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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Santo do dia - 7 de janeiro

São Raimundo de Peñafort
 

São Raimundo de Penãfort foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja


Nasceu no castelo de Peñafort, Barcelona, Espanha, no ano de 1175. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um reconhecido mestre. Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao Bispo de Barcelona que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até discernir seu chamado à vida religiosa, quando entrou para a família dominicana e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido para Roma, ocupou vários cargos.


Ele não buscava nem tinha em mente um projeto de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a Teologia, Direito Canônico! Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo foi de penitencieiro-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu convento, em Barcelona, como um simples frade, mas fossem os reis, o Papa e tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento.


São Raimundo escreveu a respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Por isso, os santos como São Raimundo, um exemplo. Faleceu em Roma, em 1275; cem anos consumindo-se pela obra do Senhor.


São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!

São Ricardo
Nasceu na Inglaterra, no século VII e teve três filhos que também foram reconhecidos pela Igreja como santos. Ao descobrir a sua vocação para a vida matrimonial, quis ser santo, mas também quis que seus filhos o fossem, formando uma família santa para Deus. Ele fez, diariamente, a sua opção, porque a santidade passa pela adesão da nossa liberdade. Somos livres, somos todos chamados a canalizar a nossa liberdade para Deus, o autor da verdadeira liberdade.

O santo inglês quis fazer uma peregrinação juntamente com os seus filhos chamados Winebaldo, Wilibaldo e Walberga. Mas, ao saírem da Inglaterra rumo à Terra Santa, passaram por Luca, norte da África, onde São Ricardo adoeceu gravemente e faleceu no ano de 722. Para os filhos, ficou o testemunho, a alegria do pai, a doação, o homem que em tudo buscou a santidade; não apenas para si, mas para os outros e para seus filhos. 

São Bonifácio, parente muito próximo, convocou os filhos de São Ricardo para a evangelização na Germânia. Que linda contribuição! Walberga tornou-se abadessa; Wilibaldo, Bispo e Winebaldo fundou um mosteiro. Todos eles, como o pai, viveram a santidade.

São Ricardo foi santo no seu tempo. De família nobre, viveu uma nobreza interior, que precisa ser a de todos os cristãos; aquela que muitos podem nem perceber, mas que Deus está vendo. Os frutos mais próximos que podemos perceber na vida desse santo são seus filhos que, assim como o pai, também foram santos. Ele quis ser santo e batalhou para sê-lo como Nosso Senhor Jesus Cristo foi, é e continuará sendo. Sejamos santos.

São Ricardo, rogai por nós!


São Romualdo
São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho, dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.

Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome, entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas proximidades de Ravena.

Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes peregrinações penitenciais.

Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros. Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo — desejam escapar do bulício do mundo.

Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela regra de são Bento.

Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar. Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo imperador Oto III, que o admirava.

Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e, ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta, como vimos, não teve moradia permanente.

São Romualdo, rogai por nós!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Epifania do Senhor

Refletindo sobre a Epifania do Senhor

Como fizeram os Reis Magos, o que podemos oferecer ao Senhor?

A Igreja celebra a Epifania, a manifestação de Jesus aos povos pagãos, os que não eram judeus, no dia 6 e janeiro; mas no Brasil tem autorização para celebrar no domingo após o da Sagrada Família, encerrando o ciclo litúrgico do Natal. Além do Evangelho de São Mateus, há documentos apócrifos no Vaticano, muito antigos e de grande valor, que relatam a visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Há um mosaico sobre eles em Ravenna, Itália, do século VI, com os nomes dos três: Baltazar, Melquior e Gaspar. Teriam vindo da Pérsia. Os reis magos eram reis (talvez apenas de uma pequena cidade, como era comum), mas que aguardavam a chegada do Messias, uma vez que a fé dos judeus se espalhou pelo Oriente.

