EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
1º Domingo da Quaresma
Evangelho segundo S. Marcos 1,12-15.
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os
animais selvagens, e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar
o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai
no Evangelho».
Comentário do dia: Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os Salmos, PS 60; CCL 39, 766
«Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa
semelhança, exceto no pecado» (Heb 4,15)
«Escutai, ó Deus, o meu clamor, atendei a minha oração! [...] Dos
confins da terra grito por Vós, com o meu coração desfalecido» (Sl 60,2-3). Dos
confins da terra, ou seja, de toda a parte. [...] Não é só uma pessoa que fala
assim; e, no entanto, é uma só pessoa, porque não há senão um só Cristo, do
qual somos os membros (Ef 5,23). [...] Aquele que grita dos confins da terra
está angustiado, mas não foi abandonado. Porque fomos nós, ou seja, o seu
corpo, que o Senhor quis prefigurar no seu próprio corpo. [...]
Simbolizou-nos na sua pessoa quando quis ser tentado por Satanás. Lê-se no
Evangelho que Nosso Senhor, Cristo Jesus, foi tentado no deserto pelo diabo. Em
Cristo, és tu que és tentado, porque Cristo tomou de ti a sua humanidade para
te dar a sua salvação, de ti tomou a sua morte para te dar a sua vida, de ti
sofreu os seus ultrajes para te dar a sua honra. Foi portanto de ti que Ele
tomou as tentações, para te dar a sua vitória. Se somos tentados nele, nele
também triunfaremos do diabo.
Reconheces que Cristo foi tentado, e não reconheces que alcançou a vitória?
Reconhece-te como tentado ele, reconhece-te como vencedor nele. Ele poderia ter
impedido o diabo de se aproximar dele; mas, se não tivesse sido tentado, como
nos teria ensinado a maneira de vencer a tentação? Por isso, não é de espantar
que, atormentado pela tentação, Ele grite dos confins da terra segundo este
salmo. Mas porque não é vencido? O salmo continua: «Conduzi-me ao rochedo».
[...] Recorda o Evangelho: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt
16,18). Assim, é a Igreja, que Ele quis construir sobre a pedra, que grita dos
confins da terra. Mas quem se tornou rochedo, para que a Igreja pudesse ser
construída sobre o rochedo? Ouçamos S. Paulo: «O rochedo era Cristo» (1Cor
10,4). É pois sobre Ele que nós somos edificados. Por isso, a pedra sobre a
qual somos construídos foi a primeira a ser batida pelos ventos, pelas
torrentes e pelas chuvas, quando Cristo foi tentado pelo diabo (Mt 7,25). Eis a
fundação inabalável sobre a qual Ele te quis edificar.
Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens, e os Anjos serviam-n’O.
Discursos sobre os Salmos, PS 60; CCL 39, 766
Simbolizou-nos na sua pessoa quando quis ser tentado por Satanás. Lê-se no Evangelho que Nosso Senhor, Cristo Jesus, foi tentado no deserto pelo diabo. Em Cristo, és tu que és tentado, porque Cristo tomou de ti a sua humanidade para te dar a sua salvação, de ti tomou a sua morte para te dar a sua vida, de ti sofreu os seus ultrajes para te dar a sua honra. Foi portanto de ti que Ele tomou as tentações, para te dar a sua vitória. Se somos tentados nele, nele também triunfaremos do diabo.
Reconheces que Cristo foi tentado, e não reconheces que alcançou a vitória? Reconhece-te como tentado ele, reconhece-te como vencedor nele. Ele poderia ter impedido o diabo de se aproximar dele; mas, se não tivesse sido tentado, como nos teria ensinado a maneira de vencer a tentação? Por isso, não é de espantar que, atormentado pela tentação, Ele grite dos confins da terra segundo este salmo. Mas porque não é vencido? O salmo continua: «Conduzi-me ao rochedo». [...] Recorda o Evangelho: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16,18). Assim, é a Igreja, que Ele quis construir sobre a pedra, que grita dos confins da terra. Mas quem se tornou rochedo, para que a Igreja pudesse ser construída sobre o rochedo? Ouçamos S. Paulo: «O rochedo era Cristo» (1Cor 10,4). É pois sobre Ele que nós somos edificados. Por isso, a pedra sobre a qual somos construídos foi a primeira a ser batida pelos ventos, pelas torrentes e pelas chuvas, quando Cristo foi tentado pelo diabo (Mt 7,25). Eis a fundação inabalável sobre a qual Ele te quis edificar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário