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.
Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: “Deus seja bendito!” Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.
Minha oração
“São Francisco Solano, Padroeiro dos Missionários da América
Latina, dai-nos o anseio de sermos missionários e nunca desistir de
anunciar as maravilhas de Deus. Amém.”
Camila
Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado.
Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em
casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase
sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança
grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia
25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália.
Cresceu
e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da
religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de
idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir
com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo,
ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um
bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos,
não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O
jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado
para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de
instrução.
Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e
deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo
já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento,
era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade
franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado,
porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o
hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.
Sem
dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do
trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na
rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído,
ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.
O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.
Um
dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a
ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu
para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de
sua ferida no pé.
Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente
internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava
sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de
tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como
voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e
terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados,
abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e
vexames.
Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a
viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador
e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários
para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada
Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri,
estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria
Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano,
sendo elevada à categoria de ordem religiosa.
Eleito para
superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem
que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e
juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado
como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo
sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa
e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital.
Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.
Recebeu
o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre
milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua
ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14
de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886,
foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.
São Camilo de Léllis, rogai por nós!
Santa Catarina Tekakwitha
Kateri
Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a
ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656,
perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena
da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã,
catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo,
onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da
santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O
costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as
crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que
significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que
ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu
povo.
Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã.
Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou
parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a
saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio,
acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência
pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.
Catarina, que havia
sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã,
rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as
crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho
que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam
na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o
sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua
fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por
tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a
situação ficou insustentável, ela fugiu.
Procurou a Missão dos
jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi
acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de
extraordinária piedade.
Sempre discreta, recolhia-se por longos
períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na
casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, descuidar-se das
funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a
hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo
de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual
não permitiu, em razão da sua delicada saúde.
Aos vinte e quatro
anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o
seu rosto desfigurado, tornou-se bonito e sem marcas, milagre
presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e
a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a
conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina, que amou, viveu e
conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos,
tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos
Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças.
A sua
existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado:
que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e
vivessem a Paixão de Jesus Cristo.
O papa João Paulo II nomeou-a
padroeira da 17a Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em
2002, quando a beatificou. Ao lado de são Francisco de Assis, a
bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título
de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente". Sua festa ocorre no dia
14 de julho.
Santa Catarina Tekakwitha, rogai por nós!
Santa Clotilde
A
santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da
França, já que era filha do rei Ariano. Santa Clotilde nasceu em Leão,
na França, no ano de 475. Ao perder os pais muito cedo, acabou sendo
muito bem educada pela tia que a introduziu na vida da Graça.
Clotilde
era ainda uma bela princesa que interiormente e exteriormente
comunicava formosura, quando casou-se com um rei pagão, ambicioso e
guerreiro, tendo com ele cinco filhos que acabaram herdando o gênio do
pai. Como rainha Clotilde foi paciente, caridosa, simples e como mãe e
esposa investiu tudo na conversão destes que amava de coração, por amor a
Deus.
O
soberano se propôs à conversão caso vencesse os alemães que avançavam
sobre a França; ao conseguir este feito cumpriu sua palavra, pois tocado
por Jesus e motivado pela esposa entrou na Catedral para receber o
batismo e começar uma vida nova. O esposo morreu na Graça, ao contrário
dos filhos revoltados e mortos a espada em guerras. Desta forma Santa
Clotilde mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas, e ajudou na
construção de igrejas e mosteiros, isto até entrar no Céu em 545.
A minha oração
Meu Deus e meu Pai, depois de haverdes inflamado o coração de Santa
Clotilde no zelo pela propagação da fé em Jesus Cristo, concedestes a
essa santa rainha da França o poder de com suas orações praticar
milagres. Pelos méritos de Santa Clotilde, concedei-nos, Senhor, o
consolo e o remédio a todos nossos males, aflições, tristezas, embaraços
e perigos. Dignai-Vos confirmar-nos, na Vossa Fé, até ao fim de nossa
existência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim seja. Amém!
Santa Clotilde, rogai por nós!