Trata-se de uma Solenidade litúrgica da maior importância. Os Padres da Igreja viram nesta visita dos sábios Magos do Oriente a Jesus Menino, o símbolo e a manifestação do chamado de todos os povos pagãos à vida eterna. Os magos foram a declaração explícita de que o Evangelho era para ser pregado a todos os povos.   O nosso Catecismo diz que: “A epifania é a manifestação de Jesus como Messias Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo… Nesses “magos”, representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos magos a Jerusalém para “adorar ao Rei dos Judeus” mostra que eles procuram em Israel, à luz messiânica da estrela de Davi, aquele que será o Rei das nações. Sua vinda significa que os pagãos só podem descobrir Jesus e adorá-lo como Filho de Deus e Salvador do mundo voltando-se para os judeus e recebendo deles sua promessa messiânica, tal como está contida no Antigo Testamento. A Epifania manifesta que “a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas” e adquire a “dignidade israelítica”. (n.528)

Comentando a adoração dos reis Magos que vieram do Oriente, diz S. Agostinho: “Ó menino, a quem os astros se submetem! De quem é tamanha grandeza e glória de ter, perante seus próprios panos, Anjos que velam, reis que tremem e sábios que se ajoelham! Quem é este, que é tal e tanto? Admiro de olhar para panos e contemplar o céu; ardo de amor ao ver no presépio um mendigo que reina sobre os astros. Que a fé venha em nosso socorro, pois falha a razão natural.”

O doutor da Igreja São Gregório Nazianzeno (†379) chama a Epifania de “festa das luzes” e a contrapõe à festa pagã do sol invicto, deus dos romanos. Tanto no Oriente como no Ocidente, a Epifania tem o caráter de uma solenidade mística que transcende os episódios históricos particulares. Os Magos descobriram no céu os sinais de Deus. Tendo como ponto de partida a natureza os pagãos podem “cumprir as obras da lei” (cf.At 14,15-17), diz S. Paulo.

Depois de ter se manifestado a seu povo, Israel, através dos pastores de Belém, Cristo se manifesta ao mundo pagão na pessoa dos Magos que vieram do Oriente e o reconheceram como Deus. São Paulo expressou isso dizendo: “Este mistério Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho” (Ef 3,5).

São Leão Magno (†460), Papa e doutor da Igreja, ensinou que: “Tendo a misericordiosa Providência de Deus decidido vir nos últimos tempos em socorro do mundo perdido, determinou salvar todos os povos em Cristo” (Sermão 3 do domingo da Epifania).
Leia também: Os Reis Magos
Epifania do Senhor – onde a estrela parou
Epifania: A manifestação do Senhor
As lições dos Reis Magos
A Epifania do Senhor

O salmista já cantava este mistério ainda envolto em véu:
“Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons. E também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. Seja bendito o seu Nome para sempre! E que dure como o sol Sua memória! Todos os povos serão Nele abençoados, todas as gentes cantarão o Seu louvor! (Sl 71,10-17). “Nações que não vos conheciam Vos invocarão e povos que Vos ignoravam acorrerão a Vós” (cf. Is 55, 5). “As nações que criastes virão adorar, Senhor, e louvar Vosso Nome (Sl 85, 9). “O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça” (Sl 97, 2).

O profeta Isaías já tinha anunciado esse mistério sete séculos antes de acontecer, mostrando que os povos viriam a Jerusalém adorar o Messias: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e Sua glória já se manifesta sobre ti. Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços… será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor” (Is 60,1-6).

Os Magos cumpriram esta profecia trazendo o ouro para o Rei, o incenso para o Menino Deus e a mirra para “o Cordeiro que tira os pecados do mundo” (João 1,29), e que seria sepultado com mirra. São Leão Magno também nos diz que: “O serviço prestado por esta Estrela nos convida a imitar sua obediência, isto é, servir com todas as forças essa graça que nos chama todos para Cristo”.

Como podemos hoje levar, nós também, nossa adoração, ouro, incenso e mirra para o Menino Deus? De muitas maneiras. Podemos ofertar-lhe o ouro da nossa fé, o incenso do nosso louvor e a mirra dos nossos sofrimentos aceitos e as boas obras, oferecidos a Deus pela salvação do mundo. Adorar ao Menino Deus pode significar também, prostrar nosso orgulho, nossa soberba; deixar de lado nossos próprios interesses e submeter nossa vida à ação e à vontade de Deus.

Diz o grande S. Gregório Magno (†604), Papa e doutor: “As mãos significam as obras virtuosas, os dedos, a discrição. Portanto, as mãos destilam a mirra quando, pelas obras virtuosas, castiga-se a carne; mas os dedos são ditos cheios da mais preciosa mirra, pois é muito preciosa a mortificação que se faz com discrição.”

