Santo Anjo da Guarda
ORAÇÕES AOS
SANTOS ANJOS.
Tudo o que pedirdes com fé na oração,
vós o alcançareis. (Mt. 21, 22)
vós o alcançareis. (Mt. 21, 22)
Deus, que criou todas as coisas, criou também os anjos, para
que o louvem, obedeçam e atendam. Criou-os para serem
eternamente felizes e para que nos ajudem e guiem,
especialmente toda a sua Igreja. Entretanto uma grande parte
desses anjos cometeu o grave pecado da soberba, desejando
tornar-se iguais ao próprio Criador. Por isso Deus os
condenou e os precipitou no inferno, onde permanecerão para
todo o sempre.
Esses anjos rebeldes são chamados espíritos maus, diabos ou
demônios, e têm como chefe Satanás.
Os anjos que ficaram fiéis a Deus são os chamados anjos bons
ou simplesmente: anjos. Dentre esses é que Deus
escolhe nosso Anjo da Guarda, que é pessoal e exclusivo,
cuja função é proteger-nos até o retorno da nossa alma à
eternidade. Ele nos ampara e nos defende dos perigos com que
os espíritos maus nos tentam, na nossa vida terrena.
"Porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os
teus caminhos, eles te sustentarão em suas mãos, para que
não tropeces em alguma pedra" (Sl 90,11-12).
Os Anjos da Guarda estão repletos de dons e privilégios
especiais, com uma missão insubstituível ao longo da
criação. Eles possuem a natureza angélica espiritual, que é
a síntese de toda a beleza e de todas as virtudes de Deus,
por isso impossível de ser representada.
Em um dos seus textos, são Francisco de Sales esclarece que
a tarefa dos anjos é levar as nossas orações à bondade
misericordiosa do Altíssimo e de informar-nos se elas foram
atendidas. Assim sendo, as graças que recebemos nos são
dadas por Deus, que é o princípio e o fim de nossa vida,
através da intercessão de nosso Anjo Bom.
Deus confiou cada criatura a um Anjo da Guarda.
Esta é uma verdade que está em várias páginas da Sagrada
Escritura e na história das tradições da humanidade, sendo
um dogma da Igreja Católica, atualmente também confirmado
pelos teólogos.
A devoção dos anjos é mais antiga até que a dos próprios
santos, ganhando maior vigor na Idade Média, quando os
monges solitários receberam a companhia dessas invisíveis
criaturas, cuja presença era sentida nas suas vidas de
silenciosa contemplação e íntima comunhão espiritual com
Deus-Pai.
Todavia o Eterno Guardião, como o Anjo da Guarda também é
chamado, tão solicitado e cuidado durante a infância, está
totalmente esquecido no cotidiano do adulto, que,
descuidando de sua exclusiva e própria companhia, não se
apercebe mais de sua angélica presença. Mas este
espírito puro continua vigilante, constante
dos pensamentos e de todas as ações humanas.
O Anjo da Guarda é um ser mais perfeito e digno do que nós,
criaturas humanas. Não podemos ignorá-lo. Devemos amá-lo,
respeitá-lo e segui-lo, pois está sempre pronto a
proteger-nos, animar e orientar, para cumprirmos a missão da
vida terrena, trilhando o caminho de Cristo e, assim,
ingressarmos na glória eterna.
A celebração especialmente dedicada aos Anjos da Guarda
começou na Espanha, no final do ano 400, propagando-se por
toda a Europa em poucos séculos. Antes, ela ocorria no dia
29 de setembro, junto com a do arcanjo Miguel, guardião e
protetor por excelência.
O dia 2 de outubro foi fixado em 1670, pelo papa Clemente X,
para celebrar separadamente o nosso santo Anjo da Guarda. E
para ele a Igreja ditou uma das mais belas orações, que diz:
"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a
ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, me guarda,
me governa e ilumina, agora e sempre. Assim seja".
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