O Papa Francisco assinou ao meio-dia desta quarta-feira, no Vaticano, o
decreto de canonização de José de Anchieta, que catequizou índios do
Brasil no século XVI e foi um dos fundadores da cidade de São Paulo. A
canonização deve acontecer sem pompas, durante a segunda Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. Com a decisão, o Brasil ganha seu
terceiro santo. Padre Anchieta, como era conhecido, nasceu nas Ilhas
Canárias, um arquipélago espanhol, mas está sendo santificado por seu
trabalho missionário feito no Brasil, por isso a comemoração no país.
Ele se junta a Madre Paulina, canonizada pelo Papa João Paulo II em
2002, e a Frei Galvão, proclamado Santo Antônio de Sant'Ana Galvão em
2007 pelo Papa Bento XVI.A canonização do Padre Anchieta foi um processo longo, que começou em 1980 com a sua beatificação por João Paulo II, mas vinha desde o século XVI, quando foi feito o pedido. No entanto, ele não teve seus dois supostos milagres, que teriam acontecido há mais de 400 anos, reconhecidos pelo Vaticano. O longo tempo passado desde então impossibilitou a sua comprovação, e por isso ele será proclamado santo por decreto.
Celebrações
A Igreja Católica no Brasil prepara diversas festividades para comemorar a canonização. Em Anchieta, cidade fundada pelo jesuíta no Espírito Santo em 1565, haverá missa solene e concerto musical.
Em São Paulo, os sinos de todas as igrejas da cidade irão tocar por cinco minutos às 14h. O cardeal-arcebispo Don Odilo Scherer irá celebrar uma missa às 11h na Catedral da Sé e outra missa será celebrada no Páteo do Collegio, às 19h30. No domingo, dia 6, está uma procissão deve tomar as ruas da capital paulista, seguida de uma missa de encerramento das festividades.
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