É impressionante notar que os Reis Magos chegaram a Jerusalém e ninguém sabia do nascimento do Messias; apenas os pobres pastores. Penso que eles ficaram em dúvida e até decepcionados. Como? Ninguém sabe? Será que nos enganamos? Nem os doutores da lei, nem fariseus e escribas sabiam. “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Mas o inimigo de Deus notou. O fato foi tão marcante que São Mateus diz que: “Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. E Herodes quis matar o Menino, pois pensava que fosse tomar o seu reino. Não sabia que o Reino do Messias “era do outro mundo”.
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Assista também: Hoje celebramos a Epifania do Senhor. Mas, o que é isso?
Isto nos faz pensar. Também para nós Deus pode se manifestar e podemos ficar surdos e cegos à Sua chegada. E muitas vezes não faltam os inimigos que querem eliminá-lo em nossas vidas com receio de que possa tomar o seu poder de nós. Mas, apesar de todas as dificuldades, decepção pelo fato das pessoas não saberem de nada, os Magos continuaram sem desanimar, e a estrela os guiava: “E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande”.

Nós também não podemos deixar de caminhar em nossa busca do Senhor. Às vezes parece que Sua estrela some nas nuvens das tentações e dificuldades da vida, mas é preciso continuar a caminhada até a Manjedoura do Messias. Nós também vamos sentir uma grande alegria quando o encontrarmos. E vamos, como os Magos, vendo o Menino com José e Maria, sua mãe, ajoelhar diante dele, e o adorar, oferecendo os nossos presentes. E voltaremos para casa, como os Magos, por outro caminho, o da fé e da esperança, não o da descrença e da desesperança. E seremos felizes!

Prof. Felipe Aquino
 

Santo do dia - 6 de janeiro

São Carlo de Sezze


Curiosamente, no Convento Franciscano de Lazio, chegavam leigos e personalidades da Igreja a fim de confidenciarem seus problemas ao cozinheiro. Aliás, esse cozinheiro era também o jardineiro e o porteiro do convento e seu nome era Carlo.

Nascido em 22 de outubro de 1613, em Sezze, Itália, Carlo era um irmão leigo, pessoa humilde, submissa e sempre muito contente. Descontentes estavam seus familiares, os Melchiori ou Marchionne, cujas propriedades rurais se perdiam de vista. Seus familiares tinham outros planos para Carlo, pois queriam que ele estudasse e fizesse carreira. Porém, poucos anos depois, Carlo era garçom numa cantina de fazenda, em fuga dos estudos por causa de um professor severo. Mas Carlo lia por conta própria, levando uma vida de ermitão e de santo. Depois, já aos 22 anos, estava entre os franciscanos.

A essa altura, os familiares o queriam sacerdote, mas ele seria sempre frei Carlo, mais nada, sem graduação alguma. Carlo passou por inúmeros conventos franciscanos, sempre trabalhando, recolhendo esmolas, socorrendo doentes e moribundos em suas casas. Com o transcorrer dos anos, desponta nele o explorador de consciências, o modificador de atitudes e comportamentos, e essa fama corre por toda Igreja.

Embora Carlo cuidasse apenas da horta e da cozinha do convento, sempre acontecia ser enviado para outras cidades para que pudesse aconselhar bispos e cardeais. Um dia recebe uma incumbência, diretamente do Papa Clemente IX (1667-69): "Frei Carlo, dizem que na cidade de Perúgia há uma madre santa, vá lá e verifique pessoalmente a veracidade da situação". Uma grande responsabilidade para um simples cozinheiro. Frei Carlo tinha pouca instrução, mas escrevia belíssimas páginas espirituais e autobiográficas, numa gramática acidentada, porém, eficiente. Também não lhe faltaria sua porção de Calvário, com acusações de uma mulher mundana. Consideradas depois, calúnias, mas que fizeram o frei adoecer por alguns anos.

Após uma viagem a Úmbria, frei Carlo falece em 6 de janeiro de 1670, no Convento de São Francisco, na cidade de Roma. E no seu peito se descobre um sinal estranho, como uma cicatriz. Posteriormente, uma comissão médica declararia que esse sinal é de origem sobrenatural. Em vida, frei Carlo falava de "um raio de luz" que o havia atingido no peito, em 1648, numa igreja romana, durante êxtase profundo com Deus. O pedido de sua canonização foi feito pouco tempo após sua morte, mas seria concluído somente em 1959, pelo Papa João XXIII, que o proclamou santo.

