BEM AVENTURADA VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS
Antigamente, nesta data se celebrava a Circuncisão
do Menino Jesus. Atualmente, nela se celebra a Santíssima
Virgem, que o Concílio do Éfeso (ano 431) proclamou
“Theotókos” (Mãe de Deus).
Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro
dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa
de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina.
Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe,
Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda
criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor"
(Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele,
Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!
De certa forma, todo o ano litúrgico segue as
pegadas desta maternidade, começando pela solenidade
da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da
Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo.
Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só
ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que
nasceu na noite de Belém.
Ela assumiu para si a missão confiada por Deus.
Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu
próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado
em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por
meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra.
Contribuiu para o cumprimento da plenitude dos tempos.
Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente
"racionalismo espiritualista", como registram alguns
autores.
O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas
nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma
árvore má não dá bom fruto" (Lc. 6,43).
Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa
Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo
Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc.
1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus
Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita
Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é
de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou
se rejeita a ambos.
Por tomar esta verdade como dogma é que a
Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus.
Que a contemplação deste mistério exerça em nós a
confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar
ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para
abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a
vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna.
Com esses objetivos entreguemos o novo ano à
proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de
Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós
a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de
nossa parte obstáculos à sua ação maternal.
A comemoração de Maria como Mãe de DEUS,
neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais
poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do
que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos
filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a
união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo.
Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia
da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos
em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.
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