São Francisco Solano
Francisco
era descendente de nobres, nasceu no dia 10 de março de 1549, em
Montilla, na Andaluzia. Os pais, Mateus Sanches Solano e Ana Gimenez,
cristãos fervorosos, muito cedo o enviaram para o colégio dos jesuítas,
que formariam seu caráter. Aos vinte anos, por inspiração e dons,
ordenou-se franciscano. A sua conduta exemplar logo o levou a cargos
importantes dentro da Ordem, os quais logo abandonava. O que mais
ansiava era ser um missionário. Mesmo não tendo uma retórica eloqüente,
arrebatava seus ouvintes pela convicção na fé que professava.
Contudo
teve de adiar por uns tempos a execução de seus planos de viajar,
porque precisou socorrer sua própria pátria. Uma devastadora peste
atacou a Espanha e ele logo pediu para ser aceito como enfermeiro.
Tratando dos doentes, principalmente dos mais pobres, acabou contraindo a
doença. Mas isso não o abateu. Assim que se recuperou, voltou a cuidar
deles.
Enfim, Francisco foi escalado para uma missão
evangelizadora no novo continente latino-americano, embarcando em 1589.
No caminho, já começaram a despontar os dons que marcariam toda a sua
existência. Os relatos informam que uma violenta tempestade atingiu o
seu navio, que encalhou num banco de areia. A situação era muito crítica
e poderia ser fatal para todos. Porém, com sua presença e palavra de
fé, acalmou as pessoas. Em vez de pânico, o que se viu foi brotar a
confiança em Deus. Com isso, acabou batizando muitos passageiros e
também os escravos negros que viajavam com eles. Logo depois, o que
Francisco dissera aconteceu. Um outro navio os avistou e a salvo
chegaram ao destino: Lima, no Peru.
Foram quinze anos de
apostolado incansável, marcados pela caridade cristã e pela pregação da
palavra de Cristo. Francisco protagonizou vários acontecimentos que
marcariam não só sua história, como a da própria Igreja. Tinha uma
capacidade milagrosa para aprender as novas línguas e a cada tribo
catequizava em seu próprio dialeto, conquistando os índios de maneira
simples e tranqüila. Além disso, curou muitos doentes, apenas com o
toque de seu cordão de franciscano. Livrou totalmente uma vasta região
da praga dos gafanhotos. E fez brotar água num lugar seco e deserto,
onde muitos doentes se curaram apenas por bebê-la, hoje conhecida como
"Fonte de São Francisco Solano".
Enfim, percorreu os três mil
quilômetros entre Lima e Tucumán, às margens do rio da Prata, na
Argentina, deixando um rastro de pagãos convertidos e feitos
fantásticos. Mesmo viajando sem cessar, de Missão em Missão, como
catequista, jamais abandonou a caridade e o cuidado com os doentes,
características típicas de um frade.
Passou os últimos cinco anos
de sua vida em Lima, reformando os conventos de sua Ordem e restaurando
a disciplina franciscana que fora perdida. Aos sessenta e quatro anos,
pela graça de seus dons, conheceu com antecedência a hora de sua morte.
Preparou-se, assim, para sua chegada em 14 de julho de 1631.
Ele
foi canonizado, em 1726, pelo papa Bento XIII. São Francisco Solano,
também chamado de Apóstolo do Peru e da Argentina, venerado como
Padroeiro dos Missionários da América Latina, é festejado no dia de sua
morte.
As
catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão
enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do
adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio
nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do
imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar com um tio
chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar
na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava
Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.
Mas
como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum,
Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram
denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto.
Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal,
estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo.
Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e,
finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a
tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o
imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de
maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das estradas mais
famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no
século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem,
existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio
na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A
ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são
Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de
Canterbury.
Celebramos
a santidade de vida de três mártires da fé, que causaram grande impacto
no Cristianismo, já que deram sua vida por amor ao Cristo: Nereu,
Aquiles e Pancrácio. Nereu
e Aquiles viveram no século III. Foram severamente torturados e
morreram durante a perseguição militar, com a qual deu início a era de
Diocleciano. Uma das marcantes representações de martírio, é a gravura
de Santo Aquiles atingido pelo verdugo.
Sobre
Pancrácio, sabemos que herdou dos pais a fé, coragem e admiração pelo
imperador. Agora, ao tornar-se órfão, teve que morar com um santo tio
chamado Dionísio, que morreu mártir antes do sobrinho. Diante da
perseguição promovida pelo imperador, Pancrácio, que era muito jovem,
começou a ver pessoas testemunhando Jesus até o sangue, como o seu tio e
amigo.
