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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A indústria do aborto

Vale a pena ler esta entrevista…

Há tempos, muitos estão interessados na aprovação do aborto no Brasil, para poderem se enriquecer com as chamadas “clínicas de aborto”, abundantes nos EUA e nos países onde ele é legalizado.

Abaixo você poderá ler uma entrevista um pouco antiga, mas que parece possuir o conteúdo um tanto atual. Continuamos vivendo essa luta contra o aborto. É preciso que conheça o que pode acontecer nessas clínicas abortistas e o quanto isso fere o coração humano e o coração de Deus.

A revista Pergunte e Responderemos (nº 349 – Ano 1991 – p. 277) trouxe o artigo “Tornei-me rica mediante o aborto”. Conta a história da Sra. Carol Everett, que foi proprietária de duas Clínicas de Aborto nos Estados Unidos e Diretora de duas outras desde 1977 até 1983, logo depois que se legalizou tal prática nos Estados Unidos. Deixou este ramo de trabalho, porque se converteu ao Cristianismo. Ela foi entrevistada por Marta Scheiber , e descreveu os procedimentos das Clínicas de Aborto, voltados principalmente para o lucro financeiro, iludindo e manipulando as suas clientes.

Ela conta os bárbaros métodos aplicados para eliminar as crianças, e os artifícios usados para que as mães superem a dor e o trauma do aborto.

Conheça as suas declarações:
Repórter: Qual foi o motivo que a envolveu na indústria do aborto?
Carol Everett: Eu estava procurando uma razão para justificar meu próprio aborto. Finalmente encontrei-me a trabalhar com um homem que se tornou proprietário de quatro Clínicas de Aborto. Rapidamente, mediante habilidade de mercado, os seus negócios se duplicaram. Cada vez que eu vendia a ideia do aborto, eu justificava o meu próprio aborto.
Notei que os rendimentos de meu patrão aumentaram de 25.000 para 125.000 dólares por ano em duas Clínicas. Eu desejava parte desse dinheiro, pois sabia que era resultado de meus esforços. Por isto entrei no escritório do patrão e lhe disse: “Eu dupliquei seus lucros, quero os juros dos negócios”. Ele, porém, muito delicadamente me respondeu: “Não!” Pus um anúncio nas páginas amarelas do catálogo telefônico oferecendo a minha própria Clínica de Abortos, que conseguiria abrir seis meses após a publicação desse anúncio.

R.: Por que você se refere ao aborto como indústria?
C.E.: Porque é a maior indústria não controlada do nosso país. A maioria das Clínicas trabalham em cadeia por causa do seu grande rendimento. Diga-me: em que outro lugar pode alguém como eu ganhar no mínimo 150.000 dólares por ano?
Eu lucrava 25 dólares por cada aborto, de tal modo que eu sabia exatamente quanto dinheiro produzíamos. No último mês em que trabalhei nessa indústria, realizaram-se 545 abortos, que trouxeram para o meu bolso a quantia de 13.625 dólares.
Vi três médicos repartirem entre si 4.500 dólares por três horas de trabalho. Imagino que o lucro é muito maior atualmente, mas tal quantia não ficava mal para três horas de trabalho num sábado de manhã.

R.: Você abria a Clínica nos dias de semana?
C.E.: Sim. Os domingos eram os dias mais rendosos. A maioria das mulheres deseja ser despachada e sair rapidamente.
Sabem que o aborto é algo de mau, principalmente quando praticado num domingo, de tal modo que não fazem perguntas nos domingos. Pode-se trabalhar com uma infraestrutura mínima, porque a mulher que vem para abortar num domingo, está decidida. Nós fazíamos de 15 a 20 abortos nos domingos em duas ou três horas! Enquanto todos estavam participando do culto na igreja, nós estávamos fazendo abortos.

R.: Quanto custava um aborto?
C.E.: Naquela época custava de 185 a 1.250 dólares o aborto no segundo ou no terceiro trimestre da gestação. O preço era calculado segundo o número de semanas da gestação. Quando menos de doze semanas, saía por 185 dólares; quando de treze a quatorze semanas, 250 dólares; e, de quatorze a quinze semanas, ficava por 375 dólares. Os abortos mais especializados, que exigiam anestesia geral, saiam por 1.250 dólares. Tais abortos eram realizados no segundo ou no terceiro trimestre de gestação. Os abortos podem ser provocados por medicamentos orais ou, se a pessoa tem dinheiro, são efetuados com anestesia geral. Nunca se fazem gratuitamente!