Seu corpo é conservado na igreja do convento onde faleceu e sua festa é celebrada no dia seguinte ao da sua morte, para não coincidir com a Epifania.


São Carlo de Sezze, rogai por nós! 


São Julião e Santa Basilissa

É um casal para figurar na história da Igreja com louvores. Julião era filho de um casal cristão muito devoto e rico que lhe deu uma educação esmerada e requintada, desde a tenra idade. Depois, desejosos de ver o filho bem casado, para constituir uma sólida e cristã família, decidiram consolidar o seu matrimônio, aos dezoito anos, com a jovem Basilissa. Extremamente obediente, o rapaz que nunca havia mencionado seu voto de castidade à família, realizou o sonho dos pais e se casou com a bela e suave jovem, que como ele procedia de uma prospera e bem situada família seguidora dos mesmos preceitos cristãos que a de seu noivo.

Uma vez casados, Julião com gentileza conversou com a esposa Basilissa e juntos fizeram um pacto de consagração a Deus, para se dedicarem a Seu serviço, apesar do sacramento matrimonial . Assim a união carnal não se concretizou e ambos permaneceram virgens. Somente, após a morte dos pais é que os dois puderam viver a vida espiritual na plenitude almejada. Usando seus bens, cada um fundou um mosteiro: Julião, o masculino e Basilissa, o feminino. Com o saldo do patrimônio mantinham várias obras de caridade e sustentavam os mosteiros que funcionavam também como hospitais, para atendimento dos mais necessitados. O de Basilissa atendia especialmente aos leprosos

Nesse período o Cristianismo vivia os seus tempos mais trágicos, o das perseguições sanguinárias impostas em todo o Império pelos tiranos Diocleciano e Maximiano. Em auxílio aos cristãos surgiu Julião que abrigou em seu mosteiro dezenas deles, que procuravam refugio das implacáveis investidas. Porém foi denunciado e viu aos poucos todos serem "julgados" e condenados ao suplício e à morte pelo testemunho da fé. Até que chegou sua vez. Como se recusou a adorar os ídolos pagãos e renegar a fé em Cristo foi martirizado por um longo período. Segundo os registros dessa época arquivados pela Igreja, o período foi descrito como de muitas torturas e sofrimento, mas também de muitos prodígios e graças ocorridos através das mãos de Julião.

Julião foi finalmente assassinado e pôde descansar em paz em 9 de janeiro de 302.
Enquanto Basilissa, conseguiu ser poupada, vivendo junto aos mais miseráveis e pobres leprosos os quais tratava como filhos. Ela morreu algum tempo depois, dizem em 18 de novembro de 304, tendo promovido muitos prodígios de cura e graças.

A Igreja reverencia a memória do casal, Santo Julião e Santa Basilissa, no dia 6 de janeiro, conforme o último ajuste oficial feito no Martirológio Romano. Nele também encontramos a correção de suas origens citada antes como sendo da Antioquia mas que se comprovou ser de Antinoe capital de Tebaide, no Egito. Entretanto, algumas regiões do Oriente ainda os celebram no dia 09 de janeiro.



Santa Rafaela Maria 

Com sua irmã de sangue, fundou a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus


Nasceu em Córdova, na Espanha, no ano de 1850. Juntamente com sua irmã de sangue, fundaram a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. Dedicadas à adoração ao Santíssimo Sacramento e ao cuidado das crianças, Santa Rafaela ocupou o cargo de Madre Superiora e sua irmã – co-fundadora – de ecônoma geral. Mas, no ano de 1893, a irmã de Santa Rafaela foi partilhando com outras conselheiras a ponto de convencê-las de que sua irmã, Santa Rafaela Maria, por não ser apta na economia, também não poderia continuar governando a congregação. Diante daquele consenso, ela deixou o cargo e sua irmã o ocupou e foi superiora durante 10 anos.

