O governo italiano entrou nesta quarta-feira com um recurso no Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo, na França, para que a proibição da colocação de crucifixos em salas de aula do país seja suspensa.
A ação foi apresentada em conjunto com dez outros países europeus - Armênia, Bulgária, Chipre, Grécia, Lituânia, Malta, Mônaco, San Marino, Romênia e Rússia. Eles argumentam que o crucifixo é associado a suas identidades nacionais e não é apenas um símbolo religioso.
O caso contra os crucifixos foi levado ao tribunal por uma mãe italiana que argumentou que, segundo a constituição da Itália, seus filhos têm direito a uma educação não religiosa. Em 2009 a corte decidiu proibir a presença de símbolos religiosos nas escolas, dizendo que isso "restringia o direito dos pais de educar seus filhos de acordo com suas convicções".
Entretanto, a decisão deixou insatisfeitos muitos católicos, que são maioria na Itália.
Se o governo perder o recurso no Tribunal Europeu, é possível que todos os símbolos religiosos exibidos em salas de aula na União Europeia acabem sendo proibidos. A lei italiana que determinava que crucifixos fossem pendurados em escolas data da década de 1920. Em 1984, um acordo entre o Vaticano e o governo italiano suspendeu a adoção do Catolicismo como religião do Estado. A lei do crucifixo, no entanto, nunca foi alterada.
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