Evangelho Cotidiano
2º
Domingo do Advento
Evangelho segundo São Lucas 3,1-6.
Anúncio do Evangelho (Lc 3,1-6)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
No décimo
quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era
governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe,
as regiões da Ituréia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; quando
Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus
foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como
está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz
daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai
suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e
colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os
caminhos acidentados serão aplainados. E todas as pessoas verão a salvação de Deus’”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
«O deserto e a terra árida vão alegrar-se, a estepe
exultará e dará flores» (Is 35,1)
«Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor’».
Irmãos, reflitamos antes de mais na graça da solidão, na beatitude do deserto,
que mereceu ser consagrado ao repouso dos santos desde o começo da era da
salvação. É verdade que o deserto foi santificado para nós pela «voz [que]
clama no deserto», João Batista, que pregava e administrava um batismo de
penitência; mas já antes dele os profetas mais santos tinham amado a solidão
enquanto local favorável ao Espírito. Porém, este local recebeu uma graça de
santificação incomparavelmente maior quando Jesus tomou o lugar de João (Mt
4,1). […]
Ele permaneceu no deserto durante quarenta dias, como que
para purificar e consagrar este local a uma vida nova; venceu o déspota que o
assombrava […], não tanto por si, mas por aqueles que, no futuro, aí
habitariam. […] Portanto, espera no deserto Aquele que te salvará do medo e das
tempestades; quaisquer que sejam os combates que sobre ti se abatam, quaisquer
que sejam as privações que venhas a sofrer, não regresses ao Egito, pois o
deserto há de alimentar-te melhor com o maná. […]
Jesus jejuou no deserto, mas muitas vezes alimentou a multidão
que O seguia, e fê-lo de forma maravilhosa. […] Quando pensares que Ele te
abandonou há muito, nessa altura Ele virá, recordado da sua bondade, para te
consolar e te dizer: «Recordo-me da tua fidelidade no tempo da tua juventude,
dos amores do tempo do teu noivado, quando me seguias no deserto» (Jer 2,1).
Nessa altura, Ele fará do teu deserto um paraíso de delícias, e tu proclamarás,
como o profeta, que «tem a glória do Líbano, a formosura do monte Carmelo e da
planície de Saron» (Is 35,2). […] Então, da tua alma saciada brotará um hino de
louvor: «Deem graças ao Senhor, pelo seu amor e pelas suas maravilhas em favor
dos homens. Pois Ele deu de beber aos que tinham sede, e matou a fome aos
famintos» (Sl 106,8-9).
Anúncio do Evangelho (Lc 3,1-6)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
No décimo
quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era
governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe,
as regiões da Ituréia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; quando
Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus
foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como
está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz
daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai
suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e
colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os
caminhos acidentados serão aplainados. E todas as pessoas verão a salvação de Deus’”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
«O deserto e a terra árida vão alegrar-se, a estepe
exultará e dará flores» (Is 35,1)
«Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor’».
Irmãos, reflitamos antes de mais na graça da solidão, na beatitude do deserto,
que mereceu ser consagrado ao repouso dos santos desde o começo da era da
salvação. É verdade que o deserto foi santificado para nós pela «voz [que]
clama no deserto», João Batista, que pregava e administrava um batismo de
penitência; mas já antes dele os profetas mais santos tinham amado a solidão
enquanto local favorável ao Espírito. Porém, este local recebeu uma graça de
santificação incomparavelmente maior quando Jesus tomou o lugar de João (Mt
4,1). […]
Ele permaneceu no deserto durante quarenta dias, como que
para purificar e consagrar este local a uma vida nova; venceu o déspota que o
assombrava […], não tanto por si, mas por aqueles que, no futuro, aí
habitariam. […] Portanto, espera no deserto Aquele que te salvará do medo e das
tempestades; quaisquer que sejam os combates que sobre ti se abatam, quaisquer
que sejam as privações que venhas a sofrer, não regresses ao Egito, pois o
deserto há de alimentar-te melhor com o maná. […]
Jesus jejuou no deserto, mas muitas vezes alimentou a multidão
que O seguia, e fê-lo de forma maravilhosa. […] Quando pensares que Ele te
abandonou há muito, nessa altura Ele virá, recordado da sua bondade, para te
consolar e te dizer: «Recordo-me da tua fidelidade no tempo da tua juventude,
dos amores do tempo do teu noivado, quando me seguias no deserto» (Jer 2,1).
Nessa altura, Ele fará do teu deserto um paraíso de delícias, e tu proclamarás,
como o profeta, que «tem a glória do Líbano, a formosura do monte Carmelo e da
planície de Saron» (Is 35,2). […] Então, da tua alma saciada brotará um hino de
louvor: «Deem graças ao Senhor, pelo seu amor e pelas suas maravilhas em favor
dos homens. Pois Ele deu de beber aos que tinham sede, e matou a fome aos
famintos» (Sl 106,8-9).
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