Nos 22 anos de vida que restaram a essa grande serva de Deus, ela viveu na humildade, fazendo os serviços que davam a ela sempre com muito amor e obediência na graça de Deus. Santa Rafaela Maria foi uma verdadeira adoradora diante do Santíssimo Sacramento. Ao falecer, em 1925, partiu para a glória. Não passou muito tempo, veio à luz toda a trama de sua irmã, que não foi reconhecida como santa.

Santa Rafaela Maria, rogai por nós!

domingo, 5 de janeiro de 2020

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Solenidade da Epifania do Senhor

Anúncio do Evangelho (Mt 2,1-12)
 
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.

Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.

Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Santo do dia - 5 de janeiro

Santa Amélia

Amélia viveu no século IV e seu nome tem uma origem incerta. Pode ter vindo do germânico Amelberga, que significa amiga protetora; ou derivar do grego Amalh (amále), cujo sinônimo é terna, delicada, sensível. E se nos deixarmos levar apenas pelo som do nome, veremos nos remete ao amor.

Amélia pertence a um numeroso grupo de mártires cristãos, que são fervorosamente lembrados pela Igreja. De sua vida não se sabe praticamente nada. Ela morreu no dia 5 de janeiro na cidade de Gerona, na Catalunha, Espanha.

Esta notícia foi trazida para a tradição católica, de um antigo Breviário de Gerona que possibilitou sua localização no período entre os anos de 243 a 313, do governo do imperador romano Diocleciano, que patrocinou a implacável perseguição aos cristãos.

Em 1336, o bispo de Gerona, descobriu as relíquias mortais dos mártires e dedicou à eles um altar na catedral da cidade. Depois através dos séculos estes mártires, elencados naquela longa lista conhecida como Martirológio Geronimiano, passaram a ser celebrados em vários grupos e em datas diferentes.

Isto porque, de alguns deles, além do referido Martirológio, outros documentos e as inscrições das lápides, revelaram o nome e mais alguma informação. Ao que parece todos seriam africanos, mas também não se tem certeza. A exceção de São Paolino e Sicio, com festa no dia 31 de maio, que eram antíoques.

Assim, o nome de Santa Amélia, nos reporta em todos os sentidos ao amor. Ela serve de exemplo para todos os peregrinos que procuram a igreja da catedral de Gerona, para reverenciar sua memória, agradecendo as graças alcançadas por sua intercessão. Aos devotos, ela lembra que na vocação cristã o martírio aparece como uma possibilidade pré anunciada na Revelação, que nunca deve ser esquecida durante a própria vida.

O mártir, sem dúvida, é o sinal daquele amor maior que contém em si todos os outros valores. A sua existência reflete a palavra suprema, pronunciada por Cristo na cruz: "Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34).

O culto litúrgico à Santa Amélia, no dia 5 de janeiro, foi mantido como indica o Martirológio. Ela que com o seu testemunho mostrou o que é o verdadeiro amor cristão, pois anunciou o Evangelho, dando a vida por amor. 


Santa Amélia, rogai por nós!




Santa Emiliana
Emiliana era uma das tias paternas de Gregório Magno, que foi papa entre 590 a 604. As outras eram Tarsila e Jordâna. Elas pertenciam a uma das famílias mais ilustres de Roma. Entre seus avós estão o imperador Olívio, o papa São Félix III. O senador Jordão era seu irmão e pai de Gregório Magno.

Porém de Emiliana se tem pouquíssima informação. Muito menos do que se conhece sobre sua irmã Tarsila e talvez um pouco mais que Jordâna. O seu nome foi encontrado no século onze, no Martirologio local e depois do Concílio de Trento, foi inserido no oficial da Igreja. A única fonte genuína sobre sua vida foi os relatos do seu sobrinho, o papa Gregório Magno. Mas, ele registrava a vida dos parentes com muito poucos dados e apenas quando lhe serviam como exemplos concretos, para tornar mais eficiente o seu ensinamento.

Emiliana e as irmãs ajudaram a cunhada Sílvia no nascimento do pequeno Gregório, que sempre teve saúde frágil. Depois, enquanto viveram, o acompanharam nos estudos e nos trabalhos. Gregório, ainda jovem, se tornou chefe da administração civil de Roma. Mais tarde, se tornou embaixador do papa Pelágio II e ao mesmo tempo monge, guia de uma pequena comunidade religiosa, recolhida em sua residência na cidade de Célio. De lá Gregório saiu para ser papa.