Persuadido
pelo próprio imperador, que recordava o amor aos pais, São Pancrácio
manteve-se fiel a Jesus, mesmo diante das promessas e ameaças de morte. Portanto,
com apenas 15 anos, São Pancrácio soube dizer ‘não’ ao poder opressor e
‘sim’ à Vida Eterna, na qual entrou depois de ser decapitado, ou seja,
martirizado com Nereu e Aquiles. A
fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito
intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália, padroeiro
dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica
na América Latina.
Francisco Maria Bianchi nasceu no dia 2 de dezembro de 1743,
na cidade de Arpino, França, e viveu quase toda a sua vida em Nápoles,
Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era
muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente
familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua
existência religiosa.
Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da
ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a
Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.
Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em
Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo
em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para
lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos
depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e
matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles.
No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de
Ciências e Letras". A intensa atividade no campo da cultura não o
impediu, todavia, de viver plenamente a vida de religioso, desempenhando
importantes cargos na Congregação e continuando a exercer seu
ministério sacerdotal.
Com o transcorrer dos anos padre Bianchi deixou gradativamente de
praticar o ensino e viveu mais o sacerdócio contemplativo e penitente na
mortificação dos sentidos. Ao seu redor se formou uma próspera família
espiritual. A fama de sua virtuosidade e santidade cresceu na mesma
proporção em que suportou heroicamente uma doença incurável que o
imobilizou numa cadeira por treze anos, os últimos de sua vida. Mesmo
assim não deixou de celebrar a Santa Missa, de acolher e aconselhar a
todos os que o procuravam, distribuindo palavras de coragem e conforto.
Consumido pela doença morreu em 31 de janeiro de 1815, envolto pela paz e
suprema alegria espiritual.
Francisco Bianchi viveu durante o período conturbado e histórico das
sucessivas conquistas e batalhas empreendias pelo imperador Napoleão
Bonaparte. Assistiu a destruição de todas as bases políticas da Europa.
Sobretudo, viu o clima anti-religioso ser instalado e que se
materializou contra o clero com leis de confisco, incêndios e expulsões
de congregações inteiras dos domínios napoleônicos. Mas, padre Francisco
Bianchi se manteve apaixonadamente sacerdote de Cristo. Lutou contra a
miséria, a desnutrição, as epidemias, as doenças e por fim contra a
baixa estima dos habitantes tão abandonados politicamente.
O seu funeral foi um dos mais comoventes, onde estiveram reunidas
personalidades ilustres das áreas das artes, da ciência, da Igreja e a
imensa população, para as últimas homenagens àquele que chamaram de
"Apóstolo de Nápoles" e "santo". Em 1951, foi canonizado pelo papa Pio
XII, em Roma. E as relíquias mortais de São Francisco Saveiro Maria
Bianchi foram sepultadas na capela da Igreja de Santa Maria de
Caravaggio em Nápoles, Itália. Para sua homenagem e culto foi escolhido o
dia 31 de janeiro.
São Francisco Saveiro Maria Bianchi, rogai por nós!
São João Bosco
João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa
família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte
da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu
cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma
sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou
prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.
Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o
conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João
queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com
amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo
compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe
Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e
orientado pela família, entrou no seminário de Chieri, daquela diocese.
Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate,
ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841.
Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor
espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou
em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e
jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a
matéria prima de sua Obra e vida.
Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam
instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento
até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de
recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a
Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate,
encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às
necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo
de religioso: o coadjutor salesiano.
Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no
Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom
Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os
Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa
Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países.
Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o
povo mais simples.
Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de
educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de
"Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino,
mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora.
Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso
sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".
Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e
canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo
por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de
todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e
ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se
fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.
Minha oração
“ Pai e mestre da juventude, foste
um modelo e espelho do Bom Pastor, sinal do amor paterno de Deus para
conosco. Cuidai e preenchei o coração dos órfãos, das carências
familiares afetivas e efetivas, seja nosso pai e protetor. Rogai para
que outros também o imitem na mesma paternidade e bondade. Amém.”
São João Bosco, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre a vida
de São João Bosco. Assista ao vídeo!
São Pedro Nolasco
Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em
Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro
Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de
cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do
Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos
séculos XII e XIII.
Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu
num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano
1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e
desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as
esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com
eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a
Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de
idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha,
onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa.
