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sábado, 10 de outubro de 2020

Igreja beatifica jovem que morreu aos 15 anos

A mão de Deus

O reitor está impressionado com o interesse que esta beatificação tem suscitado no mundo inteiro, especialmente no Brasil:

 Em cerimônia solene em Assis, no centro da Itália, a Igreja Católica beatificará neste sábado (10) o jovem italiano Carlo Acutis, um gênio da computação, que se tornará o primeiro “influencer” em questões religiosas a chegar aos altares.

 A cerimônia de beatificação deste sábado, 10 de outubro, será feita direto da Basílica de São Francisco e será transmitida ao vivo pela Rádio Vaticano/Vatican News, com comentários em português, a partir das 16h30 locais (11h30 no horário de Brasília).

 
Túmulo de Carlo Acutis (Imagem site Vatican News)

Acutis, que morreu aos 15 anos em 2006 de leucemia e cujo corpo ainda está “intacto” com seus jeans e tênis, é considerado pelo papa Francisco um jovem “brilhante” e “criativo”, um exemplo para as novas gerações.

“É verdade que o mundo digital pode expô-lo ao risco do retraimento, do isolamento ou do prazer vazio. Mas não podemos esquecer que neste ambiente há jovens que também são criativos e, às vezes, brilhantes”, escreveu o papa argentino, dando como exemplo Carlo Acutis.

O portal oficial da Santa Sé, Vaticano News, descreve o jovem como “um garoto normal, bonito e popular”, uma espécie de “palhaço natural” que fazia rir seus colegas e professores.

“Todos os homens nascem originais, mas muitos morrem como fotocópias, não deixem isso acontecer com vocês!”, recomendou à sua geração Acutis, que conseguia alcançar milhares de pessoas em todo o mundo com sua linguagem jovem e fresca.

O futuro beato, que amava jogar futebol, videogame, Nutella e sorvete, dedicou boa parte de sua vida ao catecismo virtual e à criação de redes cibernéticas para conectar mais de 10.000 paróquias.

Seus escritos online, com conteúdo religioso, inspiraram até o papa argentino que, em um texto, exortou os jovens a evitar considerar Deus como “um disco rígido”.

Nascido em Londres em 1991, Carlo Acutis morreu em Monza (região de Milão) em 12 de outubro de 2006.

Ele foi declarado “venerável” em 5 de julho de 2018 e quase um ano depois seus restos mortais foram transferidos para Assis.

A Igreja reconheceu que intercedeu em um milagre, a inexplicável recuperação em 2013 de um menino brasileiro, o que abriu o caminho para a beatificação, o primeiro passo para se tornar um santo, para o qual são necessários dois milagres.

A cerimônia de beatificação, que teve de ser adiada devido à epidemia de coronavírus, será realizada em Assis, na cidade de São Francisco, e terá transmissão por streaming para todo o mundo.

Fanático pela Internet e motivado por uma fé intensa, o jovem criou uma página sobre a fé e os milagres eucarísticos.

Sua mãe, Antonia Salzano, contou ao site do Vaticano que o jovem, “com um computador relativamente obsoleto, conseguiu alcançar milhares de pessoas em todos os continentes” graças à sua personalidade e à forma como comunicava a sua fé.

 IstoÉ


Santo do dia - 10 de outubro

 São Daniel Comboni

Fundou os Padres Missionários Combonianos e as Irmãs Missionárias Combonianas (1831-1881)

São Daniel Comboni, fundou o ‘Instituto para as Missões’, a ideia do projeto era salvar a África

Daniel Comboni era italiano de Limone sul Garda, na Brescia, tendo nascido, em 15 de março de 1831, numa família cristã, unida, humilde e pobre de camponeses. Os pais, Luis e Domenica, dedicavam-lhe um amor incontido, pois era o único sobrevivente de oito filhos.

Por causa da condição econômica, enviaram Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona, quando, então, despertou sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a missão da África Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em Filosofia e Teologia, Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as bênçãos dos pais e parte para a África, junto com mais cinco missionários.

Após quatro meses de viagem, padre Comboni chega a Cartum, capital do  Sudão. A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Porém, tudo serve de estímulo para seguir adiante, sem abandonar a missão e o entusiasmo.

Pela África e seu povo, padre Comboni regressa à Itália, numa tentativa de conseguir uma nova tática para evangelizar naquele continente. Em 1864, rezando junto ao túmulo de são Pedro, em Roma, surge a luz. Elabora seu plano para a regeneração da África, resumido apenas num tema: "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado para a época.