Neste período Tarsila havia se tornado uma freira voltada para a vida reclusa e Jordâna se casou. Emiliana também se tornou freira, seguiu a linha das religiosas ocidentais, ou seja, não isolada na reclusão espiritual, mas dedicada à vida comunitária de ajuda aos doentes e necessitados, voltada para a castidade e as orações contínuas.

Neste terrível século VI, cheio de sobressaltos da natureza, com terremotos, pestes, guerras, invasões e um contínuo afluir de miseráveis em Roma; a caridade se tornava tarefa habitual também para as irmãs freiras. Trabalhavam em dupla, Tarsila reclusa guiando e comandando, enquanto Emiliana atuava junto à população pobre e aos doentes.

Emiliana, segundo registrou o papa Gregório Magno, foi uma das mais atuantes religiosas e de quem os exemplos à dedicação a Cristo deviam ser copiados, pois amava o próximo verdadeiramente através da caridade evangélica e tendo Jesus como seu eterno esposo.

Existiu apenas um fato prodigioso na sua vida relatado por Gregório Magno. Ele afirmou que dias após a morte da irmã, a tia Emiliana ouviu a voz dela dizendo: "Passei o Natal sem voce, mas quero que venha festejar comigo a Epifania". De fato, Emiliana, morreu no dia 5 de janeiro, sucessivo à morte de Tarsila, na véspera da comemoração dos Reis Magos.

Conforme consta do calendário litúrgico da Igreja, o culto de Santa Emiliana foi mantido no dia 5 de janeiro, que com o tempo se tornou mais intenso que o de sua irmã Tarsila. 


Santa Emiliana, rogai por nós!


Santo João Nepomuceno Neuman
João Nepomuceno nasceu na Boêmia, atual Eslováquia, no dia 28 de março de 1811, filho de Felipe Neumann e Agnes Lebis. Frequentou a escola em sua cidade natal e entrou para o seminário em 1831. Era autodidata, por isto, sua educação acadêmica foi aprimorada com o domínio e fluência de vários idiomas.

João completou a preparação para o sacerdócio em 1835. Desejava ser padre logo, porém o bispo suspendeu as ordenações, pelo excesso de padres nas dioceses da Boêmia. Mas João não desistiu. Aprendeu inglês trabalhando, e escreveu aos bispos dos Estados Unidos. A resposta veio do bispo de Nova Iorque. João abandonou a família e cruzou o oceano para ser sacerdote, atendendo ao chamado de Deus, numa terra nova e distante.

A diocese nova-iorquina possuía apenas três dúzia de padres para mais de duzentos mil católicos. Padre João recebeu uma paróquia onde a igreja não tinha torre e o chão era de terra. Mas isso não o preocupava muito, pois ele passava o seu tempo visitando doentes, ensinando e evangelizando.

Padre João tinha a intenção de participar de uma congregação, por isto procurou padres redentoristas, que se dedicavam aos pobres e abandonados. Foi aceito e ingressou na Congregação e se tornou o primeiro padre ordenado no novo continente a professar as Regras dos redentoristas na América, em 1842. Sua fluência de idiomas o qualificou para o trabalho na sociedade americana composta de muitas línguas, no século dezenove.

Em 1847 foi eleito pela Congregação o superior geral dos redentoristas nos Estados Unidos. João ocupou o cargo durante dois anos, quando a fundação americana passava por um período difícil de adaptação. Deixou a função com os padres redentoristas bem preparados para serem uma congregação autônoma, o que ocorreu em 1850.

O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia em 1852. Sua diocese era muito grande e se desenvolvia com muita rapidez. Por isto, decidiu introduzir no país a educação católica. Organizou um sistema diocesano de escolas católicas, fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco para ensinarem nas escolas, que na sua diocese em pouco tempo duplicaram. Padre João construiu mais de oitenta igrejas durante o seu bispado, dentre elas iniciou a catedral de São Pedro e São Paulo.

Padre João Neumann era um homem de estatura pequena e de saúde frágil, mas sempre se manteve muito ativo. Além das obrigações pastorais, achou tempo para a atividade literária. Ele escreveu inúmeros artigos em revistas e jornais católicos; publicou dois catecismos e uma história da Bíblia para as escolas.