Na juventude, quando acompanhou a tragédia dos cristãos que caíam nas
mãos dos muçulmanos, devido à invasão dos árabes sarracenos, empregou
toda sua fortuna para comprar os escravos e, então, libertá-los. E
também, quando seu dinheiro acabou, arregaçou as mangas e trabalhou para
conseguir fundos para esta finalidade, pedindo-os às famílias nobres e
ricas que conhecia. Antes que entrasse em desespero, pois nunca teria
dinheiro suficiente para garantir a liberdade dos cristãos, recebeu a
graça de uma visita da Virgem Maria. Ocorreu no dia 1º de agosto de
1223. Nossa Senhora lhe apareceu, sugerindo que criasse com seu grupo de
leigos, uma ordem religiosa destinada a cuidar deste tipo de situação,
naquele momento e para sempre.
Pedro contou esta visão a seu superior, Raimundo de Penhaforte, seu
co-fundador e também Santo, e ao rei Jaime I de Aragão, ao qual servira
na infância como professor e tutor. Mas, qual não foi sua surpresa ao
saber que eles também tinham recebido em sonho de Maria, a mesma missão
que ele que recebera. Desta forma fundou, juntamente com eles, a Ordem
de Nossa Senhora das Mercês e Redenção dos Cativos, cujos religiosos são
conhecidos como padres mercedários. Foi eleito superior e dirigiu a
ordem por trinta e um anos, libertando milhares de cristãos das mãos dos
árabes muçulmanos. Pedro Nolasco morreu no dia de Natal de 1258, feliz e
plenamente realizado com sua vida de religioso, mas amargurado porque,
nos últimos anos, seu corpo alquebrado não permitia mais que
trabalhasse.
Foi canonizado pelo Papa Urbano VIII, em 1628. Embora seja comumente
homenageado no dia 13 de maio, festa de Nossa Senhora das Mercês, e no
dia 28 de janeiro pelos padres mercedários, o calendário litúrgico
romano lhe decida especialmente o dia 31 de janeiro para a sua
veneração.
Camila
Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado.
Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em
casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase
sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança
grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia
25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália.
Cresceu
e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da
religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de
idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir
com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo,
ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um
bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos,
não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O
jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado
para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de
instrução.
Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e
deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo
já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento,
era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade
franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado,
porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o
hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.
Sem
dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do
trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na
rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído,
ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.
O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.
Um
dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a
ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu
para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de
sua ferida no pé.
Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente
internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava
sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de
tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como
voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e
terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados,
abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e
vexames.
Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a
viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador
e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários
para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada
Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri,
estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria
Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano,
sendo elevada à categoria de ordem religiosa.
Eleito para
superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem
que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e
juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado
como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo
sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa
e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital.
Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.
Recebeu
o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre
milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua
ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14
de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886,
foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.
São Camilo de Léllis, rogai por nós!
Santa Catarina Tekakwitha
Kateri
Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a
ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656,
perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena
da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã,
catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo,
onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da
santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O
costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as
crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que
significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que
ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu
povo.
Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã.
Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou
parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a
saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio,
acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência
pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.
Catarina, que havia
sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã,
rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as
crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho
que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam
na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o
sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua
fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por
tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a
situação ficou insustentável, ela fugiu.
Procurou a Missão dos
jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi
acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de
extraordinária piedade.
Sempre discreta, recolhia-se por longos
períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na
casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, descuidar-se das
funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a
hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo
de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual
não permitiu, em razão da sua delicada saúde.
Aos vinte e quatro
anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o
seu rosto desfigurado, tornou-se bonito e sem marcas, milagre
presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e
a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a
conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina, que amou, viveu e
conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos,
tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos
Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças.
A sua
existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado:
que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e
vivessem a Paixão de Jesus Cristo.
O papa João Paulo II nomeou-a
padroeira da 17a Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em
2002, quando a beatificou. Ao lado de são Francisco de Assis, a
bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título
de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente". Sua festa ocorre no dia
14 de julho.
Santa Catarina Tekakwitha, rogai por nós!
Santa Clotilde
A
santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da
França, já que era filha do rei Ariano. Santa Clotilde nasceu em Leão,
na França, no ano de 475. Ao perder os pais muito cedo, acabou sendo
muito bem educada pela tia que a introduziu na vida da Graça.
