EVANGELHO COTIDIANO
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
25º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 9,30-37.
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos atravessaram a Galileia, mas Ele não queria que ninguém o soubesse, porque ia instruindo os seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens que o hão-de matar; mas, três dias depois de ser morto, ressuscitará.»
Mas eles não entendiam esta linguagem e tinham receio de o interrogar. Chegaram a Cafarnaúm e, quando estavam em casa, Jesus perguntou: «Que discutíeis pelo caminho?»
Ficaram em silêncio porque, no caminho, tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior.
Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.» E, tomando um menino, colocou-o no meio deles, abraçou-o e disse-lhes: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a mim que recebe; e quem me receber, não me recebe a mim mas àquele que me enviou.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por: São Máximo de Turim
Todos nós, cristãos, somos o corpo de Cristo e Seus membros, afirma o apóstolo Paulo (1Co 12,27). Aquando da ressurreição de Cristo, todos os Seus membros ressuscitaram com Ele; passando dos infernos para a Terra, Ele fez-nos passar da morte para a vida. O termo «páscoa» em hebraico significa passagem ou partida. Ora, este mistério é o da passagem do mal ao bem. E que passagem! Do pecado para a justiça, do vício para a virtude, da velhice para a infância. Refiro-me à infância que está ligada à simplicidade e não à idade. Pois também as virtudes têm a sua idade própria. Ontem a decrepitude do pecado conduzia-nos ao declínio. Mas a ressurreição de Cristo faz-nos renascer na inocência das crianças. A simplicidade cristã torna sua a infância.
A criança não sente rancor, não conhece a fraude, não ousa bater. Assim sendo, esta criança que é o cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada, não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze pelos seus inimigos, que entregue a túnica e o casaco aos ladrões e que ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (Mt 5,39ss).
A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. [...] Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ela é ainda digna de mais elogios: o seu ódio ao mal emana da vontade e não da impotência.
A criança não sente rancor, não conhece a fraude, não ousa bater. Assim sendo, esta criança que é o cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada, não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze pelos seus inimigos, que entregue a túnica e o casaco aos ladrões e que ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (Mt 5,39ss).
A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. [...] Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ela é ainda digna de mais elogios: o seu ódio ao mal emana da vontade e não da impotência.
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