Santa Catarina da Suécia
Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira
inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina
da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina
nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa.
Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg,
que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os
ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.
Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse
que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão
era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina
fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranqüilos como irmãos.
Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo
carinho e generosidade.
Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se
voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos
túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a
autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam
em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os
votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais.
Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização
desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena,
na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São
Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.
Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas,
em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo
selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma
peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma.
Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com
aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era
venerada por sua santidade.
Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova
abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles
contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o
hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar
atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se
ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado
de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre
há um cervo junto dela.
Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar
prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter
alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das
autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo
Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Alí
viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados
sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que
tratava os doentes e necessitados.
Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave
enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava.
Tinha cinqüenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de
1381.
O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em
1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez
que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação
do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham.
Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!
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domingo, 24 de março de 2019
Santo do dia - 24 de março
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