Padre Comboni passa, imediatamente, à ação, pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade europeia, vai aos reis, bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e simples. A missão da África Central precisa de todos engajados no mesmo objetivo cristão e humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo, que consegue fundar  uma revista de incentivo missionário, a primeira na Itália.

Além disso, fundou, em 1867, o Instituto dos Missionários, depois chamados de Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Missionárias, mais tarde conhecidas como Irmãs Missionárias Combonianas.

No Concílio Vaticano I, ele participa como teólogo do bispo de Verona, conseguindo que outros 70 bispos assinem uma petição em favor da evangelização da África Central. Em 1877, Comboni é nomeado vigário apostólico da África Central e, em seguida, é também consagrado o primeiro bispo católico da África Central, confirmação de que suas ideias, antes contestadas, são as mais eficientes para anunciar a Palavra de Cristo aos africanos.

Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881, o bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria.

Chamado de "Pai dos Negros" pelo papa João Paulo II, ao beatificá-lo em 1996, o mesmo pontífice declarou santo Daniel Comboni em 2003. A sua comemoração litúrgica ocorre no aniversário de sua morte.


São Daniel Comboni, rogai por nós! 


São Francisco Borja (ou Bórgia)

Sacerdote (1510-1572)

Típico exemplo da nobreza espanhola, gentil e refinado, generoso e empreendedor, Francisco de Borja, bisneto do papa Alexandre VI e de Fernando II de Aragão, resume em seus 62 anos de vida o contraditório mundo quinhentista — luzes e sombras de onde emergem figuras de grandes santos, numa época de violentas contestações também no campo religioso.

Primogênito de João de Borja, duque de Gandia (Valência), Francisco formou-se na corte de Carlos V, que o adornou com o título de 'marquês' aos 20 anos. No ano anterior havia se casado: um casamento feliz, alegrado por oito filhos em dez anos.

Da prematura morte da mulher e imperatriz, Francisco deduziu o sentido da caducidade de tudo e decidiu dedicar-se ao serviço de um Senhor “que nunca pudesse morrer”. Exerceu por quatro anos o cargo de governador da Catalunha, embora secretamente votado à vida religiosa. A alta posição  que ocupava permitiu-lhe, nesse tempo, estabelecer os filhos.

O encontro com o jesuíta Pedro Fabro foi determinante. Em 1546, fechou definitivamente a porta às honras mundanas e, demitindo-se dos altos cargos, depois de haver feito os exercícios espirituais, emitiu voto de castidade, empenhando-se com outro voto a ingressar na Companhia de Jesus. E o fez, de modo efetivo, em 1548 e, oficialmente, dois anos depois.

Nesse meio-tempo renunciara ao ducado de Gandia. Em Roma, foi acolhido pelo próprio santo Inácio de Loyola, e a 26 de maio de 1551, celebrou a primeira missa.

As honrarias — que o haviam perseguido desde a juventude na corte da Espanha — continuaram a persegui-lo também na vida religiosa, a tal ponto que Francisco se apressou em emitir todos os votos da Companhia de Jesus, dos quais um veta a aceitação de dignidades eclesiásticas.

Apenas soube que o imperador Carlos V propusera seu nome ao papa para a púrpura cardinalícia. Mas não pôde subtrair-se, em 1555, à eleição ao mais alto cargo no seio da companhia, cujo capítulo o elegeu geral. Francisco exerceu esse cargo até a morte, que o colheu em Ferrara. Foi canonizado em 1671.


São Francisco Borja, rogai por nós!


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Santo do Dia - 9 de outubro

 São Dionísio, ou Dênis


Bispo e mártir (século III)

O santo Dionísio, popularmente conhecido como o são Dênis de Paris, que é comemorado neste dia, foi, durante muito tempo, venerado como único padroeiro de França, até surgir santa Joana d'Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo daquele país.

De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como Montmartre, isto é, "Colina do Mártir". Ao lado do bispo Dênis, o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã.

Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo de são Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram citados indevidamente.

A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas num único personagem, o santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo papa são Clemente I no fim do século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita.

Não bastasse toda essa confusão, são Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um  mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde, tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.


São Dionísio, rogai por nós!
  