Clotilde
era ainda uma bela princesa que interiormente e exteriormente
comunicava formosura, quando casou-se com um rei pagão, ambicioso e
guerreiro, tendo com ele cinco filhos que acabaram herdando o gênio do
pai. Como rainha Clotilde foi paciente, caridosa, simples e como mãe e
esposa investiu tudo na conversão destes que amava de coração, por amor a
Deus.
O
soberano se propôs à conversão caso vencesse os alemães que avançavam
sobre a França; ao conseguir este feito cumpriu sua palavra, pois tocado
por Jesus e motivado pela esposa entrou na Catedral para receber o
batismo e começar uma vida nova. O esposo morreu na Graça, ao contrário
dos filhos revoltados e mortos a espada em guerras. Desta forma Santa
Clotilde mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas, e ajudou na
construção de igrejas e mosteiros, isto até entrar no Céu em 545.
Santa Clotilde, rogai por nós!
São Francisco Solano
Francisco
era descendente de nobres, nasceu no dia 10 de março de 1549, em
Montilla, na Andaluzia. Os pais, Mateus Sanches Solano e Ana Gimenez,
cristãos fervorosos, muito cedo o enviaram para o colégio dos jesuítas,
que formariam seu caráter. Aos vinte anos, por inspiração e dons,
ordenou-se franciscano. A sua conduta exemplar logo o levou a cargos
importantes dentro da Ordem, os quais logo abandonava. O que mais
ansiava era ser um missionário. Mesmo não tendo uma retórica eloqüente,
arrebatava seus ouvintes pela convicção na fé que professava.
Contudo
teve de adiar por uns tempos a execução de seus planos de viajar,
porque precisou socorrer sua própria pátria. Uma devastadora peste
atacou a Espanha e ele logo pediu para ser aceito como enfermeiro.
Tratando dos doentes, principalmente dos mais pobres, acabou contraindo a
doença. Mas isso não o abateu. Assim que se recuperou, voltou a cuidar
deles.
Enfim, Francisco foi escalado para uma missão
evangelizadora no novo continente latino-americano, embarcando em 1589.
No caminho, já começaram a despontar os dons que marcariam toda a sua
existência. Os relatos informam que uma violenta tempestade atingiu o
seu navio, que encalhou num banco de areia. A situação era muito crítica
e poderia ser fatal para todos. Porém, com sua presença e palavra de
fé, acalmou as pessoas. Em vez de pânico, o que se viu foi brotar a
confiança em Deus. Com isso, acabou batizando muitos passageiros e
também os escravos negros que viajavam com eles. Logo depois, o que
Francisco dissera aconteceu. Um outro navio os avistou e a salvo
chegaram ao destino: Lima, no Peru.
Foram quinze anos de
apostolado incansável, marcados pela caridade cristã e pela pregação da
palavra de Cristo. Francisco protagonizou vários acontecimentos que
marcariam não só sua história, como a da própria Igreja. Tinha uma
capacidade milagrosa para aprender as novas línguas e a cada tribo
catequizava em seu próprio dialeto, conquistando os índios de maneira
simples e tranqüila. Além disso, curou muitos doentes, apenas com o
toque de seu cordão de franciscano. Livrou totalmente uma vasta região
da praga dos gafanhotos. E fez brotar água num lugar seco e deserto,
onde muitos doentes se curaram apenas por bebê-la, hoje conhecida como
"Fonte de São Francisco Solano".
Enfim, percorreu os três mil
quilômetros entre Lima e Tucumán, às margens do rio da Prata, na
Argentina, deixando um rastro de pagãos convertidos e feitos
fantásticos. Mesmo viajando sem cessar, de Missão em Missão, como
catequista, jamais abandonou a caridade e o cuidado com os doentes,
características típicas de um frade.
Passou os últimos cinco anos
de sua vida em Lima, reformando os conventos de sua Ordem e restaurando
a disciplina franciscana que fora perdida. Aos sessenta e quatro anos,
pela graça de seus dons, conheceu com antecedência a hora de sua morte.
Preparou-se, assim, para sua chegada em 14 de julho de 1631.
Ele
foi canonizado, em 1726, pelo papa Bento XIII. São Francisco Solano,
também chamado de Apóstolo do Peru e da Argentina, venerado como
Padroeiro dos Missionários da América Latina, é festejado no dia de sua
morte.