EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Segunda-feira,
dia 09 de Abril de 2018
Anunciação
do senhor, solenidade
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da
Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor
está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te
cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de
Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Comentário do dia: São João Paulo II (1920-2005), papa
«Mulieris dignitatem» (trad. copyright © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Quando chegou a plenitude dos tempos,
Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher» (Gal 4,4)
[Em resposta às] aspirações do espírito humano em busca de Deus [...], a
«plenitude do tempo» põe em relevo a resposta do próprio Deus. [...] O envio de
seu Filho, consubstancial ao Pai, como homem «nascido de uma mulher» (Gal 4,4)
constitui a etapa culminante e definitiva da revelação que Deus faz de Si mesmo
à humanidade. [...] A mulher encontra-se no coração deste acontecimento
salvífico. Na sua essência, a revelação que Deus faz de Si mesmo, a saber, a
unidade insondável da Trindade, está contida na anunciação de Nazaré:
«"Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele
será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo." "Como será isto, se eu
não conheço homem?" "O Espírito Santo virá sobre ti e a força do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será
chamado Filho de Deus. [...] Porque a Deus nada é impossível."»
É fácil compreender este acontecimento na perspectiva da história de Israel, o povo eleito, de quem Maria é filha, mas é também fácil compreendê-lo na perspectiva de todos os caminhos por onde a humanidade procura desde sempre uma resposta às questões fundamentais, e ao mesmo tempo definitivas, que mais a obcecam. Pois não é certo que, na anunciação de Nazaré, se encontra o início da resposta definitiva pela qual o próprio Deus vai ao encontro das inquietações do coração humano? Não se trata aqui apenas de palavras de Deus reveladas pelos profetas; no momento desta resposta, o Verbo faz-Se realmente carne (Jo 1,14). Maria atinge uma tal união com Deus, que ultrapassa todas as expectativas do espírito humano. Ultrapassa mesmo as expectativas de todo o Israel e, em particular, das filhas desse povo eleito que, em virtude da promessa, podiam esperar que uma deles se tornasse um dia a mãe do Messias. Contudo, qual delas poderia supor que o Messias prometido seria o «Filho do Altíssimo»? A partir da fé monoteísta do tempo do Antigo Testamento, tal coisa era dificilmente imaginável. Só pela força do Espírito Santo que «veio sobre ela» pôde Maria aceitar o que «é impossível aos homens, mas possível a Deus» (Mc 10,27).
É fácil compreender este acontecimento na perspectiva da história de Israel, o povo eleito, de quem Maria é filha, mas é também fácil compreendê-lo na perspectiva de todos os caminhos por onde a humanidade procura desde sempre uma resposta às questões fundamentais, e ao mesmo tempo definitivas, que mais a obcecam. Pois não é certo que, na anunciação de Nazaré, se encontra o início da resposta definitiva pela qual o próprio Deus vai ao encontro das inquietações do coração humano? Não se trata aqui apenas de palavras de Deus reveladas pelos profetas; no momento desta resposta, o Verbo faz-Se realmente carne (Jo 1,14). Maria atinge uma tal união com Deus, que ultrapassa todas as expectativas do espírito humano. Ultrapassa mesmo as expectativas de todo o Israel e, em particular, das filhas desse povo eleito que, em virtude da promessa, podiam esperar que uma deles se tornasse um dia a mãe do Messias. Contudo, qual delas poderia supor que o Messias prometido seria o «Filho do Altíssimo»? A partir da fé monoteísta do tempo do Antigo Testamento, tal coisa era dificilmente imaginável. Só pela força do Espírito Santo que «veio sobre ela» pôde Maria aceitar o que «é impossível aos homens, mas possível a Deus» (Mc 10,27).
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