São João Leonardo
Fundador do Instituto dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus e da Congregação de Propaganda Fide (1550-1609)

São João Leonardo fundou a “”, visando a catequese das crianças


O fundador do Instituto dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus e da Congregação de Propaganda Fide foi inexplicavelmente recusado pela ordem franciscana. Ou melhor, foi uma providencial recusa, pois que este luquês, filho de Tiago e Joana Lippi — aprendiz de farmácia e estudante por conta própria, refugiado em Roma durante alguns anos, depois da ordenação sacerdotal —, teve ocasião de travar amizade com dois grandes santos, Filipe Néri e José Calasanz, e de fazer-se apreciar pelo Papa, que lhe confiou delicadas missões. No desempenho destas, suas qualidades de homem prudente e caridoso eram as mais indicadas para que ele servisse de mediador e restabelecesse a disciplina em antigos conventos onde se infiltrara o espírito alegre e gozador da vida do Renascimento.

Na juventude, João Leonardo, embora longe de casa e dos olhos vigilantes dos pais, estudante de medicina em Lucca, não se perdeu atrás de alegres companhias estudantis, mas, sob a guia do frade dominicano Bernardini, recolheu em torno de si alguns companheiros. Com estes, dedicou-se ao voluntariado para a assistência aos idosos abandonados e aos peregrinos.

Ordenado sacerdote, foi-lhe confiada a igreja de São João della Magione, onde pôs em prática um de seus audaciosos projetos, instituindo uma escola para o ensino da religião — primeiro núcleo da Congregação dos Clérigos Regulares, com sede junto à igreja de Santa Maria da Rosa.

O instituto foi aprovado em 1593, embora, como ficou dito, ele tivesse sido levado a afastar-se de Lucca por causa das manifestações de incompreensão (não raras na vida dos santos).

Em Roma, impelido pelo espírito missionário, excogitou e programou, com o espanhol Vives, uma congregação de sacerdotes que desenvolvessem seu apostolado entre os infiéis. Nascia, assim, a Congregação De Propaganda Fide, de Roma, destinada a influir profundamente na história missionária da Igreja universal.

João morreu em Roma a 8 de outubro; beatificado em 1861, foi inscrito no elenco dos santos em 17 de abril de 1938.


São João Leonardo, rogai por nós!

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Santo do Dia - 8 de outubro

 São Luis Beltran


Muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e os negros escravos.  Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote.

Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.

O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.

Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.

São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”


São Luis Beltran, rogai por nós!



Santa Pelágia 
 Penitente (século IV)

São duas as santas com este nome — ou quatro, segundo o Martirológio romano. Mas trata-se de um desdobramento.

A primeira é uma jovem mártir de Antioquia, que se jogou da janela para evitar a perda da virgindade. São João Crisóstomo louva a sua coragem, dando origem a intermináveis discussões.


O mesmo santo bispo narra as vicissitudes de uma célebre atriz, belíssima tanto quanto dissoluta que, depois da conversão, levou vida austera de penitência. Mas não diz seu nome. Assim, um autor desconhecido, que se nomeia Tiago, julgou bom dar-lhe o nome de Pelágia e escrever um longo relato sobre sua história.

Ao chegar a Antioquia junto com uma companhia de comediantes, a mulher provocou logo escândalo em razão de “costumes vulgares”, virando a cabeça de vários homens, até do irmão do imperador. Conseguiu distrair o próprio bispo Nono: o bom velho se pôs a olhá-la enquanto se dirigia em procissão para o sínodo. 

Desta leviandade, o bispo extraiu um útil assunto para seu sermão: se uma mulher se embeleza desse modo para agradar a um simples mortal, como deveremos nós adornar nossa alma destinada às místicas núpcias com Deus? E com a oração e a boa palavra conseguiu realmente recolocar no redil aquela bela criatura. 

Pelágia mudou de vida, recebeu o batismo e se retirou para viver como eremita em uma cela escavada junto ao monte das Oliveiras.

O pseudo -Tiago acrescenta que a mulher, para não ser objeto de desejos, travestiu-se de homem e viveu longamente em penitência, purificando-se, assim, dos passados desregramentos.


Santa Pelágia, rogai por nós!

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Nossa Senhora do Rosário - 7 de outubro

Nossa Senhora do Rosário 

 Meditemos os Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus

O Rosário é uma forma de oração muito antiga, usada pelos cristãos dos primeiros tempos.  

Maria apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão


Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.


A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus. A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.


Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim  quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.

Desde os monges do oriente, até os beneditinos e agostinianos, era costume contar as preces com pedrinhas. Aliás, foi um beneditino, o venerável Santo Beda, a sugerir que elas fossem enfileiradas em um cordão, para facilitar o transporte e manuseio. 