Ele morreu de repente enquanto caminhava pela rua de sua cidade episcopal. Era 5 de janeiro de 1860. O papa Paulo VI o beatificou em 1963 e foi canonizado pelo mesmo papa no dia 17 de junho de 1977, em Roma. Na cerimônia, assistida por uma multidão de fiéis americanos que fizeram a mesma rota marítima do Santo João Nepomuceno Neumann, só que em sentido inverso, o Papa decretou o dia 5 de janeiro para seu culto litúrgico.


Santo João Nepomuceno Neuman, rogai por nós!
 

Santo Simeão

Simeão nasceu em 390, na cidade de Cilícia, atual Síria. Sua família era humilde e muito religiosa. Até a adolescência trabalhou como ajudante de seu pai no trato do gado. Era um jovem muito inteligente e perspicaz, possuía um temperamento dramático e as vezes exagerado, mesmo preferindo a vida solitária. Tinha o hábito de ler o Evangelho, enquanto cuidava do rebanho, depois ia pedir explicações a um velho sacerdote que já percebera a vocação monástica de Simeão.

Certo dia, durante o sermão de uma missa, o sacerdote falou sobre a vida dos santos e fiéis. Explicou que a oração contínua, a vigília, o jejum, a humilhação e o sofrimento eram o caminho para a verdadeira felicidade, junto ao Pai Eterno. Simeão neste momento, sentiu que queria se devotar completamente a Deus.

Seguindo o seu íntimo, se dirigiu para o mosteiro mais próximo e, depois de passar alguns dias jejuando na porta, foi admitido pelos monges. Não ficou muito tempo porque até os monges acostumados às penitencias mais severas, ficaram assustados com os castigos que Simeão se impunha. No final de dois anos foi dispensado da comunidade.

Então, foi para o severo mosteiro de Heliodoro, onde aumentou ainda mais suas penitências. Alí permaneceu durante dez anos. O seu exemplo preocupava o superior da comunidade. Entretanto, Simeão decidiu amarrar uma corda áspera no corpo todo, para aumentar ainda mais o seu sofrimento. Esta atitude começou a chamar a atenção dos outros religiosos. Por isto, o superior o convidou a deixar o mosteiro, para impedir que outros monges resolvessem seguir o exemplo desta penitência.

Simeão decidiu ser um ermitão. Seguiu rumo ao topo do Monte Tesalissa, onde existia uma comunidade de pessoas que viviam isoladas e rezando. Morou ali, fazendo abstinência total durante quarenta dias, não apenas na Quaresma. Depois, de três anos foi para o ponto mais alto e construiu um claustro com pedras sem teto e se acorrentou no pescoço e no pé direito, prendendo a outra ponta da pesada corrente numa rocha. Ao saber da situação o vigário, o aconselhou a apenas alimentar sua força de vontade e deixar o exagero de lado, no que Simeão obedeceu.

A partir de então, Simeão era chamado de "o estilista", que vem da palavra grega sytilos e que significa coluna. Seus atos atraiam muitos fiéis ao local, que desejavam ouvir seus conselhos, seus discursos sobre o Evangelho e pedir por seus prodígios. Por sete anos converteu muitos pagãos, mas precisava de mais isolamento. Então Simeão decidiu construir uma coluna alta com uma base em cima para morar. De tempo em tempo, ele aumentava a altura da coluna, que atingiu a altura de dezoito metros no final dos vinte e sete anos vividos ali.

Simeão morreu sobre o local em posição de oração, no dia 5 de janeiro de 453. Sua festa acontece neste dia, desde o ano em que morreu, e se propagou por todo o mundo católico com muita rapidez. A Igreja o canonizou e manteve a data da sua comemoração. 


Santo Simeão, rogai por nós!

 

sábado, 4 de janeiro de 2020

SÃO PEREGRINO (Santo Protetor dos Doentes de Câncer)

SÃO PEREGRINO (Santo Protetor dos Doentes de Câncer)

 

São Peregrino Laziosi é o santo protetor das pessoas com câncer, sendo comemorado em 4 de maio.
 (é também lembrado por seus devotos no dia 4 de cada mês.)  
Ele consagrou sua vida servindo a Deus após sua conversão ao cristianismo.

Este livrinho contém a vida de São Peregrino, sua novena, oração e ladainha. Durante os dias da novena os devotos refletirão sobre passagens bíblicas, seguidas de uma oração para o pedido da graça especial, acompanhada de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória-ao-Pai.