R.: Nas Clínicas negava-se o aborto às mulheres que não pudessem pagar o preço completo?
C.E.: Quando eu trabalhava na indústria do aborto, uma jovem de 18 anos queria submeter-se a um aborto, mas só possuía 50 dólares; tinha 18 ou 19 semanas de gestação, o que exigia 450 dólares para cobrir as despesas todas do aborto. Recorreu a várias Clínicas de Aborto em Dallas, mas nenhuma delas quis fazer o aborto gratuitamente, de modo que ela caiu nas mãos de um aborteiro ilegal, que todos supunham estar aposentado. Ele lhe praticou o aborto e ela morreu.

R.: Como você anunciava suas Clínicas?
C.E.: Investíamos 350.000 dólares por ano em anúncios de propaganda: 250.000 dólares nas páginas amarelas, 50.000 em publicidade de periódicos e o restante em propaganda direta pelo Correio, quando mandávamos cupons de desconto.
Nosso lema era: “Sonda o teu mercado, e faça tua propaganda onde o público a possa perceber”. Usávamos o método de cupons para comprovar os efeitos da publicidade…


R.: Que estratégia de mercado utilizavam?
C.E.: A mulher procurava a Clínica de Aborto para ser informada sobre as alternativas que estavam à disposição. Pagávamos a uma conselheira, para que vendesse o produto (a recomendação de aborto); era um processo simples, seguro e legal de “manipular o problema”. Que a mulher simplesmente trouxesse o seu dinheiro e viesse! Aos conselheiros de aborto paga-se melhor do que a outros tipos de conselheiro, e eles creem no produto que transmitem.

R.: Que tipo de conselhos se oferecia nas Clínicas?
C.E.: Nas Clínicas em que trabalhei, não dávamos conselhos. Apenas respondíamos às perguntas que as mulheres nos faziam, e tratávamos de “não revolver a terra”. Não discutíamos as alternativas do aborto senão quando as clientes o exigiam.

Todas as mulheres perguntavam a mesma coisa: “O que trago, é um bebê?” Respondíamos-lhes: “Não; é apenas um produto da concepção (um coágulo sanguíneo ou uma formação de tecidos)”. – “Vai doer?” – “Não; você sentirá apenas uma sensação leve de contrações ou câimbras”.

A maioria das mulheres sofreram dores e as sobrepujaram, de modo que julgam que tal procedimento não é demasiado doloroso. Não obstante, o aborto é extremamente doloroso!
Na entrevista a conselheira tratava de determinar a causa pela qual a mulher queria abortar, não tanto para ajudá-la, mas para justificar a decisão de abortar.


R.: Era proporcionada ajuda psicológica após o aborto?
C.E.: Dizíamos às clientes que tal ajuda estava à sua disposição, caso dela necessitassem; mas na sala de recuperação usávamos técnicas para desalentar todo contato futuro a menos que fosse para outro aborto. Dizíamos às clientes: “Dentro de sete a dez dias, você se sentirá deprimida; isto durará alguns dias. Mas não se preocupe com isso. Quando a mulher dá à luz uma criança, ela também passa por um período de depressão posterior ao parto”.
Em consequência, quando a mulher começa a tomar dolorosamente consciência de que “matou seu bebê”, pensa que esse sentimento é normal em virtude da atividade dos hormônios. Ela é induzida a reprimir esses sentimentos naturais.
Não obstante, uma menina de treze anos, certa vez, veio à Clínica para fazer o exame rotineiro de verificação duas semanas após ter abortado. Tal exame é feito não tanto para se chegar à certeza de que ela está passando bem, mas para averiguar se já não existe gravidez. Ora a menina não saía do quarto da consulta após muito tempo decorrido. Quando lá entramos, descobrimos que estava cortando as suas veias!


R.: Que métodos abortivos eram aplicados na sua Clínica?
C.E.: A maioria de nós que praticávamos a indústria do aborto, deixamos de usar os processos do sal e da prostaglandina, pois deixavam escapar muitas criancinhas ainda vivas. Uma criancinha eliminada ainda com vida implica que esperemos que morra, ou exige que nos desembaracemos dela de maneira muito grosseira.

A maioria dos que realizam abortos no segundo ou terceiro trimestre de gestação, utilizam o método de dilatação e evacuação. O aborteiro se serve de pinças grandes para despedaçar o bebê dentro do útero e retirá-lo em fragmentos.

Evita-se de todo modo o efeito secundário do nascimento da criança viva… Todavia tal processo é horrível, porque o bebê tem que ser reconstruído fora do seio materno para se ter certeza de que todos os seus pedaços foram extraídos.