A prática da oração do Rosário, como conhecemos hoje, nasceu no início do século XVII e tornou-se de grande valia na solução de um problema relevante das novas Ordens de frades mendicantes, franciscanos e dominicanos, onde a maioria era de analfabetos. Nessa época, o Papa Inocêncio III decidiu colocar um fim à heresia albigense, instalada no sul da França. O pontífice enviou para lá dois sacerdotes, Diego de Aceber e Domingos de Gusmão. Como o primeiro teve morte súbita, a missão ficou por conta do segundo. Mas a questão foi resolvida com muita eficiência, pois ele acabou contando com uma forte aliada: a Virgem Maria. 

Diz a tradição que, em 1207, o então fundador da Ordem dominicana estava na cidade francesa de Santa Maria de Prouille inaugurando o primeiro convento feminino de sua congregação. Na capela desse convento, Nossa Senhora apareceu a Domingos de Gusmão e ensinou-lhe a oração do Rosário, para ser difundida como arma da fé contra todos os inimigos do cristianismo e também para a salvação dos fieis. A partir daí a Ordem Dominicana se tornou a guardiã do Rosário, cujos missionários iniciaram a propagação do culto em todo o mundo. 

Outra intercessão de Nossa Senhora sob a força da oração do Rosário se deu no século XVI, quando os turcos muçulmanos pretendiam dominar a Europa. O papa Pio V convocou as nações católicas a unirem suas tropas e seguirem para Veneza, que há três anos lutava sozinha, impedindo o avanço do exército turco. E pediu para toda comunidade cristã rezar o Santo Rosário pedindo ajuda à Virgem Maria, nesse momento tão decisivo. No dia 7 de outubro de 1571, as tropas cristãs se uniram e houve a famosa batalha naval de Lepanto, nas águas da Grécia, sob domínio turco. Num combate de três horas, os cristãos venceram os muçulmanos, colocando um ponto final na ameaça turca à Europa pelo mar.

No ano seguinte, o mesmo papa Pio V, instituiu a festa a "Nossa Senhora da Vitória", para celebrar o Rosário e recordar o êxito obtido na batalha de Lepanto por intercessão de Maria Santíssima. A celebração ocorria em toda a cristandade, mas em datas diferente. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração em 7 de outubro para toda a Igreja. A partir de 1960, com a reforma do calendário litúrgico, o papa João XXIII proclamou o novo título mariano para essa festa — Nossa Senhora do Rosário — e dedicou o mês de outubro ao Santo Rosário e às missões apostólicas.


O culto chegou às Américas através dos missionários dominicanos, vindos  com as expedições colonizadoras, nas primeiras décadas do século XVI.
 


Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

Festa de Nossa Senhora do Rosário - 7 de outubro

Hoje o Céu está em festa!

Maria apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão

 
Esta festa foi instituída por São Pio V para comemorar e agradecer à Virgem a sua ajuda na vitória sobre os turcos em Lepanto, na Grécia, no dia 7 de outubro de 1571. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.
A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim  quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.

O Papa São Pio V abençoou os escudos dos exércitos cristãos que enfrentaram os turcos otomanos; estes já tinham tomado Constantinopla – sede do Império romano do oriente (1476) – e se preparavam para dominar a Europa Cristã e faze-la muçulmana; então, o Papa pediu ao Príncipe João da Áustria para enfrentar o inimigo da Igreja. Foi uma guerra justa, para se defender e não para atacar. E os exércitos cristãos, em menor número, mas sob a proteção do santo Rosário de Nossa Senhora venceram os otomanos; então o Papa consagrou o dia 7 de outubro à Nossa Senhora das Vitórias, ou do Santo Rosário.


No século XVI, o Império Otomano em expansão continuava a ameaçar perigosamente a Europa Ocidental, como sempre fez desde Maomé no século VII. Num contexto pouco favorável, em maio de 1571, o Papa Pio V conseguiu, finalmente, celebrar a “Santa Liga”, aliança entre Espanha, Veneza e Malta, que ele consagra na Basílica de São Pedro. Uma frota se reúne, e é confiada a Dom João da Áustria, irmão de Felipe II da Espanha. Desejando implorar a proteção celeste para a frota, São Pio V publicou um jubileu solene e ordenou o jejum e a oração pública do Rosário.

 Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.