 A novena pode ser feita a sós, em família ou em comunidade.

                            A vida de São Peregrino
Peregrino Laziosi nasceu em Forli, na Itália, em 1265. É comemorado em 5 de maio. Era filho único, e seu pai era um homem muito culto, de família tradicional e ilustre.

 Forli, na ocasião, era uma pequena cidade marcada pela rivalidade entre os partidários do papa, os guelfos, e os partidários do imperador, os gibelinos. Peregrino tornou-se um gibelino. Em torno de 1282, uma grande parte da população se tornou gibelina, estando assim contra o poder papal.

Em 1283, o Papa Martinho IV enviou o prior geral da Ordem dos Servos de Maria, Felipe Benizi, para Forli com a missão de pregar a paz e a obediência à Sé Apostólica. Enquanto Felipe Benizi falava ao povo, Peregrino, com 18 anos de idade, liderando um grupo de pessoas, bateu nele e o expulsou da cidade. Mais tarde se arrependeu e procurou Felipe Benizi, humildemente, pedindo-lhe perdão. Tendo sido perdoado, mudou sua vida completamente, rezando e pedindo à Virgem Maria que lhe indicasse o caminho a seguir.

Um dia, rezando na Igreja de Santa Maria da Luz,ouviu a Virgem Maria lhe falar: “Tu te chamas Peregrino. E Peregrino serás de nome e de fato. É preciso que tu vás à cidade de Sena. Ali encontrarás os frades chamados Servos da Virgem Maria”. Seguiu Peregrino para Sena, tendo sido bem acolhido pelos frades, que o vestiram com hábito de Ordem dos Servos de Maria. Ele tinha 30 anos de idade, e pouco se sabe a respeito de vida religiosa.

Mais tarde, Frei Peregrino voltou para Forli e tornou-se conhecido por levar uma vida austera e penitente, também pela prática da caridade. Fazia com freqüência jejuns, penitência e sacrifícios, dormindo no chão, comendo em pé, passando grande parte da noite acordado, rezando e meditando.   Aos 60 anos de idade, ficou gravemente doente, com muitas varizes nas pernas, que provocaram uma ferida. Com o passar dos dias a ferida foi se transformando numa chaga maligna, que exalava mau cheiro, obrigando-o a viver isolado. O médico do convento diagnosticou que a chaga se propagaria até contaminar a perna toda e, por isso, sugeriu sua amputação.

Na véspera da cirurgia, Peregrino aproximou-se do local onde havia uma imagem do Cristo crucificado e rezou: “Ó redentor do gênero humano, quando estavas neste mundo, curastes pessoas de toda sorte de doenças. Purificaste o leproso, devolveste a vista ao cego. Digna-te, pois, Senhor meu Deus, a livrar a minha perna deste mal incurável. Se não o fizeres, será preciso amputá-la.”

Naquela noite, durante o sono, Peregrino viu Jesus descer da cruz e tocar-lhe a ferida. Pela manhã, p médico testemunhou que a ferida tinha desaparecido.  Peregrino morreu aos 80 anos de idade, seu túmulo começou a ser visitado por muitas pessoas e sua fama de santidade foi aumentando. Na Igreja dos Servos de Maria, de Forli, existem registros de vários milagres do santo.

 Em 1726, a Santa Sé reconheceu três milagres de São Peregrino: a cura de um menino paralítico, a cura de uma religiosa e a de um sacerdote; os dois últimos, vítimas de câncer. No mesmo ano ele foi canonizado pelo Papa Bento XIII e passou a ser conhecido como o padroeiro dos doentes de câncer.


 
                                             Oração de São Peregrino
Oh! Glorioso São Peregrino, vós que nos deste uma admirável exemplo de penitência e paciência, e alcançastes de Jesus Cristo crucificado a milagrosa cura de uma chaga maligna, humildemente vos suplicamos: intercedei junto a Deus Pai de Infinita bondade e misericórdia, pelos que sofrem do mal do câncer, para que obtenham a paz de espírito, o alívio das dores e a cura da doença.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

 
(Rezar 1 Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai).


 Santuário Eucarístico - site da PARÓQUIA N. SRA. DE FÁTIMA - CIANORTE-Pr.