R.: Como é que você eliminava o bebê abortado?
C.E.: Em nossas Clínicas nós o colocávamos num triturador de dejetos. Usávamos os modelos mais potentes. Algumas das estruturas do bebê no segundo e no terceiro trimestres são tão fortes que não se destruíam no triturador, de modo que tínhamos de jogá-las fora em bolsas de lixo.

R.: Conhece mulheres a quem o abortamento tenha sido aplicado sem que estivessem grávidas?
C.E.: Sim; acontecia que mulheres que não estavam grávidas, consultavam o médico antes de se praticar o aborto. Eram submetidas a uma sonografia, e se fixava o ponteiro do sonógrafo num ponto-chave do útero. Dizia então o médico: “Veja, você está grávida”. A mulher, que geralmente não sabe ler um sonograma, aceitava a opinião do perito e pedia o aborto de que ela não necessitava.

R.: Qual foi a menina mais jovem que você viu entrar na Clínica para abortar?
C.E.: A mais jovem que vi, foi uma menina de onze anos. A mais jovem de que tive notícia, tinha nove anos. Paralelamente, num Centro Clínico para atender a casos de gravidez, trataram de uma menina de dez anos, que depois deu à luz um bebê saudável.

R.: Qual é a última etapa da gestação na qual ainda se pode praticar o aborto?
C.E.: O bebê maior que vi abortado, tinha 32 semanas.

R.: Diz-se que praticar um aborto é experiência sem riscos. Conte alguns dos problemas que você presenciou em mulheres que procuraram a sua Clínica.
C.E.: Estávamos praticando a dilatação traumática de um dia, que tem elevado índice de complicação. Fazíamos 500 abortos por mês, matávamos ou mutilávamos uma mulher sobre quinhentas.
As complicações mais comuns eram as deformações ou os deslocamentos do útero. Muitas terminavam em ablação do útero. Às vezes o médico cortava o canal urinário, que requeria remodelação cirúrgica. Uma complicação que raramente se menciona, mas que ocorre, é a perfuração do intestino por parte da vagina – o que exige finalmente uma colostomia.
Em alguns casos, a colostomia é reversível, mas algumas mulheres têm que viver com ela para o resto da vida.

R.: Como as Clínicas de Aborto encobrem os óbitos que ocorrem durante um aborto?
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C.E.: As Clínicas de Aborto nunca aceitam a responsabilidade pelas complicações ocorrentes. Limitam-se a dizer que não foram de sua culpa. A preocupação dos profissionais, no caso, não é a paciente; é, sim, proteger a reputação do médico e manter o nome da Clínica. Para se proteger, eles podem utilizar a família do paciente. Sentem-se culpados e sofrem as emoções decorrentes da situação criada; não querem passar pelo momento amargo de expor a verdade aos meios de comunicação social.

R.: Que motivo afastou você da indústria do aborto?
C.E.: Foi minha conversão religiosa. Viajo e converso com mulheres que cometeram aborto, nunca encontrei alguma que se tenha curado do aborto sem ter tido um encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo. Entrei numa crise muito dolorosa. Mas Deus me enviou uma série de pessoas incrivelmente boas, que me ajudaram e instruíram durante todos estes anos.

R.: Que fez você com as Clínicas?
C.E.: Vendi-as, mas os compradores não me pagaram dentro dos prazos previstos. Denunciei-os à Justiça e entramos em acordo fora do Tribunal. Tudo o que recebi, doei ao Fundo Pró-Vida, a fim de ajudar as mulheres grávidas que têm problemas.

R.: Que conselhos daria você a uma mulher que pense em submeter-se a um aborto?
C.E.: Primeiramente eu a ajudaria a tomar consciência das mudanças que estão ocorrendo em seu corpo durante a gravidez. Ajuda-la-ia a compreender que o seu bebê é realmente uma pessoa.

Numa situação tal, é preciso tratar de equacionar o problema. Geralmente há uma só razão que impede de continuar a gestação no caso mais comum: é o medo de que se descubra o seu tipo de atividade sexual. Devemos apoiar e ajudar tal mulher, qualquer que seja sua necessidade. Temos que ser bons vendedores, como são os abortistas, com a única diferença de que temos a verdade em nosso favor. Estude com tal mulher todas as alternativas para evitar o aborto.

Trecho retirado do livro: Aborto?Nunca!, Prof. Felipe Aquino. Editora Cléofas.
 http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2016/10/07/a-industria-do-aborto/


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