A batalha decisiva teve lugar no dia 7 de outubro de 1571, no golfo de Lepanto, à saída do estreito de Corinto. No combate, 213 galeras espanholas e venezianas e uns 300 navios turcos. Aproximadamente cem mil homens combatem em cada campo. A frota cristã alcançou uma vitória completa. Quase todas as galeras inimigas foram presas ou postas a pique. O almirante turco Ali Pacha foi morto. Quinze mil cativos cristãos foram liberados. Somente um terço da frota turca consegue voltar, derrubando assim a lenda da invencibilidade da frota muçulmana.


Na noite da batalha, o papa Pio V foi, bruscamente, do seu escritório até a janela, onde parecia contemplar um espetáculo. Em seguida, voltou-se e disse aos cardeais que estavam com ele: “Vamos dar graças a Deus: nossa armada saiu vitoriosa.” Isto aconteceu no dia 7 de outubro, pouco antes das cinco horas da tarde, mas a notícia da vitória chegaria a Roma somente 19 dias mais tarde, em 26 de novembro, confirmando, assim, a revelação feita pelo sumo pontífice.








Após a batalha de Lepanto, Pio V acrescentou às Ladainhas da Santíssima Virgem, uma invocação suplementar: “Socorro dos cristãos, rogai por nós”, e ordenou a instituição da festa de Nossa Senhora das Vitórias que Gregório XIII logo a seguir fez celebrar, sob o nome de festa do Rosário, a cada primeiro domingo do mês de outubro em todas as igrejas. No seio do povo católico, a vitória de Lepanto contribuiu, desta forma, para o rápido desenvolvimento da devoção do Rosário.


No seu Breve Consueverunt (14-IX-1569), o Papa Pio V falava do Rosário como um meio de vitória. Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja no dia 3-10-1716. Leão XIII conferiu-lhe um nível litúrgico mais elevado e publicou nove Encíclicas sobre o Santo Rosário. São Pio X fixou definitivamente a festa no dia 7 de outubro.


Ouça também: Como surgiu o Rosário?


Por esse motivo, foi acrescentada à ladainha a invocação Auxilium christianorum. Desde então, esta devoção à Virgem foi constantemente recomendada pelos Sumos Pontífices como “oração pública e universal pelas necessidades ordinárias e extraordinárias da Igreja santa, das nações e do mundo inteiro”

Na Idade Média, saudava-se a Virgem Maria com o título de rosa (Rosa mystica), símbolo de alegria. Adornavam-se as suas imagens com uma coroa ou ramo de rosas (em latim medieval Rosarium). E os que não podiam recitar os cento e cinquenta salmos do ofício divino substituíam-no por tantas Ave-Marias.

A Ladainha que se reza atualmente no Rosário começou a ser cantada solenemente no Santuário de Loreto (de onde procede o nome de ladainha lauretana) por volta do ano 1500, mas baseia-se numa tradição antiquíssima. Desse lugar espalhou-se por toda a Igreja.


O Catecismo da Igreja fala de uma “guerra justa”, às vezes necessária para defender a nação ou as nações. Se os turcos otomanos não fossem detidos na Grécia, milagrosamente e definitivamente, talvez a Europa hoje não fosse cristã; e, por desdobramento também a América Latina. 

Viva Nossa Senhora do Rosário.


Todos os Papas, desde o seu advento na Igreja, sem exceção recomendaram vivamente a oração do santo Rosário, meditando toda a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Papa João Paulo II dizia que “era a sua oração predileta” e escreveu a Encíclica “O Rosário da Virgem Maria”.

Prof. Felipe Aquino

Santo do dia - 7 de outubro

 Santa Osita

Virgem e mártir (século VII)

Era o século VII. Osita nascia na Casa dos Essex, nobreza inglesa. Seu pai era o rei Fredevardo, cristão, piedoso e muito caridoso. A menina foi educada na tenra idade pelos pais dentro dos rigores da nobreza e no seguimento de Cristo. Mas, depois, eles a entregaram aos cuidados das irmãs beneditinas, que zelaram tanto pela formação espiritual como intelectual. Posteriormente, o rei a chamou de volta para a vida da Corte, mundana e frívola, mas necessária.

Costume na época, os casamentos eram arranjados em acordos entre as casas reais, para fortalecer o poder e até mesmo para poder mantê-lo. Tal era o destino da bela e jovem princesa Osita. Obedecendo às regras sociais e políticas da época, deveria casar-se com o filho do líder dos saxões, o príncipe Sigero, ele também muito piedoso e casto.

