Evangelho Cotidiano
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
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Domingo, 2 De
Dezembro
1º Domingo do Advento
1º Domingo do Advento
Evangelho segundo São Lucas 21,25-28.34-36.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas
estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a
agitação do mar.
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Os homens
morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as
forças celestes serão abaladas.Então hão de
ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória.
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Quando estas
coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima».
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«Tende cuidado
convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela
intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos
surpreenda subitamente
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como uma
armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra.
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Portanto,
vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai
acontecer e comparecer diante do Filho do homem».
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Beato Jan van
Ruysbroeck (1293-1381), cónego regular
«Núpcias espirituais», 1 |
«Então hão de
ver o Filho do homem vir»
«Aí vem o
esposo» (Mt 25, 6). É Cristo, nosso esposo, que profere esta palavra. Em
latim, o termo «venit» contém dois tempos do verbo: o passado e o presente; o
que não o impede de visar também o futuro. Por isso, vamos considerar as três
vindas do nosso esposo, Jesus Cristo.
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Quando da
primeira vinda, Ele fez-Se homem por causa do homem, por amor. A segunda
vinda tem lugar todos os dias, frequentemente e em muitas ocasiões, em todos
os corações que amam, acompanhada de novas graças e de novas dádivas,
consoante a capacidade de cada um. A terceira vinda é aquela que terá lugar
no dia do Juízo ou na hora da morte. [...]
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Deus criou os
anjos e os homens pela sua bondade infinita e pela sua nobreza: quis fazê-lo
para que a beatitude e a riqueza que Ele próprio é fossem reveladas às
criaturas dotadas de razão, e para que estas pudessem saboreá-l'O no tempo e
usufruir d'Ele para lá do tempo, na eternidade. Deus fez-Se homem pelo seu
amor imenso e pelo infortúnio dos homens, que estavam alterados pela queda do
pecado original e eram incapazes de se curar dele. Mas o motivo por que
Cristo realizou todas as suas obras na Terra, não apenas segundo a sua
divindade mas também segundo a sua humanidade, é quádruplo, a saber: o seu
amor divino, que não tem fim; o amor criado, ou caridade, que possuía na sua
alma, graças à união com o Verbo eterno e à dádiva perfeita que seu Pai Lhe
fizera desse mesmo amor; o grande infortúnio em que se encontrava a natureza
humana; e, por fim, a honra de seu Pai. Foram estes os motivos da vinda de
Cristo, nosso esposo, e de todas as suas obras.
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