Neste sábado houve ensaio para a cerimônia de domingo no Parque de Exposições. No Santuário Irmã Dulce foi realizada uma missa e das 19h de sábado às 7h de domingo ocorre uma vigília de fiéis. Pelo menos 1,3 mil fiéis participam da concentração.
A freira baiana começou ainda jovem a cuidar dos pobres e doentes. Há sessenta anos, Irmã Dulce improvisou uma enfermaria em um galinheiro em Salvador. Hoje, no mesmo terreno, está um hospital que atende de graça 150 mil pessoas por mês. O hospital emprega muita gente que a freira amparou.
- Naquele momento eu estava necessitando muito dela e ali ela foi minha segunda mãe - diz Marlene Teles, que trabalha como encarregada de limpeza no hospital.
A comunidade de Alagados era uma das regiões preferidas de Irmã Dulce.
- Ela vinha de iniciativa própria visitar moradores trazendo remédios e alimentação - diz o padre Rafael Cerqueira, da Igreja de Alagados.
Irmã Dulce morreu em 1992 aos 78 anos. A capela onde repousam os restos mortais dela já é um local de peregrinação. Devotos de todo Brasil vão até o santuário para chegar perto do túmulo da freira. A sepultura está coberta por centenas de demonstrações de fé. São fotografias e cartas de fiéis pedindo graça.
Depois do parto do segundo filho, Claúdia Cristiane, que mora no interior de Sergipe, foi desenganada pelos médicos e pediu ajuda à freira. A cura foi considerada um milagre pelo Vaticano e serviu de base para o processo de beatificação.
A cerimônia acontece neste domingo no Parque de Exposições de Salvador. 400 caravanas, de vários estados, estarão presentes.
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