Apesar de obrigada a obedecer, ela lutou muito para tentar manter sua virgindade consagrada somente a Cristo, como havia feito em votos particulares, com autorização do seu confessor. Mas a pressão familiar foi maior e ela teve de cumprir aquele contrato entre poderes, títulos e fortunas.

Mesmo assim, não perdeu a fé. Durante a solenidade do pomposo casamento real, Osita rezou para que um milagre acontecesse. Conta a tradição que ela foi ouvida, pois o marido atendeu seu pedido e mantiveram-se casados como irmãos.

Entretanto, na primeira viagem feita pelo marido, que o obrigou a ausentar-se por algum tempo do castelo, Osita o surpreendeu no seu retorno. Ela havia cortado seus belos cabelos, trocado suas roupas por um hábito beneditino e feito do palácio um convento. Sigero, embora surpreso, permitiu que ela continuasse reclusa e mandou construir um novo convento para ela, do qual se tornou abadessa, sendo muito procurado por jovens da nobreza que desejavam ser suas seguidoras.

Osita, porém, não teve sossego. Anos depois, quando piratas dinamarqueses invadiram e saquearam a Inglaterra, Sigero foi morto e o seu convento não foi poupado. O líder dos invasores encantou-se com a sua beleza e, quando soube que ela era uma princesa, insistiu para Osita entregar-se a ele. Depois de seguidas recusas, friamente ele mesmo atravessou seu peito com a espada.

Nos anos seguintes, o túmulo de Osita foi lugar de uma intensa peregrinação, pois milagres aconteciam e foram comprovados. Assim, a Igreja autorizou o seu culto e manteve a data da tradicional celebração em 7 de outubro.


Santa Osita, rogai por nós! 

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Santo do dia - 6 de outubro

 São Bruno


Iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus

Sacerdote e fundador (1032-1101)

Hoje lembramos o santo que se tornou o fundador da Ordem dos Cartuxos, considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja, e que atravessou a história sem reformas.

Iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa - considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja - com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus 

Educado na Alemanha (nasceu em Colônia, da nobre família dos Hartefaust), atuando na França e na Itália. Nomeado chanceler da diocese  de Reims, denunciou o próprio bispo Manassés por simonia. Teve de refugiar-se em Colônia até o bispo ser deposto pelo Concílio de Lião.

Bruno voltou para a França e permaneceu sob a direção de são Roberto no ermo de Solesmes. Depois, com outros companheiros, procurou um lugar mais solitário para erigir seu mosteiro. Recebeu-o como doação do santo bispo de Grenoble, Hugo, um inteiro vale solitário chamado Cartuxa, nos Alpes do Delfinado.

Em 1078 nasceu a primeira cartuxa, que mais tarde será chamada a Grande Chartreuse, casa mãe dos cartuxos. Os monges alternavam a recitação do Ofício com os trabalhos manuais. Era o lugar ideal com que Bruno sempre havia sonhado. Mas nele ficou por pouco tempo. 

Um de seus discípulos, tornado papa com o nome de Urbano II, chamou-o a Roma como conselheiro. Bruno levou consigo seus monges e adaptou como mosteiro as termas de Diocleciano, transformadas depois na grande basílica de Miguel Ângelo de Santa Maria dos Anjos.

Eram tempos de grande turbulência em Roma, e o partido vitorioso do antipapa obrigou Urbano II a refugiar-se no Sul. Bruno mandou novamente  seus monges a Grenoble e, no séquito do papa, procurou, na Calábria, um  lugar adequado para fundar uma segunda cartuxa.

Encontrou-o na localidade que hoje leva seu nome, serra São Bruno, no coração da Sila, “uma planície vasta e risonha, cercada de pastagens verdejantes e bordada de flores”, escreve Bruno a seus monges. “Esta paz  que o mundo ignora é propícia para a alegria do Espírito Santo”. O duque das Apúlias e conde da Calábria, que lhe havia feito a doação do terreno, teve em troca a amizade e a preciosa guia do santo eremita. 

Este, sentindo-se próximo da morte, reuniu em torno de si os monges e ditou sua profissão de fé no mistério trinitário e eucarístico. Morreu a 6 de outubro, dia em que é celebrado. Seu corpo, encontrado incorrupto em 1513, foi sepultado na atual cartuxa de serra São Bruno, província de Catanzaro. O santo é desde sempre invocado contra as possessões diabólicas.


As últimas palavras foram: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica, em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue, verdadeiros, de Jesus Cristo”. 

São Bruno, rogai por nós!